•
EDITORIAL
DIRETO
DAREDAÇÃO
A
corrida eleitoral
para
o
cargo
de
reitor
e a
lenda do
espião
no
Zero
Uma
brincadeira se tor
nou a
piada predileta
naredação
doZero nosúltimosmeses.Ao notar
que
algumas
daspautasdo
jornal
laboratórioestavam também rendendo matérias em outros
veículos de
comunicação,
alguém
exagerou: "Temos umespião
poraqui!"
Atesedo "infiltrado"ganhou
corpo e, a cadadêjâ
vu, tínhamossentimentos opostos:
frustração
porchegarmos depois
ealíviopela
sintoniacomoutras
redações.
Como
algumas
das nossas reportagens ainda não tinham sido
publicadas
esaíramsemelhantesemvirtuais concorrentes, os
repórteres
doZero
perdiam
partedoentusiasmoporteremsido "furados".Ofuro aindaéum
desejo jornalístico.
Furar é dar umainformação
exclusiva eantes de todo o mundo. Parao re
pórter,
é como marcar umgolaço.
"Ser furado"étomarbolaporentre
aspernas.
No
jogo
do contente,restaa espe-OPINIAO
ONDE
O LEITOR TEM VOZrançade que,sefomos
furados,
estamosna
partida,
nadireção
dogol.
É
pouco,claro,
mas naredação
doZerotudovira
aprendizado.
Nossosrepórteres
precisam
serágeis
naapuração,
nãopodem
va zarinformações estratégicas
da edição,
nem ficarpelo
caminho. Fazer umjornal
laboratório nãoimplica
oferecer noticiário momo, desinte
ressante ou desconectado do real.
Pelocontrário:a
publicação
devesercompetitiva,
versátile atrairaatenção
deseupúblico
como sedisputas
se um mercadoaltamenteconcorri do. Correr atrásdisso tiraaequipe
deumaeventualzonade
conforto,
emotiva aenfrentarosdesafios coti dianos de umveículoserrealmente
importante
paraseupúblico.
Com issoem mente, esta
edição
mergulha
naescolhadopróximo
reitornaUniversidadeFederal deSanta
Catarina,
alguém
que vairesponder
porumacomunidade demaisde40 mil pessoase umorçamentoprevisto
de
R$
1,2bilhãoparaopróximo
ano.Nossos
repórteres
acompanharam
uma das
campanhas
mais concorridasda história. Abordaram
alguns
dos
principais
desafios paraapróxi
magestão,
ouviramtodososhomensque
já
passarampela
reitoria e de dicarampáginas
inteiras paracadaumdos candidatos ao cargo. Todos foram entrevistados com o cuidado de
garantir
espaço eatenção
idên ticos. Aordem em que aparecem érigorosamente
a mesmadefinidanosorteiodaComissãoEleitoral paraa
cédulade
votação.
Desta
forma,
oZeroesperacontribuir para a democracia na uni
versidade,
trazendoinformações
úteis,
atuais e relevantes. No final deoutubro,
aUniversidade doEsta do de SantaCatarina(Udesc)
escolheutambémseu novoreitor,
após
aconsulta à comunidade acadêmica: Antonio Heronaldo de Sousa, com
63,3%
dos votos.Que
os eleitos naUFSC e Udesc tenham sorte , sabe
doriae
capacidade
paraenfrentarosdesafios dos
próximos
anos."Parabénsporessaúltima
edição!
Ótimas matérias,
ótimos
jornalistas,
deugostode ler.Amatériado Pidaficou
sensacional!" ''Muito boaamatériaque revelaainfluência
do Pidanas
eleições
praReitor. Abistôria dorLinguição,
com
exigência
de presençaemtrocadegrana, éótima,
e avisitade candidatoà TNTtambém é boarevelação. (.
..)
Bomtirodorepórter
mesmo!Aliás,
gostei
dacapatambém(embora pudesse
sermais incisivanotextodentro),
darecuperação
da história dos 30anosdojornal
e,muito,do ombudsman(e
deterombudsman..
.)"
Vitor
Hugo
Brandalisejr,- LaCorufia,Espanha
TitoLuiz Pereira
-@titolp PARTICIPEI
Mande
críticas,
sugestõesecomentários-zeroufsc@gmail.com
Telefone-(48)
3721-4833 Twitter-@zeroufsc
'�
galera
isolada doeeA curtiu muitoreceberoZero!Queremos
aspróximas
edições,
aproveitem
efilem
umrango bomno nossoRU"GiseleMonteiro
-@gisele_floripa
.
