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CONCEPÇÃO DE PAIS, PROFESSORES E CRIANÇAS ACERCA DA LITERATURA INFANTIL

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XX Semana de Pedagogia da UEM

VIII Encontro de Pesquisa em Educação / I Jornada Parfor

CONCEPÇÃO DE PAIS, PROFESSORES E CRIANÇAS ACERCA DA LITERATURA INFANTIL

BORTOT, Camila Maria camilabortot@hotmail.com SAITO, Heloisa Toshie Irie htisaito@uem.br Universidade Estadual de Maringá (UEM) Formação de professores e intervenção pedagógica

INTRODUÇÃO

A infância é um bom período para o desenvolvimento da autonomia das pessoas e é durante este período que os pequenos podem tomar prazer pela leitura, colaborando assim para a autonomia no processo de aquisição da habilidade de ler. Atualmente, vários pesquisadores e professores incentivam em mostrar às escolas e famílias das crianças a importância da inclusão da Literatura Infantil no cotidiano social.

O livro possui vantagens únicas, pois o leitor pode escolher entre os melhores autores do passado e do presente, ler onde e quando achar apropriado, no ritmo que desejar, tendo assim satisfação na ação que realizar, sendo este prazer nomeado como “prazer singular”, aliciado pela curiosidade e possibilidades que o livro oferta, como a descoberta e o aprimoramento da linguagem, facilitando desse modo o processo de alfabetização.

Devemos desenvolver um leitor crítico e seduzido por novos conhecimentos e, na esfera de relacionamentos que esta criança está engajada, observar o que realmente acontece para melhorar o entusiasmo destas pessoas pela Literatura Infantil para valorizar realmente este tipo de arte, isto é, que o meio em que vivemos esteja ciente da importância da Literatura Infantil desde sua primeira infância, em toda sua complexidade e especificidade. De acordo com Coelho (1986, p. 27):

A literatura infantil é, antes de tudo, literatura; ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e real, os ideais, e sua possível/impossível realização.

Desta forma, este projeto de iniciação científica justifica-se pela importância da discussão da concepção que família, escola e criança têm em relação à Literatura Infantil, buscando em autores respaldo teórico sobre a importância de incentivar a leitura na infância

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para o desenvolvimento humano. Sabemos que muito se discute sobre a importância de desenvolver trabalhos que envolvam a Literatura Infantil para propiciar um melhor desenvolvimento cognitivo e humano, mas é necessário verificar a concepção destes sujeitos para poder pensar num trabalho mais efetivo.

Saber a valoração da Literatura Infantil na Educação Infantil ou até mesmo no meio onde os pequenos leitores vivem é de extrema importância para verificar o apreço pela arte. Desse modo, analisar as informações obtidas com a teoria estudada é uma maneira de avaliar assim o que realmente acontece e o que precisa ser esclarecido sobre este tema.

Partindo do pressuposto de que a Literatura Infantil se faz como elemento essencial para o desenvolvimento da criança, este projeto objetiva analisar o papel da Literatura Infantil na formação das crianças da Educação Infantil, verificando qual a concepção de pais, professores e crianças acerca da Literatura Infantil. Deste modo, pretendemos pensar sobre o meio que envolve os primeiros anos de vida do indivíduo, a fim de que a Literatura Infantil esteja presente no desenvolvimento dos pequenos como arte para o seu crescimento intelectual e social. Para atingir esse propósito traçamos os seguintes objetivos:

 Discutir acerca da importância de Literatura Infantil no processo formativo da criança da Educação Infantil;

 Analisar a concepção de pais, professores e crianças acerca da Literatura Infantil;  Demonstrar a função da família e da escola no que se refere à Literatura Infantil;

 Analisar os “desafios” impostos à escola e família ao incentivo da leitura formadora e à Literatura Infantil.

É uma pesquisa de caráter bibliográfico e de campo, baseada em reflexões sobre a importância da Literatura Infantil e possibilidades para o incentivo da leitura na Educação Infantil, querendo saber qual é a concepção de pais, professores e crianças acerca deste tema e a sua contribuição para a formação do leitor.

Por este motivo, é importante sugerir livros, considerar a relação entre o livro didático e a criança, e não usar a Literatura Infantil somente como mais um recurso para o desenvolvimento da prática pedagógica, pois devemos entendê-la numa amplitude maior como, por exemplo, um exercício de formação humana completa. Sendo assim, a criança deve ter um contato especial com o livro, aparecendo em seu íntimo o otimismo pela leitura.

