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STJ - REsp PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE DE MENOR ATINGIDA POR DISPARO DE ARMA DE FOGO DE POLICIAL MILITAR.

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STJ - REsp 932001. PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO

ESTADO. MORTE DE MENOR ATINGIDA POR DISPARO DE ARMA DE FOGO DE

POLICIAL MILITAR. DANO MORAL. EXORBITÂNCIA. INOCORRÊNCIA. SÚMULA

7/STJ. VALOR INDENIZATÓRIO PRETENDIDO NA INICIAL. MONTANTE

ESTIMATIVO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 326/STJ.

Superior Tribunal de Justiça

Revista Eletrônica de Jurisprudência Imprimir RECURSO ESPECIAL Nº 932.001 - AM (2007⁄0053488-6) RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA RECORRENTE :

ESTADO DO AMAZONAS PROCURADOR : KARLA BRITO NOVO E OUTRO(S) RECORRIDO : DEUZO FRAZÃO CENA E OUTROS ADVOGADO : WELLYNGTON DA SILVA E SILVA E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO

ESTADO. MORTE DE MENOR ATINGIDA POR DISPARO DE ARMA DE FOGO DE POLICIAL MILITAR. DANO MORAL. EXORBITÂNCIA. INOCORRÊNCIA. SÚMULA 7⁄STJ. VALOR INDENIZATÓRIO PRETENDIDO NA INICIAL. MONTANTE ESTIMATIVO. SUCUMBÊNCIA

RECÍPROCA. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 326⁄STJ. 1. Somente se admite a revisão, em sede de recurso especial, dos valores fixados a título de reparação por danos morais quando se tratar de valores excessivos ou irrisórios. Excepcionalidade não configurada. 2. Considerando-se as

circunstâncias do caso concreto e a finalidade da reparação, a condenação ao pagamento de danos morais no valor de R$ 100.000,00 para cada um dos pais e de R$ 50.000,00 para cada um dos três irmãos não é exorbitante nem desproporcional à ofensa sofrida pelos recorridos, que perderam filha e irmã menor, atingida por disparo de arma de fogo deflagrado por policial militar que, em serviço, deveria garantir a segurança da população, e não atentar contra ela. 3. "A

pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial" (Súmula 7⁄STJ). 4. "Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca" (Súmula 326⁄STJ). 5. Recurso especial conhecido em parte e não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer parcialmente do recurso e, nessa parte, negar-lhe provimento nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Eliana Calmon e João Otávio de Noronha votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 28 de agosto de 2007 (data do julgamento). Ministro Castro Meira Relator RECURSO ESPECIAL Nº 932.001 - AM (2007⁄0053488-6) RELATOR : MINISTRO CASTRO MEIRA RECORRENTE : ESTADO DO AMAZONAS PROCURADOR : KARLA BRITO NOVO E OUTRO(S) RECORRIDO : DEUZO FRAZÃO CENA E OUTROS

ADVOGADO : WELLYNGTON DA SILVA E SILVA E OUTRO(S)

RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Cuida-se de recurso especial fundado na alínea "a" do inciso III do art. 105 da Constituição da República, interposto contra

acórdão da Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, assim ementado: "REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. MONTANTE INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO. DANOS MATERIAIS. VÍTIMA MENOR IMPÚBERE. FAMÍLIA DE BAIXA RENDA. PENSIONAMENTO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. INOCORRÊNCIA. HONORÁRIOS DE ADVOGADO ARBITRADOS NA FORMA DO ART. 20, § 4° DO CPC. I - O art. 37, § 6°, da Constituição Federal, estabelece a responsabilidade civil objetiva do Estado. Assim, existindo nexo de causalidade entre a morte da

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filha e a ação do servidor, compete ao ente público arcar com a responsabilidade indenizatória pelo evento. II - É devido pensionamento mensal (danos materiais) pela morte de filha menor (impúbere) se constatado, como na hipótese, pertencer ela a uma família de baixa renda. Nesse caso,

conforme entendimento da jurisprudência dominante a fixação do valor da indenização consiste no pensionamento aos genitores da vítima no valor de 2⁄3 sobre o salário mínimo, até a data em que a menor completaria 25 (vinte e cinco) anos de idade e a partir daí reduzida em 1⁄3 até a idade provável de sobrevida, qual seja, 65 (sessenta e cinco) anos. III - Ao Tribunal compete

