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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JOÃO VICTOR DA SILVA PAULINO

ÍNDICE DE EFETIVIDADE DA GESTÃO MUNICIPAL (IEGM):

ANÁLISE DO MUNICÍPIO DE PARAZINHO/RN NOS ANOS DE 2015 A 2018.

Orientador: Prof. Dr. Luis Manuel Esteves da Rocha Vieira

Natal/RN 2021

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JOÃO VICTOR DA SILVA PAULINO

ÍNDICE DE EFETIVIDADE DA GESTÃO MUNICIPAL (IEGM):

ANÁLISE DO MUNICÍPIO DE PARAZINHO/RN NOS ANOS DE 2015 A 2018.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Dr. Luis Manuel Esteves da Rocha Vieira

Natal/RN 2021

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Paulino, João Victor da Silva.

Índice de efetividade da Gestão Municipal (IEGM): análise do Município de Parazinho/RN nos anos de 2015 a 2018 / João Victor da Silva Paulino. - 2021.

53f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Ciências Contábeis. Natal, RN, 2021. Orientador: Prof. Dr. Luis Manuel Esteves da Rocha Vieira. 1. Gestão pública Municipal - Monografia. 2. Índice de

Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) - Monografia. 3. Políticas Públicas - Monografia. I. Vieira, Luis Manuel Esteves da Rocha. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/UF/Biblioteca CCSA CDU 351

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JOÃO VICTOR DA SILVA PAULINO

ÍNDICE DE EFETIVIDADE DA GESTÃO MUNICIPAL (IEGM):

ANÁLISE DO MUNICÍPIO DE PARAZINHO/RN NOS ANOS DE 2015 A 2018.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em 22 de Abril de 2021.

BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA:

Prof. Dr. Luis Manuel Esteves da Rocha Vieira - Orientador

Prof. Dr. Adilson de Lima Tavares - Examinador

Prof. Msc. João Maria Montenegro Ribeiro – Examinador

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Dedico este trabalho ao Deus da vida e aos meus familiares e amigos por sempre acreditarem na minha capacidade, e a todos que de alguma forma fizeram e fazem a diferença na realização desse sonho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, pois sem ele não haveria momentos de fé e esperança. Agradeço a minha mãe, Janaina Barbosa, pelo amor e carinho assentados em mim ao longo de todos meus anos de vida, pelo incentivo e por todo o investimento feito na minha educação. Agradeço a minha tia, Janeide Barbosa, pelos intermináveis apoio e compreensão.

Agradeço ao meu orientador, Luis Manuel Esteves da Rocha Vieira, pela dedicação, paciência e por toda contribuição ao longo da realização desta pesquisa.

Agradeço a Professora e Coordenadora do Curso Adriana Isabel Backes Steppan, que foi uma das pessoas mais importantes nesse período árduo da graduação ao qual recebi bastante incentivo e paciência, o que me deu total motivação para continuar e finalizar mais essa etapa da minha vida acadêmica.

Agradeço à Contadora que presta serviço de assessoria na Prefeitura Municipal de Parazinho, Aparecida de Fátima Xavier de Andrade, pela disponibilidade para participar da entrevista e enriquecer ainda mais o trabalho.

Agradeço aos colegas da faculdade e do ensino médio, pelos ricos diálogos e pela torcida que colaboraram para o desenvolvimento desta graduação.

Agradeço a todos que fazem a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em nome do competente Corpo Docente e dos servidores do Departamento de Ciências Contábeis.

Agradeço ainda aos bons amigos feitos nesta trajetória, dos quais nomino: Danielle Torquato, Clara Ruth, Lewi Matias, Alyson Moura, Paulo Henrique, Allan Lopes, Pedro Porto e Gabriel Ismael, sabedor de que tantos outros amigos e amigas me marcaram pelo dom da amizade e tornaram este imenso desafio, que é a graduação, em algo mais leve.

(7)

“Quem não luta por alguma coisa, paralisa por qualquer coisa. Quem tem um motivo forte não desiste por qualquer razão”.

(8)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral de analisar o índice de Efetividade do Município de Parazinho-RN e seus atuais pontos de melhoria. Com intuito de demonstrar o grau de efetividade do município de Parazinho durante os 4 anos (2015 a 2018); identificar as áreas de gestão que possuem melhor desempenho no município; e avaliar os quesitos dos sete pilares do IEGM que não são atendidos pelo município de Parazinho, bem como sua relevância. O estudo utiliza uma abordagem qualitativa com o método descritivo, por meio de um estudo de caso. Os dados do IEGM da cidade de Parazinho-RN foram coletados no sítio eletrônico do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte, a investigação foi realizada tomando como base os anos de 2015, 2016, 2017 e 2018. Para tanto utilizou a coleta de dados e entrevista realizada com a contadora que presta serviço de assessoria na Prefeitura Municipal de Parazinho. Foi identificado que as notas obtidas e seus aparatos, o município de Parazinho encontra-se em adequação ao indicador em diversas áreas, sendo elas de mais destaque o Meio Ambiente, Planejamento, Cidades Protegidas e Governança-TI, áreas essas que receberam em maior parte dos anos nota C e C+, estando em baixo nível de adequação e em adequação às questões pontuadas pelo TCE-RN. Concluiu que as notas obtidas foram baixas pela ausência de políticas públicas em áreas de menor ponderação, sendo elas: planejamento, meio ambiente, cidades protegidas e governança e TI, e que as melhorias foram apresentadas de forma lenta pelo processo de adaptação dos gestores que fizeram transição nesses anos, onde pode ter sido considerado um fator negativo pelo congelamento de ações de cada gestão participativa pelos processos eleitorais. Dessa forma, a principal contribuição deste trabalho é satisfatória para a administração pública do município de Parazinho/RN e ademais, contribuir para seus gestores municipais, órgãos fiscalizadores, educadores e a sociedade, sobre a necessidade de criar mecanismos que possam medir a eficácia da gestão municipal. Espera-se também que esta pesquisa contribua para os outros, o que virá no futuro sobre esse assunto.

(9)

ABSTRACT

The present work has as general objective to analyze the effectiveness index of the municipality of Parazinho-RN and its current points of improvement. In order to demonstrate the degree of effectiveness of the municipality of Parazinho during the 4 years (2015 to 2018); identify the areas of management that perform best in the municipality; and to evaluate the needs of the seven pillars of the IEGM that are not served by the municipality of Parazinho, as well as their relevance. The study uses a qualitative approach with the descriptive method, through a case study. The Data of the IEGM of the city of Parazinho-RN were collected on the electronic website of the Court of Auditors of the State of Rio Grande do Norte, the investigation was carried out based on the years 2015, 2016, 2017 and 2018. For this purpose, the data collection and interview was conducted with the accountant of the Municipality of Parazinho. It was identified that the notes obtained and their options, the municipality of Parazinho is in adequacy to the indicator in several areas, being more prominent the Environment, Planning, Protected Cities and IT Governance, areas that received in most years note C and C+, being in low level of adequacy and in adequacy to the issues scored by the TCE-RN. It concluded that the scores obtained were low due to the absence of public policies in areas of lower weighting, being: planning, environment, protected cities and governance and IT, and that the improvements were presented slowly by the process of adaptation of managers who made transition in these years, where it may have been considered a negative factor by the freezing of actions of each participatory management by the electoral processes. Thus, the main contribution of this work is satisfactory for the public administration of the municipality of Parazinho/RN and, moreover, to contribute to its municipal managers, supervisory bodies, educators and society, on the need to create mechanisms that can measure the effectiveness of municipal management. It is also expected that this research will contribute to others, which will come in the future on this subject.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxograma da avaliação... 14 Figura 2 - Atribuição de Pesos aos Índices Componentes ... 21 Figura 3 - Dados Estatísticos de Parazinho ... 23

