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Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina

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EDITORIAL

DIRETO

DA

REDAÇÃO

A

corrida eleitoral

para

o

cargo

de

reitor

e a

lenda do

espião

no

Zero

Uma

brincadeira se tor­

nou a

piada predileta

na

redação

doZero nos

últimosmeses.Ao notar

que

algumas

daspautas

do

jornal

laboratórioestavam tam­

bém rendendo matérias em outros

veículos de

comunicação,

alguém

exagerou: "Temos um

espião

por

aqui!"

Atesedo "infiltrado"

ganhou

corpo e, a cada

dêjâ

vu, tínhamos

sentimentos opostos:

frustração

por

chegarmos depois

ealívio

pela

sinto­

niacomoutras

redações.

Como

algumas

das nossas re­

portagens ainda não tinham sido

publicadas

esaíramsemelhantesem

virtuais concorrentes, os

repórteres

doZero

perdiam

partedoentusias­

moporteremsido "furados".Ofuro aindaéum

desejo jornalístico.

Furar é dar uma

informação

exclusiva e

antes de todo o mundo. Parao re­

pórter,

é como marcar um

golaço.

"Ser furado"étomarbolaporentre

aspernas.

No

jogo

do contente,restaa espe

-OPINIAO

ONDE

O LEITOR TEM VOZ

rançade que,sefomos

furados,

es­

tamosna

partida,

na

direção

do

gol.

É

pouco,

claro,

mas na

redação

do

Zerotudovira

aprendizado.

Nossos

repórteres

precisam

ser

ágeis

na

apuração,

não

podem

va­ zar

informações estratégicas

da edi­

ção,

nem ficar

pelo

caminho. Fazer um

jornal

laboratório não

implica

oferecer noticiário momo, desinte­

ressante ou desconectado do real.

Pelocontrário:a

publicação

deveser

competitiva,

versátile atrairaaten­

ção

deseu

público

como se

disputas­

se um mercadoaltamenteconcorri­ do. Correr atrásdisso tiraa

equipe

deumaeventualzonade

conforto,

e

motiva aenfrentarosdesafios coti­ dianos de umveículoserrealmente

importante

paraseu

público.

Com issoem mente, esta

edição

mergulha

naescolhado

próximo

rei­

tornaUniversidadeFederal deSanta

Catarina,

alguém

que vai

responder

porumacomunidade demaisde40 mil pessoase umorçamento

previsto

de

R$

1,2bilhãoparao

próximo

ano.

Nossos

repórteres

acompanharam

uma das

campanhas

mais concor­

ridasda história. Abordaram

alguns

dos

principais

desafios paraa

próxi­

ma

gestão,

ouviramtodososhomens

que

passaram

pela

reitoria e de­ dicaram

páginas

inteiras paracada

umdos candidatos ao cargo. Todos foram entrevistados com o cuidado de

garantir

espaço e

atenção

idên­ ticos. Aordem em que aparecem é

rigorosamente

a mesmadefinidano

sorteiodaComissãoEleitoral paraa

cédulade

votação.

Desta

forma,

oZeroesperacon­

tribuir para a democracia na uni­

versidade,

trazendo

informações

úteis,

atuais e relevantes. No final de

outubro,

aUniversidade doEsta­ do de SantaCatarina

(Udesc)

esco­

lheutambémseu novoreitor,

após

a

consulta à comunidade acadêmica: Antonio Heronaldo de Sousa, com

63,3%

dos votos.

Que

os eleitos na

UFSC e Udesc tenham sorte , sabe­

doriae

capacidade

paraenfrentaros

desafios dos

próximos

anos.

"Parabénsporessaúltima

edição!

Ótimas matérias,

ótimos

jornalistas,

deugostode ler.Amatériado Pida

ficou

sensacional!" ''Muito boaamatériaque revelaa

influência

do Pida

nas

eleições

praReitor. Abistôria dor

Linguição,

com

exigência

de presençaemtrocadegrana, é

ótima,

e avisitade candidatoà TNTtambém é boa

revelação. (.

..

)

Bomtirodo

repórter

mesmo!

Aliás,

gostei

dacapatambém

(embora pudesse

sermais incisivanotexto

dentro),

da

recuperação

da história dos 30anosdo

jornal

e,muito,do ombudsman

(e

de

terombudsman..

.)"

Vitor

Hugo

Brandalisejr,- La

Corufia,Espanha

TitoLuiz Pereira

-@titolp PARTICIPEI

Mande

críticas,

sugestõesecomentários

E-mail

-zeroufsc@gmail.com

Telefone

-(48)

3721-4833 Twitter

-@zeroufsc

'�

galera

isolada doeeA curtiu muitoreceberoZero!

Queremos

as

próximas

edições,

aproveitem

e

filem

umrango bomno nossoRU"

GiseleMonteiro

-@gisele_floripa

.

Na

ediçãojJass4tIa,

oZeroerrou ocrédito da

jato

do

projessor

Eduardo

Meditsch,

na

p4gtna

3.A autorado retrato é

Stépbanie

Pereira.

Porjalaremfoto,

a

daprimeira

página

saiu

sem os

dividos

créd'ÍtoS: GiovannJBello.

Naspáginas:centrais,

a

reportagempub#ixuIa

deveriaestarnaeditaria

Habitat,

enikJ

Jornada,

fX)1tZ()

erroneamentejo;

publicmJa.

"Quem

achaqueoPidaésóoex-dono deumbarnos

arredores daUFSe, precisalerabelareportagemsobre

elenoZero,

jornal

laboratóriodocursode

jornalismo

da Federal.

Pida,

quem

diria,

épersonagem

influente

navida acadêmica".

Rafael

Martini,

nacoluna Visor do DiárioCatarinense

zilla

ZEBO

OMB

DSMA

RICARDO BARRETO

Melhorias,

erros

e

riscos

Para

quem tem apenas quatro números pra

experimentar,

a

equipe

atual

reagiu

e

demonstraque queracertar. Nase­

gunda edição,

ou aturmase une e sefortaleceouse

desintegra

e cai no individualismo. Parece estarsematerializando um

saudável

espírito

decorpo,oquenão

significa

que

desapare­

ceram os erros. Pautasestão maisassertivas,

apurações,

em

geral,

estão

corretasmas a

diagramação

recuou,abusandono

desrespeito

ao usoda

coluna-padrão

e

utilização

de

colunagens

diversas na mesma

página.