redefinir ou alterar a condenação por danos morais quando se apresenta desarrazoada, ou seja, fixada em quantidade ínfima ou exagerada, buscando-se um resultado que não seja insignificante, a estimular o ilícito, nem tão elevado a causar enriquecimento indevido dos autores. IV - Quando todos os pedidos forem deferidos, porém em valores inferiores aos pleiteados, não há sucumbência recíproca. V - Os honorários de advogado incidentes sobre a condenação quando for vencida a Fazenda Pública devem ser fixados de conformidade com apreciação eqüitativa do magistrado, respeitando o delineamento inserto no parágrafo 4°, do art. 20 do CPC. VI - Remessa e Recursos conhecidos e parcialmente providos" (fls. 154-155). O recorrente aponta violação do art. 944, parágrafo único, do Código Civil. Defende que, em caso de morte de membro da família, o patamar para a fixação dos danos morais seria de cem salários mínimos, parâmetro que revelaria a

exorbitância do montante estabelecido pelo acórdão impugnado (R$ 350.000,00, sendo R$

100.000,00 para cada um dos pais e R$ 50.000,00 para cada um dos três irmãos da falecida). Em seguida, aduz contrariedade ao art. 21 do Código de Processo Civil-CPC por entender que: "Em razão de os Recorridos terem pleiteado o valor total indenizatório de R$ 500.000,00 e, tão-somente, lhe fora deferido pelo Juízo a quo a importância de R$ 350.000,00, observa-se que o mesmo foi sucumbente de, praticamente, a metade do valor pleiteado, assim tornando-se incabível aquele comando decisório a quo de condenação do apelante ao 'pagamento das despesas

adiantadas pelo Autor" (fl. 178). As contra-razões foram apresentadas às fls. 188-192. Admitido o recurso especial na origem (fls. 194-196), subiram os autos a esta Corte de origem. Instado a

manifestar-se, o Subprocurador-Geral da República Dr. José Eduardo de Santana opinou pelo desprovimento do recurso. O parecer encontra-se sintetizado na seguinte ementa: "RESP.

Responsabilidade Objetiva do Estado. Ação de indenização por danos morais. Compensação pelo dano moral estabelecido em valor não irrisório nem exorbitante. Revisão descabida em sede de recurso especial. Precedentes do STJ. Redução do valor da condenação que não enseja

sucumbência recíproca. Enunciado da Súmula nº 326⁄STJ. Parecer pelo improvimento do recurso" (fl. 215). É o relatório. RECURSO ESPECIAL Nº 932.001 - AM (2007⁄0053488-6) EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE DE

MENOR ATINGIDA POR DISPARO DE ARMA DE FOGO DE POLICIAL MILITAR. DANO MORAL. EXORBITÂNCIA. INOCORRÊNCIA. SÚMULA 7⁄STJ. VALOR INDENIZATÓRIO

PRETENDIDO NA INICIAL. MONTANTE ESTIMATIVO. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA.

INEXISTÊNCIA. SÚMULA 326⁄STJ. 1. Somente se admite a revisão, em sede de recurso especial, dos valores fixados a título de reparação por danos morais quando se tratar de valores excessivos ou irrisórios. Excepcionalidade não configurada. 2. Considerando-se as circunstâncias do caso concreto e a finalidade da reparação, a condenação ao pagamento de danos morais no valor de R$ 100.000,00 para cada um dos pais e de R$ 50.000,00 para cada um dos três irmãos não é exorbitante nem desproporcional à ofensa sofrida pelos recorridos, que perderam filha e irmã menor, atingida por disparo de arma de fogo deflagrado por policial militar que, em serviço, deveria garantir a segurança da população, e não atentar contra ela. 3. "A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial" (Súmula 7⁄STJ). 4. "Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência

recíproca" (Súmula 326⁄STJ). 5. Recurso especial conhecido em parte e não provido. VOTO O EXMO. SR. MINISTRO CASTRO MEIRA (Relator): Cuidam os autos, na origem, de ação de indenização por danos morais e pagamento de pensão, proposta contra o Estado do Amazonas pelos pais e irmãos de menor morta depois de alvejada por projétil de arma de fogo disparado por policial militar em serviço. O Tribunal a quo fixou os danos morais no valor de R$ 350.000,00, sendo R$ 100.000,00 para cada um dos pais e R$ 50.000,00 para cada um dos três irmãos da vítima. Fundamentou o montante da condenação nos seguintes termos: "No que se refere a condenação em danos morais, pondero que sua quantificação, que é mais uma estimativa do que uma avaliação, pois não há norma legal que estabeleça um critério objetivo, deve ter em