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Índices componentes do IEGM ... 20

Quadro 2 - Faixas de Resultados ... 22

Quadro 3 - Nota de Efetividade do indicador Educação de Parazinho/RN. ... 26

Quadro 4 - Nota de Efetividade do indicador Saúde de Parazinho/RN. ... 28

Quadro 5 - Nota de Efetividade do indicador Planejamento de Parazinho/RN. ... 29

Quadro 6 - Nota de Efetividade do indicador Governança de Parazinho/RN ... 30

Quadro 7 - Nota de Efetividade do indicador Meio Ambiente de Parazinho/RN. ... 31

Quadro 8 - Nota de Efetividade do indicador Cidade Protegida de Parazinho/RN. ... 32

Quadro 9 - Nota de Efetividade do indicador Gestão Fiscal de Parazinho/RN. ... 34

Quadro 10 - Nota de Efetividade do indicador IEGM de Parazinho/RN. ... 34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Porcentagem do Indicador Educação no RN ... 27

Tabela 2 - Porcentagem do Indicador Saúde no RN ... 28

Tabela 3 - Porcentagem do Indicador Planejamento no RN ... 29

Tabela 4 - Porcentagem do Indicador Governança no RN ... 30

Tabela 5 - Porcentagem do Indicador Meio Ambiente no RN ... 32

Tabela 6 - Porcentagem do Indicador Cidade Protegida no RN... 33

Tabela 7 - Porcentagem do Indicador Gestão Fiscal no RN... 34

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Art. Artigo

IBGE Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística IEGM Índice De Efetividade Da Gestão Municipal

IL Índice De Liquidez

INDICON Rede Nacional De Indicadores Públicos IRB Instituto Rui Barbosa

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA Lei Orçamentária Anual

LRF Lei de Responsabilidade Fiscal MF Ministério Da Fazenda

NGP Nova Gestão Pública

PC Poupança Corrente

PMP Prefeitura Municipal De Parazinho PPA Plano Plurianual

RN Rio Grande Do Norte

SICONFI Sistema Brasileiro de Informações Contábeis e Tributárias do Setor Público

SP São Paulo

STN Secretaria Do Tesouro Nacional TCE Tribunal De Contas Do Estado

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃOEPROBLEMA ... 13 1.2 OBJETIVOS ... 15 1.3 JUSTIFICATIVADOESTUDO ... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 16

2.1 TEORIADACONDIÇÃOFINANCEIRAEOSFATORESORGANIZACIONAIS ... 16

2.2 AVALIAÇÃODEDESEMPENHONOSETORPÚBLICOEDEPOLÍTICAS ... 17

2.3 ÍNDICEDEEFETIVIDADEDAGESTÃOMUNICIPAL(IEGM) ... 18

3 METODOLOGIA ... 22

3.1 TIPOLOGIADAPESQUISA ... 22

3.2 UNIVERSOEAMOSTRA ... 22

3.3 DELIMITAÇÃO,COLETAETRATAMENTODOSDADOS ... 24

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ... 25

4.1 ANÁLISEDESCRITIVA ... 25

4.2 ANÁLISEDECONTEÚDODAENTREVISTA ... 35

4.3 ANÁLISEDAEFICÁCIAEMGESTÃO ... 38

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 42

REFERÊNCIAS ... 44

ANEXOS ... 47

(15)

13

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA

A administração pública é compreendida como a gestão dos bens e recursos públicos disponíveis nas esferas Federal, Estadual e Municipal fazendo uso desses recursos baseado nos interesses da população para o bem comum (ZUCATTO et al., 2008). Sabe-se da importância da efetividade e gestão nos municípios, por meio da fiscalização dos recursos públicos e seu desempenho para melhorar e obter bons resultados no eixo municipal. A efetividade, principalmente no setor público, visa avaliar em que medida os resultados de uma ação governamental trazem benefícios à população. O conceito é mais amplo do que o de eficiência, na medida em que indica se a meta foi alcançada, enquanto a efetividade mostra se a meta proposta trouxe melhorias para o público-alvo (CASTRO, 2006).

Medir o comportamento e os resultados da efetividade, eficiência e eficácia de determinado governo, que acaba por orientar a gestão de um órgão público, é um instrumento de defesa da sociedade, além de ser um poderoso indicador de apoio à tomada de decisão na formação política e conscientização da população. Os tribunais de contas são órgãos auxiliares do Legislativo que desempenham o controle externo com uma função de controle mais técnico e político, por meio do exame das contas dos administradores, que inclui a fiscalização contabilística, financeira, orçamentária, operacional e hereditária.

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, novas atribuições e responsabilidades foram estabelecidas para os entes da Federação. A descentralização das atividades governamentais foi feita com o propósito de se obter mais eficiência econômica na aplicação dos recursos, em razão da maior capacidade dos governos locais em identificarem as preferências e necessidades da população (OLSON, 1969). Deste modo, aumentou os recursos públicos disponíveis nos cofres dos municípios para que estes pudessem gerir e oferecer serviços públicos à população de forma mais eficaz. (CAETANO; ÁVILA; TAVARES, 2017).

Com a necessidade de mais eficiência, eficácia e eficiência das organizações públicas é inerente ao desenvolvimento que acaba se tornando inviável devido às limitações que surgem quando os gestores públicos não se comprometem com esses conceitos, resultando em impactos negativos na vida dos cidadãos. (SANO; FILHO, 2013). Considerando Jannuzzi e Patarra (2006) destaca-se a importância dos programas de monitoramento de acordo com o raciocínio entradas-processo-resultado-impacto, que podem ser realizados com os 3Es,

(16)

14 conforme mostrado na Figura a seguir, também para os insumos envolvidos, avaliando sua influência em cada uma das três fases:

Fonte: adaptado de Sulbrandt (1993).

O planejamento é um princípio fundamental da Administração Pública Federal, de acordo com o artigo 6.º, inciso I, do Decreto-Lei n.º 200/1967 (Brasil, 1967). No âmbito do planejamento, está inserido o novo modelo de desempenho público que é o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM), desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP, 2016).

O IEGM foi lançado em 2015 e mede o desempenho da Administração Pública Municipal em sete pilares: educação, saúde, gestão fiscal, planejamento, meio ambiente, defesa civil e governança em tecnologia da informação, sem deixar de perceber o controle da legalidade das normas de execução contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. Cada um desses elementos tem seu índice de mensuração (SPEEDEN, 2019).

No Rio Grande do Norte, o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte – TCE-RN assinou o termo de adesão à Rede de Indicadores Nacionais - INDICON, aliança entre o Instituto Rui Barbosa - IRB e os Tribunais de Contas brasileiros participantes. Neste sentido destaca-se que esta Rede tem como objetivo principal o levantamento do Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM, tratada como uma ferramenta inovadora para medir a efetividade das políticas públicas municipais (TCE-RN, 2020)

Percebe-se, então, o IEGM como uma ferramenta, uma métrica, possível de fornecer um parâmetro para a análise e melhoria da atuação dos gestores públicos em seus municípios. Portanto, face ao exposto, indaga-se: Como os gestores públicos poderiam melhorar sua

performance no Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM?