A

edição melhorou,

errandopouco, masainda faltao

punch,

que quase

sempre caracterizoua vervedoZero. Acapa evoluiumas,

logo

na3,tra­

tando desua históriaemtextobemescrito mas

superficial,

cometeu-se

equívoco

grave quegeroua

primeira

erratadessa fase.

Quando

menciona

usode

linotipia

(processo

de

composição)

oquedeveriaestar

grafado

era areferênciaaoprocesso

tipográfico

de

impressão,

característica

jamais

repetida

na história do

jornal.

Areportagemtambém falhou aoomitir

lembranças

de Valentesobresua

experiência

com as

edições

semanais

-que deviaser

resgatada.

Naentrevistacom otécnicoJorgedeAmorim

Campos,

a

edição,

como o

entrevistado,

"amarelou". Editarentrevistascomfrase érecurso

pri­

mário,

quedeveserevitadoporque

impede

que o

jornal

se

posicione

-além de absoluta

preguiça

mental. Maiserros: na7,textonão

explicou

a

sigla

Aiesec. Na

central,

faltaramfotosdos personagensemconflitoeum

mapa para localizaroleitorsobre aáreade cobertura dareportagem.

Faltou

serviço

sobre livro Opreçodo voto

(lO),

umacartola de

página

foi

publicada

com erro

(11)

e na12,

pior

diagramação

da

edição,

faltou

imagem,

um

gráfico retangular

que nãotomasseárea

prioritária

dotexto

e

pesquisa

sobreconsumodeálcoole

drogas

emSCe no

país.

Na13,de­ veriatersidofeita

descrição

maisdetalhada do acidente quematouum

gari

-pontoalto da

reportagem

equefoi minimizada.

Teimamem ser

impressos

tratamentoindevidoem

siglas, apelidos,

ne­

ologismos

e

estrangeirismos

-páginas

7,10, 11,14.Acobertura

fotográfi­

catevemelhorasmasaindaestá

gerando

fotos

óbvias,

semmovimentoe

apreensão

doqueéareportagem

-6,

10e11.E,

eventualmente,

a

diagra­

mação

contribuiuparamausresultadoscom"boneco" de meia

página

(!),

recorteamericanosofrível

(4

e

5)

efalta desenso aovalorizarmais "bonecos" doquefotos históricasdo

jornal.

Nesseaspecto,recomenda-se

prioridade

na

verticalização

do

design

eveto para

páginas

comquatro

colunas.

Por

fim,

o

expediente

derecorrerainiciais ou nomesfictíciospara

camuflar fontes quenão se assumem

publicamente

deve sercontidoe

evitado. Ou se encontrampessoas com coragem ou se abandonam as

pautas.Como

editor,

sótolereiesseuso uma vez e ainda

hoje

duvidoda veracidade

daquele

texto.

É

oportunolembrar que

"repórteres"

semca­

ráter

fraudaramoNewYorkTimes

(36

vezes)

e oUSA

Today

(l40)

e a

revista

argentina m,

enquantosão

prática

comum noalemão Bildeem

alguns

tabloides britânicos.Insistirnissoé

jogar

gasolina

no

fogo.

Oleitor desconfiaeprocessos

judiciais podem

surgir.

As

lições

docasodoextinto

News

of

the World devemserrefletidaseassimiladas: sem

credibilidade,

jornais

morrem mesmo.

Jornalista,professor,ex-diretor deredaçãoe umdos criadores doZero.Por 15anos,

Barretocomandouojornallaboratórioe,no ano30dapublicação,assume comoseu

primeiroombudsman. Próximo decompletartrêsdécadas,oZeroassume odesafio de iniciarumarelaçãomaisabertacom seusleitores.

(3)

PÁGINAZERO

As

PRIMEIRAS LINHAS

Coberturas

marcadas

pela

paixão

e

política

Nos

anos

de 1980

e

1990

as

reportagens

eram

editorializadas

e

assumiam

uma

posição

crítica

O

início doZeroseconfun­ decom o das

eleições

di­

retaspara reitordaUFSC. Menosde um ano

após

a

criação

do

projeto,

uma

grande

novidade

chegava

à Universi­ dade: o direito de

estudantes, profes­

sores eservidoresvotaremdiretamente

no candidato de sua

preferência.

Em

1983,oBrasilestavavivendoo

período

domovimento"Diretas

Já"

e

pós-dita­

dura,

oqueacabou

contagiando

todos

osníveis da sociedade. Era inevitável

a

democratização

nasuniversidadese

queos cursosde

jornalismo

tomassem

uma

posição

política.

O

jornalista

Cesar

Valente,

na

épo­

caeditordo

jornallaboratório,

lembra

que

eleição

diretaera uma

expressão

mágica

paraosestudantese

professo­

res,o queos levavaa

imaginar

queo

jornalismo

era umaferramentapara

transformações

sociais. "Professores

viamosalunosnãocomofuturospro­

fissionais do

jornalismo,

mas como

militantes de

alguma

coisa que iden­ tificavam como

'esquerda"'.

Valente

acrescentaque auniversidadeolhava

parao curso comcertacuriosidadee

espanto,

que diferente dos

demais,

não sofria

pressão

política

remanes­

cente dostemposda ditadura. "Como

jornal

laboratório,

não tinhapreten­ sãodeserinfluente. Até onde

lembro,

as

campanhas

eram muito no corpo a corpo. Os candidatos eram conhe­ cidos de todos e iam aos centros em

campanha.

O Zero

pode

ter

ajudado

a

divulgar,

masnãoacreditoquetenha 'feitoa

cabeça'

de

alguém,

oumudado

algum

voto",assegura.

