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ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE UM EMPREENDIMENTO HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL

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ANÁLISE DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS DE UM

EMPREENDIMENTO HABITACIONAL

DE INTERESSE SOCIAL

Filipe Costa Barros (UFPE)

fibarros@msn.com

Luciana Hazin Alencar (UFPE)

lhazin@ufpe.br

O gerenciamento da cadeia de suprimentos é um tema que vem merecendo destaque nos últimos anos devido à sua evidente importância para as atividades empresariais e aos avanços tecnológicos, principalmente nas áreas de comunicação e transportte, que permitiram o fluxo de pessoas e informações entre quaisquer partes do mundo em tempo hábil. O presente trabalho apresenta uma pesquisa realizada em um empreendimento habitacional de interesse social (EHIS) do estado de Pernambuco, visando analisar a cadeia de suprimento da construtora em relação ao bloco cerâmico de 8 furos. O trabalho apresenta o mapeamento da cadeia de suprimentos do material em questão e as relações funcionais entre os participantes dessa cadeia.

Palavras-chaves: Gestão da Cadeia Suprimentos; habitações populares; produção enxuta

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1. INTRODUÇÃO

A cadeia de suprimentos é constituída por todas as empresas que agregam valor a um determinado produto, desde a obtenção da matéria-prima até o consumidor final. A gestão da cadeia de suprimentos é essencial para as empresas que desejam obter vantagens competitivas.

A organização deve considerar a gestão de toda a cadeia produtiva de maneira estratégica e integrada. A definição das estratégias competitivas e funcionais é feita de acordo com a localização da empresa na cadeia. Para que haja a assimilação deste posicionamento é indispensável que a empresa identifique perfeitamente seus clientes e fornecedores (JOBIM FILHO, 2002).

O setor da construção civil apresenta uma série de características que faz com que seu gerenciamento seja diferenciado dos demais ramos de atividades, entre elas podemos citar o fato de, em geral, a cadeia de suprimentos ser temporária (enquanto durar o projeto) e extremamente complexa devido ao grande volume de itens envolvidos (ALVES; TOMMELEIN, 2007). Portanto, os métodos de gerenciamento da cadeia de suprimento, amplamente utilizados na manufatura, devem ser adaptados às especificidades do setor de construção.

A construção civil e suas cadeias produtivas desempenham um papel importante dentro da economia brasileira. O conjunto de atividades e fornecedores ligados à construção civil representa 15,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Portanto, o gerenciamento eficiente da cadeia de suprimentos da construção é consideravelmente benéfico à economia devido ao grande volume de negócios que movimenta (ALVES; TOMMELEIN, 2007).

A construção civil é dividida basicamente em dois ramos principais: o de obras de construção pesada (hidroelétricas, pontes, aeroportos) e o de obras de construção civil (edificações de moradia e comerciais). Este trabalho tem como foco o estudo de obras de construção civil de edificações de moradia.

O Brasil possui um grande déficit habitacional, e para solucionar esse problema, vários programas de construção de habitações de interesse social vêm sendo implementados pelos governos federal, estaduais e municipais. Segundo Scharamm et al. (2006), os empreendimentos habitacionais de interesse social (EHIS) apresentam características que os diferem dos demais empreendimentos de construção, seus processos de produção se assemelham ao da manufatura repetitiva (produção em grande escala) devido ao alto número de unidades por empreendimento. Os preços e o nível de qualidade das unidades são fixados previamente e os prazos de execução são relativamente curtos.

Devido a essas características, a margem de lucro das construtoras nesse tipo de empreendimento fica reduzida, forçando-as a diminuir ao máximo os seus custos de produção e o tempo de execução da obra, para reduzir seus custos fixos.

Nesse contexto, este trabalho tem como objetivo analisar a cadeia de suprimentos de um empreendimento habitacional de interesse social e realizar o mapeamento do seu fluxo de valor em relação a um material considerado essencial pelo gerente da obra. Para atingir este objetivo foram realizadas entrevistas com os gestores do empreendimento.