Neste contexto, propõe-se realizar um estudo de caso no município de Parazinho/RN, de caráter qualitativo, apoiado na percepção dos gestores públicos da cidade. Com isto, analisando o porquê das notas obtidas nas últimas avaliações e quais ações de melhoria poderiam ser realizadas para elevar o desempenho.

Processo

(eficiência) Resultado (eficácia) Transformação (efetividade) Figura 1 – Fluxograma da avaliação

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15 1.2 OBJETIVOS

Esta pesquisa tem como objetivo geral: analisar o índice de Efetividade do

Município de Parazinho-RN e seus atuais pontos de melhoria.

Para tanto, têm-se os seguintes objetivos específicos:

• demonstrar o grau de efetividade do município de Parazinho durante os 4 anos (2015 a 2018);

• identificar as áreas de gestão que possuem melhor desempenho no município; • avaliar os quesitos dos sete pilares do IEGM que não são atendidos pelo

município de Parazinho, bem como sua relevância.

1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

A presente pesquisa tem sua justificativa pautada pela relevância em questão para a sociedade, uma vez que, a partir da elaboração do IEGM, os usuários da informação terão acesso a mais um indicador de suporte ao controle social, na medida em que será possível verificar fatores essenciais para crescimento dos índices do ente em análise, diminuindo possíveis assimetrias informacionais entre os gestores e a população, resumidos nos seguintes eixos:

Academia - pela lacuna de pesquisas que aprofundem a análise da efetividade da gestão nos municípios norte riograndenses e até brasileiro;

Gestão pública - para o município de Parazinho/RN e demais municípios brasileiros, como proposta de sistemática para alavancar as boas práticas da gestão municipal;

Pessoal - pela atuação do pesquisador junto ao município, gerando a conveniência e acesso necessários à aplicação e aprofundamento buscados nesta pesquisa

Sendo assim, esse estudo irá contribuir para o usuário da informação que desejar obter dados acerca dos indicadores da cidade de Parazinho, podendo considerar esse índice como uma ferramenta auxiliar relevante no processo de verificação, fiscalização, monitoramento e tomada de decisão no que tange a administração pública.

(18)

16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 TEORIA DA CONDIÇÃO FINANCEIRA E OS FATORES ORGANIZACIONAIS

Avaliar a saúde financeira das agências governamentais é uma atividade complexa que envolve considerar não apenas a disponibilidade financeira, mas também outros elementos, como dívida, receita e despesas.

Em sentido amplo, condição financeira pode ser definida como a capacidade dos governos locais de financiarem suas atividades de forma contínua, atendendo a três elementos: (1) manter o nível de serviços públicos; (2) resistir a rupturas da economia; e (3) atender às demandas de crescimento natural, declínio e mudança. (VIEIRA, 2019)

Muito se debate sobre qual seria a medida de uma situação fiscal saudável, mas, apesar disso, há consenso de que duas premissas devem estar presentes nessa medida: uma economia forte, que se traduz em maior influxo de receitas tributárias e garanta empregabilidade e renda. das famílias, reduzindo a pressão por gastos públicos e uma gestão fiscal eficiente, baseada no fornecimento de informações públicas úteis para a tomada de decisões, reduzindo o desperdício e a dependência financeira (LIMA; DINIZ, 2016).

Analisar a Condição Financeira e seus fatores determinantes significa melhorar o processo de tomada de decisão dos gestores públicos e políticos (CARMELI; COHEN, 2001), bem como contribuir para a capacidade dos governos locais honrarem seus compromissos financeiros e prestar serviços adequados aos cidadãos (GASB, 1987).

A administração, gestão e desempenho são ferramentas que definem as estruturas das empresas contemporâneas (MICHELI; MARI, 2014). O setor público também utiliza esses ideais e métodos de gestão para otimizar o desempenho da prestação de bens e serviços públicos (SPEKLÉ; VERBEETEN, 2014).

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), reconhecendo o contexto internacional na direção da modernização das práticas contábeis do setor público, incentivou a criação do Sistema Brasileiro de Informações Contábeis e Tributárias do Setor Público (SICONFI). Este sistema automatizado é usado para receber informações contábeis padronizadas de todas as entidades subnacionais. A partir dessa compilação de dados qualificados e confiáveis, é possível avaliar, em larga escala, a situação financeira do governo geral no Brasil (BRASIL, 2020).

(19)

17 Durante décadas, cientistas e instituições têm se dedicado a formular modelos de avaliação da posição financeira de empresas subnacionais a fim de prever crises financeiras para evitá-las ou mitigar os efeitos decorrentes (RODRÍGUEZ BOLÍVAR; LÓPEZ SUBIRES, 2018). Quaisquer variáveis encontradas nestes modelos devem ser lidas usando métodos existentes na literatura pertinente à análise das demonstrações contábeis, de indicadores, análise vertical e horizontal, análise de tendência e análise comparativa (LIMA; DINIZ, 2016).

Lima e Diniz (2016) afirmam que os órgãos da administração direta e as entidades da administração indireta que integram o governo têm como objetivo fundamental a satisfação das necessidades sociais e econômicas da população, mediante a prestação de bens e serviços públicos de qualidade satisfatória nas diversas funções de governo, como saúde, saneamento, lazer, educação, assistência social, segurança, entre outros diversos setores.

A atividade econômica é a força motriz da saúde financeira porque afeta de duas maneiras: (1) A capacidade do setor público de estimular a arrecadação de impostos, quanto maior o fluxo de atividades, maior a capacidade do governo de melhorar a saúde financeira e (2) a maior quantidade de atividade econômica incentiva uma maior pressão sobre os gastos, uma vez que esses locais costumam atrair grande número de residentes que precisam de serviços públicos (HAMMER; GREEN, 1996; KALB; GEYS; HEINEMANN, 2011).

2.2 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NO SETOR PÚBLICO E DE POLÍTICAS

A avaliação de desempenho vem sendo um forte agente de pesquisa para melhorar os serviços no setor público e nas políticas públicas. Silva e Silva (2017) entende como um processo de coleta de dados medidos, norteado por critérios previamente estabelecidos, a fim de se fazer um julgamento de valor embasado cientificamente. Já Heinrich (2003) cita que esta deve servir para ajudar os gerentes a compreender como suas ações e decisões estão relacionadas aos resultados e quais fatores contextuais podem limitar ou aumentar seu desenvolvimento com efetividade como gestor.

Miranda e Silva (2002, p. 132), ao tratar de medição de desempenho, esclarecem que "toda organização precisa ter um processo contínuo de avaliação do seu desempenho. Afinal, como dizem os especialistas em sistemas de medição: se você não pode medir, então não pode controlar".

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18 Diante disso, Heinrich (2002) explica que a nova administração pública está focando o desempenho baseado em resultados, o que aumenta a demanda por avaliação de desempenho em todos os níveis de governo. Ademais, o autor aponta que não é fácil entender como e por que o desempenho do setor público é medido. No entanto, essa iniciativa tem um objetivo central de melhorar a gestão pública e seus resultados.

A Nova Gestão Pública (NGP) designa um conjunto de argumentos e filosofias de gestão propostas como um novo paradigma para a administração pública. Em particular, como uma filosofia administrativa de um modelo de design organizacional da administração pública, o NGP conseguiu alcançar o status de um corpo docente amplamente aceito, em suma, "uma corrente principal de pensamento" (DASSO JÚNIOR, 2014).

