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Visão panorâmica da umbanda

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Academic year: 2021

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1.0 - Origem

O marco inicial da umbanda é reconhecido como o advento do caboclo das 7 encruzilhadas através de seu médium Zélio de Moraes ocorrido em 1908 em Niterói – Rido de Janeiro. Segue abaixo um resumo da história:

Em 15 de novembro de 1908, compareceu a uma sessão da Federação Espírita, em Niterói, então dirigida por José de Souza, um jovem de 17 anos de tradicional família fluminense. Chamava-se ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES.

Restabelecera-se, no dia anterior, de moléstia cuja origem os médicos haviam tentado, em vão, identificar. Sua recuperação inesperada por um espírito causara enorme supressa. Nem os doutores que o assistiam nem os tios, sacerdotes católicos, haviam encontrado explicação plausível. A família atendeu, então, à sugestão de um amigo, que se ofereceu para acompanhar o jovem Zélio à

Federação. Zélio foi convidado a participar da Mesa. Zélio sentiu-se deslocado, constrangido, em meio àqueles senhores. E causou logo um pequeno tumulto. Sem saber por que, em dado momento, ele disse: "Falta uma flor nesta casa: vou buscá-la". E, apesar da advertência de que não poderia afastar-se, levantou-se, foi ao jardim e voltou com uma flor que colocou no centro da mesa. Serenado o ambiente e iniciados os trabalhos, manifestaram-se espíritos que se diziam de índios e escravos. O dirigente advertiu-os para que se retirassem. Nesse momento, Zélio sentiu-se dominado por uma força estranha e ouviu sua própria voz indagar por que não eram aceitas as mensagens dos negros e dos índios e se eram eles considerados atrasados apenas pela cor e pela classe social que declinavam. Essa observação suscitou quase um tumulto. Seguiu-se um diálogo acalorado, no qual os dirigentes dos trabalhos procuravam doutrinar o espírito desconhecido que se manifestava e mantinha argumentação segura. Afinal um dos videntes pediu que a entidade se identificasse, já que lhe aparecia envolta numa aura de luz. Se querem um nome - respondeu Zélio inteiramente mediunizado - que seja este: eu sou o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS, porque para mim não haverá caminhos fechados. E, prosseguindo, anunciou a missão que trazia: estabelecer as bases de um culto, no qual os espíritos de índios e escravos viriam cumprir as determinações do Astral. No dia seguinte, declarou ele, estaria na residência do médium, para fundar um templo, que simbolizasse a verdadeira igualdade que deve existir entre encarnados e desencarnados. Levarei daqui uma semente e vou plantá-la no bairro de Neves, onde ela se transformará em árvore frondosa. No dia seguinte, 16 de novembro de 1908, na residência da família do jovem médium, na Rua Floriano Peixoto, 30 em Neves, bairro de Niterói, a entidade manifestou-se pontualmente no horário previsto - 20 horas. Ali se encontravam quase todos os dirigentes da Federação

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Leituras

“Fundamentos de raiz”

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Espírita, amigos da família, surpresos e incrédulos, e grande número de desconhecidos que ninguém poderia dizer como haviam tomado conhecimento do ocorrido. Alguns aleijados aproximaram-se da entidade, receberam passes e, ao final da reunião, estavam curados. Foi essa uma das primeira provas da presença de uma força superior. Nessa reunião, o CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS estabeleceu as normas do culto, cuja prática seria denominada "sessão" e se realizaria à noite, das 20 às 22 horas, para atendimento público, totalmente gratuito, passes e recuperação de obsedados. O uniforme a ser usado pelos médiuns seria todo branco, de tecido simples. Não se permitiria retribuições financeiras pelo atendimento ou pelos trabalhos realizados. Os cânticos não seriam acompanhados de atabaques nem de palmas ritmadas. A esse novo culto, que se alicerçava nessa noite, a entidade deu o nome de UMBANDA, e declarou fundado o primeiro templo para sua prática, com a denominação de tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, porque: "assim como Maria acolhe em seus braços o Filho, a Tenda acolheria os que a ela recorressem, nas horas de aflição". Através de Zélio manifestou-se, nessa mesma noite, um Preto Velho, Pai Antônio, para completar as curas de enfermos iniciadas pelo Caboclo. E foi ele quem ditou este ponto, hoje cantado no Brasil inteiro: "Chegou, chegou, chegou com Deus, Chegou, chegou, o Caboclo das sete Encruzilhadas". A partir desta data, a casa da família de Zélio tornou-se a meta de enfermos, crentes, descrentes e curiosos.

