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MANUEL D ORIENTATION DE LECTURE. APPROCHES LITTERAIRES DE TEXTES EN FRANÇAIS

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Academic year: 2021

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CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG/UFU Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

DIRETORIA DE PESQUISA COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

2008 – UFU 30 anos

MANUEL D’ORIENTATION DE LECTURE. APPROCHES LITTERAIRES

DE TEXTES EN FRANÇAIS

Aline Tavares e Soares Guimarães¹

Instituto de Letras e Lingüística. Universidade Federal de Uberlândia. alinetsg@hotmail.com

Gabriela Maria Rodrigues Moreira¹

gabiufulet@gmail.com

Neila Soares de Faria²

neilafaria@com4.com.br

Resumo: O manual de orientação de leitura em língua francesa permitirá ao leitor

conhecer aspectos históricos da França do século XIX, bem como das escolas literárias e dos principais autores que fazem parte desse século.

Entretanto, o objetivo maior desse manual é permitir que o leitor conheça a literatura

francesa de forma mais completa, além de ver alguns exemplos de análise literária. Ele terá

também a possibilidade de fazer suas próprias análises, refletindo, assim, sobre a literatura, o processo histórico e o contexto em que estão inseridos as obras e seus autores e refletir também a respeito da língua francesa.

Palavras-chave: literatura francesa, literatura do século XIX, análise literária francesa, manual de

literatura francesa.

1. INTRODUÇÃO

O ensino de línguas estrangeiras esteve, quase sempre, associado à utilização de textos literários (em sua grande maioria, escritos), sendo considerados “documentos de língua”, ou seja, para exemplificar as variedades de textos escritos que circulam na sociedade. Mas, é possível aplicar a um texto literário o mesmo tipo de abordagem utilizado para os demais documentos? Se assim procedêssemos, estaríamos negando o que constitui a especificidade do texto literário: seu status e a sua função social. A este respeito, bem observa nossa saudosa Clarice:

Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não-palavra – a entrelinha – morde a isca, alguma coisa se inscreveu. Uma vez que se pescou a entrelinha, poder-se-ia com alívio jogar a palavra fora. Mas aí cessa a analogia: a não-palavra, ao morder a isca, incorporou-a. O que salva

então é escrever distraidamente. (CLARICE LISPECTOR).

Consideremos, então, esse despojamento da literatura ao apresentar-se como arte. O literato, seja compatriota, seja estrangeiro, trabalhará o texto literário segundo suas experiências pessoais, considerando, principalmente, a cultura do seu povo, a qual, certamente, será evidenciada, criada e recriada pelo fazer literário.

O propósito, portanto, de se trabalhar o texto literário no curso de letras, produzido pelos falantes do idioma francês, é o de tomar contato com a intelectualidade literária francófona, no que

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2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é o de criar material didático para trabalhar na graduação e fornecer aos alunos das disciplinas de literatura de língua francesa um breve histórico do século XIX, além de fragmentos de textos dos mais importantes autores da época.

Além disso, tentamos trazer para a Universidade, mais especificamente para o laboratório de línguas, um número significativo de material audiovisual (filmes), para ilustrar melhor o trabalho que foi desenvolvido com a literatura. São filmes baseados em obras literárias de língua francesa.

Para ilustrar a análise dos textos, produzimos fichas que assumem o papel de ensinar o aluno a fazer uma análise literária e não apenas responder aos questionamentos, mas também e principalmente refletir e perceber as várias possibilidades de análise que os textos nos permitem fazer.

Em relação à inclusão, neste trabalho, de filmes baseados em obras literárias francófonas, ressalta-se que são considerados como complemento de estudo, figurando, pois, como obras autônomas, se comparadas ao tema em que foram baseadas, ou seja, cinema e literatura são vistos aqui, naturalmente, como áreas de produção cultural independentes e distintas, marcadas por suas peculiaridades. Assim, ao trabalharmos um filme baseado numa obra literária, possibilitamos ao discente conhecer os detalhamentos de um texto literário, pois este não dispõe de recursos existentes no cinema, como, por exemplo, a sua principal característica que é a imagem, além de se poder lançar mão, neste tipo de arte, da sonoplastia como recurso dissuasivo.

Dessa forma, o labutar na interpretação dos textos literários escritos em língua francesa, bem como na assistência de filmes, cuja origem de seus temas está na produção literária, implica no aumento da capacidade de percepção pelo aluno da cultura francófona do século XIX, além de servir-lhe de farol na interpretação de tal cultura.