Na
ediçãojJass4tIa,
oZeroerrou ocrédito dajato
doprojessor
EduardoMeditsch,
nap4gtna
3.A autorado retrato é
Stépbanie
Pereira.Porjalaremfoto,
adaprimeira
página
saiusem os
dividos
créd'ÍtoS: GiovannJBello.Naspáginas:centrais,
areportagempub#ixuIa
deveriaestarnaeditaria
Habitat,
enikJJornada,
fX)1tZ()erroneamentejo;
publicmJa.
"Quem
achaqueoPidaésóoex-dono deumbarnosarredores daUFSe, precisalerabelareportagemsobre
elenoZero,
jornal
laboratóriodocursodejornalismo
da Federal.
Pida,
quemdiria,
épersonageminfluente
navida acadêmica".
Rafael
Martini,
nacoluna Visor do DiárioCatarinense
zilla
ZEBO
OMB
DSMA
RICARDO BARRETO
Melhorias,
erros
e
riscos
Para
quem tem apenas quatro números pra
experimentar,
aequipe
atualreagiu
ejá
demonstraque queracertar. Nasegunda edição,
ou aturmase une e sefortaleceousedesintegra
e cai no individualismo. Parece estarsematerializando umsaudável
espírito
decorpo,oquenãosignifica
quedesapare
ceram os erros. Pautasestão maisassertivas,
apurações,
emgeral,
estãocorretasmas a
diagramação
recuou,abusandonodesrespeito
ao usodacoluna-padrão
eutilização
decolunagens
diversas na mesmapágina.
Aedição melhorou,
errandopouco, masainda faltaopunch,
que quasesempre caracterizoua vervedoZero. Acapa evoluiumas,
logo
na3,tratando desua históriaemtextobemescrito mas
superficial,
cometeu-seequívoco
grave quegerouaprimeira
erratadessa fase.Quando
mencionausode
linotipia
(processo
decomposição)
oquedeveriaestargrafado
era areferênciaaoprocessotipográfico
deimpressão,
característicajamais
repetida
na história dojornal.
Areportagemtambém falhou aoomitirlembranças
de Valentesobresuaexperiência
com asedições
semanais-que deviaser
resgatada.
Naentrevistacom otécnicoJorgedeAmorim
Campos,
aedição,
como oentrevistado,
"amarelou". Editarentrevistascomfrase érecursopri
mário,
quedeveserevitadoporqueimpede
que ojornal
seposicione
-além de absoluta
preguiça
mental. Maiserros: na7,textonãoexplicou
asigla
Aiesec. Nacentral,
faltaramfotosdos personagensemconflitoeummapa para localizaroleitorsobre aáreade cobertura dareportagem.
Faltou
serviço
sobre livro Opreçodo voto(lO),
umacartola depágina
foipublicada
com erro(11)
e na12,pior
diagramação
daedição,
faltouimagem,
umgráfico retangular
que nãotomasseáreaprioritária
dotextoe
pesquisa
sobreconsumodeálcooledrogas
emSCe nopaís.
Na13,de veriatersidofeitadescrição
maisdetalhada do acidente quematouumgari
-pontoalto da
reportagem
equefoi minimizada.Teimamem ser
impressos
tratamentoindevidoemsiglas, apelidos,
neologismos
eestrangeirismos
-páginas
7,10, 11,14.Acoberturafotográfi
catevemelhorasmasaindaestá
gerando
fotosóbvias,
semmovimentoeapreensão
doqueéareportagem-6,
10e11.E,eventualmente,
adiagra
mação
contribuiuparamausresultadoscom"boneco" de meiapágina
(!),
recorteamericanosofrível(4
e5)
efalta desenso aovalorizarmais "bonecos" doquefotos históricasdojornal.
Nesseaspecto,recomenda-seprioridade
naverticalização
dodesign
eveto parapáginas
comquatrocolunas.
Por
fim,
oexpediente
derecorrerainiciais ou nomesfictíciosparacamuflar fontes quenão se assumem
publicamente
deve sercontidoeevitado. Ou se encontrampessoas com coragem ou se abandonam as
pautas.Como
editor,
sótolereiesseuso uma vez e aindahoje
duvidoda veracidadedaquele
texto.É
oportunolembrar que"repórteres"
semcaráter
já
fraudaramoNewYorkTimes(36
vezes)
e oUSAToday
(l40)
e arevista
argentina m,
enquantosãoprática
comum noalemão Bildeemalguns
tabloides britânicos.Insistirnissoéjogar
gasolina
nofogo.