2.0 - Definição

Sem dúvida a melhor definição continua sendo a primeira, proclamada pelo caboclo das 7 encruzilhadas:“Umbanda é a manifestação do espírito para a acaridade”.A Definição Clássica do que é Umbanda, foi aprovada na II CONVENÇÃO NACIONAL DA UMBANDA, realizada pelo CONSELHO NACIONAL DELIBERATIVO DA UMBANDA E DOS CULTOS AFROS - CONDU/RJ, em 25/28 de agosto de 1.978, que é a seguinte: “UMBANDA é uma manifestação Divina, Culto de caráter Místico Religioso, projetado no Plano Astral do Brasil, com fundamento na Caridade. Uma vibração de Amor, trazidas pelas Entidades Espirituais”.

3.0 - Finalidade

Prestar a caridade e auxiliar o homem a encontrar o caminho da prórpia evolução a partir de passes, consultas, transportes, descarregos, energizações e aconselhamentos.

4.0 - Fundamentos

A umbanda crê em Deus (Zambi-Tupã-Olorum) manifestando-se como Orixás, os senhores da Luz, nos guias e na modificação do destino a partir do livre arbítrio. Crê na reencarnação, na lei do carma, na lei do livre arbítrio e na prática da mediunidade. Preconiza o amor ao próximo, a liberdade religiosa e o respeito a todas as religiões.

4.1 - Deus e os orixás

Deus na sua totalidade é incompreensível a consciência humana; para que possamos compreendê-lo, Ele se manifesta em partes: Os orixás. Os Orixás são manifestações específicas de Deus, não possuindo forma física e nunca incorporando diretamente. São os Senhores da Luz, mantendo a Ordem Universal através das leis divinas. São energias ancestrais que condensadas e mescladas originam tudo o que existe no mundo físico (Ayê) e no mundo espiritual (Orum). No plano físico essas energias podem ser

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manipuladas a partir de sons, formas geométricas, cores, ervas, pedras, sentimentos, danças, etc. Cada Orixá possui um ponto de força na Terra, isto é, regiões no paneta que são chacras por onde essas vibrações se movimentam: mares, rios, lagos, cachoeiras, matas, estradas, etc.

Sendo o orixás uma consciência energética nosso conga não os representa de forma antropomórfica, ou seja na forma humana a partir de imagens de santos católicos. Orixás nunca foi gente ele é o gerado a matéria prima com a qual tudo foi feito.

Segue abaixo um pequeno resumo sobre os Orixás cultuados pela umbanda: Oxalá: É Deus-amor, o princípio espiritual que reflete o amor Universal e a fé.

Ogum: è Deus-guerreiro, o princípio da conquista e da abertura de novos caminhos. Oxossi: É Deus-vivificante, o princípio da revitalização cósmica.

Obaluaiê: É Deus-morte, o rpincípio que rege os finais de ciclos representados pela morte e pela doença.

Xangô: È Deus-Justiça, o princípio da Lei Divina, a irradiação da Justiça Cósmica. Ibeji: É Deus-alegria, o princípio da pureza e da revitalização cósmica.

Yemanjá: é Deus-mãe, o princípio criativo e doador da vida, a geração da vida, a grande mãe Cósmica.

Oxum: É Deus-Mãe, o princípio da auto estima, do amor próprio.

Yansã: É Deus-mãe-guerreira, o princípio das grandes mudanças, da revolução total. Nana: É Deus-mãe ancestral, o princípio da sabedoria e da paciência, é o conhecimento Cósmico, a ancestralidade.

