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1. Princípios gerais. Ponto de ebulição seco em C (mín.) Ponto de ebulição húmido em C (mín.) Viscosidade a frio a -40 C em mm²/seg.

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Óleos de travões TRW

1. Princípios gerais

O óleo de travões não pode ser comparado com óleo mineral, apesar de ser vulgarmente referido como “óleo hidráulico” ou “óleo de travões”.

O óleo convencional nunca poderá ser utilizado nos sistemas de travagem. Impurezas mínimas podem causar danos nas peças de borracha utilizadas no travão e, consequentemente, provocar a falha de todo o sistema de travagem.

Nos sistemas de travagem modernos (com excepção de alguns veículos Citroën), é utilizado óleo de travões à base de éter poliglicol. Trata-se sobretudo de polietilenoglicol com quantidades reduzidas de mono-éter. No entanto, as propriedades

higroscópicas destes fluidos apresentam uma desvantagem, pois absorvem água causando a redução do ponto de ebulição.

Graças à aplicação de diversos processos químicos foi possível desenvolver, ao longo do tempo, óleos cada vez melhores, como o "DOT4" ou o "DOT5.1".

Nestes tipos de óleo de travões, o ponto de ebulição desce de forma muito mais lenta, comparativamente aos óleos DOT3, garantindo uma vida útil mais longa!

O óleo de travões é utilizado como um meio hidráulico de transmissão das forças nos sistemas de travagem.

Para que seja garantida a função segura do travão, o óleo de travões deve cumprir requisitos muito exigentes. Existem diversas normas, todas com conteúdo muito semelhante (SAE J1703 SAEJ1704, FMVSS 116, ISO 4925), que estipulam as características dos óleos de travões. As propriedades descritas na norma FMVSS 116 estão em conformidade com a legislação norte-americana e são consideradas um padrão internacional. O Department of Transportation (DOT) definiu as propriedades mais importantes das diversas categorias de óleo:

Testado segundo FMVSS 116

Requisitos DOT3 DOT4 DOT5.1

Ponto de ebulição seco em °C (mín.) 205 230 260 Ponto de ebulição húmido em °C (mín.) 140 155 180 Viscosidade a frio a -40 °C em mm²/seg. 1500 1800 900

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1.1 Requisitos

O ponto de ebulição seco é um indicador da

capacidade térmica do óleo de travões. A carga pode ser particularmente elevada nos cilindros de travão (com as temperaturas mais elevadas do sistema de travagem). No caso de temperaturas superiores ao atual ponto de ebulição do óleo de travões, ocorre a formação de bolhas de vapor.

O ponto de ebulição húmido é o ponto de ebulição do óleo de travões, depois de este ter absorvido água em condições estipuladas (aprox. 3,5%). Nos líquidos higroscópicos (à base de glicol), o ponto de ebulição pode descer consideravelmente. O teste ao ponto de ebulição húmido deve determinar as propriedades do óleo de travões que podem, por exemplo, ter absorvido água através dos tubos de travão. Basicamente, isto significa que o óleo de travões de um veículo deve ser substituído a cada 2 anos. A dependência térmica da viscosidade (indicador da fluidez de um óleo) deverá ser tão reduzida quanto possível, de modo a poder garantir uma função segura dos travões em todas as condições (-40 °C ... +100 °C).

Uma viscosidade de baixa temperatura tão reduzida quanto possível é especialmente importante nos sistemas ABS/ASR e ESP, devido às secções transversais reduzidas dentro das válvulas de regulação.

A compressibilidade deverá ser reduzida e depender o menos possível da temperatura.

De acordo com a norma FMVSS 116, os óleos de travões não podem ser corrosivos para os metais utilizados nos sistemas de travagem. Os aditivos misturados no óleo de travões garantem a proteção contra corrosão necessária.

O respectivo tipo de óleo de travões requer uma adaptação aos elastómeros (peças de borracha) utilizados no sistema de travagem. Uma dilatação reduzida dos elastómeros é desejada e contribui para a maior estanqueidade do sistema de travagem. Em

A contaminação de um óleo de travões à base de glicol com quantidades reduzidas de um óleo mineral (p. ex., óleo de travões à base de óleo mineral, solvente) pode destruir os componentes elastómeros do sistema de travagem o que, por sua vez, pode ter como consequência a falha dos travões. O mesmo é válido para os sistemas de travagem concebidos para DOT5; neste caso aplica-se a fórmula inversa.

No caso de um enchimento incorreto do sistema de travagem é necessário substituir todos os componentes de borracha e plástico e limpar todo o sistema!