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3 Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica sobre a gestão da cadeia de suprimentos e fornecedores. Em seguida é apresentado o estudo de caso, onde é feita uma análise da cadeia de suprimentos estudada e possíveis melhorias são propostas.

2. GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

A gestão da cadeia de suprimentos (GCS) é a prática de um grupo de empresas que trabalham em conjunto em uma rede estruturada para satisfazer de maneira mais eficiente às necessidades dos clientes finais (Figura 1) e beneficiar a todas as organizações participantes da cadeia (WALSH et al, 2004).

Figura 1 - Representação de uma Cadeia de Suprimentos (adaptado de PIRES, Sílvio R. I., 2004)

Nos últimos anos, as indústrias de transformação e as empresas distribuidoras têm dado muita atenção à gestão da cadeia de suprimentos. Ao investir recursos e esforços na melhoria desta, as empresas reduziram significativamente seus estoques e custos logísticos aumentando assim, sua competitividade. Esse sucesso fez com que outras indústrias também começassem a utilizar as mesmas técnicas de gerenciamento das indústrias de transformação (TSERGN et

al, 2006).

Apesar de o conceito de gestão integrada da cadeia de suprimentos já ter sido aceito e implementado em grande escala nas indústrias de transformação, ainda é pouco difundido no âmbito da construção (TOMMELEIN et al, 2003).

O fluxo de suprimentos na construção civil é disperso e de grande complexidade, devido ao grande número de fornecedores e materiais envolvidos. Isso faz com que esse setor seja bastante diferente de setores como a indústria, por exemplo, onde as empresas no final da cadeia dominam as demais, facilitando a coordenação da cadeia de suprimentos (FONTANINI; PICCHI, 2003).

Essa ausência de supremacia de uma empresa perante as demais dificulta a implementação de um sistema centralizado de coordenação baseado no poder e tornam a integração e a cooperação fundamentais para a constituição de uma cadeia de suprimentos no setor da construção civil (STERZI et al, 2006).

Uma grande contribuição para o aperfeiçoamento da cadeia de suprimentos pode ser obtida através do Mapeamento do Fluxo de Valor. Segundo Womack e Jones (1998), o Mapeamento de Fluxo de Valor é um processo de identificação de todas as atividades que ocorrem ao longo

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4 do fluxo de valor referente a um produto ou família de produtos. O objetivo principal dessa ferramenta é obter uma visualização clara dos processos que ocorrem ao longo da cadeia e de alguns de seus desperdícios. A elaboração do mapa do estado atual serve de base para o desenvolvimento dos mapas de estado futuro, que eliminam as atividades que não agregam valor ao produto (ARBULU; TOMMELEIN, 2002).

O mapeamento do fluxo de valor tem se mostrado uma ferramenta eficiente para identificar desperdícios ao longo da cadeia de abastecimento. Através desse método vários conceitos da mentalidade enxuta podem ter sua aplicação proposta dentro das empresas e na otimização do fluxo de informações e materiais entre elas (FONTANINI; PICCHI, 2003).

Para realização desse mapeamento, é necessário que se conheça os canais de distribuição que compõem a cadeia de suprimentos. De acordo com Sproesser (1997), um canal de distribuição é formado por um grupo de agentes econômicos que são utilizados por uma determinada empresa produtiva para distribuir seus produtos junto ao mercado consumidor. O canal é caracterizado principalmente por seu comprimento, que é dado pelo número de agentes que o integram (SENNA et al, 2007). Segundo Stern et al. (1996), os canais de distribuição são formados por organizações interdependentes, envolvidas no processo de tornar um produto ou serviço disponível para o consumo.

