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ESTUDO DIRIGIDO 3 RESPOSTAS

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Academic year: 2021

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ESTUDO DIRIGIDO 3 – RESPOSTAS

Jornadas Especiais:

Bancários

1)Disserte sobre a duração e condições de trabalho dos bancários. Mencione posicionamentos jurisprudenciais pertinentes.

Na Consolidação das Leis do Trabalho(CLT), encontramos disposições especiais nos artigos 224 a 226.

A duração normal do trabalho dos empregados em bancos(públicos e privados) e casas bancárias será de 6 horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados(Súmula 113 do TST), perfazendo um total de 30 horas semanais. Interessante mencionar que a duração de 6 horas diárias se estende aos empregados de portaria, limpeza, serventes e telefonistas de mesa.

A duração normal de trabalho dos bancários poderá, excepcionalmente, ser prorrogada até 8 horas diárias, não excedendo de 40 horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho. A Súmula 199 do TST proíbe a contratação de serviço suplementar quando da admissão do bancário, sendo devido o adicional de, no mínimo, 50% às horas extraordinárias.

O trabalhador bancário terá direito a intervalo (não computado na jornada de trabalho) de 15 minutos para alimentação.

Aqueles que exercerem função de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, não serão submetidos à jornada supramencionada(6 horas), contanto que recebam grafiticação igual ou superior a 1/3 do salário do cargo efetivo. Insta salientar, que o bancário sujeito a esta regra cumprirá jornada de 8 horas, sendo extraordinárias as horas trabalhadas além da oitava (Súmula 102, IV do TST).

1.2) As empresas de crédito, denominadas financeiras equiparam-se aos estabelecimentos bancários?

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Conforme o entendimento jurisprudencial do TST, são consideradas estabelecimentos bancários, nos termos da Súmula 55 do TST.

1.3) A vantagem pecuniária auferida pelo trabalhador bancário com a venda de papéis ou valores mobiliários integra a sua remuneração?

Tais valores poderão integrar a remuneração se essa atividade for exercida no horário e no local de trabalho e com o consentimento, tácito ou expresso, do banco empregador, conforme inteligência da Súmula 93 do TST.

1.4) A configuração do exercício de cargo de confiança a que se refere o art.224, § 4º da CLT, pode ser examinado mediante recurso de revista ou embargos no TST?

Trata-se de matéria de fase cognitiva, não sendo possível o seu exame mediante recurso de revista ou embargos no TST(Súmula 102, I do TST).

1.5) O caixa bancário pode exercer cargo de confiança?

O caixa bancário, ainda que executivo, não exerce cargo de confiança, ainda que receba gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunerará apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta(Súmula 102, VI do TST).

1.6) A gratificação por tempo de serviço deverá integrar o calculo das horas extraordinárias prestadas pelo bancário?

O Tribunal Superior do Trabalho entende que a gratificação deve integrar o calculo das horas extras, nesse sentido a Súmula 226 do TST.

1.7) O empregado de empresa de processamento de dados pode ser considerado bancário?

Será considerado bancário o empregado de empresa de processamento de dados que presta serviço a banco integrante do mesmo grupo econômico. Não poderá ser considerado bancário, porém, se a empresa de processamento prestar serviços a banco e empresa não bancária ao mesmo grupo econômico ou a terceiros(Súmula 239 do TST).

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1.8) O vigilante contrato diretamente pelo banco é bancário? Não, conforme entendimento pacificado da Súmula 257 do TST.

1.9) Se o ocupante de cargo de confiança no banco tem jornada de 8 horas, sendo devidas as horas extraordinárias que superarem este limite, existe algum trabalhador que não se submeta a jornada de trabalho? Conforme a Súmula 287 do TST, somente ao gerente-geral da agência bancária será aplicado o artigo 62 da CLT.

1.10) Maria trabalha para o Banco Dindin, no setor de crédito bancário e Lúcia para uma cooperativa de crédito. Maria diariamente entra em contato com Lúcia já que possuem clientes em comum, exercem funções idênticas. Certo dia, Lúcia é despedida sem justa causa. Em reclamação trabalhista, Lúcia pleiteia a configuração de jornada de trabalho dos bancários. Qual o entendimento jurisprudencial sobre este assunto? Ainda que Lúcia exerça funções equiparadas a de um trabalhador bancário, não é possível tal enquadramento, já que a OJ 379 da SDI1 afirma ser impossível a aplicação do artigo 224 da CLT aos empregados de cooperativas de crédito.

Motorista Lei 12619/2012

2)De acordo com a Lei 12619/2012, qual é a jornada de trabalho regular do motorista?

A jornada de trabalho do motorista deve ser a prevista no artigo 7º, XIII, da CF, admitida a prorrogação por até 2 horas extraordinárias.

Será assegurado ao motorista profissional intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, além de intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas a cada 24 (vinte e quatro) horas e descanso semanal de 35 (trinta e cinco) horas.

O motorista fará jus ao adicional noturno nos termos do artigo 73 da CLT, aplicando-se a hora noturna reduzida e o adicional de 20%.