As

edições

do

jornal

sobre aselei­

ções

das décadas de80e90seenqua­

drammaisna

classificação

de

panfleto

oude

"reportagem engajada".

Aorever os

exemplares,

o ainda

professor

do curso e editor doZero na

época,

Ri­ cardoBarreto,admitequeaposturado

jornal

erabem definida. "Asmatérias eram

editorializadas,

mas condiziam com o

espírito

da

época.

Nunca tive­

mosautocensuraenquantofuieditor". Valente constata que tinha

posições

antagônicas

às deBarreto,masqueos

alunos foram beneficiadospor assisti­

remàs

divergências.

Um

grande

obstáculo do

jornal

na

época

era afalta derecursosda univer­

sidade.Oex-editor doZero,atualmen­

tedono da empresa queassessorou o

início da

campanha

de candidatura da

presidente

Dilma

Rousseff,

Luiz

Lanzetta,recorda que

algumas edições

foram

finalizadas,

masnãoimpressas. "Inventamoso

primeiro

jornal

virtual,

ainda sem internet", brinca. Mesmo

com afalta derecursos os

professores

mantinham os alunos interessados com aulas de técnicas de

apuração

e

observação, antropologia, sociologia,

decomoextrair

informações

defontes edocumentos. "Nãotínhamos grana, mas liberdade sobrava.

À

noite, os

alunos e

professores

sereuniam para

aulas demarxismocomAdelmo Genro

Filho.Issoem

plena

abertura

política".

As

lembranças

sobre ostemposde

repórter

doZeroaindainfluenciama

vida

profissional

do ex-alunodocurso

Alessandro Bonassoli. Ele relata que

nareunião depautaparaa

edição

de

novembrode1995

surgiu

otemaelei­

ções

e ficou combinado que haveria uma entrevista com cada candidato.

"Os interessados

sugeriam

apauta e

geralmente

cobriam

depois.

A

discipli­

naaindanãoera

obrigatória,

erapor amoràcamisa. Fizaentrevistacom o

candidato Carlos

Westphall

e fui elo­

giado depois pelo professor

CarlosAu­

gusto

Locatelli,

emboraele tenha dito queeu

poderia

ter sido maiscrítico". Bonassoli admite que foi ali o início

desuacarreira:"Eu tinhauma

paixão

grande

por

participar,

por

aprender.

FoioZero quemedeuabasepara não

chegar

tão

inexperiente

na

redação",

garante.

A cobertura das

eleições

de1987talveztenhasido

a mais

ampla

e

critica

da história doZero. Era a

segunda

eleição

direta e se

esperavauma

mudança

de

chapa

no

poder.

Acusações

de

fraude,

favorecimento

político,

confusõesna

apuração

eaté

brigas

na

reitoriamarcaram o

perí­

odo.Oex-editor, Ricardo

Barreto, revelaque

alguns

meses

após

oresultado,os

editoresencontraram uma

imagem

na revista Bondi­ nho

(da

editora

Época)

que

representavaoqueacon­

tecia na

polltica

da UFSC. "Mudavamosnomes, mas

nãoa influência

política.

Eram todos

apadrinhados

doúltimo reitor. A ilustra­

ção

do

Império

Romano indicavaexatamenteessa

oligarquia

no

poder",

criti­

ca.A

imagem

foi

publicada

na contracapada

edição

de abril de 1988comafra­

se irônica

"Sangue

novo na

Reitoria",que provou mais

umavez,de acordocom

Barreto,atotal

liberdade

de

publicação

do Zero.

JéssicaButzge j.butzge@gmail.com

o

jornal

e

as

campanhas

para reitor

Novembro de 2011

J '.. '1;' . Novembro de 1987 'I� éwn�;�"�:nstJlucionnl"

'·_�Mt

... ...-... " " t- :c--' -- -.. ',' Novembro de 1991 Novembrode1995 =.-.•

-Falta derccu •."Õseapoio pnlítko

ZERO

(4)

oe

nN

Õ

liNKS

PARA A VIDA SOCIAL

Com o fechamento da

emergência

do Celso

Ramos,

número de pessoas atendidas dobrou

HU

é

referência

no

estado

mesmo com

problemas

Maternidade

e

atendimento

a

queimados

são

destaques

muito

complicado

sãoselecionadosparafazera

cirurgia

em umúnico

dia,

em

geral

umsábadoou

domingo.

"Não

pode

ser um casograve,

pois

seacontece

alguma compli­

cação

pode

demorararesolverenão

atingimos

o

objetivo

domutirão",

explica

odiretor

geral

doHU,

Felipe

Felício. Nesteanoforam realizadasseis

cirurgias

de

remoção

de

útero,

12

cirurgias

de vesículae78

cirurgias

plásticas

para

extração

detumorde

pele.

Oúltimomutirãoacon­

teceudia 15 de outubrocom otratamento

odontológico

deseis

crianças

excepcionais

sobanestesia

geral.

O

Hospital

Universitário também caminhapara ter

excelênciano tratamentode

queimados.

Em

janeiro

do

ano que vem, devecomeçar a ser construída uma ala

paraesses

pacientes.

A

previsão

éque,no

segundo

semes­

tre,

cheguem

os

equipamentos

parao setorcomeçar a

funcionar. "Hácincoanosqueagente

pede

essaala.

Conseguimos

porcausa

da

duplicação

da

BR-101, pois

não haviaporpertonenhuma ala de

quei­

mados. Tanto que os recursosvieram

pelo

DNIT

(Departamento

Nacional de Infraestrutura e

Transportes)",

decla­ ra odiretor

geral.

Oatendimentomais

próximo

para vítimas de

queimaduras

ficaem

Join­

ville,

no

Hospital Municipal

de São

José.

Ainda assim,o

hospital

donorte

do estadotratacasosde média

gravidade.

NoHU,otra­ tamentodeve atender

pacientes

em

situação

mais gra­ ve. Outrareferênciaem atendimento

consolidada do

Hospital

Universitárioé amaternidade. Ela foi

pioneira

em

garantir

apresença deum

acompanhante

emtodoo

processodo nascimento, uma

inovação

implantada

em

1995.Ochamadopartohumanizadovirou

projeto

de lei

aprovado

naAssembleia

Legislativa

em março de2002,

após

serproposto

pela

então

deputada

Ideli Salvatti

(PT).