Oleitor desconfiaeprocessosjudiciais podem
surgir.
Aslições
docasodoextintoNews
of
the World devemserrefletidaseassimiladas: semcredibilidade,
jornais
morrem mesmo.Jornalista,professor,ex-diretor deredaçãoe umdos criadores doZero.Por 15anos,
Barretocomandouojornallaboratórioe,no ano30dapublicação,assume comoseu
primeiroombudsman. Próximo decompletartrêsdécadas,oZeroassume odesafio de iniciarumarelaçãomaisabertacom seusleitores.
PÁGINAZERO
As
PRIMEIRAS LINHASCoberturas
marcadas
pela
paixão
e
política
Nos
anos
de 1980
e
1990
as
reportagens
eram
editorializadas
e
assumiam
uma
posição
crítica
O
início doZeroseconfun decom o das
eleições
diretaspara reitordaUFSC. Menosde um ano
após
acriação
doprojeto,
umagrande
novidadechegava
à Universi dade: o direito deestudantes, profes
sores eservidoresvotaremdiretamenteno candidato de sua
preferência.
Em1983,oBrasilestavavivendoo
período
domovimento"Diretas
Já"
epós-dita
dura,
oqueacaboucontagiando
todososníveis da sociedade. Era inevitável
a
democratização
nasuniversidadesequeos cursosde
jornalismo
tomassemuma
posição
política.
O
jornalista
CesarValente,
naépo
caeditordojornallaboratório,
lembraque
eleição
diretaera umaexpressão
mágica
paraosestudanteseprofesso
res,o queos levavaa
imaginar
queojornalismo
era umaferramentaparatransformações
sociais. "Professoresviamosalunosnãocomofuturospro
fissionais do
jornalismo,
mas comomilitantes de
alguma
coisa que iden tificavam como'esquerda"'.
Valenteacrescentaque auniversidadeolhava
parao curso comcertacuriosidadee
espanto,
já
que diferente dosdemais,
não sofria
pressão
política
remanescente dostemposda ditadura. "Como
jornal
laboratório,
não tinhapreten sãodeserinfluente. Até ondelembro,
ascampanhas
eram muito no corpo a corpo. Os candidatos eram conhe cidos de todos e iam aos centros emcampanha.
O Zeropode
terajudado
adivulgar,
masnãoacreditoquetenha 'feitoacabeça'
dealguém,
oumudadoalgum
voto",assegura.As
edições
dojornal
sobre aseleições
das décadas de80e90seenquadrammaisna
classificação
depanfleto
oude
"reportagem engajada".
Aorever osexemplares,
o aindaprofessor
do curso e editor doZero naépoca,
Ri cardoBarreto,admitequeaposturadojornal
erabem definida. "Asmatérias erameditorializadas,
mas condiziam com oespírito
daépoca.
Nunca tivemosautocensuraenquantofuieditor". Valente constata que tinha
posições
antagônicas
às deBarreto,masqueosalunos foram beneficiadospor assisti
remàs
divergências.
Um
grande
obstáculo dojornal
naépoca
era afalta derecursosda universidade.Oex-editor doZero,atualmen
tedono da empresa queassessorou o
início da
campanha
de candidatura dapresidente
DilmaRousseff,
LuizLanzetta,recorda que
algumas edições
foram
finalizadas,
masnãoimpressas. "Inventamosoprimeiro
jornal
virtual,
ainda sem internet", brinca. Mesmo
com afalta derecursos os
professores
mantinham os alunos interessados com aulas de técnicas de
apuração
eobservação, antropologia, sociologia,
decomoextrair
informações
defontes edocumentos. "Nãotínhamos grana, mas liberdade sobrava.À
noite, osalunos e
professores
sereuniam paraaulas demarxismocomAdelmo Genro
Filho.Issoem
plena
aberturapolítica".
As
lembranças
sobre ostemposderepórter
doZeroaindainfluenciamavida
profissional
do ex-alunodocursoAlessandro Bonassoli. Ele relata que
nareunião depautaparaa
edição
denovembrode1995
surgiu
otemaeleições
e ficou combinado que haveria uma entrevista com cada candidato."Os interessados
sugeriam
apauta egeralmente
cobriamdepois.