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conta as condições sócio-econômicas dos suplicantes; as conseqüências do fato e, ainda, a situação financeira do réu, a fim de que se obtenha um resultado que não seja insignificante, a estimular o ilícito, nem tão elevado a causar enriquecimento indevido dos autores. Com base nesta análise, percebo que o quantum fixado na sentença, data máxima vênia, afigura-se um tanto

excessivo, pois superior a 1.600 salários mínimos. De outro lado, não se perdendo de vista que a reparação pelos danos morais visa compensar a dor suportada pelos autores com o falecimento da filha e irmã e, ainda, apenar o réu, a fim de que tome as providências necessárias no sentido de que eventos semelhantes não se repitam, demonstra-se extremamente reduzida a verba de 100 salários para cada um dos autores defendida pelo Estado em sede de apelação. Considerandos as circunstâncias do caso, decido pela redução da verba arbitrada a título de dano moral para o valor R$350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil reais), distribuído da seguinte forma: R$100.000,00 (cem mil reais) para cada genitor e R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) para cada irmão da vítima" (fls. 159-160). Em regra, não é cabível, nesta via especial, o exame da justiça do valor a ser

indenizado, porque tal providência depende da reavaliação de fatos e provas, o que é vedado pela Súmula 7⁄STJ. Está consolidado na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça o

entendimento segundo o qual a revisão do valor a ser indenizado somente é possível quando exorbitante ou irrisória a importância arbitrada, em flagrante violação dos princípios da

razoabilidade e da proporcionalidade. Sobre o tema, os seguintes julgados: REsp

438⁄831⁄RS, Segunda Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJU de 02.08.06; REsp 662.070⁄RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJU de 29.08.05; REsp 686.050⁄RJ, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux, DJU de 27.06.05. A excepcionalidade prevista nos precedentes não se aplica, contudo, à hipótese dos autos. Considerando-se as circunstâncias do caso concreto e a finalidade da reparação, a condenação ao pagamento de danos morais no valor de R$ 100.000,00 para cada um dos pais e de R$ 50.000,00 para cada um dos três irmãos não é exorbitante nem desproporcional à ofensa sofrida pelos recorridos, que perderam filha e irmã menor, atingida por disparo de arma de fogo deflagrado por policial militar que, em serviço, deveria garantir a segurança da população, e não atentar contra ela. Em

patamares semelhantes – se considerada a distribuição da condenação no presente feito entre cinco recorridos –, confiram-se os seguintes precedentes da Turma:

"ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356⁄STF. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE DE FILHO MENOR. PENSÃO ALIMENTÍCIA. CABIMENTO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. HONORÁRIOS

ADVOCATÍCIOS. SÚMULA N. 7⁄STJ. 1. A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de ser devida indenização por dano material a pais de família de baixa renda, em decorrência de morte de filho menor, independentemente de a vítima exercer trabalho remunerado. 2. De acordo com o entendimento firmado no STJ, a pensão mensal é devida a partir da data em que a vítima faria 14 anos até a data em que completaria 65 anos, reduzida à metade quando estivesse com 25 anos. 3. O recurso especial não é via própria para o exame dos parâmetros utilizados para a fixação da indenização por dano moral relacionados à condição pessoal da vítima, à capacidade econômica do ofendido, à natureza e à extensão do transtorno causado pelo evento danoso, se, para tanto, faz-se necessária a análise das circunstâncias fático-probatórias em que se desenvolveu a

controvérsia. Inteligência da Súmula n. 7⁄STJ. 4. A fixação do quantum indenizatório a título de dano moral no patamar de 300 (trezentos) salários mínimos não se apresenta ausente de

razoabilidade diante do quadro fático prontamente delineado nos autos, qual seja, o falecimento do filho menor da autora em decorrência de queda de trilho de ferro sobre sua cabeça durante

excursão em Academia de Polícia Militar. 5. Nas hipóteses relacionadas no art. 20, § 4º, do CPC, os honorários advocatícios podem ser arbitrados consoante apreciação eqüitativa do juiz, sem as limitações constantes do § 3º, caput, do mesmo dispositivo legal. Não cabe ao STJ reexaminar matéria fático-probatória, em face do enunciado da Súmula n. 7 da Corte. 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido" (REsp 427.569⁄SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, DJU de 02.08.06); "RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. MORTE DO FILHO DA AUTORA E DEFORMIDADE PERMANENTE NA PERNA DIREITA DA AUTORA. DISPAROS DE ARMA DE FOGO POR

POLICIAL MILITAR. ALEGADA VIOLAÇÃO DOS ARTS. 243, 515 E 535, II, DO CPC. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 284⁄STF. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E

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DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. POSSIBILIDADE. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO, EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. DIVERGÊNCIA

JURISPRUDENCIAL NOTÓRIA. In casu, cingiu-se a recorrente a formular a alegação genérica de violação dos artigos 243, 515 e 535, II, do Código de Processo Civil, sem demonstrar claramente os fundamentos pelos quais restaram violados pela Corte de origem. Incidência da Súmula n.