A Nova Gestão Pública tem reforçado a importância dos governos para o planejamento das ações governamentais e monitoramento dos resultados (JAN VAN HELDEN; JOHNSEN; VAKKURI, 2008). Dessa forma, a elaboração do orçamento público teve como objetivo o planejamento e a gestão dos recursos, com o objetivo de avaliar o desempenho em termos de eficiência, eficácia e efetividade das atividades governamentais (VARELA; DE ANDRADE MARTINS; FÁVERO, 2012).

Segundo Figueiredo e Figueiredo (1986), ao chamar a atenção para a necessidade da própria avaliação de políticas, o único objetivo é esclarecer os critérios que devem informar a avaliação de políticas específicas. Portanto, a avaliação política é entendida como a análise e elucidação do critério ou critérios que embasam determinada política.

Lima e Sousa (2014) argumentam que a pesquisa de fatores sobre o desempenho positivo dos indicadores sociais e a redução das desigualdades são aspectos importantes para a compreensão do domínio social. Desde então, as informações necessárias para medir o desenvolvimento social podem ser extraídas de indicadores sociais.

Com isso, é possível compreender a importância da avaliação de desempenho por meio de critérios e indicadores para o setor público. Onde a implementação da avaliação de desempenho é um processo de aperfeiçoamento da Gestão Pública e consequente melhora na eficiência, eficácia e efetividade dos serviços públicos oferecidos (DALACORTE, 2004).

2.3 ÍNDICE DE EFETIVIDADE DA GESTÃO MUNICIPAL (IEGM)

Segundo Passos e Amorim (2018) a transição da administração burocrática para o modelo de gestão foi acompanhada pelos órgãos de controle, especialmente os tribunais de

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19 contas. Aos poucos, os métodos tradicionais de controle gerencial formalista foram suplantados e substituídos por instrumentos de medição de resultados como as auditorias de empresas. Isso porque, como diz Ferreira Júnior (2015, p. 128), “[...] é preciso que as Cortes de Contas assumam o bom controle das contas públicas [...]”.

Os sistemas de avaliação, portanto, contribuem para o planejamento e a formulação das ações governamentais, principalmente quando são relevantes as preocupações com a eficiência dos gastos públicos, a qualidade da gestão e o monitoramento da eficácia das ações. A importância da avaliação em diferentes momentos do processo de políticas públicas, desde a elaboração e planejamento até a implementação, possibilita a correção de rumos indesejáveis, devendo ser uma ferramenta de gestão integrada, com base no fornecimento de informações relevantes ao processo de tomada de decisão (SILVA, 2014).

O Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM é uma iniciativa dos auditores brasileiros que visa atender aos anseios da sociedade por melhor acesso e participação no planejamento, monitoramento e mensuração dos resultados obtidos. por políticas públicas, de modo a avaliar a sua efetividade, eficácia e eficiência (BRASIL, 1988; TCE-SP, 2016).

O IEGM é um índice de desempenho, onde a gestão pública municipal é avaliada de acordo com a eficácia de suas ações. Foi inicialmente estabelecido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP) e divulgado para outros tribunais de contas brasileiros. Esse índice é fruto de pesquisas para modernizar e ampliar o modelo de inspeção da conformidade dos resultados das auditorias. (TCE-SP, 2016).

O Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM) mensura o grau de aderência da gestão municipal a determinados processos e controles em sete áreas: educação, saúde, gestão fiscal, planejamento, meio ambiente, defesa civil e governança em tecnologia da informação (INSTITUTO RUI BARBOSA, 2015). O grau de aderência é mensurado a partir da pontuação atribuídas às questões pelos Tribunais de Contas e os processos e controles são inquiridos a partir de questionários respondidos pelos municípios, tendo em vista o disposto na Lei nº 4.320/1964 (BRASIL, 1964) e na Lei Complementar nº 101/2000 (BRASIL, 2000) e na Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988).

O IEGM é um importante indicador que mede a efetividade das gestões nos municípios brasileiros, e que atualmente teve a adesão de 27 Tribunais de Contas dos estados e do Distrito Federal. Esses Tribunais de Contas utilizam informações coletadas nos municípios brasileiros, as quais são posteriormente confirmadas. Esses dados são coletados a partir da assinatura de um Termo de Adesão à Rede de Indicadores Nacionais, firmado entre o

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20 Instituto Rui Barbosa e os Tribunais de Contas de cada Estado da federação e o Distrito Federal (IRB, 2016).

Quadro 1 - Índices componentes do IEGM

Índice Descrição Peso

i-Educ

O Índice Municipal da Educação mede o resultado das ações da gestão pública municipal nesta área por meio de uma série de quesitos específicos relativos à educação infantil e ensino fundamental, com foco em aspectos relacionados à gestão educacional. Este índice reúne informações sobre avaliação escolar, planejamento de vagas, atuação do Conselho Municipal de Educação, problemas de infraestrutura, merenda escolar, situação e qualificação de professores, quantitativo de vagas, material e uniforme escolares.

20%

i-Saúde

O Índice Municipal da Saúde mede o resultado das ações da gestão Pública Municipal neste tema por meio de uma série de quesitos específicos, com ênfase nos processos realizados pelas prefeituras associadas à Atenção Básica, Cobertura e ação do Programa Saúde da Família, atuação do Conselho Municipal da Saúde, assiduidade dos médicos e profissionais de saúde, atendimento à população para tratamento de doenças como a tuberculose e prevenção de doenças como a dengue, realização de exames, controle de estoque de insumos, distribuição de medicamentos, cobertura das campanhas de vacinação e de orientação à população.

20%

i-Planejamento

O Índice Municipal do Planejamento verifica a consistência entre o que foi planejado e o efetivamente executado, por meio da análise dos percentuais gerados no confronto destas duas variáveis. Neste confronto, além dos aspectos relacionados ao cumprimento do que foi planejado, também é possível identificar a existência de coerência entre as metas físicas alcançadas e os recursos empregados, bem como entre os resultados atingidos pelas ações e seus reflexos nos indicadores dos programas.

20%

i-Fiscal

Este índice mede o resultado da gestão fiscal por meio da análise da execução financeira e orçamentária, das decisões em relação à aplicação de recursos vinculados, da transparência da administração municipal e da obediência aos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

20%

i-Ambiente

O Índice Municipal do Meio Ambiente mede o resultado das ações relacionadas ao meio ambiente que impactam a qualidade dos serviços e a vida das pessoas. Este índice contém informações sobre resíduos sólidos, saneamento básico, educação ambiental, estrutura ambiental e conselho ambiental.

10%

i-Cidade

O Índice Municipal de Proteção dos Cidadãos mede o grau de envolvimento do planejamento municipal na proteção dos cidadãos frente a possíveis eventos de sinistros e desastres. Reúne informações sobre Plano de Contingência, identificação de riscos para intervenção do Poder Público e infraestrutura da Defesa Civil.

5%

i-GovTI

O Índice Municipal de Governança de Tecnologia da Informação mede o conhecimento e o uso dos recursos de Tecnologia da Informação em favor da sociedade. Este índice reúne informações sobre políticas de uso de informática, segurança da informação, capacitação do quadro de pessoal e transparência.

5%

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21 As fontes de informação para a apuração de cada índice são obtidas a partir da combinação de dados governamentais, das prestações de contas e de informações levantadas em questionários preenchidos pelas prefeituras, que podem ser validadas nas atividades de fiscalização realizadas pelos tribunais de contas. Desse modo, os resultados dos índices gerados somente são considerados definitivos após a aprovação das respectivas contas do gestor municipal (IRB, 2016).