3. A LITERATURA

Para se fazer a análise de um texto literário não basta apenas ler e procurar significados, pois o mesmo traz em si vários significados, várias recriações do mundo. Então, analisá-lo implica em observar as estratégias (lingüísticas e estilísticas) utilizadas pelo autor. É preciso, sobretudo, considerar que o texto literário tem uma dimensão estética, plurissignificativa e de intenso dinamismo, que possibilita a criação de novas relações de sentido, com predomínio da função poética da linguagem. É, portanto, um espaço relevante de reflexão sobre a realidade de um povo, envolvendo um processo de recriação lúdica dessa realidade. Assim, pode-se acessar o modo de pensar e de viver do homem francófono do século XIX, alcançando a compreensão de sua cultura e de sua visão de mundo. Pode-se, ainda, como resultado não buscado, porém conseqüente, alcançar as influências positivas e negativas das culturas de língua francesa sobre a própria cultura literária brasileira.

Entretanto, quando se fala em literatura de língua estrangeira (no nosso caso, a de língua francesa) temos que observar todos os aspectos que foram citados anteriormente, além de conduzí-los a uma transformação da língua, ou seja, existem recursos lingüísticos que são usados e possuem sentidos para o falante da língua, mas para um aprendiz de língua estrangeira talvez esse artifício não tenha significado algum. Daí surge a importância da ambientação dos alunos a este idioma e suas culturas por meio da assistência dos filmes, pois, ao ver um filme, o aluno terá acesso à forma de expressão dos francófonos, suas peculiaridades no uso da língua francesa, seus comportamentos sociais, os sentimentos mais relevantes ao povo, seus valores culturais, tudo isto relacionado, essencialmente, com a língua em si.

Na literatura francesa do século XIX, encontramos os principais autores da literatura (estudados mundialmente). É importante que tenhamos um bom conhecimento desses autores, para que seja alcançado o objetivo proposto no estudo da literatura de língua francesa.

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Nosso intuito foi de trazer para a graduação essa situação e poder estimular possíveis soluções. Permitir que o aluno do curso de letras conheça, reflita e analise as principais obras francesas do século XIX.

Saliente-se, contudo, que há sempre um esforço didático em estimular o pensamento e a compreensão autônomos dos graduandos em letras, pois mister é que o estudioso da disciplina consiga realizar as interpretações sem esperar ou necessitar de uma percepção pronta e acabada. Antes, urge estimular no aluno a capacidade de vislumbrar novas possibilidades, novas interpretações dos conteúdos propostos.

3.1. A Literatura Francesa do Século XIX

As escolas literárias francesas do século XIX serviram de subsídio para as produções artísticas no mundo todo. Cremos que a literatura francesa não foi precursora do romantismo e nem do simbolismo, contudo, foi na França que esses movimentos se destacaram.

Neste sentido, temos condições de observar as relações entre a escrita e os meios histórico, político e sociocultural na França, do século XIX, além das sensibilidades românticas presentes no socialismo e na utópica intervenção política e social do escritor, nos combates deste contra a pena de morte, ou no seu engajamento pelas liberdades do literato e em prol dos miseráveis. Temos ainda, por conseguinte, le mal du siècle caracterizado nas relações da sociedade com a instituição literária do séc. XIX francês (condições de produção, figurações do artista e do feminino no romance) pela luta de classes após articulação do momento histórico com o romance. A concepção heróica da vida moderna, pois, enfatiza também o movimento operário e a revolução na linguagem poética trabalhada pela sociedade intelectual francesa.

A partir deste panorama é que se possibilita pensar criticamente na produção cultural francófona.

Além do mais, no pré-romantismo, destacamos Mme Staël e Chateaubriand, que trouxeram algumas características românticas em suas obras e influenciaram os autores românticos (Lamartine, Victor Hugo, Vigny e Musset).

Já no Realismo/Naturalismo destacamos Gustave Flaubert, pelo incansável trabalho com a palavra, sempre procurando a palavra perfeita. Para exemplificar esse traço utilizamos a obra ‘Madame Bovary’, que demorou cinco anos para ficar pronta para a primeira publicação.

Os autores simbolistas foram os mais ‘difíceis’, no sentido de compreender as idéias tratadas nos textos, e, principalmente, por trazerem à superfície uma sensibilidade tão latente e ao mesmo tempo tão sutil. Os autores escolhidos para exemplificar essas características foram Baudelaire, Rimbaud, Verlaine e Mallarmé.

