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AVC o que é? AVC. Quais os tipos de AVC? ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO PARA CUIDADORES. Principais causas do AVC. (Acidente Vascular Cerebral)

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Universidade Federal do Triângulo Mineiro Curso de graduação em Terapia Ocupacional

AVC

(Acidente Vascular Cerebral)

ORIENTAÇÃO E TREINAMENTO PARA

CUIDADORES

Orientadora: Patrícia Machado Albernaz Costa

Discentes: Beatriz Lopes Pachelli e Newton de Paula Oliveira

Uberaba-MG 2014

AVC – o que é?

O Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como “derrame cerebral”, é causado por uma interrupção do fluxo sanguíneo. Ocorre quando uma artéria que fornece sangue ao cérebro fica bloqueada ou se rompe.

Quais os tipos de AVC?

 AVC ISQUÊMICO: é o mais comum, acontece em 80% dos casos. Pode ocorrer por um bloqueio de uma artéria do cérebro.

 AVC HEMORRÁGICO: é quando ocorre uma ruptura em um vaso sanguíneo do cérebro.

Principais causas do AVC

 Hipertensão arterial

 Hemorragia cerebral

 Malformação dos vasos sanguíneos

 Tumores cerebrais

(2)

Indivíduos com maior chance de ter

um AVC:

 Idosos  Obesos  Sedentários  Alcoólatras  Fumantes  Diabéticos  Cardíacos  Hipertensos

Sinais e Sintomas

 Modificação do movimento e/ou sensibilidade em um lado do corpo.

 Dificuldades para falar e/ou entender.

 Dor de cabeça forte e repentina.

 Dificuldade para enxergar.

 Tontura e/ou desequilíbrio.

 Náuseas, vômitos, dificuldade para engolir e perda de consciência associados.

O que fazer na ocorrência desses

sinais e sintomas?

Procurar com urgência um serviço de emergência hospitalar, considerando que a rapidez no atendimento é fundamental na recuperação do paciente. Ligue para o SAMU: 192.

Tratamento medicamentoso

A eficácia do tratamento medicamentoso depende do tempo que o paciente for socorrido. Existe o medicamento “Alteplase” que se usado nas primeiras 4 horas, diminui o grau de incapacidade do paciente com AVC isquêmico.

Manifestações após um AVC

Alterações motoras: diminuição ou perda dos

movimentos de um lado do corpo

(hemiparesia/hemiplegia); perda na independência nas atividades motoras (apraxia); movimento coordenado e ágil prejudicado.

(3)

Alterações Sensoriais: alteração na visão, com prejuízos na escrita, leitura, reconhecimento de lugares e dificuldade para dirigir; diminuição ou perda da sensibilidade.

Alterações cognitivas: dificuldade para se comunicar (fala e escrita); expressões faciais alteradas.

Alterações sociais e emocionais: diminuição da motivação e da interação social; isolamento; queda da renda familiar; diminuição da frequência de relacionamento sexual.

Alterações fisiológicas: incontinência urinária e intestinal.

Participação familiar

É importante que os familiares:

 Mantenham os cuidados do paciente em casa;

 Continuem com o tratamento medicamentoso e reabilitador após a alta hospitalar;

 Tenham sempre um profissional de referência para esclarecimento de dúvidas;

 Tenham um envolvimento afetivo com o paciente no processo de reabilitação;

PARTE 1: POSICIONAMENTO E

TRANSFERÊNCIA

Quando o paciente está acamado, é necessário um bom posicionamento e uma mobilidade adequada, a fim de evitar agravos, tais como: irritação na pele (úlceras de pressão), diminuição da força muscular, diminuição da musculatura (atrofia), dor, contraturas (quando não há o relaxamento do músculo), deformidades nas partes do corpo. A seguir, alguns exemplos de posicionamentos que podem ser feitos com o paciente durante e após a hospitalização. Nas figuras abaixo, o paciente encontra-se com o lado direito afetado.

(4)

Posicionando o paciente no leito: Figura 1.