A leitura é um dos mais importantes meios de comunicação e é através dela que também nos desenvolvemos cientificamente. Devemos promover no meio de relacionamento

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analisar a leitura e a ampliação de leitores críticos e criativos, criando e aprimorando métodos que desenvolvam o cognitivo, lembrando sempre da fantasia e da realidade em seus respectivos momentos, tanto na palavra escrita quanto com a leitura de imagens.

No procedimento da aprendizagem da leitura e da escrita formal, a Literatura Infantil tem grande importância, já que nos anos iniciais da educação escolar a criança está na fase dos sonhos e adora ouvir histórias que envolvem um mundo imaginário e fantástico. Os livros que trazem a literatura devem estar sempre presentes na vida dessa criança, já que eles facilitam o desenvolvimento da inteligência, interação e são fonte de divertimento e prazer. A Literatura Infantil pode até parecer brincadeira, mas na realidade é o passo inicial de uma cultura e, por isso, é essencial fazer parte do cotidiano das crianças e não abordada como entretenimento.

Para Coelho (1984, p. 3), de princípio temos uma consciência cultural que os indivíduos precisam desenvolver-se, então, torna-se fácil entendermos a importância que a Literatura Infantil exerce no processo de formação, no sentido de dar forma e divulgar valores. Em virtude disso, é importantíssimo que os família e escola estejam compelidos à inclusão do livro no dia-a-dia dos pequenos, disponibilizando leituras do passado e do presente as quais lhe agradem, identificando períodos, ritmos, reler ou parar para refletir, relacionando-se com a literatura prazerosa, garantindo o interesse permanente pela mesma e o exercício de sua capacidade de compreensão.

O primeiro momento deste projeto científico é o levantamento bibliográfico de materiais sobre a importância da Literatura Infantil e como ela soma ao processo de desenvolvimento infantil, procurando compreender as ideias fundamentais da Literatura Infantil para a formação de novos leitores. Julga-se necessária a motivação do emprego da leitura no cotidiano das pessoas, desde a Educação Infantil, de forma presente e contínua e não mais como um passatempo.

Em um segundo momento, iremos a campo para analisar como é a concepção da escola, família e criança acerca da Literatura Infantil, qual é a relação que estes travam com a Literatura Infantil, considerando as condições sociais, econômicas e culturais de cada um. A partir das informações coletadas, consideraremos a teoria e a prática, e analisaremos como devemos trabalhar a Literatura Infantil com os pequenos, discutindo a viabilidade de trabalhá-la na Educação Infantil, em casa e na escotrabalhá-la, destacando-a como um elemento estruturador para o processo de produção/recepção.

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Para este trabalho pretendemos apresentar algumas considerações das leituras e análises realizadas até então, demonstrando como a Literatura é importante para o desenvolvimento das crianças, para assim, posteriormente, analisar a pesquisa de campo que tratará qual é a concepção da Literatura Infantil para pais, professores e crianças.

ALGUMAS ANÁLISES PRÉVIAS

O projeto de iniciação científica (PIC) está em andamento, ainda em fase de levantamento bibliográfico e análises iniciais, com o intuito de encontrar embasamento teórico que propicie estudos da importância da Literatura Infantil para o desenvolvimento pleno da criança, considerando aspectos característicos da infância, a compreensão e a descoberta de mundo, o lúdico, o incentivo, a imaginação, a criatividade e a fantasia.

Destacamos a importância do incentivo à leitura na infância, valorizando o contar uma história para as crianças na Educação Infantil a fim de ampliar seu universo de imaginação e os seus conhecimentos. Para que isto se efetive a criança necessita de um mediador (família e escola) que desempenha papel decisivo no desenvolvimento infantil. A Literatura Infantil é um direito da criança e por isso temos de planejar um trabalho educativo de qualidade que contribua para a formação global da mesma.

Uma das alternativas para colaborar com o pleno desenvolvimento das crianças, portanto, é a literatura. Elas têm o direito de conhecer um mundo para sentir emoção, diversão, ampliar seus conhecimentos, conhecer, de ter contato com o livro, instigar a curiosidade, conhecer autores, viver coletivamente e de sentir prazer ao ler ou ouvir histórias e viver fantasia e encantamento. Estimular a prática de contar histórias inserindo-as na rotina das instituições escolares e familiares é uma atividade aparentemente simples, no entanto, tal atividade deve ser pensada, planejada e preparada, pois o desenvolvimento infantil precisa da interação e da mediação do adulto. Então, ter boa vontade e gostar de literatura não basta, o mediador deve ser um leitor crítico, conhecer obras literárias e seus autores, pesquisar quais temas envolvem a infância e suas necessidades. Em suma, é preciso conhecer e ter intencionalidade para que o desenvolvimento tenha um progresso efetivo.