Com base nesses indicadores, portanto, os Tribunais de Contas poderão modernizar o controle dos recursos públicos e tornar mais eficazes os instrumentos de efetivação da Justiça Social e no respeito às normas constitucionais, especialmente econômicas e de eficiência, que podem ser melhor avaliados com base em critérios objetivos e uniformes (AMORIM, 2017).

Fonte: Retirado do Instituto Rui Barbosa (2016).

Conforme mostrado na Figura 2, existe um índice composto por aquelas áreas que não só envolvem um grande público de gasto, mas também contêm as principais necessidades dos cidadãos.

Com foco na abordagem da sociedade e na apresentação dos melhores modelos e metodologias de gestão municipal, os resultados coletados pelo IEGM são apresentados por meio de tiras de resultados, cuja interpretação é simplificada em um modelo de letras. (CASTRO; CARVALHO, 2017)

O Índice de Efetividade possui 05 faixas de resultados, definidos de acordo com a consolidação das pontuações obtidas nos indicadores setoriais. Cada faixa, ou por sua representação por letra, indica o nível de evolução ou maturidade da gestão público-municipal. O enquadramento dos municípios em cada uma destas faixas obedece aos critérios de acordo com a figura abaixo:

(24)

22

Quadro 2 - Faixas de Resultados

NOTA CRITÉRIOS – IEGM FAIXA

A IEGM com pelo menos 90% da nota máxima e ao menos 5 (cinco) índices componentes com nota A.

Altamente Efetiva

B+ IEGM entre 75% e 89,99% da nota máxima Muito Efetiva

B IEGM entre 60% e 74,99% da nota máxima Efetiva

C+

IEGM entre 50% e 59,99% da nota máxima Em fase de adequação C

IEGM menor ou igual a 49,99% Baixo nível de

adequação Fonte: Elaborado a partir do Anuário IRB (2015)

3 METODOLOGIA

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

Segundo Rodrigues (2006), a metodologia científica inclui o estudo, geração e verificação dos métodos, técnicas e procedimentos utilizados para investigar e obter respostas ao problema, a fim de desenvolver o conhecimento científico.

O método de pesquisa utilizado é um estudo de caso qualitativo, com uso de coleta de dados secundários obtidos nos anuários do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN), com ênfase na cidade de Parazinho/RN. O estudo é de natureza descritiva e propõe-se a responder a seguinte questão de pesquisa: Como os gestores públicos poderiam melhorar sua performance no Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM?

Esta pesquisa se caracteriza como descritiva, pois segundo o autor Richardson (1999), o estudo descritivo tem um nível de análise que permite identificar as características dos fenômenos, por meio de uma pesquisa de campo, possibilitando, também, a ordenação e a classificação deles. Por outro lado, com base em estudos descritivos, surgem outros que procuram explicar os fenômenos segundo uma nova ótica, ou seja, analisar o papel das variáveis que, de certo modo, influenciam ou causam o aparecimento dos fenômenos.

Além da importância da metodologia, deve-se entender que ela pode ser implementada de várias formas, definidas pela sua classificação e pela finalidade do trabalho. Neste trabalho, a classificação do tipo e natureza da pesquisa foi dada em termos dos fins, meios e objetivos da pesquisa.

(25)

23

Marconi e Lakatos (2006) definem universo como o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum, delimitar o universo consiste em explicar que as pessoas ou coisas, fenômenos, serão pesquisados, enumerando suas características comuns.

Compõem a população deste estudo, todos os 5.570 (Cinco mil e quinhentos e setenta) municípios brasileiros, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2016 (BRASIL, 2021). Ressalta-se que para fins de delimitação da amostra, optou-se por realizar os estudos com base nos dados relativos ao município de Parazinho/RN do Estado do Rio Grande do Norte, município onde tem-se de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Censo uma população estimada de 5.272 pessoas (ano 2020).

As informações concernentes foram obtidas por meio do sistema “IEGM”, disponibilizado no site oficial do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte, optou-se pelo estudo de caso para análise mais delicada dos indicadores apresentados de acordo com a gestão.

Quanto ao indicador, optou-se para a consecução do trabalho, pelo Índice de Efetividade de Gestão Municipal – IEGM, por ser aplicado por todos os Tribunais de Contas do Brasil e por permitir parâmetros de comparabilidade para a realização de pesquisas futuras, tendo seus dados, sido extraídos do site oficial do Instituto Rui Barbosa - IRB.

Fonte: Censo IBGE

(26)

24 3.3 DELIMITAÇÃO, COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS

O estudo do grau de efetividade e sua relevância, objetivo desta pesquisa, se deu inicialmente a partir da coleta de dados do município de Parazinho/RN, por meio dos sistemas do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM-TCE/RN) e Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público (SICONFI). Para tanto, utilizou-se as informações contidas no sítio do Tribunal de Contas do estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN, 2021) e Secretaria do Tesouro Nacional (STN, 2021) para se obter comparações e apurações de informações relevantes aos seus demonstrativos financeiros.

O presente estudo possui como limitação temporal os anos de 2015, 2016, 2017 e 2018, em razão de serem os anos em que o TCE-RN divulgou, até a realização da presente pesquisa, o resultado do indicador adotado.

De acordo com o site infográfico¹ do Tribunal de Contas do Rio Grande do Norte – TCE-RN, o estado conta com microrregiões que separam os municípios em grupos, para obter melhores resultados e análises dos indicadores pela região ao qual está inserida. O município de Parazinho/RN está localizado na microrregião Baixa Verde (na cor laranja) que conta com 5 municípios. ²

O IEGM apresenta duas propriedades específicas dos indicadores de desempenho: observação do que está faltando para melhorar e com relação às propriedades das escalas. O primeiro porque, foi amplamente discordado em índices mais específicos, permite uma análise individualizada de cada dimensão sobre uma série histórica. O segundo, porque é apresentado em intervalos de resultados, o que mostra os níveis de eficácia dos municípios, bem como a ordem e a diferença entre eles, associando cada dimensão pela métrica de ponderação. Portanto, conclui-se que o IEGM foi construído como as teorias, que constituem um mecanismo para controlar os gastos públicos que permite a medição, com relativa simplicidade e inteligibilidade, e os municípios satisfazem as necessidades dos cidadãos.

Para complementar o estudo de caso, utilizou-se da aplicação de um roteiro de entrevista semiestruturada, composto de algumas questões, aplicada via mensagens de voz pela ferramenta de conversas WhatsApp à contadora que presta serviço de assessoria na Prefeitura Municipal da cidade de Parazinho/RN, Aparecida de Fátima Xavier de Andrade, que desde 2013 presta serviços em contabilidade e finanças no município. Esta forma de entrevista ocorreu devido a pandemia no ano de 2020, impedindo reuniões e alguns outros contatos de formas presenciais. O roteiro da entrevista encontra-se em anexo no final do

(27)

25 trabalho, onde aponta os aspectos de dificuldades, melhorias e adaptações da gestão quanto ao questionário do IEGM, ações a serem tomadas e questionamentos sobre o baixo nível de adequação ao indicador.