Os componentes de um canal de distribuição desempenham funções-chave, essas funções são chamadas de fluxo, porque consistem em um conjunto de atividades que ocorrem numa seqüência dentro do canal de distribuição. Existem vários fluxos nos canais de distribuição, dentre os quais podemos destacar os de produto, negociação, propriedade, informação e promoção (LOURENZANI; SILVA, 2007).

A administração do fluxo de materiais de construção é fundamental para o sucesso da gestão do projeto, tendo em vista que os custos dos materiais representam uma porcentagem considerável dos custos totais do projeto. Se não houver um planejamento integrado entre fornecedores e construtoras adequado para matérias-prima e atividades, problemas poderão surgir nos custos, bem como nos prazos de conclusão e qualidade do projeto (TSERGN et al., 2006).

3. FORNECEDORES

As empresas fornecedoras apresentam diferentes níveis de processo e qualidade. Estes níveis devem ser quantificados para que se possa evoluir adequadamente no relacionamento, orientando o desenvolvimento do fornecedor. A avaliação de desempenho do fornecedor cumpre basicamente dois papéis importantes na relação empresa-fornecedor. Um deles é possibilitar ao fornecedor um feedback de suas ações, que será incorporado à sua estratégia de marketing. O outro é permitir que as empresas produtoras desenvolvam sistemas de seleção qualificados de fornecedores com base em parâmetros bem definidos, possibilitando a padronização dos processos de aquisição de matéria-prima (MATURANA et al, 2007).

A avaliação de fornecedores deve priorizar o fornecimento de matérias-prima estratégicas ou de gargalos (ALVES, 1998). Muitas empresas usam o conceito de criticidade do produto, que entre outras coisas, avaliam o impacto que a sua falta causará nas operações e na imagem da empresa perante os clientes e a facilidade de substituição por outro produto (SZAJUBOK et

al., 2006). Em termos de criticidade, os materiais podem ser classificados em: A: itens cuja

falta provoca a interrupção da produção, cuja substituição é difícil ou não existem fornecedores alternativos; B: itens cuja falta não exerce efeito na produção a curto prazo; C:

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5 demais itens (KLIPPEL et al, 2007). Este trabalho analisa a cadeia de abastecimento em relação a um material do tipo A.

Um novo paradigma para o relacionamento entre as empresas e seus fornecedores é proposto no modelo de produção enxuta. A produção enxuta ou lean production se baseia no Sistema Toyota de Produção e é caracterizada por um sistema altamente flexível que exige fluxo rápido e freqüente de produtos e informações dentro da cadeia de suprimentos, que é caro e complexo quando as atividades dentro da cadeia são dispersas (JOBIM FILHO, 2002).

O pensamento enxuto não está restrito ao sistema produtivo, podendo ser aplicado a toda a empresa. Fontanini e Picchi (2003) destacam as seguintes características no relacionamento comprador-fornecedor em empresas que trabalham de forma enxuta:

- Parcerias: no sistema lean são buscadas relações estáveis e de longo prazo com os fornecedores; um grande investimento é feito na busca de ganhos mútuos, transparência e construção de confiança entre as partes.

- Redução da base de fornecedores: como decorrência da busca por parcerias, são escolhidos um ou dois fornecedores para cada família de produtos comprados.

- Aprendizado mútuo: os fornecedores são envolvidos no desenvolvimento de produtos, desde estágios iniciais, e é buscada compreensão mútua dos processos e troca de tecnologia, visando agregar mais valor aos produtos.

- Esforço conjunto na redução de desperdícios: esforços conjuntos são desenvolvidos na identificação e eliminação de desperdícios, através de trocas de informações no desenvolvimento de produtos e no aperfeiçoamento de processos de produção e logística; em geral o comprador apóia o fornecedor para que o mesmo utilize princípios lean em sua produção.