4.2 - Os guias

Entidades mentoras responsáveis pela transmissão dos ensinamentos espirituais. Antepassados habitantes do alto plano astral. Conhecedores dos fundamentos da evolução espiritual.

5.0 - O terreiro

A Umbanda é uma religião que deve sempre ocorrer em um local sacralizado, onde todas as firmezas foram realizadas segundo a tradição advinda do Babalorixá. A sacralização do conga, dos 4 cantos e da tronqueira são os elementos mais importantes porém não únicos, para que a realização do culto (rito ou gira) ocorra. A lei máxima é: “o local material deve estar sacralizado para que o divino se manifeste”. Portanto, nunca deve haver incorporação em outro lugar que não seja o terreiro!!! Caso isso ocorra sempre haverá um preço e este certamente será cobrado...

6.0 - A Hierarquia

O terreiro não é uma democracia, muito menos um senado, é uma monarquia vitalícia, o Babalorixá (pai de Santo) é a autoridade máxima dentro do terreiro cuja palavra é lei. Deve sempre ser um médium experiente na prática da mediunidade e da mecânica de incorporação, mas essencialmente deve ter uma conduta de vida e um conhecimento da religião que vai além do conhecimento dos demais. É ele quem conhece todos os segredos e manipula energias sem estar incorporado. É o Grande sacerdote que mesmo incompreendido deve ser obedecido...É ele o responsável pelo seu desenvolvimento como médium e como pessoa, o maior indicado para traçar junto com você um objetivo de vida, necessariamente deve saber mais que você sobre a religião. A relação do filho de santo com seu Babalorixá deve ser sempre de admiração e respeito mútuos.

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7.0 - As guias

O uso de guias na umbanda é uma das características de atuação nessa religião. Há várias e contraditórias explicações para o uso desses “colares” bem como para sua quantidade e elementos de composição. Há quem diga que devem ser utilizados apenas elementos naturais como corais, conchas, sementes e pedra verdadeiras, outros acham que devem ser apenas de porcelana, outros apenas de cristal e há quem faça uma mistureba de tudo (como nós no GRUEL). Cada terreiro organiza as guias de acordo com suas necessidades ou copia de outros sem explicação alguma. Muitos dizem que a guia é um mistério do guia...(fácil explicar assim quando não se sabe...). poderíamos dizer que a elaboração de uma guia é algo complexo uma vez que leva em consideração muitas variáveis: a seqüência das cores, o número de miçangas, o tipo de fio (plástico ou cordonê), o tipo de cruzamento (amaci, vela de sete dias, passe do guia, etc) ou ainda a função para a qual foi designada.

8.0 - Procedimentos energéticos

Na umbanda o atendimento é único e insubstituível podendo ocorrer a partir das seguintes modalidades:

Passe: transmissão de energia psíquica que restaura o equilíbrio mental, físico e

espiritual. Proporciona um reequilíbrio da aura pela desobstrução dos chacras.

Descarrego: transmissão de energia psíquica mais intensa onde cada chacra recebe

uma recarga específica é realizado com defumação, círculo de caboclos, pó da Oxum e banho de descarrego.

Energização: É uma transmissão de energia psíquica cuja finalidade é atuar

especificamente na ansiedade e na angústia gerada por uma perda sentimental, doença, etc.

Transporte: procedimento através do qual o médium retira energias condensadas e

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Mediunidade [do latim medium + -idade] – 1. Faculdade que a quase totalidade das pessoas possuem, umas mais outras menos, de sentirem a influência ou ensejarem a comunicação dos Espíritos, tanto que Allan Kardec afirma serem raros os que não possuem rudimentos de mediunidade. 2. Em alguns, essa faculdade é ostensiva e necessita ser disciplinada, educada; em outros, permanece latente, podendo manifestar-se episódica e eventualmente.

Medianimidade [do latim mediu + anima + -idade]

http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/vocabulario/letra-m.html

As vivências tidas como mediúnicas são descritas na maioria das civilizações e têm um grande impacto sobre a sociedade. Apesar de ser um tema pouco estudado atualmente, já foi objeto de intensas investigações por alguns dos fundadores da moderna psicologia e psiquiatria.