A coleta foi realizada no período do estudo, com avaliação por meio de planilhas eletrônicas geradas pelo sistema do IEGM, ao qual a partir delas, foram realizadas eventuais tabelas individuais das demonstrações da efetividade nos anos de 2015 a 2018, anos estes que

1estão efetivamente preenchidos e em transparência aos cidadãos pelo site do Tribunal de

Contas do estado do Rio Grande do Norte, com incidência da estatística descritiva para encontrar a evolução dos indicadores ao passar dos anos.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA

A pesquisa permitiu identificar o comportamento dos indicadores do IEGM em todas as suas áreas de efetividade no município de Parazinho/RN. Visando a melhor concepção do indicador em estudo, averiguou-se os anos que estão disponíveis pelo site do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte, que é entre 2015 e 2018.

Compõem o índice as sete dimensões, sendo que as de maior peso de ponderação são saúde, educação, planejamento e gestão fiscal. A partir desta informação, pode-se destacar que o município possui efetividade nas dimensões citadas, exceto o planejamento, meio ambiente e cidade protegida que, nos quatro anos de aplicação, obteve a nota C+, ficando em fase de adequação. Portanto, vale ressaltar que é de suma importância investir e definir metas mais priorizadas para estas áreas.

O IEGM é divulgado com uma classificação qualitativa tanto do índice consolidado como das dimensões que o compõem, priorizando as cidades que compõem o estado e seus indicadores, a cidade de Parazinho está dentro da adequação determinada pelo TCE-RN. Foi possível analisar as métricas referentes às ações de políticas públicas realizadas pela gestão

¹ O site infográfico é o relatório eletrônico publicado no Portal WEB do Tribunal de Contas, que, apoiado pela tecnologia, organiza e disponibiliza informações à sociedade e aos demais órgãos de controle por meio do monitoramento dos planejamentos e gestões dos agentes públicos nas 7 (sete) dimensões monitoradas.

(28)

26 municipal, bem como suscitar hipóteses acerca das possíveis causas da ocorrência daquele comportamento.

Os questionários consistem em 226 questões, e 59 sobre a educação, 58 à saúde, 48 para planejamento, 7 à dimensão da gestão fiscal, 21 ao meio ambiente, 12 à proteção das cidades e 21 à governança tecnológica informativa. Eles lidam com a infraestrutura necessária para cumprir as necessidades do cidadão, incluindo os recursos humanos envolvidos e o número de pessoas participado, aos recursos utilizados na prestação de serviços, para exercer controle e avaliação de usuários e coletividade.

As tabelas abaixo apresentam o total de municípios que foram entrevistados durante dos anos de 2015 a 2018, divididos por área de pesquisa do IEGM e a porcentagem dos municípios de acordo com a nota obtida em cada ano de aplicação. Com relação ao município de Parazinho/RN foi elaborado para verificar a sua situação em cada ano e se está correspondendo de modo a melhorar a sua efetividade anual. Foram destacados também principais pontos que o município deixou de atender para obter melhores notas, esses quesitos foram retirados do questionário aplicado anualmente pelo TCE RN e comparado com as cidades que obtiveram melhores notas em cada área apresentada.

O indicador i-EDUC obteve em 2015 nota B+, tornando-se muito efetiva de acordo com os quesitos respondidos. Porém em 2016, passou entrar em fase de adequação com nota C+, em 2017 teve baixo nível de adequação com nota C e em 2018 voltou a ter a nota C+ em fase de adequação, oscilou bastante durante os 4 anos, mas finalizou com nota baixa ao qual gera grande impacto na efetividade da Educação Municipal.

Quadro 3 - Nota de Efetividade do indicador Educação de Parazinho/RN.

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

Educação B+ C+ C C+

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-EDUC, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 8% dos municípios. • 2016: 26% dos municípios.

(29)

27 • 2017: 37% dos municípios.

• 2018: 31% dos municípios.

Tabela 1 - Porcentagem do Indicador Educação no RN

MUNICÍPIOS DO RN i-Educ A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 1 1% 13 8% 61 38% 45 28% 39 25% 159 2016 2 1% 13 8% 43 26% 44 26% 65 39% 167 2017 0 0% 4 2% 54 32% 48 29% 61 37% 167 2018 2 1% 23 14% 56 34% 52 31% 34 20% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

Principais quesitos do questionário que impactaram no indicador:

▪ A prefeitura municipal não realizou ações e medidas para monitoramento da taxa de abandono das crianças na idade escolar (Ciclo I). Obs.: Ações e medidas documentadas, apenas ligação para telefone cadastrado do aluno não caracteriza medida para reduzir a taxa de abandono.

▪ Sobre a infraestrutura de ensino com apoio da Tecnologia, parte das escolas do Ciclo I não possuem laboratórios ou sala de informática com computadores para os alunos da rede escolar municipal.

▪ O Conselho de Alimentação Escolar não elaborou atas que permitam atestar as condições físicas/estruturais da cozinha, higienização e acondicionamento dos alimentos, bem como avaliar o cardápio e sua aceitação pelos alunos, considerando itens como quantidade e qualidade, variedade, respeito aos hábitos locais e regionais, adequação ao horário, conservação e manuseio dos alimentos e condições higiênicas dos locais de preparo e serviço.

▪ O município não utilizou algum programa específico que desenvolvesse as competências de leitura e escrita de seus alunos na rede municipal. Obs.: Não considerar treinamentos voltados para os professores.

▪ Não existe um Conselho Municipal de Educação estruturado e atuante com a composição de membros completa e de acordo com a legislação.

O indicador i-SAÚDE obteve estabilidade de nota por 3 anos, sendo de 2015 a 2017 considerada muito efetiva com nota B+, mas em 2018 caiu e pontuou com nota C, onde foi

(30)

28 para baixo nível de adequação, alguns quesitos deixaram de ser priorizados e impactou na nota neste último ano, uma variação negativa as demais notas obtidas em anos anteriores.

Quadro 4 - Nota de Efetividade do indicador Saúde de Parazinho/RN.

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

Saúde B+ B+ B+ C+

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-SAÚDE, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 29% dos municípios. • 2016: 23% dos municípios. • 2017: 34% dos municípios. • 2018: 18% dos municípios.

Tabela 2 - Porcentagem do Indicador Saúde no RN

MUNICÍPIOS DO RN i-Saúde A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 0 0% 46 29% 68 43% 36 23% 9 6% 159 2016 2 1% 39 23% 71 43% 36 22% 19 11% 167 2017 5 3% 57 34% 70 42% 27 16% 8 5% 167 2018 0 0% 35 21% 91 54% 30 18% 11 7% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

Principais quesitos do questionário que impactaram no indicador:

▪ O município não disponibiliza consultas médicas à distância utilizando instrumentos tecnológicos (telefone, Internet etc.). Obs. Não considerar marcação de consulta nem orientação médica emergencial.

▪ Os locais de atendimento médico-hospitalar municipais e UBSs não possuem AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros).

▪ O município não disponibiliza serviço de agendamento de consulta médica nas UBSs por meio de telefone, VOIP, Internet, totem etc.

(31)

29 ▪ O município não possui Ouvidoria da Saúde implantada.

O indicador i-PLANEJAMENTO não teve oscilação de nota, obtendo durante os 4 anos a letra C de baixo nível de adequação. Comparando-se com os demais municípios, está entre 85% e 91% das cidades que tiveram essa nota durante esses anos. Ou seja, esse indicador está pouco priorizado pelas cidades, inclusive pelo município de Parazinho. É de relevância apresentar a informação que nenhuma cidade do estado apresentou notas de maior efetividade, então conclui-se que esse indicador está em adequação em todos os municípios, por não apresentarem as dotações, receitas e despesas de acordo com os quesitos do indicador.