- Entregas e produção just-in-time: ao invés de pedidos baseados em programações, entregas pouco freqüentes e em grandes lotes, o pedido entre comprador e fornecedor lean se dá

just-in-time, que solicita a entrega freqüente (ex. diária) de lotes pequenos, conforme o

efetivamente demandado; mais que isso, o fornecedor é também encorajado a implantar a produção just-in-time, caso contrário os estoques simplesmente migrarão do recebimento do comprador para a expedição do fornecedor.

- Qualidade garantida: num sistema just-in-time, a qualidade é mandatória; caso um lote seja rejeitado, a produção será interrompida, pela quase inexistência de estoques; torna-se necessário que o fornecedor tenha processos que garantam a qualidade na produção, de forma a eliminar a necessidade de inspeção de recebimento.

O lean thinking vem se firmando em todos os setores como novo paradigma, não só de produção, mas de negócio, uma vez que envolve o desenvolvimento de produto, relação com fornecedores, estratégias de vendas e gestão de pessoas (PICCHI, 2003).

4. ESTUDO DE CASO

O presente estudo foi realizado em um empreendimento habitacional de interesse social (EHIS). Os EHIS são empreendimentos destinados à população de baixa renda onde os valores que serão pagos pelas unidades e o nível de qualidade das habitações são previamente estabelecidos em contrato. Isso obriga a construtora a ter um baixo custo de produção sem comprometer a qualidade da obra. A gestão eficiente do fluxo de materiais e informações é fundamental para que a empresa construtora atinja seus objetivos.

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6 O empreendimento estudado está situado na região metropolitana do Recife. Sua proposta de intervenção pretende atender a uma população de 2440 habitantes, com investimentos em infra-estrutura física, construção de 119 habitações para reassentamento, requalificação ambiental e ações de desenvolvimento comunitário. A implementação do Projeto Social é gerida pela secretaria de infra-estrutura do Estado, através da Empresa de Melhoramentos Habitacionais de Pernambuco – EMHAPE em parceria com a Prefeitura Municipal de Olinda, através da secretaria de Planejamento, transportes e Meio-Ambiente – SEPLAMA.

A construtora que realiza o empreendimento está a 10 anos no mercado de construções e tem sua atuação focada no segmento industrial. No caso estudado, a empresa foco é a construtora e o estudo foi feito em relação a sua cadeia de suprimentos em relação ao bloco cerâmico de oito furos, material cuja falta ocasiona a interrupção da produção (Material do tipo A). Devido às características de sua produção, onde os seus produtos utilizam matérias-primas iguais, os fabricantes de produtos cerâmicos localizam-se próximos às suas fontes de obtenção (Figura 2). Essas empresas têm como público alvo os pontos de venda do varejo e as construtoras, sendo as últimas as mais importantes.

Figura 2 - Localização do empreendimento e de fabricantes de produtos cerâmicos

O fornecedor do empreendimento (Fábrica 3) está a localizado a 83 km do mesmo, possui cerca de 300 funcionários e atua no mercado de construções a mais de 40 anos. Sua capacidade de produção é de aproximadamente 500 mil peças/dia, e fabrica os seguintes produtos: bloco cerâmico de 8 furos, bloco cerâmico de 6 furos, blocos de laje e tijolo baiano. Parte de sua matéria prima é extraída pela própria empresa dentro de sua propriedade e a outra é comprada nas proximidades da fábrica. A empresa dispõe de 11 caminhões para escoar os seus produtos. As entregas são feitas priorizando os empreendimentos das construtoras. A seguir é apresentada uma análise da cadeia de suprimentos estudada.

4.1 ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

No caso estudado, o fornecimento do produto é realizado diretamente pelo fabricante. Nesse caso, devido ao curto canal de distribuição, as operações do fabricante refletem de maneira direta na empresa foco. A figura 3 ilustra o processo de suprimentos deste produto.