O desenvolvimento da mediunidade não guarda relação com o desenvolvimento moral dos médiuns. A faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium.

Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela.

A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor. A produção revela o operário.

A pena mostra a alma de quem escreve.

O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige. O lavrador tem a enxada, entretanto...

Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.

Se delinqüente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime. Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão. O legislador guarda o poder; contudo, através dele...

Se irresponsável, estimula a desordem. Se desonesto, incentiva a pilhagem.

Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso. O artista dispõe de mais amplos recursos da Inteligência; todavia, com eles... Se desequilibrado, favorece a loucura.

Se corrompido, estende a viciação.

Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.

Urge reconhecer, no entanto, que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina realmente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.

Assim também na mediunidade.

Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

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Leituras

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Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.

Texto ditado por Emmanuel na reunião pública de 12/2/1960, a respeito do Livro dos Médiuns - Questão nº226 - Parágrafo 1º

Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas. Poderias igualmente perguntar por que concede servem para dizer coisas nocivas. O mesmo se dá com a indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem.

Ninguém se esqueça de que estamos assimilando incessantemente as energias mentais daqueles com quem nos colocamos em relação.

E, além disso, estamos sempre em contacto com o que podemos nomear como sendo “geradores específicos de pensamento”. Através deles, outras inteligências atuam sobre a nossa.

Um livro,

um laço afetivo, uma reunião

ou uma palestra são geradores dessa classe. Aquilo que lemos,

as pessoas que estimamos,

as assembléias que contam conosco

e aqueles que ouvimos influenciam decisivamente sobre nós.

Devemos ajudar a todos, mas precisamos selecionar os ingredientes de nossa alimentação mais íntima.

Certo, não podemos menosprezar o nosso irmão que se arrojou aos despenhadeiros do crime, constituindo simples dever nosso o auxilio objetivo em favor do reajuste e soerguimento dele, todavia, não podemos absorver-lhe as

amarguras e os remorsos, que se dirigem a natural extinção.

Visitaremos o enfermo, encorajando-o e levantando-lhe o bom ânimo,

contudo, não será aconselhável adquirir-lhe as sensações desequilibrantes, que precisam desaparecer, tanto quanto os detritos de casa que nos cabe eliminar.

A obra da caridade tudo transforma em favor do bem.

A atitude é oração. E, pela atitude, mostramos a qualidade dos nossos desejos. Os pensamentos honestos e nobres, sadios e generosos, belos e úteis, fraternos e amigos, são a garantia do auxílio positivo aos outros e a nós mesmos.

Quanto mais nos adiantamos na ciência do espírito, mais entendemos que a vida nos responde, de conformidade com as nossas indagações.

O princípio dos “semelhantes com os semelhantes” é indefectível em todos os planos do Universo.

Caminhamos ao encontro de nós mesmos e, por isso, surpreendemos

invariavelmente conosco aqueles que sentem com o nosso coração e pensam com a nossa cabeça.

Os médiuns, em qualquer região da vida, filtros que são de rogativas e respostas, precisam, pois, acordar para a realidade de que viveremos sempre em companhia daqueles que buscamos, de vez que, por toda parte, respiramos ajustados ao nosso campo de atração.

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-A MEDIUNID-ADE UMB-ANDIST-A