3.2. Abordagens

Fizemos a tentativa de confeccionar um material didático completo em língua francesa, que abordasse vários aspectos teóricos e literários.

Com relação à parte teórica, confeccionamos uma apostila que trata de assuntos diversos, como os tipos de linguagem, denotação e conotação, as funções de linguagem, os gêneros literários. Especificamos aspectos poéticos (métrica, rima, ritmo, algumas figuras de linguagem) e prosódicos (coesão e coerência).

Posteriormente, falamos dos eventos históricos importantes que influenciaram os autores, ou seja, fizemos uma cronologia histórica e literária que explica, ano a ano, os momentos históricos, as obras literárias e seus autores, para depois partirmos para as escolas literárias, pois entendemos que são necessários alguns conhecimentos prévios para compreender melhor cada uma delas.

Além de tratar dos momentos da literatura do século XIX, fizemos três capítulos para aprofundar os vários aspectos que compõem cada umas das escolas (das definições, das principais características, da linguagem literária, dos principais autores da poesia e da prosa e da análise dos

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Mas, como o material foi elaborado no intuito de incentivar a leitura e análise de obras francesas, apresentamos também alguns métodos de análise literária, para que o discente veja exemplos e prossiga com o trabalho em textos mais longos ou para que inicie a análise em outro texto.

Não podemos atestar, ainda, que esse material pode realmente sanar as maiores dificuldades encontradas pelos alunos. Mas, por experiência própria das orientandas, que iniciaram o projeto partindo de suas dificuldades, é possível perceber um crescimento grandioso com relação à língua e à literatura francesas.

4. AGRADECIMENTOS

A satisfação em alcançar espaço na produção intelectual acadêmica se expressa no sincero agradecimento à egrégia Universidade Federal de Uberlândia, a qual possibilitou-nos trabalhar neste projeto de pesquisa, através do imprescindível incentivo garantido pelo Programa Institucional de Bolsas do Ensino de Graduação – PIBEG.

Efetivamente, não há mais nobre recompensa do que poder participar ativamente do conhecimento, da compreensão, da construção e reconstrução da cultura através da versatilidade da literatura. Portanto, é com inexprimível alegria que integramos essa diversidade cultural amparada pela nossa Universidade.

5. REFERÊNCIAS

ADAM, Jean-Michel. Langue et Littérature. Analyses pragmatiques et textuelles. Paris : Hachette, 1991.

AMMIRATI, Charles ; LEFEBVRE, Brigitte et MARCANDIER-COLARD, Christine. Manuel de Poche. Littérature Française. Paris: PUF, 1998.

ALBERT, Marie-Claude et SOUCHON, Marc. Les Textes Littéraires en Classe de Langue. Paris. Hachette, 2000.

CASTEX, Pierre-Georges. Manuel des études litteraires françaises; XIXe siècle. Paris. Hachette, 1966.

FARACO, Carlos Emílio e MOURA, Francisco Marto. Língua e Literatura. Livro do Professor. Vol. 2, 2° grau. São Paulo. Ed. Ática, 1997.

LAGARDE & MICHARD. XIXe. Siècle. Les Grands Auteurs Français du Programme. Paris : Bordas, 1966.

LANCIEN, Thierry. De la vidéo à l’internet: 80 activités thématiques. Paris. Hachette, 2004.

PLATÃO et FIORIN. Lições de Texto: Leitura e Redação. Livro do Professor. São Paulo. Ed. Ática, 1997.

SCHMIDT, Maria Junqueira. Littérature Française. São Paulo. Cia Editora Nacional, 1966.

HANDBOOK OF ORIENTATION OF READING. LITERARY

APPROACHES OF FRENCH TEXTS

Aline Tavares e Soares Guimarães¹

Institute of Letters and Linguistics. Federal University of Uberlândia. alinetsg@hotmail.com

Gagriela Maria Rodrigues Moreira¹

gabiufulet@gmail.com

Neila Soares de Faria²

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Abstract: The handbook of orientation of reading in French language will allow the reader to know

historical aspects of France in century XIX, beyond the literary schools and the main authors who understand this century.

However, the objective biggest of this manual is to allow that the reader knows the literature French of more complete form, beyond seeing good examples of literary analysis. It will have the possibility also to make its proper analyses, thus reflecting, on literature, the historical process and the context where the workmanships and the authors of them are inserted and to reflect also

regarding the French language

.

Keywords: French literature, literature of century XIX, French manual literary, analysis French

Referências

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