Aosereleita

senadora,

a

petista

apresentouo mesmopro­

jeto.

Em2005,apropostatornou-seleifederal válidano

âmbito doSUS.

NoHU,agestanteescolheaformacomo

pretende

re­

alizaropartoe,casotenha

algum problema

de saúdeno

pós-parto

e

precise

ficar

internada, pode

tera

companhia

do filho recém-nascido no

alojamento

conjunto.

Outro

procedimento

de

humanização

dopartoéométodocan­

guru,no

qual

os bebêsprematurossão tratados

junto

à mãeenãonumaincubadora.Comisso,conseguemalta

maiscedo.

ZERO

Estrutura ruim

é

um

dos

entraves

Umdos

problemas

paraotrabalho

do

hospital

éainfraestrutura.Ocentro

cirúrgico

funciona atualmente com

60 leitos.Noentanto,deveria haver90 leitos ativados.O

hospital

esperaapro­

vação

do

projeto

de

construção

deum novo

bloco,

com recursos do

Progra­

ma de

Reestruturação

dos

Hospitais

Universitários Federais

(REHUF):

O

novo

prédio

terámais cincosalas de

cirurgia,

uma enfermaria

cirúrgica

e o

Hospital

Dia.

Na

enfermagem, segundo

adireto­ ra Francine

Gelbcke,

o maior

proble­

maéonúmeroinsuficiente de funcio­ nários.Na UTI

Neonatal,

por

exemplo,

são necessários maisdeseisenfermei­ ros,mas nemsempreelesestão

dispo­

níveis. Gelbcke

explica

queotrabalho naárea é

desgastante,

o que provoca

alto índice de absenteísmo

gerado

por

doenças.

Osfuncionáriossão

atingidos

por distúrbios musculares e

esquelé­

ticos e distúrbios menores, como de­

pressão.

"Ficam afastados um diaou

até anos.Tem funcionário de

licença

há doisanos",conta.

Desdeo ano

passado, quando

com­

pletou

30anos,o

hospital

vemsofren­ douma

diminuição

no

quadro

de fun­

cionários devido às

aposentadorias.

A

contratação

de novos

profissionais,

com

exceção

dos

terceirizados, depen­

de deconcursos edasvagasoferecidas

pelo

Ministério da

Educação

(MEC)

e

liberadas

pela

UFSC, o queleva tem­

po.

Enquanto

isso, as áreas de maior

movimentação

de

pacientes,

como a

emergência,

ficam

sobrecarregadas.

Em agosto desse ano, a

emergên­

cia do HUpassou afuncionar com o

sistemade

classificação

derisco.Assim queo

paciente

chega,

é avaliadope­

losenfermeiroserecebeumaficha de

acordocom a

gravidade

doseuestado. Os

pacientes

emestadocríticorecebem

fichas vermelhas e são atendidos em

atéumahora.Casos mais

simples

po­

dem levarmaisdequatro horaspara

serem solucionados. Esses

pacientes

sãoaconselhadosabuscar atendimen­

tonospostosde saúdeou nasUnida­ desdeProntoAtendimento

(UPAs)

da cidade.

A

classificação

de riscofoi asolu­

ção

encontradaparaatenderoelevado

número de

pacientes

quepassarama

buscara

emergência

doHU

depois

que o

Hospital

Celso Ramos fechou para

reformao seu atendimento emergen­

cial. "De 180 a200 atendimentospor

dia,

passamosater

400",

contaFelício. Deacordocom o

professor

eex-diretor ténico da

instituição,

Carlos Pinhei­ ro, amaioriados casos atendidos na

emergência

poderia

ser resolvida nos

postosde saúdeou com

agendamen­

tode consulta.Noentanto,aspessoas

procuramoatendimento

emergencial

devido à altaresolutividade:o

pacien­

teéatendidona

hora,

fazos exames e

recebeo

diagnóstico

e areceitados medicamentos.

--.

--esde a sua

fundação,

em 1980, o

Hospital

Universitário na UFSC

(HU)

estruturou-se

paraformar

profissionais

paratrabalharna

áreada saúdeeatendera

população.

O HU

contaatualmentecom 1483funcionáriose

destina todosos seus270leitos ativadosparaoSUS

(Sis­

tema

Único

de

Saúde).

Atendecasosde baixa

complexi­

dade,

resolvidoscomclínico

geral,

emédia

complexidade,

como oatendimento ambulatorial.Mas sãoostratamen­ tosde alta

complexidade,

que

exigem cirurgia

e trata­ mento

prolongado

de alto custo,quefazem do

Hospital

Universitárioreferêncianoestado.

Paraodiretor

geral

do

hospital, Felipe Felício,

oSUS nãofuncionariaemSanta CatarinasenãohouvesseoHU

eédevidoàcaracterística de

"hospital-escola"

queauni­ dade de saúde

adquire

excelência

no atendimento. "A assistência

é a nossa extensão",

explica.

O

hospital

atende

pacientes

de todo

o

estado,

em

especial

nas áreas

de

cirurgia

vascular e de redu- • �

ção

de

estômago,

tratamento de

catarinense

nao

câncer,

doenças

relacionadas ao

rim,

transplante

de

córnea,

saú-

uncionaria

sem

o

de auditiva e

implante

coclear

(que

consistena

colocação

deum

lOS

P Ita

I da

U F S C

dispositivo

eletrônico também

conhecidocomoouvido

biônico).

O HUtambémestá pre­

parado

para realizaro

primeiro

transplante

de

fígado,

aguarda

odoador.

Pacientes de outros

municípios

são encaminhados

pelos

médicos e selecionados

pela

Secretaria de Saúde dacidade para realizarotratamentonoHU.