Médiuns são aqueles espíritos que receberam, antes da presente encarnação, determinados ajustes em seu Organismo Astral que possibilitem ceder sua constituição física à comunicação mediúnica, trabalhando em prol da Caridade e da evolução, própria e dos seus semelhantes. Este é um compromisso firmado entre este Ser e os Espíritos da Confraria Cósmica de Umbanda antes do nascimento e que deve florescer de maneira natural ao longo da encarnação do indivíduo.Atualmente, raros são os médiuns com atividades positivas e ligados a Espíritos com ordens e direitos do Astral Superior. Também o grau de atividade da faculdade mediúnica varia entre os médiuns, de acordo com seu grau consciencial e com a sua experiência ao longo das encarnações exercendo esta faculdade.Deixamos claro que não é necessário ser médium para ser umbandista e a mediunidade não é uma dádiva estendida a "eleitos" ao reino dos Céus. Na verdade, os médiuns são espíritos de alguma forma comprometidos carmicamente com a evolução planetária, na maioria devedores antigos que, em maior ou menor grau, são cientes de seus débitos e trabalham para quitá-los perante a Lei.Alguns destes médiuns são espíritos velhos no Planeta, que embora possam ter-se desviado, em algum momento, da via justa da evolução, carregam consigo considerável experiência e conhecimento, tanto das coisas do espírito como das forças da Natureza e, principalmente, da psicologia humana. Estes são chamados Iniciados, cada um dentro de seu grau, da Corrente Astral de Umbanda. A Iniciação é um processo contínuo, que se desenvolve no decorrer de várias e várias encarnações dedicadas a este aprendizado, também não acaba nunca pois é infinita a evolução espiritual e cada minúscula porção de conhecimento trazido por um iniciado deve ser fruto da sua própria vivência orientada por mestres. Sim, cada fio de cabelo da cabeça de um Iniciado é contado...

A MEDIUNIDADE UMBANDISTA DENTRO DO GRUEL

O Babalorixá do GRUEL (Grupo Umbanda é Luz) entende que a incorporação é apenas a ponta de um iceberg muito maior que é a mediunidade. O desenvolvimento do eu, um encontrar consigo mesmo é o primeiro passo para um desenvolvimento da mediunidade. Incomodar-se com o sofrimento alheio e ter a necessidade de auxiliar o próximo não é suficiente para ser médium no GRUEL. A sede por conhecimento,a assiduidade, o constante aprimoramento e a disposição para o trabalho são itens TAMBÉM importantes. O ingresso no GRUEL é único e para cada filho ocorre de uma maneira, portanto, nunca se compare com seu irmão, compare você com você mesmo estabelecendo sempre uma linha crescente nos aspectos emocionais, materiais, espirituais e humanos. Qualquer dúvida procure sempre seu babalorixá só ele pode solucionar da melhor forma possível sua dúvida.

Independente do médium vir de outra casa “desenvolvido” todo ingresso no GRUEL começa pela ação de camboneamento, estado excelente para aprender com os problemas alheios e a medir o grau de seus problemas! É como cambone que o médium vai se aprimorando no trato com os demais médiuns, entidades e consulentes, onde percebe e entende como ocorrem os trabalhos de Umbanda e os diversos andamentos que podem existir. Paralelamente a atuação como cambone está a de médium aprendiz que ocorre nas aulas de sábado (sempre obrigatórias) nas leituras indicadas pelo babalorixá e na troca com outros médiuns. É inadimissível um médium atuar dentro do GRUEL e não saber a origem de sua religião, qual sua finalidade, seu fundamento, como dar explicações aos consulentes, como saudar um orixá, como trabalhamos, qual nossa concepção de mediunidade.

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A incorporação passa a segundo plano, tanto que nem existem giras de desenvolvimento e muito dificilmente os guias fazem “puxadas” no médiuns. Isso ocorre porque acreditamos que uma vez o médium com moral, conteúdo e comportamento dignos a incorporação é pura conseqüência. È também fundamental que o médium desenvolva sua competência mediúnica sem a incorporação ou seja, tenha capacidade de manipular energias e conduzindo-as e transformando-as sem a incorporação. Que o médium tenha sempre uma palavra amiga e que seu melhor exemplo seja a sua vida, a sua prosperidade e a sua conduta.

Que ele seja sempre alegre, esperançoso e jamais pessimista ou maledicente, que ao entrar na casa de qualquer pessoa seja o portador de alegria, entusiasmo, bênçãos e prosperidade. Que sua visita seja sempre bem vinda, que você seja sempre portador do axé de seu Orixá.

O tempo não é importante assim, a incorporação ocorre em média de 2 a 5 anos após a entrada no GRUEL e ainda assim ela se manifesta para organizar passes, transportes, descarregos e trabalhos indicados pelas entidades consulentes. Paralelamente o médiun já está num estágio onde tem segurança para organizar as energias sem a incorporação, ou seja, “a incorporação ocorre quando ela não é mais necessária!”