Quadro 5 - Nota de Efetividade do indicador Planejamento de Parazinho/RN.

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

Planejamento C C C C

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-PLANEJAMENTO, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 91% dos municípios. • 2016: 85% dos municípios. • 2017: 88% dos municípios. • 2018: 89% dos municípios.

Tabela 3 - Porcentagem do Indicador Planejamento no RN

i-Planejamento A % B+ % B % C+ % C % TOTAL

2015 0 0% 0 0% 0 0% 14 9% 145 91% 159

2016 0 0% 0 0% 0 0% 25 15% 142 85% 167

2017 0 0% 0 0% 0 0% 20 12% 147 88% 167

2018 0 0% 0 0% 0 0% 19 11% 148 89% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

(32)

30 ▪ Não existe equipe estruturada para realização do planejamento municipal (PPA, LDO

e LOA).

▪ Não há estrutura administrativa voltada para planejamento.

▪ Os servidores responsáveis pelo planejamento não recebem treinamento específico para a matéria.

▪ Os setores da Prefeitura não têm conhecimento prévio da previsão de receita cabível para elaborarem suas dotações.

▪ Não há relatórios mensais levados ao conhecimento do Prefeito sobre a execução orçamentária.

O indicador i-GOV-TI também se destaca como fator que minimiza a nota do IEGM na sua composição total, vendo que, durante os anos de 2015 a 2017 obteve nota C, e posteriormente em 2018 tornou efetiva com nota B, isso denota das ações voltadas às tecnologias nos setores, que fizeram com que o município pontuasse de forma mais eficiente nesse indicador.

Quadro 6 - Nota de Efetividade do indicador Governança de Parazinho/RN

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

Governança TI C C C B

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-GOV-TI, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 75% dos municípios. • 2016: 65% dos municípios. • 2017: 50% dos municípios. • 2018: 21% dos municípios.

Tabela 4 - Porcentagem do Indicador Governança no RN

(33)

31 i-Gov-TI A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 1 1% 4 3% 10 6% 25 16% 119 75% 159 2016 2 1% 9 5% 19 11% 28 17% 109 65% 167 2017 3 2% 10 6% 34 20% 36 22% 84 50% 167 2018 2 1% 8 5% 35 21% 36 22% 86 51% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

Principais quesitos do questionário que impactaram no indicador:

▪ A prefeitura municipal não possui PDTI – Plano Diretor de Tecnologia da Informação – que estabeleça diretrizes e metas de atingimento no futuro.

▪ A prefeitura municipal não possui documento formal publicado que estabeleça procedimentos quanto ao uso da TI pelos funcionários municipais, conhecido como Política de Uso Aceitável ou Política de Segurança da Informação.

▪ A prefeitura municipal não define as competências necessárias para as atividades de seu pessoal de TI (área de formação, especialização etc.).

▪ Sobre as compras públicas (licitações) que tenham como objeto equipamentos de TI, softwares ou serviços que envolvam a Tecnologia da Informação, não há pessoal de TI envolvido no processo de compra.

▪ O município não possui legislação municipal que trata de Acesso à Informação.

O indicador i-AMB representa no IEGM do município, como o do planejamento, a ausência de efetividade quanto às políticas públicas voltadas para essa área. O indicador recebeu nota de baixo nível de adequação em todos os anos de estudo. Isso se dá pelo fato de o município não ter setor adequado para propor ações e metas para essa área, que representa 10% pela ponderação para a representatividade do gasto público.

Quadro 7 - Nota de Efetividade do indicador Meio Ambiente de Parazinho/RN.

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

Meio Ambiente C C C C

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

(34)

32 Na área do indicador i-AMB, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 86% dos municípios. • 2016: 84% dos municípios. • 2017: 78% dos municípios. • 2018: 73% dos municípios.

Tabela 5 - Porcentagem do Indicador Meio Ambiente no RN

MUNICÍPIOS DO RN i-Amb A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 0 0% 2 1% 10 6% 11 7% 136 86% 159 2016 0 0% 3 2% 9 5% 15 9% 140 84% 167 2017 0 0% 5 3% 14 8% 17 10% 131 78% 167 2018 1 1% 5 3% 9 5% 30 18% 122 73% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

Principais quesitos do questionário que impactaram no indicador:

▪ A prefeitura municipal não realiza a coleta seletiva de resíduos sólidos.

▪ A prefeitura municipal não possui Plano de Resíduos da Construção Civil que aborda itens tais como coleta, transporte e destinação final.

▪ A prefeitura não possui/participa de algum programa ou ação que promova a melhoria contínua da qualidade ambiental no município.

▪ O município não possui seu Plano Municipal de Saneamento Básico.

▪ Não existem ações e medidas de contingenciamento para os períodos de estiagem.

O indicador i-CIDADE representa 5% da composição e obteve a menor nota de efetividade, recebendo nota C durante todos os quatro anos. Resume-se que deve a prefeitura buscar investir mais em proteção para a população, frente a possíveis eventos de sinistros e desastres.

Quadro 8 - Nota de Efetividade do indicador Cidade Protegida de Parazinho/RN.

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

(35)

33

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-CIDADE, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 74% dos municípios. • 2016: 69% dos municípios. • 2017: 56% dos municípios. • 2018: 64% dos municípios.

Tabela 6 - Porcentagem do Indicador Cidade Protegida no RN.

MUNICÍPIOS DO RN i-Cidade A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 0 0% 12 8% 11 7% 18 11% 118 74% 159 2016 1 1% 15 9% 16 10% 19 11% 116 69% 167 2017 2 1% 24 14% 25 15% 23 14% 93 56% 167 2018 7 4% 13 8% 14 8% 26 16% 107 64% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

Principais quesitos do questionário que impactaram no indicador:

▪ A prefeitura municipal não possui local físico com sala e telefone para atendimento de ocorrências de Proteção e Defesa Civil.

▪ O município não utiliza alguma forma de registro eletrônico para cadastramento de ocorrência de Proteção e Defesa Civil.

▪ O município não possui algum tipo de levantamento para identificação de risco para intervenções do Poder Público.

▪ O município não possui um estudo de avaliação da segurança de todas as escolas e centros de saúde atualizado.

▪ O município não utiliza sistemas de alerta e alarme para desastres.

O indicador i-FISCAL é um dos quesitos de maior efetividade do município, onde apresentou-se muito efetiva com nota B+ em 2015, 2016 e 2018 em altamente efetiva em 2017 com nota A. Visando a importância desse indicador entre os de maiores pesos, com 20% da composição do IEGM, dessa forma o município ficou em estabilidade nesse período, pois

(36)

34 atende de forma positiva a Lei Orçamentária Anual (LOA) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Quadro 9 - Nota de Efetividade do indicador Gestão Fiscal de Parazinho/RN.

IEGM - PARAZINHO/RN

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

Gestão Fiscal B+ B+ A B+

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-FISCAL, Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 22% dos municípios. • 2016: 21% dos municípios. • 2017: 1% dos municípios. • 2018: 22% dos municípios.

Tabela 7 - Porcentagem do Indicador Gestão Fiscal no RN.

MUNICÍPIOS DO RN i-Fiscal A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 6 4% 35 22% 85 53% 24 15% 9 6% 159 2016 4 2% 35 21% 77 46% 37 22% 14 8% 167 2017 2 1% 20 12% 79 47% 50 30% 16 10% 167 2018 2 1% 36 22% 71 43% 38 23% 20 12% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

Principais quesitos do questionário que impactaram no indicador:

▪ O repasse de duodécimos às Câmaras não foi realizado dentro dos limites legais, de acordo com o Art. 29-A da Constituição Federal.