Ao apresentar uma linguagem, uma história, imagens, objetos capazes de seduzir, a Literatura Infantil pode ocupar um espaço significativo na vida dos pequenos. É nesta fase que se descobre o mundo, e tal mundo é possível nos livros a partir das histórias. Uma criança que tem contato com o livro, na maioria, torna-se um adulto leitor. A leitura tem um sentido

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além do didático, pois a criança tem o direito de ouvir uma história e ter contato com o livro, seja na instituição escolar ou em casa.

Desta forma, precisamos propiciar experiências com o livro de forma lúdica e divertida. Como a criança vive uma cultura historicamente acumulada e também cria cultura, mesmo que ela não tenha muito contato com a linguagem escrita formal, devemos contar histórias e estimular a leitura na Educação Infantil a fim de cercá-la de situações desafiadoras e enriquecedoras. É preciso, assim, olhar para Educação Infantil entendendo a Literatura Infantil como um bom recurso para o desenvolvimento da criança, tanto social quando psicológico, já que amplia a sua linguagem, sua imaginação, seu encantamento, possibilita experiências/vivências e viajar em um mundo fantástico e divertido. Para que tudo isso se efetive, qualquer atividade educacional, incluindo o trabalho com a Literatura Infantil deve ser sistemática. Saito (2011, p. 89-90) enfatiza algumas obrigações acerca da prática pedagógica, ressaltando a importância do planejamento de atividades direcionadas para o desenvolvimento da criança:

[...] é necessário o planejamento prévio das atividades que serão desenvolvidas, para que não se percam de vista os objetivos a serem alcançados, de modo que a prática pedagógica tenha se sequência e permita que a criança atinja determinadas metas e, então, desenvolva mais habilidades linguísticas, motoras e emocionais. Uma forma efetiva de se conseguir isso é praticar a elaboração de projetos, que é um modo de se garantir a participação dos alunos, uma vez que o projeto parte sempre de uma problemática surgida do contexto escolar e/ou social. (SAITO, 2011, p. 89-90).

A ação da família também é essencial para a criança, pois pode colaborar para criar hábitos sadios em relação à leitura. Pai e mãe que leem despertam em seus filhos um interesse maior dos que não leem, ou seja, em casa podemos ter um primeiro contato com esta arte – a literatura – podendo manusear o livro escrito e as imagens. Neste sentido, uma prática influenciada para manusear, apalpar, observar e imaginar a história do livro é a mais adequada.

Os primeiros anos de vida constituem um período das descobertas, de adaptação com o lugar que vivemos e a linguagem. A criança precisa experimentar e observar as palavras por mais que não as compreenda ainda, precisa relacionar as figuras com a sua cultura externa para formular ideias que ultrapassem os conhecimentos que já conhecem. Os sentidos são envolvidos em tais aprendizagens e o ato de ficar alegre conduz a uma sensação prazerosa.

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Desta forma, avaliamos que a Literatura Infantil é um importante meio a ser valorizado para o avanço intelectual e social da criança, e que os grandes estimuladores são a família e a escola, ou seja, os mais próximos, familiares e professores.

No decorrer da pesquisa, verificaremos em instituições de âmbito público e privado qual é o entendimento de pais, professores e crianças acerca da Literatura Infantil, considerando aspectos socioeconômicos e culturais apresentando semelhanças e distinções.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Verificamos no decorrer do texto, que devemos expor a Literatura Infantil às crianças de maneira prazerosa, pois estamos formando futuros leitores. Logo, temos que nos atentar à importância de práticas voluntárias e sistematizadas. Cabe à família e à escola procurarem maneiras de fazer este trabalho da melhor maneira possível, de acordo com a idade e a fase de desenvolvimento. Estas duas instituições sociais precisam caminhar juntas para obterem resultados satisfatórios ao desenvolvimento da criança. Sendo assim, defendemos que a prática com a história deve ser esquematizada desde a escolha do livro, considerando os objetivos à sua escolha, até a forma em que será transmitida para a criança. Abramovich (1997) fomenta que devemos buscar um ambiente envolvente para contar uma história, pois desta forma a criança internalizará experiências marcantes a ela, assim, escolhendo sempre leituras satisfatórias a si. O ato de ouvir histórias pode se transformar em um momento de partilha de vivências e aproximação das crianças para com seus família e escola, no entanto, isso só ocorrerá se estes derem condições para que tal interação aconteça.