Os métodos de verificação e medição são descritos nas normas SAE ou DOT. Estes requerem que os valores relativos ao ponto de ebulição, resistência à água, dilatação da borracha, corrosão, neutralidade química e lubrificação sejam cumpridos.

No entanto, o requisito fundamental prende-se com a miscibilidade dos óleos de travões. Todos os óleos de travões da qualidade DOT3, DOT4 e DOT5.1 devem poder ser misturados entre si.

ATENÇÃO: o óleo de travões DOT5 constitui uma exceção, já que é à base de silicone! O DOT5 não pode ser misturado com outros óleos de travões! Em caso de dúvida, consulte o fabricante do veículo!

Todos os óleos de travões da TRW estão em conformidade com as normas SAE/DOT e, em alguns aspetos, até superam os requisitos impostos. (Comparar com a tabela na página 1)

TRW DOT3 DOT4 DOT5.1

Ponto de ebulição

seco em °C (mín.) 240 265 270

Ponto de ebulição

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1.2 Qual o efeito da água no óleo de

tra-vões?

Conforme mencionado anteriormente, a formação de bolhas de vapor no óleo de travões pode ter como consequência a falha dos travões.

Ao percorrer uma longa descida com o automóvel eventualmente com atrelado, os travões e o óleo de travões aquecem fortemente devido à fricção dos materiais dos travões. Se a temperatura exceder o ponto de ebulição do óleo de travões, este começa a evaporar. Se o condutor mantiver o pé no travão, o efeito de travagem irá provavelmente continuar assegurado, já que a pressão de vapor aumenta a pressão do travão.

Mas se o condutor largar o travão, o êmbolo regressa à sua posição inicial. Deste modo, podem formar-se bolhas de vapor no óleo de travões e uma parte do óleo de travões pode ser forçada através do orifício de compensação da válvula central do cilindro principal para o depósito de compensação. Na travagem seguinte estas bolhas de vapor são novamente comprimidas. Se o curso máximo do pedal do travão já não for suficiente, não é possível formar pressão de travagem - o pedal do travão não funciona.

Frequentemente surge a questão de como é possível entrar água no circuito de travagem, já que se trata de um sistema de "fechado".

Na tampa do reservatório encontra-se um orifício de ventilação que, em caso de oscilação do nível do óleo de travões, assegura a ventilação atmosférica necessária. Este orifício permite que a humidade do ar entre no sistema. Também durante as lavagens do motor ou do veículo pode entrar água para o reservatório através deste orifício.

Da mesma forma, os tubos flexíveis de travão e os elementos vedantes são responsáveis por um aumento do teor de água no óleo de travões. Através destes é difundida água para o óleo de travões. Um líquido de travões novo possui um teor de água de aprox. 0,05%. Após cerca de dois anos de funcionamento, é medido através do reservatório um teor de água de cerca de 3%, o que corresponde a um ponto de ebulição de 140 °C a 180 °C (consoante o óleo de travões utilizado).

ATENÇÃO: a partir desta temperatura, o óleo de travões entra em ebulição!

Aviso: este valor pode ser ainda mais reduzido nos cilindros de roda ou nas pinças de travão, o que requer uma mudança imediata do óleo de travões!

1.2.1 Ensaiador de óleo de travões

Para obter informações precisas acerca do ponto de ebulição do óleo de travões é necessário utilizar um ensaiador.

A TRW possui um desses aparelhos de teste do óleo de travões - referência YWB214.

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2. Mudança do óleo de travões

A TRW, tal como os restantes fabricantes de sistemas de travagem, recomenda a mudança regular do óleo de travões, de acordo com as indicações dos fabricantes de automóveis. Quando em contacto com a atmosfera, os óleos de travões à base de glicol acumulam água - são, portanto, higroscópicos. Frequentemente, a capacidade de absorção de água apenas é considerada como sendo uma desvantagem nos óleos. Porém, esta característica do óleo é necessária para garantir que nunca há água sob forma de

gotas no sistema de travagem. A água absorvida é completamente dissolvida, evitando-se assim a formação de gotas. As gotas de água causam corrosão local e, com temperaturas muito baixas, podem congelar (obstruindo orifícios importantes!). Tenha em consideração que mesmo um teor de água reduzido causa a descida do ponto de ebulição do óleo de travões. Nos testes efetuados verificou-se que, após 2 anos, o teor de água pode ser superior a 3%, podendo deste modo causar a descida do ponto de ebulição até aos 145 °C (dependendo do óleo de travões).

A TRW recomenda a substituição do óleo de travões quando o ponto de ebulição for inferior a 180 °C ou quando for atingido o limite de 3% de teor de água. Independentemente da quilometragem, o óleo de travões deverá ser mudado a cada 2 anos!