São considerados “tempo de espera” as horas que excederem à jornada normal de trabalho do motorista de transporte rodoviário de cargas que ficar

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aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias, não sendo computadas como horas extraordinárias.

As horas relativas ao período do tempo de espera serão indenizadas com base no salário-hora normal acrescido de 30% (trinta por cento).

Nas viagens de longa distância, consideradas aquelas que durem mais 24 horas em trânsito deverão ser observados: intervalos de no mínimo de 30 (trinta) minutos de descanso a cada 4 (quatro) horas de tempo ininterrupto de direção, podendo ser fracionados o tempo de direção e o de intervalo de descanso, desde que não completadas as 4 (quatro) horas ininterruptas de direção; intervalo mínimo de 1 (uma) hora para refeição, podendo coincidir ou não com o intervalo de descanso anteriormente mencionado; repouso diário do motorista obrigatoriamente com o veículo estacionado, podendo ser feito em cabine leito do veículo ou em alojamento do empregador, do contratante do transporte, do embarcador ou do destinatário ou em hotel, ressalvada a hipótese da direção em dupla de motoristas prevista no § 6o do art. 235-E. Nas viagens com duração superior a 1 (uma) semana, o descanso semanal será de 36 (trinta e seis) horas por semana trabalhada ou fração semanal trabalhada, e seu gozo ocorrerá no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou em seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do referido descanso.

É permitido o fracionamento do descanso semanal em 30 (trinta) horas mais 6 (seis) horas a serem cumpridas na mesma semana e em continuidade de um período de repouso diário (art.66 da CLT - 11 horas).

O motorista fora da base da empresa que ficar com o veículo parado por tempo superior à jornada normal de trabalho fica dispensado do serviço, exceto se for exigida permanência junto ao veículo, hipótese em que o tempo excedente à jornada será considerado de espera, onde será remunerado na importância de 30% adicional ao valor do salário-hora, a título de indenização.

Nas viagens de longa distância e duração, nas operações de carga ou descarga e nas fiscalizações em barreiras fiscais ou aduaneira de fronteira, o tempo parado que exceder a jornada normal será computado como tempo de espera e será indenizado na forma descrita acima.

Uma vez adotado o regime de revezamento de motoristas trabalhando em dupla no mesmo veículo, o tempo que exceder a jornada normal de trabalho em que o motorista estiver em repouso no veículo em movimento será considerado tempo de reserva e será remunerado na razão de 30% (trinta por cento) da hora normal (esta disposição se aplica para transporte de carga e de pessoas).

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É garantido ao motorista que trabalha em regime de revezamento repouso diário mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado.

Não será considerado como jornada de trabalho nem ensejará o pagamento de qualquer remuneração o período em que o motorista ou o ajudante ficarem espontaneamente no veículo usufruindo do intervalo de repouso diário ou durante o gozo de seus intervalos intrajornadas.

A convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista, em razão da especificidade do transporte, de sazonalidade ou de característica que o justifique.

É proibida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de viagem e/ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante oferta de comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, se essa remuneração ou comissionamento comprometer a segurança rodoviária ou da coletividade ou possibilitar violação das normas da presente legislação. Outras condições específicas de trabalho do motorista profissional, desde que não prejudiciais à saúde e à segurança do trabalhador, incluindo jornadas especiais, remuneração, benefícios, atividades acessórias e demais elementos integrantes da relação de emprego, poderão ser previstas em convenções e acordos coletivos de trabalho, observadas as demais disposições desta Consolidação.

Telefonistas

3)Disserte sobre a jornada de trabalho das operadoras de telemarketing. Sua jornada terá duração máxima de 6 horas contínuas e 36 horas semanais. Preocupado com as doenças advindas no trabalho de TELEMARKETING, o Tribunal Superior Tribunal do Trabalho cancelou a Orientação Jurisprudencial nº 273, da SDI-1, passando a reconhecer a jornada de telefonista a essa categoria. Em conformidade com a atual redação da NR nº 17, os profissionais de TELEMARKETING têm direito à jornada de 06 horas diárias com intervalos intrajornada de 20 minutos para descanso e alimentação, sem prejuízo dos intervalos intrajornada concedidos em 02(dois) períodos de 10 minutos contínuos, após os primeiros e antes dos últimos 60 (sessenta) minutos de trabalho.

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Domésticos

4) Os preceitos contidos na Consolidação das Leis Trabalhistas se aplica aos empregados domésticos?

O artigo 7º, caput e alínea “a”, da CLT, afirmam que seus preceitos ao se aplicam aos empregados domésticos.

4.1)Quais são os direitos constitucionalmente assegurados aos empregados domésticos?

Os direitos constitucionalmente assegurados aos trabalhadores domésticos são: salário mínimo, fixado em lei; irredutibilidade do salário; décimo terceiro salário; repouso semanal remunerado; férias anuais com pelo menos um terço a mais do que o salário normal; licença-gestante; licença-paternidade; aviso-prévio proporcional (ou seja, são abrangidos pela nova lei do aviso-aviso-prévio); aposentadoria, bem como a sua integração a previdência social(art.7º, parágrafo único da CF).