A atuação no GRUEL resulta da aprendizagem pela oralidade de gestos, falas, cantos, procedimentos, mitos, rituais e uma infinidade de pequenos detalhes que são priomordiais para o bom desempenho. Há muitas lentas que vão contra nossa atuação mas a prática e o número de pessoas que atendemos é a maior respostas a nós mesmos que estamos no caminho certo. Nunca interessou ao GRUEL quantidade, a qualidade de quem entra é sempre mais importante e jamais podemos acreditar que atuar mediunicamente é necessariamente “receber guias”, pequenos são esses que assim pensam e muito pouco sabem dos verdadeiros Babalawós (pai do segredo) que estão nos terreiros de umbanda que sem nunca terem incorporados, sustentam e sacralizam o material para que o sagrado se manifeste. Feliz daquele que tem um Babalorixá com raiz, com ordens e direitos, que ensina a medida em que o médium vai evoluindo, pois o aprendizado é eterno.

Para nós, atuar mediunicamente é ser um representante de Deus na Terra, auxiliando seus irmãos na evolução mas sendo também um parâmetro através do seu comportamento não comum e medíocre de muitos brasileiros fechados no seu mundinho de “baladas ou de futebol”. Nós médiuns de Umbanda sentimos o chamado dos clarins de Ogum e devemos sempre estar atentos, melhorando cada vez mais como soldados nessa luta pelo nosso próprio bem estar e pelo bem estar alheios. Devemos sempre ser um referencial a todos aqueles que necessitam de um caminho ou que passam por alguma perda e se encontram desacreditados e desmotivados. Devemos ser o conforto para os doentes e a sua esperança de cura e mais do que isso senhores de nosso destino uma vez que, tomando as rédeas de nossa vida possamos prosperar em busca de nossa maior felicidade que é o dom de servir.

Muitos se entusiasmam, poucos fazem do servir um hábito, pouquíssimos continuam fazendo com emoção por anos e somente os escolhidos permanecem lutando e melhorando ainda mais essa sagrada religião brasileira. A esses pilares do movimento umbandista de ontem, de hoje e de sempre nosso sincero saravá!

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O CIDAU – Curso Interno de Doutrina e Ação umbandista, será uma reunião que ocorrerá

semestralmente para discutirmos os rumos da atuação dentro do terreiro, a postura dos médiuns frente a assistência, aos seus irmãos e à própria religião. Será uma reflexão semestral sobre os rumos que nosso GRUEL deve tomar, sempre na busca de uma atuação mais eficaz no atendimento umbandista. Esse CIDAU envolverá à todos, pois dividiremos TODOS os filhos em grupos que se encarregarão de uma das atividades abaixo:

1. GRUPO ORADORES – serão compostos por todos os médiuns de consulta os quais, farão uma palestra durante o CIDAU;

2. GRUPO DOS ESCRIBAS – Médiuns que se encarregarão de montar as apostilas do curso mediante material fornecido pelo Babalaô.

3. GRUPO DOS AVALIADORES _ Médiuns que se encarregarão de elaborar uma avaliação final de curso para todos os participantes do CIDAU, as quais também serão por eles corrigidas e um gráfico final será apresentado.

4. GRUPO “OI GENTE” – médiuns que se encarregarão da recepção, acomodação e assessoria dos demais médiuns durante o CIDAU, bem como do controle do tempo de cada palestra.

5. GRUPO “COMER, COMER” – médiuns que se encarregarão do lanche que ocorrerá diariamente durante 15 minutos.

6. GRUPO MACHADO DUPLO – Médiuns que elaborarão o estatuto do GRUEL para 2007.

segue abaixo o título de algumas palestras que ocorrerão:

 Casa da Sogra? Como se entra, como se sai, como se comportar no GRUEL;

 Consultinha? Claro sou da casa! Ética dos filhos quando necessitarem de auxílio

do GRUEL;

 Aqui tem operação espiritual? Tem sim Senhor!!