Não há dúvidas que a literatura na educação infantil é um caminho favorável à formação global das crianças. Contribui para as relações afetivas da criança com o livro, propiciando momentos de prazer a partir da curiosidade, criatividade, fantasia e imaginação. Vigotski (1999) apontou os conceitos de imaginação e fantasia. Afirma que a imaginação é resultado de toda ação criadora de aspectos da vida cultural, ou seja, o mundo construído pelo homem que se denomina cultura, assim a criação humana baseia-se na imaginação. Um exemplo disto são os contos infantis os quais confirmam tal definição, pois combinam fantasias referente à elementos retirados da realidade e transformados pela imaginação. Sendo assim, a literatura permite a criança compreender o real usando a imaginação e a fantasia traduzindo suas emoções e a apropriação da linguagem simbólica.

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social, isto é, o valor que ela tem em nossa sociedade. Destarte, ela contribui fortemente (se trabalhada corretamente com intencionalidade) para formação de crianças leitoras e produtoras textuais. Mas o que nos intriga é como formar estas crianças que objetivamos construir para uma sociedade interessada na leitura e na escrita? É importante ter finalidade para incentivar a atitude leitora nas crianças, eis o primeiro e principal passo. É a vivência acerca da leitura que forma a atitude da formação leitora na criança. Quando os pequenos são inseridos na cultura escrita e estas fazem parte de suas atividades rotineiras com prazer de ler e ouvir histórias, a família e a escola cumprem seus objetivos confirmando uma atitude positiva da criança em relação à leitura e escrita. Pensamos sempre nas vivências de cada um para alcançar impulsos para os atos da leitura, favorecendo sua aprendizagem e seu desenvolvimento. Mello (2011) destaca a importância da leitura em Literatura Infantil para a formação criança leitora:

Ler histórias infantis pelo prazer de ouvir histórias, imaginar cenários e personagens, acompanhar aventuras dos heróis ao fugir de bruxas, [...] enfim, esperar e torcer pelo final feliz, tudo isso cria na criança que ouve histórias uma atitude leitora. Em leituras posteriores, [...] se pode acompanhar a leitura com a representação de movimentos das personagens, produção dos sons sugeridos pela ação, produção de personagens sob a forma de fantoches e tantas outras formas de expressão que, planejadas com a participação das crianças e promovendo sua atividade, motivam na criança a compreensão do texto lido, criam nela a atitude de buscar a compreensão do que ouve nas situações de leitura (MELLO, 2011, p. 50, grifos da autora).

Concomitantemente, Leontiev (1978) afirma que a criança ao ter um espaço livre, ao ter o prazer pela leitura, adota o livro para vivenciar a história de forma que o desenvolva e cria-se nela o motivo de continuar lendo: conhecer o assunto, mergulhar na história, adotando um motivo adequado a função social. Isso se torna viável quando a ela é impulsionada anteriormente a ouvir a história de forma interessante, conhecendo o assunto da leitura, e não apenas as letras e os sons. São múltiplas as possibilidades para trabalhar a Literatura Infantil para formar a imaginação, ampliar o vocabulário infantil, a formação do pensamento, o desenvolvimento da expressão oral e de distintas linguagens. A formação da ação leitora é essencial para o sucesso da criança na escola e em toda sua vida. É complexo e possível, mas a compreensão da importância da Literatura Infantil deve partir da família e da escola e se concretizar com o incentivo de experiências qualitativas vivenciadas para efetivar a prática que queremos desenvolver em cada um.

Desta forma, compreendemos que as interações feitas pela família e escola são de extrema importância ao avanço intelectual e social da criança e que a Literatura Infantil é um

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meio viável e de qualidade para que isto se efetive. O livro possibilita descobertas a um mundo que ela vive e permite imaginar e criar possibilidades com a história ouvida, e isto é muito importante à fase que ela se encontra para conhecer o mundo em todos os seus aspectos, até então inéditos a ela. Portanto, a infância é um bom momento para o indivíduo dar o “pontapé” inicial a sua emancipação. Se conseguirmos que a criança tenha uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo o seu desenvolvimento psíquico e social.