 Posicione o paciente de modo que a cabeça fique voltada para o lado afetado;

 A mão deve ficar com a palma para baixo, sobre um travesseiro, mais elevada que o ombro, tornando mais fácil a circulação do sangue e evitando edema (inchaço);  Coloque um travesseiro pequeno embaixo do joelho;

 A cada duas horas troque o paciente de posição.

1.

Outro tipo de posicionamento no leito: Figura 2.

 Coloque travesseiros para posicionar a cabeça reta de forma confortável;

 Dobre o cotovelo com a palma da mão voltada para cima;

 Coloque o cotovelo e a mão sobre um travesseiro;  O quadril e o joelho ficam levemente dobrados;  O pé deve ficar levemente flexionado e apoiado em um travesseiro macio. 2.

(5)

Deitado sobre o lado afetado: Figura 3.

 Coloque o braço esticado com a mão virada para cima;

 O cotovelo fica esticado e a mão é colocada sobre o travesseiro;

 A perna afetada deve

ficar levemente

esticada por baixo da outra perna;

 A perna preservada deverá ficar dobrada sobre o travesseiro.

3.

Deitado de bruço: Figura 4.

 A cabeça é girada para o lado não afetado;

 O tornozelo deve

ficar sob um

travesseiro;

 O braço afetado deve ficar esticado para cima.

4.

Sentado na cama: Figura 5.

 Coloque travesseiros atrás das costas;

 Posicione os braços para frente com a palma da mão para cima e esticados.

5.

Evite a posição abaixo: Figura 6.

 Assim, você evitará irritação na pele (úlceras de pressão) e problemas na coluna vertebral. 6.

(6)

Sentado na cama com as pernas para baixo: Figura 7.  Para conseguir ficar nessa posição observe as ilustrações de números: 8 e 9;  Use travesseiros para o apoio dos antebraços;  Verifique se os pés estão totalmente apoiados no chão;  Certifique-se se o paciente está bem estabilizado. 7.

Transferindo o paciente da cama para o sofá: Figuras 8, 9, 10 e 11.

 Peça para o paciente que dobre suas pernas apoiando os pés na cama;

 Firme suas mãos no quadril do paciente e peça que ele levante as nádegas, ajude-o neste movimento, e depois mova o quadril para o lado;

 Role o paciente para o lado afetado;

8.

 Apoie o seu braço nas costas do paciente, ajudando-o a se levantar;

 Peça que ele coloque o braço esquerdo no seu pescoço;

 E que coloque as pernas dobradas para fora da cama;

(7)

 Em seguida peça ao paciente que passe os braços em torno do seu pescoço;

 Fique em pé na frente do paciente segurando seus ombros como mostra a figura 10;

 Use os seus joelhos para apoiar os joelhos do paciente;

10.

 Quando o paciente estiver levantado às nádegas, você pode girá-lo em direção ao sofá.  Coloque lentamente o paciente sentado no sofá;  Ofereça travesseiros para acomodá-lo com

maior conforto

possível; 11.

Precaução e adaptação na posição sentado: Figs. 12 e 13.

 Cuidar para que o paciente não assuma

a posição como

mostrada na figura 12.

12.

 Caso não tenha uma cadeira com braços, substitua sentando o paciente ao lado de uma mesa com o cotovelo e o antebraço colocado sobre ela.

(8)

PARTE 2 – AUTOCUIDADO,

ALIMENTAÇÃO, VESTUÁRIO, LAZER.

É importante que durante a realização das atividades do dia a dia, o cuidador ou familiar, oriente o paciente a não se esquecer do lado afetado. Além disto, estimule para que o mesmo seja incluído na realização das atividades, tais como: autocuidado (higiene e cuidados pessoais), alimentação, vestuário e lazer. A seguir alguns exemplos de como os pacientes devem proceder nas suas atividades de rotina, onde poderão receber ajuda sempre que necessário. Nas figuras abaixo, o lado do corpo afetado é o esquerdo.

Alimentação: Figura 14.

 Comer sentado e devagar em um lugar calmo, sem nenhum estímulo externo (rádio, televisão e outros).  Oferecer ajuda somente quando necessário. 14.

Higiene bucal: Figura 15.

 Segurar a tampa do creme dental com o polegar e o indicador.

15.

