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VISÃO DA ANS NA AVALIAÇÃO DA APS

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Academic year: 2021

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VISÃO DA ANS

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Pirâmide da estrutura etária dos beneficiários de

planos privados de assistência médica

(Brasil – março/2018)

23,01 % 36,1%

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 Beneficiários que não apresentam demanda, com baixa ou inexistência de sinistralidade ficam fora do “radar” da operadora.

 Beneficiários entram no sistema por meio de agudização de uma DCNT ou por uma meio de um quadro agudo.

 Doenças silenciosas não são

acompanhadas nem prevenidas: • Obesidade – 10 % com diagnóstico • Depressão • Hipertensão • Diabetes

 Na grande maioria dos casos

os adolescentes não fazem parte do foco da operadora.

Modelo de atenção hegemônico

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Baixa sinistralidade?

 A infância e adolescência são períodos críticos do desenvolvimento em que, além da formação de hábitos de vida, a exposição a determinados fatores de risco pode afetar a saúde do adulto.

 Adolescência (Doenças sexualmente transmissíveis; gravidez precoce; Abuso do álcool, drogas;

tabagismo, depressão, suicídio)

• A obesidade abdominal em adolescentes de 15 a 17 anos é mais frequente entre os fumantes do que entre os não fumantes. A obesidade abdominal (circunferência de cintura elevada) é um indicativo de acumulação de gordura nessa região e representa um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, câncer e diabetes. • O estudo Avaliando a relação entre tabagismo e obesidade abdominal em uma pesquisa nacional

entre adolescentes no Brasil, mostra que a circunferência abdominal em meninos que fumam é 131% maior do que entre os não fumantes. Entre as meninas, os dados são parecidos: a circunferência abdominal é 57% maior entres as adolescentes que fumam, em comparação às não fumantes.

• Apenas 3,1% dos meninos não fumantes consomem uma ou mais doses de álcool diariamente, contra 28,9% dos que fumam a partir de um cigarro por dia, em média. Entre as meninas, 31,2% das fumantes consomem uma ou mais doses de bebidas alcóolicas, em média, por dia.

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• No Brasil, estima-se que cerca de 100 mil adolescentes fumem, diariamente, um ou mais cigarros ( no Brasil vender cigarro e bebidas para menores de idade é proibido por lei)

• “O que não está funcionando para explicar esse número?", questionou o epidemiologista do INCA e coautor do estudo André Szklo. “O que será do futuro desses adolescentes brasileiros se a gente não fizer nada por eles hoje?" Ele lembrou ainda que o tabagismo é uma doença pediátrica, uma vez que a experimentação entre a maioria das pessoas se dá na infância ou na adolescência.

http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2018/estudo-associa-fumar-aumento-circuferencia-abdominal-entre-adolescentes-brasileiros

• Pesquisas realizadas em vários países indicam aumento do nível de pressão arterial em adolescentes, assim como da prevalência de hipertensão nesse grupo, com estimativas ao redor de 10,0%

• Essa crescente prevalência global da hipertensão em jovens decorre principalmente do aumento da obesidade, observada na maioria dos países.

• Entretanto, também associa-se de forma independente com o crescente consumo de sal e de açúcar e com outros condicionantes do estilo de vida moderno, como ambientes estressantes, baixa atividade física e sedentarismo ERICA: Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes

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• A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo.

• De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015.

• A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, impedem muitas pessoas de acessarem o tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas.

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-

no-topo-da-lista-de-causas-de-problemas-de-saude-oms-lanca-a-campanha-vamos-conversar&Itemid=839

• Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015, ou seja, cerca de 5% da população.

• "A depressão não discrimina por idade, raça ou história pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima", disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.

• No entanto, "mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar", acrescentou.

• "O estigma contínuo associado ao transtorno mental foi a razão pela qual decidimos nomear a nossa campanha de “Depressão: vamos conversar", alegou Shekhar Saxena, Diretor do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.

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-Alguns alertas : sedentarismo

 Um estudo divulgado em 2017 diz que a falta de exercícios tem causado tantas mortes quanto o tabagismo: a ausência de atividade física é responsável por uma em cada 10 mortes por doenças cardíacas, diabetes e câncer de mama e do cólon, segundo o levantamento.

