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O USO DE MAQUETES COMO RECURSO DE APRENDIZAGEM

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Academic year: 2021

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Daiane Peluso¹ Fabiana Pagno²

Resumo: Nesse artigo, buscou-se debater a importância do uso de recursos didáticos em sala de aula, principalmente a maquete, como um auxílio ao professor, no processo de ensino e aprendizagem, bem como de sua importância em se fazer presente nas aulas de Geografia, já que o uso de maquetes, por exemplo, pode proporcionar o domínio da noção de espaço. O objetivo é demonstrar a utilização de recursos didáticos alternativos na compreensão dos conteúdos abordados nas aulas de Geografia, para a compreensão essencialmente da altimetria, concentrando-se na abordagem da região Sul do Brasil. Está presente ainda, a proposta de construção da maquete do relevo.

Palavras-chave: Recursos didáticos; ensino-aprendizagem; maquete.

Introdução: Como é possível notar uma aprendizagem significativa dos alunos, sendo que os recursos que a eles são apresentados não compõem o seu cotidiano de estudo? O presente artigo busca apresentar o lado benéfico do uso de recursos didáticos, no caso as maquetes, para complementar a explicação de determinados conteúdos que fazem parte das grades curriculares de Geografia no Ensino Fundamental. No que se refere à utilização de linguagens diferenciadas para a comunicação da informação a Cartografia ampara-se em diversas situações, fornecendo assim o auxílio com diferenciados materiais, por exemplo, os mapas, cartas topográficas, globos, fotografias, imagens, maquetes etc.

No que se refere à representação do espaço geográfico e a apropriação de seu conhecimento, a partir dos meios apresentados, a mesma possui enorme importância, essencialmente quando voltada a discussão para o cunho educacional dos sujeitos aptos a viver no mundo em transformação com plena capacidade de participar dos processos de comunicação da sua época.

Na escola, esse procedimento ocorre por meio de situações, através das quais os alunos percebem que a linguagem cartográfica é um conjunto de formas e símbolos, que envolve proporcionalidade, uso de signos e técnicas de projeção. [...] Trabalhando-se com a Cartografia, apoiada numa fusão de múltiplos tempos e numa linguagem especifica, é possível que se faça, através da localização e da espacialização, uma referência para a leitura de

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paisagens e seus movimentos. Ignorar a natureza social, histórica e em forma de diálogo (contada oralmente, de geração a geração) das representações cartográficas é desconsiderar seu valor comunicativo, sua importância na relação, no processo de evolução do homem e na sua interpretação de mundo (FRANCISCHETT, 2004, p. 16 a 17).

Portanto, a educação Cartográfica se torna indispensável, independente do seu grau de escolaridade. Pois auxilia para a representação desde projetos com alto grau de operações a serem realizadas, até de representações mais simples que as pessoas utilizam no seu dia a dia em sala de aula.

O uso da maquete e seus entraves

A abrangência do uso das maquetes em sala de aula, não se aplica apenas ao momento de sua apresentação como um produto final aos alunos. Pois antes da sua concretização diversas etapas se fazem necessárias para a sua finalização. Sendo que, em muitos casos, a sua elaboração se torna inviável, por alguns exemplos que no decorrer do artigo buscaremos abordar.

Para tanto se faz necessário a reelaboração dos conceitos até então formulados, pois há deficiência de materiais cartográficos, nas escolas e nas universidades, se tornando assim necessário o descobrimento de novas alternativas de ensino. Nesse sentido, para um melhor embasamento buscou-se apoio em alguns autores que pautam suas discussões nestes aspectos. Assim, pode-se citar Mafalda Nesi Francischett onde afirma que:

O estudo da Geografia dá-se também pela Cartografia, através das representações. A dificuldade de trabalhar com as representações cartográficas, é, talvez, o problema para quem trabalha com o ensino; alia-se a isso a carência de qualidade do material cartográfico da maioria das escolas e universidades, o que demonstra a necessidade de (re) descobrir maneiras de planejar e coordenar a educação da Geografia (FRANCISCHETT, 2014, p. 18).

Observa-se que à falta de qualidade e de materiais que atualmente se encontram em algumas universidades e escolas, pois esta falta desfavorece a prática docente no ensino da Geografia.