Porém, para que isto se efetive a criança necessita de mediação e cabe à família e à escola assegurar o direito a educação e o desenvolvimento, colaborando com o processo de obter o contato com o livro e o prazer em ler. Neste sentido, Valdez e Costa (2010, p. 171) salientam que é necessário um trabalho coletivo de inserção da criança no universo da Literatura Infantil, possuindo e oportunizando:

[...] maior acesso às obras literárias, conscientização da importância desta para a infância e outros argumentos, percebemos que, ainda hoje, predomina a dificuldade em promover um amplo contato das crianças com a literatura infantil. Possibilitar à criança entrar em contato com a literatura infantil, estabelecer uma relação que seja possível conhecer e ampliar seu atores podem colaborar neste processo: o Estado, a família, a instituição escolar (em seu todo), a comunidade, os bibliotecários, dentre tantos outros. Faz-se necessário um trabalho coletivo para buscar, na literatura infantil, um bom argumento para a criança viver o mundo da fantasia e do encantamento.

A Literatura Infantil não deve ser utilizada como pretexto, mas sim com suas especificidades para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança envolvendo o encantamento que compõe esta fase. Então, o trabalho com esta Arte na Educação Infantil deve ser uma atitude que propicie aprendizagens, experiências e sentimentos para a construção da identidade do ser, almejando a elaboração de conhecimentos específicos. Deve-se ressaltar as possibilidades que criamos com a literatura, planejada previamente e consciente de forma sistemática para construir caminhos para um trabalho pedagógico de qualidade pautado na ação e reflexão.

Família e escola devem incentivar as crianças ao hábito da leitura abordando relações entre a literatura e o ensino, o mundo fantástico da imaginação dos pequenos, sugerir livros e atividades didáticas a fim de alcançar o uso da obra literária em sala de aula e em suas casas, contribuindo assim para a construção de uma visão crítica aos novos leitores que formarão uma postura reflexiva diante da realidade. Assim, a criança compreenderá o quão é importante

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desenvolvimento do conhecimento com ludicidade e prazer em todas as suas especificidades que o livro pode conter, são possibilidades que devemos criar e refletir para tornar a literatura uma direção utilizada diariamente para efetivar a formação do ser social e do conhecimento que tanto almejamos, e cabe a nós, adultos interessados na educação das crianças, dar possibilidades para que isto aconteça, é um compromisso de todos, pais, professores e crianças, envolvidos com a leitura.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

BATTAGLIA, S. M. F. A criança e a literatura. In: DIAS, M. C. M.; NICOLAU, M. L. Machado (org.). Oficinas de sonho e realidade na formação do educador na infância. Campinas, SP: Papirus, 2003. p. 113-125.

COELHO, Betty. Contar Histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 1986.

COELHO, Nelly Novaes. A Literatura Infantil: história, teoria, análise. 3. Ed. Refundida e ampl. São Paulo: Quíron, 1984.

COSTA, P. L.; VALDEZ, D. Ouvir e viver histórias na educação infantil: Um direito da criança. In: ARCE, A ; MARTINS, L. M. (Orgs.) Quem tem medo de ensinar na educação

infantil?: em defesa do ato de ensinar. Campinas: Alínea, 2010, 2ª ed, p. 163-184.

FILHO, G. de A. J. Conversando lendo e escrevendo com as crianças na educação infantil. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G. E. P. da S. Educação infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p.135-152.

JORGE, L. da S. Roda de Histórias: a criança e o prazer de ler, ouvir e contar histórias. In: DIAS, M. C. M.; NICOLAU, M. L. Machado (org.). Oficinas de sonho e realidade na

formação do educador na infância. Campinas, SP: Papirus, 2003. p. 95-111.

KAERCHER, G. E. E por falar em Literatura. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G. E. P. da S. Educação infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 81-88.

SAITO, H. T. I. Literatura infantil e educação infantil: limites e possibilidades no trabalho pedagógico. In: CHAVES, M (Org.) Práticas Pedagógicas e Literatura Infantil. Maringá: Eduem, 2011, p. 85-96.

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VIGOTSKI, L. S. Imaginacion y creacion em la edad infantil. Habana: Editorial Pueblo Y Educación, 1999.

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