2.1 Sangradores de travões

Para efetuar a mudança do óleo de travões de forma segura deve ser utilizado um sangrador de travões adequado.

A TRW disponibiliza dois sangradores com capacidades diferentes:

• YCB350 para embalagens de 5l • YCB351 para embalagens de 20l

Principais características dos sangradores de travões da TRW:

• Pressão de trabalho ajustável (0 - 4 bar)

• Desligam automaticamente quando o reservatório do óleo está vazio

• Adequado para todos os sistemas de estabilidade de automóveis (ESC, SBC, VSC, ABS, etc.)

• Adequado para um único operador

• Inclui adaptador tipo CEE

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3. Em resumo

3.1 Miscibilidade dos óleos de travões

Todos os óleos de travões da qualidade DOT3, DOT4 e DOT5.1 podem ser misturados entre si.

O óleo de travões DOT5 constitui, no entanto, uma exceção, já que é à base de silicone.

ATENÇÃO: o DOT5 não pode ser misturado com outros óleos de travões!

Em caso de dúvida, consulte o fabricante do veículo.

3.2 Ponto de ebulição seco e formação de

bolhas de vapor

O ponto de ebulição seco (ocasionalmente também designado por ponto de ebulição de equivalente) do óleo de travões é um indicador da resistência térmica. O óleo de travões deve possuir um ponto de ebulição elevado e mantê-lo enquanto está em utilização. Quando a temperatura do óleo de travões é superior ao atual ponto de ebulição, ocorre a formação de bolhas de vapor. Isso pode provocar a falha do sistema de travagem.

3.3 Ponto de ebulição húmido

O ponto de ebulição húmido é determinado depois de o óleo de travões ter sido higroscopicamente contaminado com a quantidade de água definida de 3,5%.

3.4 Poder lubrificante

O óleo de travões deve possuir um bom poder lubrificante, de modo a proteger as peças móveis interiores e os cilindros de travão contra o desgaste.

3.5 Proteção contra corrosão

O óleo de travões não pode ter um efeito corrosivo sobre os cilindros de travão e os tubos de travão. A existência de corrosão no interior do sistema de travagem teria como consequência a redução significativa da sua vida útil. Conforme mencionado anteriormente o óleo de travões é higroscópico; assim, é extremamente importante que os intervalos de mudança prescritos sejam sempre respeitados, de

3.6 Viscosidade / Fluidez

Mesmo com temperaturas muito reduzidas, o óleo de travões não pode perder a sua fluidez.

3.7 Compressibilidade

O óleo de travões deverá apresentar uma

compressibilidade tão reduzida quanto possível, para que a eficácia do pedal do travão seja sempre regular.

3.8 Formação de espuma

O óleo de travões não deverá formar espuma. Este aspeto é especialmente importante durante o primeiro enchimento nas instalações do fabricante.

3.9 Compatibilidade com vedantes

A compatibilidade com peças de borracha deve ser assegurada. Os vedantes não devem encolher nem dilatar para além dos limites definidos.

As normas SAE e DOT definem os métodos de

verificação e medição para todas estas características.

4. Dicas de comportamento para

automobilistas

Ao percorrer uma longa descida,

eventualmente com atrelado deve travar tanto quanto possível com o motor, engatando uma velocidade mais reduzida.

Deste modo, retira carga aos travões. Nunca deve utilizar o travão continuamente durante longos períodos de tempo. É melhor travar com mais força mas durante períodos de tempo mais reduzidos. Se detetar cursos do pedal mais longos é possível que se estejam a formar bolhas de vapor mais cedo. Deste modo, evitam-se surpresas desagradáveis causadas pela falha dos travões.

Caso verifique que os cursos de pedal se

tornaram mais longos, alivie o travão engatando uma velocidade ainda mais reduzida.

Se isso não ajudar deve parar a marcha logo que possível e deixar o travão arrefecer durante um período de tempo prolongado. Por fim, a melhor dica: • Mude o óleo de travões anualmente!

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Conteúdo

1. Princípios gerais 1

1.1 Requisitos 2

1.2 Qual o efeito da água no óleo de travões? 3

1.2.1 Ensaiador de óleo de travões 3

2. Mudança do óleo de travões 4

2.1 Sangradores de travões 4

3. Em resumo 5

3.1 Miscibilidade dos óleos de travões 5

3.2 Ponto de ebulição seco e formação de bolhas de vapor 5

3.3 Ponto de ebulição húmido 5

3.4 Poder lubrificante 5

3.5 Proteção contra corrosão 5

3.6 Viscosidade / Fluidez 5

3.7 Compressibilidade 5

3.8 Formação de espuma 5

3.9 Compatibilidade com vedantes 5

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