Dessa forma, o professor é obrigado a encontrar outros meios de ensinar o conteúdo aos alunos, sendo que inúmeras vezes por falta de tempo e disponibilidade, opta-se por manter a sua explicação regulada apenas com o livro didático, o que pode tornar o conteúdo maçante,

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considerado assim pelos estudantes, se caracterizando como algo desnecessário para a sua vida.

A comunicação entre os seres se pauta em diversas formas, oral, e escrita, ou por meio de objetos que demonstram de forma ilustrativa a sua fala. A evolução do ser humano possibilitou a sua passagem por diversas fases no que se refere ao uso de linguagem para possibilitar a sua comunicação com os demais seres que compartilhavam a sua convivência.

Portanto, a evolução do ser humano em especial, favoreceu a sua separação com a linha dos demais animais que habitam a Terra, constituindo assim seres que desenvolvem conhecem, confiam e imaginam. Pois muitas são as formas de linguagens:

Aprende-se linguagem na forma escrita, oral, gráfica, corporal, por signos não verbais, através dos quais efetuamos as leituras do mundo, ultrapassando o pensamento espontâneo de senso comum, sistematizando as informações, transformando-as em conceitos (FRANCISCHETT, 2004, p. 24).

Neste sentido pode-se dizer que o uso das diversas linguagens possibilita a compreensão do mundo de diversos pontos de vista causando assim uma leitura crítica e complexa do mundo que nos cerca, favorecendo a ultrapassagem do pensamento espontâneo e do senso comum, desenvolvendo desta maneira a sistematização de informações e a sua posterior transformação em conceitos.

Portanto, se aprende a escolher signos do mundo imaginário e os mesmos terão valor quando concretizados no mundo real. Assim, a linguagem favorece o desenvolvimento de diversos sentidos como a audição, por exemplo, o que permite conectar sonoramente com o mundo em que vivemos. Pois com a fala a realidade se torna concreta, em uma substância animada que se encontra em constante circulação e movimento, não permitindo assim o seu esquecimento.

A Cartografia, enquanto ciência utiliza-se de uma linguagem universal porque se vale de um sistema de signos compreensíveis por todos (FRANCISCHETT, 2004, p. 31). Os embasamentos dos signos que compõem esta ciência se concentram em sua maioria na linguagem visual, mas juntamente com a música, as palavras e os números a mesma constitui as formas básicas de comunicação que o ser humano utiliza, e em diversas vezes de forma automática em seu cotidiano.

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Na busca de uma melhor contextualização do tema, busca-se apoio em Francischett (2004) que auxilia na discussão e remete na sua discussão a proposta de transformação de objetos planos e dimensionais em objetos tridimensionais e com volume palpável pelas pessoas por meio da visualização da maquete e da própria representação gráfica.

A representação gráfica constitui uma linguagem de comunicação visual, bidimensional, atemporal e de caráter monossênico que se insere no mundo da comunicação visual e compartilha o universo da comunicação social. [...] Na comunicação cartográfica, a mensagem é passada a partir de um conjunto de elementos previamente organizados na maquete (cotas, relevo, hidrografia, estruturas). As cotas devem ser sobrepostas uma a uma para formar o relevo, demonstrar a hidrografia e projetadas segundo a proporção, sendo, portanto, um exemplo de comunicação cartográfica. [...] Daí a, as fases iniciais de planejamento serem turbulentas e complexas, já que as informações necessitam ser tratadas com lógica para que a mensagem fique clara na representação seja entendida, permitindo a leitura no instante da percepção(FRANCISCHETT, 2004, p. 24).

Quando se trata da elaboração de trabalhos que se encontrem na extração de formas bidimensionais e a sua transformação em objetos tridimensionais, as dificuldades são inúmeras, pois a racionalidade na interpretação deve se manter constante para a futura compreensão do objeto por seres não participantes do processo de elaboração. Sendo que o resultado da construção da maquete é a forma indissociável de apresentar o seu conteúdo e a sua forma. E assim sendo, a sua expressabilidade na construção tridimensional permite ao observador a probabilidade de leitura, e a posterior construção de diferentes imagens da realidade do objeto representado, e desta maneira os diferentes olhares tornam possível o processo de construção e representação como uma ação mediadora de conhecimento.