 A pesquisa, publicada na revista médica Lancet, estima que um terço dos adultos não tem praticado atividades físicas o suficiente, o que tem causado 5,3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

 A pandemia de inatividade física está associada a uma série de doenças crônicas e mortes precoces.

Apesar do bem documentado ônus da doença, a carga econômica da inatividade física permanece inquantificada nível global.

 Uma melhor compreensão do impacto econômico poderia ajudar a informar a priorização de recursos e motivar Esforços para aumentar os níveis de atividade física em todo o mundo.

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Alguns alertas : câncer

o câncer é uma doença multifatorial, podendo ser causado por diversos fatores.

A exposição à fatores de risco ambientais e ocupacionais, bem como o histórico familiar de câncer e as questões hormonais apresentam forte associação com a doença.

Estima-se que cerca de um terço dos casos de câncer poderiam ser prevenidos.

Estudos do INCA apontam que cerca de 13 em cada 100 casos de câncer no Brasil são atribuídos ao sobrepeso e a obesidade, sugerindo uma carga significativa de doença pelo excesso de gordura corporal.

O sobrepeso e a obesidade são apontados como a segunda causa evitável de câncer, atrás do tabagismo.

Atualmente, o excesso de peso corporal está fortemente associado ao risco de desenvolver 13 tipos de câncer: esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e

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Cenário

 A ANS, desde 2004, vem estimulando as operadoras a repensarem a organização da atenção prestada aos usuários por meio de uma visão ampliada da saúde:

 Sair do modelo de atenção centrado na doença para um modelo com práticas cuidadoras e integrais que promovam a interface necessária entre a promoção da saúde e a prevenção de doenças e os demais níveis e complexidades da assistência à saúde.

 Sair do modelo de prestação da assistência que ocorre de forma reativa e episódica, baseada NA DEMANDA ESPONTÂNEA, acesso desordenado, assistência fragmentada, com utilização dinadequada de recurso e serviços.

 Visando:

 a garantia do acesso aos serviços e da melhoria da qualidade de vida da população de beneficiários da operadora.

 a superação da fragmentação do cuidado e o alcance de melhores desfechos em saúde no âmbito da Saúde Suplementar.

 implementar novas formas de cuidado com melhores resultados em saúde, por meio da coordenação do cuidado e da gestão de informações.

 a sustentabilidade do setor.

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Cenário

 Em 2016, Seminário Internacional teve como tema “Inovações na Organização da Saúde Suplementar

para Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças”

 Como desdobramento às temáticas debatidas no evento e do desenvolvimento de propostas voltadas a promoção da ruptura do modelo assistencial centrado no hospital e fragmentado.

 Em 2017, a ANS (DIPRO) em parceria com a (OPAS), criou o Laboratório de Inovações sobre Experiências em Atenção Primária na Saúde Suplementar.

 Foi criado um Grupo Técnico para o desenvolvimento dos trabalhos do Laboratório de Inovações sobre Experiências de Atenção Primária na Saúde Suplementar Brasileira.

 O Objetivo do LI é identificar foi reconhecer o esforço, individual ou conjunto, de operadoras de plano de assistência à saúde brasileiras, na implementação da APS e acompanhamento do seu impacto nos resultados em saúde e na sustentabilidade do setor.

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 Foram recebidas 41 experiências:

 12 foram consideradas inovadoras na organização de seus serviços a partir da identificação dos atributos da atenção primária (APS), e apresentaram indicadores de processo e resultados.

 6 experiências apresentaram atributos da APS, porém , devido ao curto tempo de implementação, ainda não tinham resultados demonstrados

 Estas experiências serão acompanhadas pelo Laboratório de Inovação durante o ano de 2018.

 Outras 13 experiências não foram consideradas como experiências em APS, entretanto, apresentaram uma organização da atenção à saúde centrada na pessoa, seja de acordo com os ciclos de vida ou na gestão de condições crônicas.

 7 experiências inscritas não atenderam aos critérios estabelecidos no Edital.