 Um trio para evoluir ou para se irritar: sintonia entre cambone, consulente e guia.  Dou passagem, eles precisam trabalhar – como informar os médiuns de outros

terreiro e a assistência sobre mediunidade.

“Num vai te puxadinha?” O desenvolvimento da incorporação dentro do GRUEL.

 O que rola na gira de sábado _ a gira light?

 O que rola na gira de quarta _ a gira 25 de março?

 Quando junta é pra limpar ou para juntar sujeira? Atuação de guias durante o

trabalho em conjunto de descarrego aos sábados.

 As guias de umbanda – Quantidade ou Qualidade?

 Zin fio toma esse chá e faz banho que tais ervas_Cuidado PRETO VELHO!, isso dá

cadeia!!!!

Corrente afiada: canto, dança e sintonia na corrente de umbanda.

O DONO da porta – Hierarquia constante e acidental dentro do GRUEL.

“ NUM INTINDI” fala de novo meu pai – competências do cambone no GRUEL

Horário SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA 7:45 as 20:00As guias Lei de pemba Defumação e

banhos Vamu bate... sacramentos 20;00 as 20: Casa da sograAqui tem oper Gira sábadoGira de quartaErvas na umba

Ano 2010

Leituras

“Fundamentos de raiz”

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20;30 as 21: Sarava meu paCadeia - chá descarrego Num intindi contabilidade

21:00 as 21: lanche lanche lanche lanche lanche

21:15 as 21: Corrente afiadaConsultinha Dou passagem Trio evoluir estatuto 21:45 as 22: Iniciação na

umbanda puxadinha comportamento O dono da portaencerramento

 Tenho axé: iniciação na umbanda;

 Casa da Sogra? Como se entra, como se sai, como se comportar no GRUEL;  Sarava meu pai: saudações na Umbanda;

 Corrente afiada: canto, dança e sintonia na corrente de umbanda.  As guias de umbanda – Quantidade ou Qualidade?

 A energia escrita: lei de pemba;

 Aqui tem operação espiritual? Tem sim Senhor!!

 Zin fio toma esse chá e faz banho com tais ervas, Cuidado PRETO VELHO!, isso dá cadeia!!!!  Consultinha? Claro sou da casa! Ética dos filhos quando necessitarem de auxílio do GRUEL; “Num vai te puxadinha?” O desenvolvimento da incorporação dentro do GRUEL.

 Defuma com as ervas da jurema: a defumação e os banhos específicos no GRUEL;  O que rola na gira de sábado _ a gira light?

 Quando junta é pra limpar ou para juntar sujeira? Atuação de guias durante o trabalho em

conjunto de descarrego aos sábados.

 Dou passagem, eles precisam trabalhar – como informar os médiuns de outros terreiro e a assistência sobre mediunidade.

 Suas palavras falam, seus atos gritam: comportamento do médium fora do GRUEL;  Vamu bate tambor! Responsabilidade da tarefa de Ogã;

 O que rola na gira de quarta _ a gira 25 de março?

“ NUM INTINDI” fala de novo meu pai – competências do cambone no GRUEL  Um trio para evoluir ou para se irritar: sintonia entre cambone, consulente e guia.  DONO da porta – Hierarquia constante e acidental dentro do GRUEL.

 Que assim seja: sacramentos na umbanda;  Banho de cheiro! As ervas na umbanda;  Contabilidade umbandista;

 Encerramento e estatuto

Palestra N____ dia____hora_____palestrantes__________________________

Casa da Sogra? Como se entra, como se sai, como se comportar no GRUEL;

Elaborar um texto onde vocês discutam três eixos principais:

1- Como se cumprimenta tronqueira, corrente, conga, atabaques, babalaô e filhos de branco (saudações e os porquês);

2- qual deve ser nossa atuação dentro da corrente enquanto os trabalhos acontecem;

3- Como devemos proceder durante um transporte, uma chamada de orixá, batismo, casamento ou simplesmente enquanto esperamos a gira acabar

Discutir sobre o assunto não é atacar, não enfoque os pontos negativos, enfoque apenas os positivos e ensinem como devemos proceder para garantir que nossa estadia na corrente seja satisfatória.

Referências

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