Legenda:

A=Empreendimento estudado B= Fábrica 1 – 61 km da obra C= Fábrica 2 – 72 km da obra D= Fábrica 3 – 83 km da obra

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Figura 3 – Processo de suprimentos da construtora e do fornecedor

Seguindo os princípios da produção enxuta, toda atividade que resulte em movimentações ou processos desnecessários, que não agreguem valor ao produto final, devem ser eliminados do sistema. Tornando assim as atividades mais simples e eficientes. Para a melhor visualização do fluxo das atividades, foi feito um mapeamento do fluxo de valor atual (Figura 4), para a partir deste, propor um modelo mais adequado de abastecimento.

Figura 4 – Fluxo de valor atual

Através do estabelecimento de uma parceria com o fornecedor, é possível eliminar as etapas que dizem respeito à seleção e avaliação tanto por parte da empresa construtora quanto do fornecedor. E os preços, bem como os prazos de entrega, seriam acordados previamente. Devido à eliminação dessas etapas é estabelecido um contato direto entre a construtora e a unidade produtora do material. A construtora por sua vez, reduziria gradualmente as

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8 inspeções feitas pelo fornecedor, até extingui-las por completo. O novo procedimento de abastecimento está ilustrado na Figura 5.

Figura 5 – Fluxo de valor proposto

A eliminação das etapas desnecessárias simplificou o fluxo de informações e negociação nesse canal de distribuição. Essa melhoria torna o processo de abastecimento mais rápido e eficiente, proporcionando vantagens competitivas à empresa foco e ao fornecedor. Ficam evidentes os benefícios obtidos através da modificação do modo de gerenciamento.

A utilização de técnicas de gestão da cadeia de suprimentos, já utilizadas em outros setores da economia, pode ser extremamente benéficas para a o setor de construções. A construção de habitações populares, por exemplo, são empreendimentos que sofrem grandes pressões sobre os seus custos de produção e prazo de conclusão, portanto, precisam ser bem gerenciados para serem rentáveis.

É possível reduzir os custos de um projeto sem utilizar nenhuma nova técnica de construção ou materiais alternativos. O custo de um empreendimento pode ser consideravelmente reduzido apenas pela implantação de novas práticas de gestão. As relações entre as empresas construtoras e seus fornecedores são cada vez mais exploradas na construção civil, através de parcerias, promovendo a integração dos participantes da cadeia de valor, visando aumentar a eficiência da produção e reduzir os custos do produto final.

O desenvolvimento dessa parceria pode proporcionar para a empresa construtora uma maior garantia de qualidade do produto recebido e cumprimento dos prazos de entrega por parte do fornecedor. Existindo ainda a possibilidade de o fornecedor tratá-la de forma prioritária, realizando inclusive entregas emergenciais quando necessário. Isso reduziria a quantidade de estoques de segurança na obra. O fornecedor, por sua vez, teria como benefício a sua diferenciação perante os concorrentes, garantindo o fornecimento para uma empresa que realiza diversos empreendimentos na área de construção.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo desse trabalho foi analisar o processo de abastecimento de uma empresa construtora em relação ao seu material crítico e propor uma nova forma de relacionamento entre ela e o fornecedor desse material. No caso estudado, é de grande importância que haja uma integração entre a construtora e seu fornecedor de tijolos, visto que a falta deste material paralisa o empreendimento.

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9 Entretanto, o desenvolvimento dessas relações não é tarefa simples e exige que ambas as partes trabalhem de forma eficiente, com alto controle de sua produção e distribuição, para que aí sim, possam atuar de forma conjunta seguindo os princípios da produção enxuta. O setor da construção civil ainda possui uma série de deficiências e limitações que tornam sua gestão pouco eficiente. Técnicas de gerenciamento da cadeia de suprimentos devem ser adaptadas às especificidades desse setor, a fim de estabelecer novos modelos de gestão para as construções. Modelos estes que sejam mais condizentes com a importância que este setor representa para a economia.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à FACEPE, CNPq e IPSID pelo suporte oferecido ao desenvolvimento da pesquisa.

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