Portanto, uma metodologia de ensino diferenciada, além de apresentar recursos mediadores de conhecimento, a mesma reconhece a sua importância para a construção dos conhecimentos dos alunos através da mediação, e assim se mantém em constante movimento e questionamento, favorecendo desta forma a construção do conhecimento que é compreendido de forma mais valiosa. “Nos dias de hoje, já não se pode continuar pensando em uma escola encerrada entre quatro paredes e completamente desvinculada do processo da comunicação” (GUITIERREZ,1978, p.33).

A comunicação dos trabalhos apresentados em sala de aula em inúmeras vezes é explicada de forma oral, e neste momento ocorre à vinculação entre as perguntas e as respostas, originando assim um centro de debate que culmina na construção do conhecimento por parte das pessoas que não participaram do seu processo de elaboração, sendo que todo

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este debate geralmente é mediado pela ação do professor. Portanto as metodologia de ensino se enriquecem, proporcionalmente as suas oportunidades de auto - expressão, que são ofertadas aos educandos.

A apresentação das maquetes e suas vantagens no ensino da Geografia

Quanto ao ponto que se remete as vantagens, que um recurso didático diferenciado, por exemplo, à maquete oferece, muitos exemplos podemos encontrar. Pois no contexto da apresentação as maquetes geográficas possuem a possibilidade de ir além da apresentação de uma diversidade de informações que as constituem, as mesmas permitem a construção de diferentes pontos de vista e olhares sobre si, construindo assim diferentes meios de comunicação, pois no momento de avaliação da maquete pelo aluno o mesmo irá avalia-la, segundo a sua visão de mundo, constituindo assim a forma mais autêntica de construção do conhecimento.

Nesse impasse Gutierrez (1978) aponta que a maquete não deve ser avaliada apenas como uma possibilidade de comunicação, mas também possui a sua forma tridimensional a qual permite a visualização da escala em espaço maior e desta forma analisar o espaço próximo ao conhecido, sendo que essas visualizações instigam novas investigações e novas visualizações de campo.

Considera-se ainda importante a contribuição de Castrogiovanni (2000), onde o mesmo afirma que a maquete é um modelo tridimensional do espaço, considera ainda, que a construção de uma maquete seria um dos primeiros passos para desenvolver um projeto mais sistemático das representações cartográficas. Ou seja, com o auxílio do professor, o aluno pode perceber a maquete como um recurso que lhe proporciona a compreensão do seu cotidiano, proporciona a compreensão do espaço. As maquetes, mapas, cartas e plantas são representações sociais de um determinado espaço real e representam uma organização dos elementos que compõem o espaço (CASTROGIOVANNI, 2000, p. 39).

Ao se referir às representações cartográficas, Castrogiovanni (2000) afirma que: A cartografia é a representação simbólica de um espaço concreto, que emprega a linguagem semiótica complexa: signos, projetos e escala. O próprio mapa compreende um signo. O mapa é um símbolo que representa o espaço geográfico de forma bidimensional reduzida. A elaboração de um mapa envolve o conhecimento do espaço geográfico e sua codificação é que traduz em imagem o significado, o conteúdo (CASTROGIOVANNI, 2000, p. 39).

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Com isso, não nos resta dúvidas de que a cartografia é de total importância para que se possa ter noção de espaço e para que as aulas de Geografia se tornem mais significativas e de fácil compreensão. Assim, pode-se afirmar que as aulas podem se tornar mais práticas e menos monótonas com a utilização de maquetes. No entanto, para que isso ocorra, o professor deve estar sempre atento às atualizações e estar sempre buscando novas maneiras de ensinar.

Em nossa prática docente, por inúmeras vezes nos deparamos com a dificuldade de fazer com que o aluno compreenda alguns conceitos que a princípio lhes parece distante de sua realidade, a exemplo disso é o conceito de relevo, tema trabalhado com o 6º ano do Ensino Fundamental. Esse tema se torna de difícil compreensão do aluno quando explicado seu significado apenas de forma oral, por isso, acredita-se que o uso de maquetes em sala de aula vem a servir como auxiliar do professor no processo de ensino-aprendizagem.

Com o auxílio da maquete pode-se trabalhar os tipos de relevo existentes na região estudada. Assim, após estudar os tipos de relevo, é possível estabelecer algumas questões referentes ao assunto afim de que o aluno ao observar a maquete possa respondê-las. Nesse sentido pode ser questionado: que tipo de relevo pode ser observado na maquete? Qual relevo predomina na região estudada?