284⁄STF, segundo a qual 'é inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia'. Da leitura da petição inicial, verifica-se que a autora requereu a condenação do Estado do Rio de Janeiro ao pagamento de pensão mensal, no valor de dez salários mínimos, correspondente aos danos morais e estéticos sofridos por ela e por seu filho. Dessa forma, não foram malferidos os artigos 128 e 460 do Código de Processo Civil, pois a Corte de origem decidiu nos termos do pedido inicial. No que concerne aos danos morais e estéticos, predomina neste Superior Tribunal de Justiça o entendimento segundo o qual 'as indenizações pelos danos moral e estético podem ser cumuladas, mesmo quando derivadas do mesmo fato, se inconfundíveis suas causas e passíveis de apuração em separado' (REsp 289.885⁄RJ, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ

02.04.2001). Quanto à indenização, esta Corte Superior de Justiça firmou o entendimento de que pode majorar ou reduzir, quando irrisório ou absurdo, o valor das verbas fixadas a título de dano moral, por se tratar de matéria de direito e não de reexame fático-probatório. Dessarte, em atenção à jurisprudência desta Corte e ao princípio da razoabilidade, a indenização devida a título de danos morais, fixada pelo Tribunal de origem em 800 salários mínimos, deve ser reduzida para 400

salários mínimos, considerando a dor da autora pelo morte de seu filho e pela lesão que sofreu em decorrência dos disparos de arma de fogo efetuados pelo policial militar. Da mesma forma, a

indenização por danos estéticos, fixada em 200 salários mínimos, deve ser reduzida para 100 salários mínimos. Recurso especial provido em parte, para reduzir o valor total da indenização, fixada pela Corte de origem em 1000 salários mínimos, a 500 salários mínimos (400 salários

mínimos referentes ao dano moral e 100 salários mínimos referentes ao dano estético), indenização a ser paga por pensão no valor de cinco salários mínimos por mês, até o total de 500 salários

mínimos" (REsp 315.983⁄RJ, Rel. Min. Franciulli Netto, DJU de 04.04.05);

"ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – DANOS MORAIS E MATERIAIS – INDENIZAÇÃO. 1. A jurisprudência do STJ sedimentou-se no sentido de fixar a indenização por perda de filho menor, com pensão integral até a data em que a vítima completaria 24 anos e, a partir daí, pensão reduzida em 2⁄3, até a idade provável da vítima, 65 anos. 2. Razoabilidade na fixação dos danos morais em 300 (trezentos) salários mínimos. 3. Recurso parcialmente provido" (REsp 507.120⁄CE, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU de

10.11.03). Por fim, no tocante à apontada ofensa ao art. 21 do CPC, melhor sorte não assiste ao recorrente. Nas ações de indenização por dano moral, o montante postulado na exordial é

meramente estimativo. Inexiste, portanto, sucumbência recíproca quando o valor fixado é inferior ao pleiteado. Nesse sentido, eis o enunciado da Súmula 326⁄STJ: "Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca". Ante o exposto, conheço em parte do recurso especial e nego-lhe provimento. É como voto. CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2007⁄0053488-6 REsp 932001 ⁄ AM Números Origem: 1030442835 20040034780 20040034780000100 PAUTA:

28⁄08⁄2007 JULGADO: 28⁄08⁄2007 Relator Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro CASTRO MEIRA Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. ANTÔNIO CARLOS

FONSECA DA SILVA Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : ESTADO DO AMAZONAS PROCURADOR : KARLA BRITO NOVO E OUTRO(S) RECORRIDO : DEUZO FRAZÃO CENA E OUTROS ADVOGADO :

WELLYNGTON DA SILVA E SILVA E OUTRO(S) ASSUNTO: Administrativo -Responsabilidade Civil do Estado - Indenização - Ato Ilícito - Dano Material c⁄c Moral CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Humberto Martins, Herman Benjamin, Eliana Calmon e

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João Otávio de Noronha votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 28 de agosto de 2007 VALÉRIA ALVIM DUSI Secretária Documento: 715222 Inteiro Teor do Acórdão - DJ: 11/09/2007

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