Lavar as mãos: Figura 16.

 Abrir a torneira com a

mão preservada,

posicionando a mão afetada em cima.

(9)

Tomar banho: Figura 17.

 O braço afetado deve ser estimulado a lavar as outras partes do corpo, mesmo com dificuldade.

 Oferecer ajuda caso o movimento do braço seja insuficiente.

17.

Vestuário: Figuras 18, 19, 20 e 21.

Membro superior:

 Vestir primeiro o braço afetado. Use a mão

preservada para

abotoar a camisa.

18.

Membro inferior:

 Ficar em posição sentado com a perna afetada cruzada para colocar a calça, em seguida prosseguir de forma rotineira.

(10)

Meias:

 Dobrá-las até o calcanhar e com a perna afetada cruzada vesti-las.

20.

Calçar:

 Cruzar a perna afetada para calçar.

 Evitar calçados tipo

chinelo e com

cadarço;

 Dar preferência a calçados macios, fechados com velcro e solado antiderrapante.

21.

Tirar a roupa: Figura 22.

 Deve ser feito de forma independente, inicialmente utilizando a mão preservada. 22. Beber: Figura 23.

 Usar a mão afetada, com auxílio da outra mão.

(11)

Cortar a comida: Figura 24.

 Apoiar a mão afetada sobre a mesa.

24.

Preparar pão: Figura 25.

 A mão afetada poderá segurar o pão no momento do preparo.

25.

Abrir enlatados: Figura 26.

 A mão afetada deve segurar o objeto no momento de abri-lo.

26.

Escrever: Figura 27.

 Utilizar caneta com engrossador.

(12)

Pegar objetos em prateleira: Figura 28.

 Posicionar a perna afetada para frente

fazendo a

transferência de peso sobre a mesma.

28.

PARTE 3 – POSSÍVEIS ADAPTAÇÕES.

Nos cuidados do paciente em casa, alguns materiais e adaptações do ambiente são necessários para melhor realização de suas atividades, tais como:

Banho: Uso de tapetes antiderrapantes e cadeira de banho.

(13)

Adaptações no banheiro: Se possível utilizar barras de apoio e aumentar a altura do vaso sanitário.

Vestuário: Abotoadores e calçadores de meia.

Alimentação: Engrossadores, prato com ventosa, copo recortado, talheres adaptados, copo com duas alças (bimanual).

Comunicação: Uso de pranchas de comunicação alternativa.

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REFERÊNCIAS

 GILLEN G. Acidente vascular cerebral. In: PEDRETTI, L.W.; EARLY, M.B. Terapia Ocupacional – Capacidades Práticas para as Disfunções Físicas. 5ª ed., São Paulo: Roca, 2004.p. 675-703.

 ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. O acidente vascular cerebral (AVC) e a recuperação. In: ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Promovendo Qualidade de Vida Após Acidente Vascular Cerebral: Um Guia para Fisioterapeutas e Profissionais de Atenção Primária à Saúde. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 25-38.

LONGO, A.; JARA, S.; NARCISO, T. Posicionamentos e transferências. Fundação Cardeal Cerejeira. 4º ano de fisioterapia da ESSCVP.

TROMBLY, C.A.; RADOMSKI, M.V. Terapia Ocupacional para Disfunções Físicas. Rio de Janeiro: Editora Santos, 2005.

CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional fundamentação & prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

 CRUZ, D.M.C.; TOYODA, C.Y. Terapia Ocupacional no tratamento do AVC. ComCiência no.109 Campinas 2009.

Google Imagens:  http://airmetal.com.br/barras-de-apoio/  http://www.gameiros.pt/index41e9.html?page=shop.product_ details&flypage=shop.flypage&product_id=272&category_id =151&manufacturer_id=0&option=com_virtuemart&Itemid=2 6  http://bcprodutos.com.br/home/prato-com-ventosa-borda-alta/  http://www.vivermelhor.pt/produto_detalhe?categoria=1&sub categoria=1.2&id=70438  http://tetraplegicos.blogspot.com.br/2010/02/canta-veiculo-conduzido-atraves-da.html  http://www.assistiva.com.br/ca.html

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