É

o casode Elione Anselmo Maciel

Cipriano,

de39anos.Moradora de

Imbituba,

a91km de

Florianópolis,

ela foi encaminhada para realizara

cirurgia

de

redução

do

estômago.

Acada

quinze dias,

desloca-se a

Florianópolis

em uma vanda

prefeitura

de

Imbituba,

junto

comoutros

pacientes

trata­

dosnoHU,pararealizaros examesde

preparação

parao

procedimento cirúrgico.

Cipriano

passouum ano nafila

deesperado

município

paracomeçaratero caso ana­

lisado.Comoaprocuraporatendimento é

grande,

cada

cidade tem umacotade

pacientes

quesão selecionados paratratamento.

Para diminuir as filas de espera, o

hospital

reali­ za mutirõesde

cirurgias.

Os

pacientes

que estão sendo

acompanhados pelo hospital

e que não têm um caso

Para

o

diretor da

nstituição,

o

SUS

.,... ...,;,;. 1 . � 01 ,

:.110

-�

Pacientes devárias cidades são encaminhados para tratamento

(5)

Orçamento

para

2011

é

R$

41

mi

oorçamentodoHUem2011 para

o custeio de

serviços

e materiaisé de

aproximadamente

R$

30

milhões,

di­ vididosem 12

parcelas

fixas.Osrecur­

sossão

disponibilizados pelo

Ministé­ rioda Saúdee

chegou-se

a essevalor

após

a

elaboração

do

plano

operativo

(que

impõe

metasde atendimentoao

hospital)

entreaSecretaria de Saúde deSantaCatarinae oHU.Além desses

recursos

fixos,

háosquesãooferecidos por

produção.

São

aproximadamente

R$

300.000 por mêspagos

pelos

servi­ ços de alta

complexidade

e aoFundo de

Ações

Estratégicas

e de

Compensa­

ção

(FAEC).

Os recursos destinados não são suficientes para pagar o gasto

geral

do HU para 2011. Paratentarfechar

a conta, o Ministério da

Educação

articulou com o Ministério da Saú­ de umtermo aditivo no valor de

R$

7.200.000,

elevando os recursos do

orçamentodo

hospital

paraesteano a cercade

R$ 40.900.000.

"O Ministério

da Saúde

exigiu

que houvesse também

a

contrapartida

das

instituições

de ofe­

recermais

serviços

de acordocom as

necessidades da rede

pública",

explica

odiretor de

administração

doHU,Nê­ lio Schmitt.

.

O HU funciona em

parceria

com as Secretariasde Saúde de Santa Ca­ tarinae de

Florianópolis.

A estadual faz a

gestão

dos gastos de

serviços,

e a

municipal

administra o Sistemade

Regulação

(Sisreg), responsável

pelo

controle da

marcação

de consultas

e exames a

partir

do que é acordado

entreoHUe essas

autarquias.

Então,

paraqueo

hospital

recebesseosrecur­ sosadicionais doMinistérioda

Saúde,

foi feitoumtermode

cooperação

entre

astrêspartes,quedefiniuodestino do

dinheiro.

A

exigência

da Secretaria Muni­

cipal

de

Saúde,

por

exemplo,

foiuma

emergência psiquiátrica

(sete

leitos de

observação

e

internação)

para

pacien­

tesda rede

municipal.

Ela funcionará

em umaárea

existente,que

passará

porreformas

orçadas

em

R$

300.000.

Para a rede

estadual,

oinvestimento

em

serviços

engloba políticas

como

aumento de 20 leitos na

emergência

adultaedeseisleitosnaUTI,80tomo­

grafias

pormêse300examesmensais

no tratamento de câncer de colo de úteroedemama.Há aindaarealiza­

ção

de 55 tratamentos e 16

cirurgias

mensaisde

glaucoma.

Paraafolha depagamentodeagos­

to dos funcionários

concursados,

por

exemplo,

foram gastos

R$

9.597.000

vindos do MEC. Os demais funcioná­ rios

-terceirizados,

contratados via

Fapeu

ebolsistas

-sãopagos com os recursosfixos doMinistérioda Saúde.

Gabrielle Estevans

gabrielleestevans@hotmail.cum

MilenaLumini

mi.lumini@gmail.com

Willian Reis

wreis_lg@hotmail.com As pessoas em

situação

crítica são atendidasem atéumahora

o

Hospital

Univesitáriotem 1.483 servidores e destina todoo seu espaço para o

SUS,

mas apenas 66% dos leitos estão ativos

Novembro

de

2011

ZERO

o modelo atualde

gestão

dos HUssofrerá

mudanças

caso o PLC

79/2011

seja

aprovado

pelo Congresso

Nacio­ nal. Referendado na

Câmara sobo número PL

1749/2011

eatualmente tramitandonoSenado,o

projeto

foi

apresentado

pelo

Executivoem substi­

tuição

à MP520,editada

pelo

entãogoverno Lula

e

rejeitada

em

junho.

Na

prática,

permite

a

criação

da

Empresa

Brasileira de

Serviços

Hospitalares

SA

(EBSERH).

Inseridonoâmbito do

SUS,

a

função

do

órgão

é,

basicamente,adminis­ traros

hospitais,

prestar

serviços

médicos edar

apoio

aoensino, àpes­

quisa

eà extensão das

instituições

federaisde ensino

superior.

Segundo

Felício,

a EBSERHfoia

solução

encontrada

pelo

governo para atenderà

determinação

doTribu­ nalde Contas de que,

em cincoanos, todosos

funcionárioscontratados por meio de

fundações

devemserdemitidos. No HUda UFSC,são 156 trabalhadoresnessasitu­

ação.

"O

perigo

étrans­ formaro HUem

hospital

assistencial",

alerta. ParaoSindicato dos Trabalhadores daUni­ versidade Federal de Santa Catarina

(Sintu­

fsc),

aempresa separa os

hospitais

de ensino das universidadese dá margemà

privatização,

ao

permitir

oatendimen­ tode

assegurados

por

planos privados

desaú­ de. "Commais

pacientes,

a

situação

dos

hospitais

pode

ficar

pior", opina

umdos coordenadores

gerais

do Sintufsc, Celso Martins.O diretordo HU discorda da

posição

do sindicato. "Não há risco de

privatização.