4.2) Qual a lei que disciplina a profissão de empregado doméstico? Discorra sobre a faculdade de inclusão do empregado no FGTS.

A Lei 5859/1972 dispõe sobre a profissão de empregado doméstico, enumerando direito e deveres desse empregado. Ademais, o artigo 3-A da mencionada lei, faculta ao empregador incluir seu empregado ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Uma vez realizado o depósito em benefício do empregado, o empregador não poderá cancelar tal benefício em respeito ao princípio da condição mais favorável ao trabalhador.

4.3) Uma acompanhante pode ser considerada empregada doméstica? Considera-se empregado doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial, portanto, não importa a função, contanto que se enquadre nessa descrição.

A acompanhante, o motorista particular, o piloto particular, a cozinheira, o jardineiro, a faxineira, entre outros exemplos, podem ser enquadrados com empregados domésticos, nos termos do artigo 1º da Lei 5859/1972.

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Rural

5) Quais são os direitos constitucionais assegurados aos trabalhadores rurais?

Os trabalhadores rurais foram equiparados aos trabalhadores urbanos, conforme prevê o artigo 7º, caput, da Constituição Federal. Desse modo, fazem jus a todos os direitos elencados no artigo 7º da Constituição Cidadã.

5.1) Qual a lei que disciplina o trabalho rural? Disserte sobre peculiaridades.

A Lei 5889/1973 disciplina o trabalho rural, a Norma Regulamentadora (NR) nº 31 estabelece preceitos sobre saúde e segurança no meio rural.

Trabalho em frigoríficos

6) Disserte sobre as peculiaridades da jornada dos empregados que trabalham em frigoríficos.

Os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente normal ou quente para o frio (considerados de 15 a 10 graus), depois de 1 hora e 40 minutos e trabalho continuo, será assegurado um período de 20 minutos de repouso, computado este como de trabalho efetivo.

Trabalho em minas de subsolo

7)O menor pode prestar trabalho em minas de subsolo?

Conforme o artigo 301 da CLT, o trabalho no subsolo somente será permitido a homens(e mulheres- art.7º, XXX, proíbe a discriminação em razão de sexo), com idade compreendida entre 21 e 50 anos de idade.

7.1) Qual a jornada de trabalho desse trabalhador? Qual o percentual mínimo aplicado à prestação de horas extraordinárias?

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A jornada de trabalho será de 6 horas diárias, sendo que a cada 3 horas de trabalho contínuo será obrigatória a pausa de 15 minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo. Semanalmente sua jornada será de 36 horas.

O artigo 296 da CLT prevê adicional de 25%, todavia, de acordo com a Constituição Federal(art.7º, XVI) o percentual mínimo deve ser de 50% sobre a hora normal.

Trabalho de exploração de petróleo

8) Qual a lei que disciplina o trabalho realizado na exploração de petróleo? Esses trabalhadores possuem jornada diferenciada?

A Lei 5.811/72 dispõe sobre o regime de trabalho dos empregados nas atividades de exploração de petróleo. A jornada desses trabalhadores é diferenciada, já que possuem turnos de revezamento de 8 horas e 12 horas de trabalho.

Os trabalhadores que realizam turno ininterrupto de revezamento terão direito a: i) hora noturna assegurada pela CLT, ii) pagamento em dobro da hora de repouso da alimentação suprimida, iii) alimentação gratuita durante o turno, iv) 24horas de repouso para cada três turnos trabalhados.

Os trabalhadores que realizam jornada de 12 horas terão assegurados os direitos dos itens i a iii, supramencionados, e direito a alojamento coletivo gratuito e adequado ao descanso e higiene, e repouso de 24horas para cada turno trabalhado.

Mãe social

9) Qual a lei disciplinadora do trabalho da Mãe Social?

A Lei nº 7.644, de 18 de dezembro de 1987, dispõe sobre a Regulamentação da Atividade de Mãe Social.

Trabalho do aprendiz

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1. O contrato de aprendizagem deve ser firmado com pessoas de 14 anos até 24 anos de idade. Exceção: Essa idade máxima não se aplica a aprendizes portadores de deficiência(art. 428, §5º da CLT).

2. O contrato de aprendizagem deve obrigatoriamente obedecer à forma escrita.

3. O contrato de aprendizagem deve ter prazo determinado, de no máximo 2 anos.Exceção: aprendiz portador de deficiência poderá firmar contrato com prazo superior a 2 anos.

4.A jornada de trabalho do aprendiz é diferenciada, sendo de 6 horas, mas podendo ser prorrogada para oito horas, caso o aprendiz já tenho concluído o ensino fundamental.

5.O aprendiz deve ser receber contraprestação pelo trabalho realizado, sendo-lhe assegurado o valor do salário mínimo hora, conforme a sua jornada de trabalho.

6.O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 anos, ressalvada a hipótese prevista no §5º do artigo 428 da CLT, ou ainda antecipadamente: a)desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; b)falta disciplinar grave; c)ausência injustiçada à escola que implique perda do ano letivo; d) a pedido do aprendiz.

Referências

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