Segundo Paro (2010), alguns educadores acreditam que a educação é a simples passagem do conhecimento e informações de quem sabe para quem não sabe, ou seja, o professor fala e o aluno escuta. Nesse processo, o conteúdo é tido como mais importante a ser transmitido, aparecendo o educador como simples transmissor de conhecimento e informações e o educando como simples objeto que recebe esses conhecimentos, tendo ainda, que se esforçar para compreender esse conteúdo.

Inúmeras são as críticas feitas a esses métodos usados pela educação tradicional, onde só se dá ênfase ao conteúdo, com a passagem de conhecimento e informações. Pois assim como afirma Paro (2010), o conteúdo deve envolver toda a cultura, pois, quando o conteúdo começa a fazer sentido ao aluno fica evidente que os métodos de ensino precisam incorporar a participação ativa do educando.

Quando se espera que o aluno entenda, compreenda algo que vai além do conhecimento e informações constantes das tradicionais disciplinas escolares. É necessário um ensino que vá além de explicações, precisa-se de uma nova maneira de ensinar, algo que possa envolver o aluno, bem como fazer sentido para ele, de maneira que ele queira continuar aprendendo. É nesse sentido que Paro (2010) destaca que, se baseando na ideia de que o aluno

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só aprende se quiser, é necessário fazer o ensino desejável a ele. Trata-se de oferecer condições para que ele associe os propósitos educativos do educador, respondendo positivamente à orientação da aprendizagem proporcionada pela pessoa ou instituição responsável pelo ensino.

As instituições de ensino da atualidade precisam estar atentas às condições de existência materiais e culturais do aluno para que haja a possibilidade de se oferecer os procedimentos e os métodos adequados para que todos de fato aprendam. Ou seja, o educador também deve propiciar condições para que o aluno possa se fazer sujeito.

Segundo Furman (2009), o papel do professor é de orientar os educandos para o conhecimento desse mundo novo que se abre diante de seus olhos quando começam a se fazer perguntas e a olhar além do que esta evidente a eles. Devendo assim, aproveitar a curiosidade que eles trazem para a escola como plataforma sobre a qual estabelece as bases do pensamento científico para que possam desenvolver o prazer por continuar aprendendo. O professor precisa, assim, encontrar uma maneira de estimular o aluno a criar suas próprias ideias, estimulando-os a elaborar explicações possíveis para o que observam e a imaginar maneiras de colocar em provas suas hipóteses.

Segundo a autora, trata-se de utilizar esse desejo natural de conhecer o mundo que os alunos trazem para a escola como um estímulo sobre o qual possam construir ferramentas de pensamento que lhes permitam compreender como as coisas funcionam, pensando com suas próprias ideias. Alimentando, assim, a curiosidade com o prazer que se obtém ao compreender o mundo em que vivem. Podemos destacar ainda, a importância das atividades práticas que permite que o aluno participe ativamente das aulas.

No ensino de Geografia deve-se buscar uma maneira de fazer com que o aluno consiga relacionar o homem com o meio, começando pelo seu próprio meio para conseguir relacionar com os outros meios. Ou seja, partindo da realidade do aluno para que ele depois consiga assimilar sua realidade com o resto do mundo. É nesse ponto que se destaca a importância de se elaborar atividades práticas, por exemplo, a construção de uma maquete, possibilitando assim que o aluno possa compreender como é o relevo do lugar onde vive, podendo ainda ligar com outros temas também como a nascente de rios, podendo ser localizado onde nascem os rios e onde desaguam relacionando com o relevo da região.

A construção de uma maquete pode ser demorada, e por esse motivo, pouco usada por alguns professores, porém seu uso possibilita que o aluno compreenda de maneira prática

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como se forma o relevo e como ele interfere em nosso dia a dia, além de proporcionar a participação de todos nessa atividade, também possibilita que ao participar na sua construção o aluno possa ser capaz de criar um conhecimento científico sobre o assunto. Onde o aluno possa se fazer sujeito desse conhecimento, pois também participa dessa construção do saber.