Nãoexis­ tegovernoquesustente

isso", garante. Francine

Gelbcke, diretora deen­

fermagem,

diz que o

prin­

cipal problema

é saber deondevem os recursos

paracustara EBSERH: "A

questão

ésabera

origem

do dinheiroqueservirá para pagarosfuncioná­ rios."

(6)

Projeto

resgata

brincadeira

aliada

a

ensino

Laboratório

busca revitalizar

aprendizagem

por meio de

atividades

lúdicas

no

ambiente

escolar

LINKS

PARA AVIDASOCIAL

cias,sobre

plantas

esobrecomocuidar dosanimais",co­

menta.Oatendimentoàcomunidadeexternaéfeito por

agendamento

de

horários,

pelo

e-maillahrinca@yahoo.

com.broudo

Projeto

Venha ConheceraUFSC.

Acoordenadora do

LabrinCA,

LeilaPeters, destacaa

importância

da brincadeira

junto

aosestudos. "Parece

que,

quando

entram na

escola,

elas esquecem que são

crianças."

A

professora

conta que até os adolescentes

participam

das brincadeiras.Peters nãosoube informar

ovalor

aplicado

no

projeto;

"Todoinvestimentovemem

forma demateriaise

brinquedos

atravésdoProextensão

edo

Funpesquisa.

Como é muito

complicado

reporestes

brinquedos,

recebemos também

doações."

Acoordenado­

ralembra aindaquedeveriatermaisumfuncionário da área de biblioteconomia para

organizar

os

brinquedos.

Além da

professora,

oLabrinCAcontacommaistrês bolsistas de

pedagogia

da UFSC.Rafaela Nunes

Gerard,

aluna da 5' fase docurso,está há doismeses no

projeto

eafirmaqueotrabalhocom as

crianças

atêm

ajudado

significativamente

como

profissional,

pois

sempre teve

interesse por brincadeiras. "Observo bastante obrincar

delese

faço

uma

relação

com asteorias que

aprendo

em

sala de aula."

Familiares de Portadores da

Doença

de Alzheimer.

Aenfermeira do

Hospital

Univer­

sitário,

[ordelina

Schier,

atua há 15

anos no NETI e desde

junho

é co­

ordenadora do

projeto.

Schier,

que também é

professora

voluntária na

disciplina

de

Noções

de

Saúde,

re­

força

o

papel

das atividades do nú­

cleo navida dos idosos. "Eles saem

daqui

e

aplicam

de

alguma

formaos

conhecimentosem suasvidas."Aco­

ordenadoracontaaindaqueapren­ demuitocomosalunos. "Comosão

pessoas com

longa experiência

de

vida,

eles têmmuitoadizer.

Progra­

mo aaula para 30 minutos,masàs vezespassa de duas horas."

Schier faz um convite aos es­

tudantes da UFSC. "Um

desejo

do NETI équeosalunos de

graduação

venham desenvolver seus

projetos

aqui."

jordelina

destacaa carência

Extensão

representa

ponte

com a

sociedade

Crianças

aprendem

a serelacionar com a

ajuda

de

brinquedos

O último

levantamento,

de 2010, feito

pela

Pró-reitoria de

Pesquisa

e

Extensão,mostraqueno ano

passado

foram

registradas

6.565 ações

deex­

tensãonaUFSC. Nesse

período

foram emitidos 25.200 certificados relacio­ nados a esse

tipo

de atividade. Um total de 332 bolsas deextensãoforam concedidasaestudantes de

graduação

pelo Probolsa,

verba destinada a este

tipo

depagamento. Cada

projeto

tem

nomáximo dois alunos.

Segundo

Nelson

Canzian,

diretor do

Departamento

de

Projetos

de Ex­

tensão, o Proextensão

(dinheiro

re­

servado à

infraestrutura)

distribuiu

cercade

R$

400 milem

2011,

sendo

aplicado

até

R$

4.000emcadaumdos

100

projetos.

Estevalor é destinado à compra de materiais e

equipamentos

utilizados

nasatividades.O investimentoembol­ saséde

R$

1,4

milhão. "Existe aindao

dinheiro externo,

vindo,

por

exemplo,

deONGse

Ministérios",

constata.

DéboraPeres Menezesressalta que

as atividades de

pesquisa

e extensão daUFSC sãoumreflexo das atividades

de ensino. Ela também reconhece as suas

funções.

"A universidadenãofaz

pesquisa

e ensino só para ficar

aqui

dentro.

É importante

fazeressaponte

com a

sociedade,

através dos

projetos

de

extensão",

afirma. Paulo Júnior paulovitoriojunior@hotmail.com StephaniePereira stephanie.idn@gmail.com

Novembro

de 2011

line da Silva Nunes de Lima, 9 anos, fre­

quentao4°anodoEnsinoBásicodo

Colégio

de

Aplicação

daUFSC.

Quando

estáemcasa,

brinca de boneca

sozinha,

pois

suairmã

tem20anos.Ela admite quenãogostamuito de ficarno

computador.

Todas as

terças-feiras, quando

estána

escola,

passaumaaulanoLaboratório deBrin­

quedos

do

Colégio

de

Aplicação

(LabrinCA).

Desde o 2° ano,Aline

frequenta

oespaço."Agente

pode

brincarcom

brinquedos diferentes, principalmente

osque não temos."

Aestudante destaca quenolocal

aprende

a

respeitar

re­

grase aconvivercommais

crianças.

"Aprendo

adividir ascoisase a meenvolvernasbrincadeiras."

Numtempoemque muitas

crianças

preferem jogos

virtuais,

o

projeto

querresgatar oexercício de brincar.

Inaugurado

em

2003,

o laboratório funciona em uma

sala aolado da biblioteca do

colégio

e atendecercade

60

crianças

pordia. Alunos de l'a4' série do

Colégio

de

Aplicação participam pelo

menos uma vezporsemanade atividades

lúdicas,

como

jogos,

brincadeirasefantasias.