▪ Os repasses para o regime geral ou regime próprio de previdência social não foram realizados dentro do prazo legal.

Quadro 10 - Nota de Efetividade do indicador IEGM de Parazinho/RN.

(37)

35

INDICADOR ANOS

2015 2016 2017 2018

IEGM C+ C C+ C+

Legenda: A (Altamente Efetiva); B+ (Muito Efetiva); B (Efetiva); C+ (Em fase de adequação); C (Baixo Nível de Adequação).

Fonte: Adaptado de IEGM/RN.

Na área do indicador i-IEGM, de modo geral Parazinho/RN ficou entre os municípios que representaram em sua totalidade, a porcentagem abaixo:

• 2015: 50% dos municípios. • 2016: 52% dos municípios. • 2017: 62% dos municípios. • 2018: 54% dos municípios.

Tabela 8 - Porcentagem do Indicador IEGM no RN.

t IEGM A % B+ % B % C+ % C % TOTAL 2015 0 0% 0 0% 15 9% 80 50% 64 40% 159 2016 0 0% 0 0% 8 5% 72 43% 87 52% 167 2017 0 0% 0 0% 8 5% 103 62% 56 34% 167 2018 0 0% 0 0% 23 14% 90 54% 54 32% 167

Fonte: Adaptado de IEGM/TCE RN

A partir disso, avalia-se a eficácia da gestão municipal como um todo, que termina como uma conclusão pouco eficaz, que examinou todos os aspectos da prosperidade social e, ao mesmo tempo que demandam maior gasto público (saúde e educação) e as que são imprescindíveis para a satisfação dessas necessidades, como planejamento e gestão fiscal.

4.2 ANÁLISE DE CONTEÚDO DA ENTREVISTA

Em entrevista com a contadora que presta serviço de assessoria na Prefeitura Municipal de Parazinho/RN (PMP), Aparecida de Fátima Xavier de Andrade, ela respondeu que o IEGM no município vem tendo avanço ao passar dos anos, sobre o IEGM ela diz que:

(38)

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“é uma ferramenta nova, porém obrigatória em todos os municípios do Rio Grande do Norte tem de responder ao questionário que na verdade é esse índice né IEGM ele busca mensurar né assim a eficácia das políticas públicas em cada município. Para isso ele vai e divide em várias áreas e questionamentos, o questionário ele já vem pronto e dividido por áreas do tipo saúde educação, planejamento, gestão fiscal, governança TI, meio ambiente e cidades. Daí ele formula várias e várias perguntas onde vai extraindo dados para ver realmente a eficácia das políticas públicas desenvolvidas”.

Visto que, é uma nova forma de averiguar e mensurar a efetividade da gestão pública municipal, a entrevistada deixou claro no primeiro momento que existiram dificuldades para preenchimento do questionário nos primeiros anos, iniciando em 2015, quando se teve a informação que seria necessário o preenchimento do questionário por meio dos gestores responsáveis, ela diz como preencher e enviar, a aplicação

“já vem pré-definidas as perguntas pelo TCE, ele informa uma senha para cada uma dessas áreas para saúde, para educação, para planejamento e por aí vai, onde a gente encaminha para cada gestor daquela pasta ou responsável por aquele setor, por aquelas informações né e a gente vai colhendo as informações, ao final da consolidação das respostas é enviada para o tribunal. A aplicação é dessa maneira, ela é toda via portal do gestor via o site do tribunal através de senhas que é enviado para cada gestor da pasta”.

Na maior parte das áreas não obteve resultados de impacto positivo, contado com notas “C” nos anos de estudo dessa pesquisa, entre 2015 e 2018, ela explica que por não existir setores nessas áreas, o questionário acaba tendo um déficit de respostas, assim ela aponta que

“assim particularmente Parazinho a gente tem dificuldade na questão de TI né porque realmente a gente não tem um setor desse e a gente também não tem é uma parte também de meio ambiente desenvolvida e nem de cidades, a gente não tem um aparato ou ações e projetos e políticas públicas destinadas especificamente para essas áreas então assim os dados realmente eles ficam mais prejudicados nessas áreas”.

Visando as notas obtidas e seus aparatos, o município de Parazinho encontra-se em adequação ao indicador em diversas áreas, sendo elas de mais destaque o Meio Ambiente, Planejamento, Cidades Protegidas e Governança-TI, áreas essas que receberam em maior parte dos anos nota C e C+, estando em baixo nível de adequação e em adequação às questões pontuadas pelo TCE-RN.

A entrevistada ainda citou em sua fala que, os setores que mais recebem destaque são a educação, saúde e gestão fiscal, onde eles buscam sempre melhorar aplicando recursos e investindo em ações que maximizam as notas e durante o período de 2015 a 2018. Já as áreas

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37 de baixo nível de adequação, as ações são mais frágeis e delicadas, pois depende de uma gestão mais visada a avanços, principalmente tecnológicos, em busca de recursos que elevem o processo de adequação, ela cita que para isso “nossa meta realmente é melhorar essas 3 áreas aí principalmente TI governança e meio ambiente com ações realmente pensadas para que a gente tenha melhoria dessa nessa nota saindo do C para A”.

Quando é questionada a forma que a garante essa aplicação e mudança, ela reforça que:

“tem que investir em software e em profissionais da área para que, por exemplo, nossos bancos de dados sempre sejam no município, saia gestão e entre gestão e o banco de dados de contabilidade de tributação, de folha de pagamento tudo seja do município porque é o que manda a lei e na hora que a gente conseguir, ter um setor desse não é fácil lógico, mas realmente vai ter uma eficácia e eficiência muito melhor nessa política pública”.

Analisando a entrevista, juntamente com os dados obtidos no IEGM, fica notório a concordância das notas em suas diversas áreas e aplicações. Dessa forma, está sendo relevante para o município de Parazinho, a aplicação dele, pois existe sim uma preocupação de melhoria e de adequação aos serviços e recursos aplicados. Visto que não é fácil, e quando se extrai de modo geral as notas obtidas pelos municípios de todo o Rio Grande do Norte, mais de 70% das cidades que respondem ao questionário, estão na zona de baixo nível de adequação. Então, releva-se, mas não tira a responsabilidade do município em adquirir e avançar nos pontos de prioridade de cada área a ser respondida.

Sabe-se que após aplicação do questionário, um auditor do tribunal de contas visita o município para averiguar se as informações prestadas são fidedignas e se reflete a nota obtida durante o ano de aplicação. A contadora informou que durante os primeiros anos, anos esses que estão sendo aplicados nesta pesquisa, existiram muitos feedbacks tanto do TCE-RN para o município, como dentro do processo interno, repassando os pontos a melhorar para os gestores que são responsáveis pela pasta de cada área, desse modo medidas foram tomadas de tal forma que:

“na educação, como investir mais no aluno para a gente aumentar mais o percentual, da educação vamos investir mais na merenda, vamos investir mais no professor em capacitação, então isso foram ações que foram feitas para realmente aumentar o percentual aplicado na educação. Na saúde, por exemplo, a gente foi investir mais na atenção básica, na questão das equipes, na questão de ter medicamentos, insumos, de ter exame, ter transporte, ter um aparato para a saúde quando ela precisa ser prestada na capital...”.

Referências

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