Laboratório de Inovações sobre Experiências

em Atenção Primária na Saúde Suplementar

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Porta de Entrada:

 Perfil da carteira conhecido  Todos os beneficiários no “radar

da Operadora” (utilizadores ou Não – com o sem sinistralidade e doença instalada)

 Ações de PROMOPREV articulada com a coordenação do cuidado  Porta de acesso e não de restrição

ou impedimento de acesso  Atenção Resolutiva (em tempo

oportuno)

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 Envelhecimento da População, transição demográfica e epidemiológica e nutricional.  Quando começa o envelhecimento? Quando deve começara prevenção?

 Diminuição da Sinistralidade

 Prevenção de riscos e doenças X Gerenciamento de doenças crônicas

 O envelhecimento da população e o aumento dos fatores de risco para doenças crônicas, incluindo a inatividade física, a alimentação inadequada, o tabagismo e o uso abusivo de álcool, exigem a adoção de estratégias para as pessoas que não apresentam condições crônicas, mas precisam melhor gerenciar o seu estilo de vida.

 As experiências analisadas no âmbito do LI permitiram uma visão mais ampliada de algumas estratégias que estão sendo utilizadas pelas operadoras para aprimorar a assistência à saúde, reduzindo a fragmentação, racionalizando o uso dos recursos, melhorando a experiência do beneficiário e reduzindo desperdícios.

 Faz-se necessário utilizar as bases e as mais recentes propostas de abordagem em saúde populacional, que inclui a estratificação da população, a elaboração de estratégias para os diferentes grupos, o uso da tecnologia (inclusive os registros eletrônicos de saúde), a coordenação do cuidado.

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 As operadoras podem ofertar uma assistência proativa e resolutiva, visando à garantia do acesso aos cuidados necessários, ao vínculo, à responsabilização para com o beneficiário, à integralidade da assistência, à redução de custo e ao monitoramento contínuo dos resultados alcançados.

 O processo de cuidado deve estar centrado no usuário e não em procedimentos.  integração crescente com a rede assistencial.

 As operadoras que optarem por utilizar a estratégia da Atenção Primária à Saúde na organização de seu modelo de atenção devem contemplar os quatro atributos essenciais que a caracterizam, quais sejam: acesso ao primeiro contato, coordenação do cuidado, longitudinalidade e integralidade (ou cuidado abrangente). Para tanto, as operadoras devem investir em treinamento específicos em APS de suas equipes envolvida.

 Os profissionais envolvidos devem ter a capacidade de “escuta”. Devem acolher, escutar e oferecer uma resposta positiva e resolutiva.

 Os projetos devem ofertar a educação em saúde para os beneficiários, promovendo o “autocuidado apoiado.

 Deve-se buscar a integração entre todos os níveis de atenção. Para isso, as iniciativas podem utilizar um “navegador”/“integrador” e tecnologias de informação e comunicação (TIC) que aprimorem o cuidado apoiado s no projeto .

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 Os projetos devem ser monitorados e avaliados periodicamente pela operadora, por meio de indicadores de estrutura, processo e resultado. Deve-se considerar que indicadores de resultado clínico só são avaliados adequadamente em conjunto com indicadores de estrutura e processo.

 É importante ressaltar, que o enfoque da avaliação deve ser na análise do cuidado prestado, que deve refletir a melhoria das condições de saúde dos beneficiários com o projeto (melhoria do cuidado com desfechos positivos) e não se limitar à avaliação de aspectos econômico-financeiros da operadora.

 Para falar de sustentabilidade é preciso conciliar qualidade e custo. Cuidado baseado em valor. “Promover qualidade e resultados por meio de uma assistência qualificada e de baixo custo”

 O beneficiário é o centro do processo, todos os profissionais da instituição estarão voltados para o bem maior que é a saúde do paciente.

 Prover saúde a baixo custo, com qualidade e bons resultados é um desafio.

 O cuidado de saúde baseado em valor, define as linhas de cuidado prioritárias e foca em resultados assistenciais, isso significa uma melhor relação entre paciente e instituição de saúde.

 É mister mensurar os resultados assistenciais e seus custos por meio de uma visão longitudinal.

 As práticas devem ser integradas. Cada vez mais estamos com práticas não integradas na saúde suplementar. As APS devem primeiramente integrar a prática clínica depois caminhar no sentido de reduzir custo.

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Obrigado(a)

Kátia Audi

ggras.dipro@ans.gov.br

Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola.

E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior.

Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem.

E nisso, sim, acredito até o fim.”

Referências

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