José

Vitor

Alves,

8,também aluno do4°ano,contaque

atravésdo LabrinCA

pode

participar

de diferentes ativi­ dades educativas. "Fizvários

amigos,

aprendi

sobre

ciên-Amélia

Lopes

se

apresenta

nogrupo de canto e

Raquel

Pinheiro faz amizades noNETI

Um

espaço

de

alegria

para

o

idoso

Outro

projeto

de extensão da

UFSC,

inclusive de

destaque

nacio­

nal,

é o Núcleo de Estudos da Ter­ ceira Idade

(NETO.

As

atividades,

realizadas há29anos, visam inserir idosos

no.meio

acadêmicoe desen­

volver estudos sobre o processo de

envelhecimento. O núcleo atende

692

alunosetemcercade 50

profes­

sores e

monitores,

quesãoestudantes daUFSC,voluntáriosefuncionários

da

Fundação

de Estudose

Pesquisas

Socioeconômicos

(FEPESE).

Entre os cursos oferecidos estão

especialização

em

gerontologia,

lei­

tura eescrita parapessoasidosas e

adultas,

eidiomas. Tambémsãorea­

lizadas

oficinas,

comoade Inclusão

Digital

e ade TeatroparaIdosos.O NETI contaaindacom o

Programa

Grupo

de

Apoio

aos Portadores da

Doença

deParkinsone seusfamilia­ res,e o

Projeto Grupo

de

Apoio

aos

de salas de aulae afalta deum se­

gurançacomo

problemas

enfrenta­

dos

pelo

núcleo.

Raquel

Pinheiro da

Silva,

57,

é

aposentada

eveiomorar em

Florianópolis

há doisanos.Como não conhecia

ninguém

na

cidade,

decidiu procuraro NETI.

Hoje,

ela

participa

do

Grupo

de Convivência 5 deMaio.

um grupoque busca aautonomiadoidoso.Eugostobas­

tanteefiz muitos

amigos aqui.

Não tenho doque

reclamar",

garante.

No

segundo

anodoCursodeFor­

mação

deMonitoresda

Ação

Geron­

tológica,

Amélia Moema

Lopes,

68,

também fazparte dogrupodecan­

to do NETI. "Eu consideroo espaço como um oásis.

É

um

lugar

onde sósetem

alegria.

Láeuestudoe às

vezes surgem

oportunidades

legais

paraseapresentar com o grupo de

canto, onde eu posso me arrumar,

ficar bem bonitae

feliz",

avalia.

ZERO

ASemana de Ensino,

Pesquisa

e Extensão da Universidade Federalde Santa Catarinaacontece anualmenteeé

hoje

o

maioreventode

divulga­

ção

cientifica de Santa Catarina.A

Sepex

está

integrada

à Semana Na­ cional deCiênciae

(7)

Tee-ãoestána alma dauni­

versidade fazer

inovação.

A

inovação

é

consequên­

cia".

É

oque dizo

profes­

sorHernán Francisco Te­

renzi,coordenador da únicarede de

pesquisa

do estado que busca decifrar

proteínas,

desenvolvidanaUFSC.Aes­

truturafoi montadaa

partir

deuma

proposta do Ministério de Ciência e

Tecnologia,

em2006.Santa Catarina

foi um dosoitoestados selecionados

para

integrar

o

Genoprot,

nome que vemda

junção

da Genômica(estudo

dogenoma, da

informação

hereditá­ riados

indivíduos)

com aProteômica

(estudo

do

conjunto

de

proteínas

em uma

célula). Enquanto

o genom

estático,

oproteomarefleteo

conjun­

tode

proteínas

expressasemdetermí­

nada

situação

(tempo,

temperatura,

período fisiológico),

eassim,

pode

ex­

plicar

a

formação

e ofuncionamento dos

organismos

vivos. O

projeto

con­

seguiu R$

3 milhõesparaarealiza­

ção

das

pesquisas,

sendo

R$

1 milhão da

Fundação

de

Amparo

à

Pesquisa

e

Inovação

do Estado deSanta Catarina

(Fapesc)

e osoutros

R$

2milhõesda Financiadora de Estudos e

Projetos

(Finep).

Essesrecursosresultaramna cons­

trução

doCentrode

Biologia

Molecu­ lar Estrutural

(Cebime)

no campus

daUFSC,

inaugurado

emmarçodeste

ano, localizado atrás da nova área do Restaurante Universitário. Foram quase dois anossó paraescolheros

equipamentos

que seriam usados no

Cebime.

"É preciso

ouvir

especialistas

da

área,

receber representantes de diversasempresas,contarcom ade­

mora na

importação,

emuitas vezes,

édifícil paraum burocratacompre­ enderque vale mais apena

adquirir

um

equipamento

maiscaro,masque

terá maiorvida útil emaioreficiên­

cia",esclareceo

professor.

Terenzimostrao

"coração

finan­

ceiro"do Cebime: umasalacom es­

pectrômetros

demassa, que sãouma

espécie

de

balança

de alta

precisão,

capazesdemedira massade molécu­

laseidentificar

proteínas

esuas mo­

dificações;

além deoutros

aparelhos,

quesomam cercade

R$

2,5 milhões.

"Nãoé sóaestruturaque fazotraba­

lho",

analisao

professor.

Nocasodo

projeto

Genoprot,

uma das maiores

dificuldades é a falta de

profissío­

nais

especializados

para manusear os

equipamentos

de alta

tecnologia.

�--�--�..---====��� 'ê .<: �..

I=:-)

•.

_:--.' -...:...

..'---Estudo único

no

estado

recebe

R$

3

milhões

Projeto

sobre

estrutura

de

proteínas

desenvolvido

na

UFSC

foi financiado por

Fapesc

e

Finep

, .

CO

Exões

LINKS

PARA A VIDA SOCIAL

emdiversas

áreas,

queos

equipa­

mentos seguemo conceito do"mul­

tiusuário",

estando

disponíveis

para

pesquisadores

das áreas de

Química,

Bioquímica,

Farmacologia,

Biotecno­

logia,

Física e

Engenharias.