O uso das maquetes no ensino da Geografia favorece a apropriação do conhecimento, uma vez que ambas se concentram na apresentação de informações retiradas de formas dimensionais e apresentadas tridimensionalmente a pessoas e educando não participantes do processo de elaboração, que utilizam das informações previamente dispostas na forma tridimensional (maquete), para a construção do seu pensamento crítico que posteriormente será transformado em conceito considerado valioso e útil, finalizando assim a apresentação do projeto como algo benéfico e de utilidade notória, para a construção do conhecimento de forma única e singular.

Na tentativa de proporcionar um melhor entendimento sobre o relevo do Sul do Brasil, desenvolveu-se um projeto de elaboração de maquete. A ideia surgiu da preocupação em proporcionar um real entendimento sobre o que é relevo e como é o relevo da região Sul do Brasil.

Para a elaboração da maquete são necessários os seguintes materiais: - mapa do relevo da região Sul do Brasil; - isopor; - caneta; - estilete;- cola para E.V.A. O passo a passo para sua organização consiste primeiramente em obter um mapa físico da região que se pretendia representar, ou seja, um mapa físico da região Sul, bem como a definição do tamanho adequado para a maquete, para isso, o mapa utilizado teve que ser ampliado algumas vezes.

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Figura 1 – Base para a construção da maquete

Fonte: FRANCISCHETT, Mafalda. N.

Em seguida, foi necessário desenhar e recortar as cotas no isopor. Após recortadas, as cotas foram sobrepostas umas as outras e coladas conforme a numeração de cotas. Para finalizar, foi necessário acrescentar massa corrida sobre a maquete para que as cotas pudessem ficar mais uniformes.

Figura 2 - Cotas de isopor sobrepostas. Figura 3 - Maquete com massa corrida.

Fonte: PELUSO, Daiane (2015). Fonte: PELUSO, Daiane (2015).

Com a conclusão da maquete, o passo seguinte é a problematizações ou interrogações. Sendo que neste momento a vontade de assimilar o conhecimento se torna visível em suas mais diferentes formas de manifestações por parte dos alunos, pois a mesma pode se caracterizar por perguntas que se relacionam diretamente com o objeto de estudo que lhes é apresentado, como também perguntas que se distanciam mais subjetivas, sendo que ambas seguem os seus caminhos e levam os alunos a construção do seu conhecimento, e assim sendo o papel do professor mediador neste momento é fundamental.

Considerações Finais

Em sua prática o professor enfrenta situações que, por vezes, levam ao desânimo e a frustração. Porém ele precisa buscar sempre novas maneiras de proporcionar aos nossos

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alunos um aprendizado de qualidade, rever as metodologias de ensino para se certificar de que está proporcionando aprendizado para todos. E para que esse conhecimento seja completo pode-se fazer uso da Cartografia como algo positivo que só tem a somar no processo de ensino-aprendizagem, bem como elaborar projetos de construção de maquete para proporcionar um melhor aprendizado do conteúdo.

Nesse sentido, pode-se dizer que, quando se espera que o aluno entenda, assimile algo que vai além do conhecimento e informações constantes das tradicionais disciplinas escolares. É necessário um ensino que vá além de explicações usuais, para que o educando desenvolva o gosto pelo saber e busque aprender sempre mais. A educação do educando só se dá se ele participa como detentor de vontades, ou seja, ele precisa envolver-se na atividade como sujeito, e nada melhor para isso que o uso dos recursos que a cartografia nos proporciona, como o desenvolvimento de maquetes em sala de aula. Diante disso é necessário buscar formas de levar o aluno a querer aprender, através de novas metodologias, de novas maneiras de aprender, oferecer a ele as condições propícias ao desenvolvimento de sua vontade de aprender, levando em conta as condições em que se faz sujeito.

Referências

CASTROGIOVANNI, Antonio. C. et al. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.

FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A cartografia no ensino de Geografia: A aprendizagem mediada. Cascavel: EDUNIOESTE, 2004.

FURMAN, Melina. O Ensino de Ciências no Ensino Fundamental: colocando as pedras fundacionais do pensamento científico. Sangari Brasil. 2009. Disponível em:

http://cms.sangari.com/midas/2/28.pdf. Acesso em 03/03/2014.

GUITERREZ, Francisco. Linguagem Total: uma Pedagogia dos Meios de Comunicação. São Paulo: Summus Editorial, 1978.

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