"Nosso

retorno para a Universidade e para asociedade é a

formação

de

pessoal

qualificado,

capaz de pensar, desco­

brir, refletir",

complementa

Terenzi. Prof. Terenzimostra umdos

equipamentos

que

compõe

olaboratório de

ponta

do Cebime

Porisso,háumincentivo

àqueles

que

entramemsuaequipe a

aprenderem

oquantoantes,para quetenhamum

know-how desdeas

primeiras

etapas.

No

Cebime,

gastam-se,em

média,

R$

10milsó para mantê-lo funcio­ nando.Umafonte de

laser,

porexem­

plo,

dura até dois anos, e sua repo­

sição

pode

custar até

R$

34 mil. Os

contratosdemanutençãodos

equipa-Burocracia

compromete

pesquisas

Os

projetos

de

pesquisa

nascem

poriniciativa de

professores

ou ser­

vidores técnico-administrativos da

universidade,

tanto de um único

departamento,

como

ínterdeparta­

mental. Devem ser

aprovados

nos

departamentos

de

origem

dos pes­

quisadores

envolvidos,

que também aprovam seus relatórios finais. De­

pois,

os

responsáveis pelo

projeto

buscam financiamento através de

editais,

que

podem

vir de

órgãos

de

fomento, parcerias

com

instituições

públicas

ouempresas

privadas.

O investimentodaUFSC é direcio­ nadoa

projetos

do

Funpesquisa,

que visamà

consolidação

dacarreirade

pesquisadores,

professores

eservido­ res.Além demanter custoscom ener­

gia elétrica, telefone,

água

e

limpeza.

Só em 2011, a universidade

apoiou

166

projetos,

somando

aproximada­

mente

R$

830 mil.

Comooprocessode

aprovação,

o

desenvolvimento tem entravesburo­ cráticos.

"Às

vezes o

pesquisador

pre­

cisa de um

equipamento

de

R$

500

mil,

mas a

aquisição

não é tão sim­

ples.

O

pedido

passapor

licitação,

en­

tão

pode

acontecerdeoutraproposta

vencer a concorrência e o

professor

não

conseguir

o que solicitou", ex­

plica

o

professor

Maurício Fernandes

Novembro de 2011

Importações

demoradas de

aparelhos

atrasam asatividades

Pereira,diretor

presidente

da Funda­

ção

de Ensinoe

Engenharia

deSanta

Catarina

(FEESC).

AFEESC éumadas

fundações

que fornece suporte administrativo aos

projetos

deinteresse da universidade. Essa

gestão

derecursosenvolveques­

tõescomo a

captação

deinvestimen­ tos, compraserelatórios finais."Nos­ sa

função

éfacilitarotrabalho para os

pesquisadores.

Gerenciandoapar­

te

burocrática,

eles

podem

sededicar

somenteà

pesquisa",

diz Thamara da CostaVianna, gerentede

projetos

da

Fundação

de

Amparo

à

Pesquisa

eEx­ tensãoUniversitária

(Fapeu).

Visando reduzir a burocracia na

importação

demateriaiseaumentar

oincentivoà

produção

de

tecnologia,

em 31 de agosto o

deputado

Bruno

Araújo

encaminhou para a Câmara dos

Deputados

epara o Senado um

projeto

de lei que institui o

Código

Nacional de

Ciência,

Tecnologia

e

Inovação.

Apropostaestáemestudoe a

votação

naCâmaradeve acontecer

atéofim denovembro.

BiancaEnomura

bianca.enomura@gmail.com

DanielaNakamura

nakamura.dani@gmail.com

ZERO

mentos, firmadoscomempresas que se

responsabilizam

por

garantir

seu

funcionamento por um

período

mé­ dio de doisanos, custamemtornode 10a20% do valordo

aparelho.

Apesar

das

dificuldades,

o

professor

acredita

queaestruturadealta

tecnologia

do Cebime

permite um incremento

na

produtividade

e vai

garantir

um

efeito

multiplicador

de resultados

Durantea lOa SemanadeEn­

sino, Pesquisa

eExtensão

(Sepex)

da

UFSC,

o

professor

AlckmarLuiz dosSantosfoiumdos dez

pesqui­

sadoresque receberamo Prêmio

Destaque

Pesquisador

UFSC 2011. Indicado

pelo

CentrodeComuni­

cação

e

Expressão (CCE),

Santos

é fundadorecoordenador do Nú­ cleo de

Pesquisas

em

Informática,

Literatura e

Linguística

da UFSC

(NuPILL),

que

surgiu

em 1995

e através do

qual

foi

lançado

no

iníciode outubro desteano oPor-.

talCatarina

(www.portalcatarina.

com.br),

querepresentaumcatá­

logo

da literaturacatarinensecom

informações

eobras de311 auto­

res,com ototal de1399obras. OPortalCatarinafoiconstru­

ído com o

aporte

de

R$

400 mil

do Pronex, um instrumento de estímulo à

pesquisa

do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico

(CNPq),

voltadoparagruposde excelência.

Junto

aoNuPILL,trabalharamem

parceria

oNúcleo de Literaturae

Memória

(NuLIME)

e o Labora­ tório de

Pesquisas

em Sistemas Distribuídos

(Lapesd),

da Com­

putação,

com cercade 25 alunos

AlckmarSantos:

destaque

da

graduação

e

pós-graduação.

AlémdoPortal

Catarina,

oNuPILL

tem

hoje

o mais

completo

acer­ vo

digital

de literatura

brasileira,

com

informações

sobremaisde 70 mil obrasede17milautores,com

maisde três mil

arquivos

dígítalí­

zadosemdomínio

público.

Nãoé

preciso

pagar nenhumataxanem se inscrever para ter acesso aos

dados. "Reclama-se queos

proje­

tosnão

chegam

atéa

sociedade,

o

NuPILLé deextensão porexcelên­ cia. Nossomaiordiferencial é que

conseguimos

resultados imediatos parao usuário

comum",

analisa

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