Adiscipli
naaindanãoera
obrigatória,
erapor amoràcamisa. Fizaentrevistacom ocandidato Carlos
Westphall
e fui elogiado depois pelo professor
CarlosAugusto
Locatelli,
emboraele tenha dito queeupoderia
ter sido maiscrítico". Bonassoli admite que foi ali o iníciodesuacarreira:"Eu tinhauma
paixão
grande
porparticipar,
poraprender.
FoioZero quemedeuabasepara nãochegar
tãoinexperiente
naredação",
garante.
A cobertura das
eleições
de1987talveztenhasidoa mais
ampla
ecritica
da história doZero. Era asegunda
eleição
direta e seesperavauma
mudança
dechapa
nopoder.
Acusações
de
fraude,
favorecimentopolítico,
confusõesnaapuração
eatébrigas
nareitoriamarcaram o
perí
odo.Oex-editor, Ricardo
Barreto, revelaque
alguns
meses
após
oresultado,oseditoresencontraram uma
imagem
na revista Bondi nho(da
editoraÉpoca)
querepresentavaoqueacon
tecia na
polltica
da UFSC. "Mudavamosnomes, masnãoa influência
política.
Eram todos
apadrinhados
doúltimo reitor. A ilustração
doImpério
Romano indicavaexatamenteessaoligarquia
nopoder",
critica.A
imagem
foipublicada
na contracapada
edição
de abril de 1988comafrase irônica
"Sangue
novo naReitoria",que provou mais
umavez,de acordocom
Barreto,atotal
liberdade
depublicação
do Zero.JéssicaButzge j.butzge@gmail.com
o
jornal
e
as
campanhas
para reitor
Novembro de 2011
J '.. '1;' . Novembro de 1987 'I� éwn�;�"�:nstJlucionnl"'·_�Mt
... ...-... " " t- :c--' -- -.. ',' Novembro de 1991 Novembrode1995 =.-.•-Falta derccu •."Õseapoio pnlítko
ZERO
oe
nN
Õ
liNKS
PARA A VIDA SOCIALCom o fechamento da
emergência
do CelsoRamos,
número de pessoas atendidas dobrouHU
é
referência
no
estado
mesmo com
problemas
Maternidade
e
atendimento
a
queimados
são
destaques
muito
complicado
sãoselecionadosparafazeracirurgia
em umúnicodia,
emgeral
umsábadooudomingo.
"Nãopode
ser um casograve,pois
seacontecealguma compli
cação
pode
demorararesolverenãoatingimos
oobjetivo
domutirão",
explica
odiretorgeral
doHU,Felipe
Felício. Nesteanoforam realizadasseiscirurgias
deremoção
deútero,
12cirurgias
de vesículae78cirurgias
plásticas
paraextração
detumordepele.
Oúltimomutirãoaconteceudia 15 de outubrocom otratamento
odontológico
deseis
crianças
excepcionais
sobanestesiageral.
OHospital
Universitário também caminhapara terexcelênciano tratamentode
queimados.
Emjaneiro
doano que vem, devecomeçar a ser construída uma ala
paraesses
pacientes.
Aprevisão
éque,nosegundo
semestre,
cheguem
osequipamentos
parao setorcomeçar afuncionar. "Hácincoanosqueagente
pede
essaala.Conseguimos
porcausada
duplicação
daBR-101, pois
não haviaporpertonenhuma ala dequei
mados. Tanto que os recursosvierampelo
DNIT(Departamento
Nacional de Infraestrutura eTransportes)",
decla ra odiretorgeral.
Oatendimentomais
próximo
para vítimas dequeimaduras
ficaemJoin
ville,
noHospital Municipal
de SãoJosé.
Ainda assim,ohospital
donortedo estadotratacasosde média
gravidade.
NoHU,otra tamentodeve atenderpacientes
emsituação
mais gra ve. Outrareferênciaem atendimentojá
consolidada doHospital
Universitárioé amaternidade. Ela foipioneira
emgarantir
apresença deumacompanhante
emtodooprocessodo nascimento, uma
inovação
implantada
em1995.Ochamadopartohumanizadovirou
projeto
de leiaprovado
naAssembleiaLegislativa
em março de2002,após
serpropostopela
entãodeputada
Ideli Salvatti(PT).
Aosereleita
senadora,
apetista
apresentouo mesmoprojeto.
Em2005,apropostatornou-seleifederal válidanoâmbito doSUS.
NoHU,agestanteescolheaformacomo
pretende
realizaropartoe,casotenha
algum problema
de saúdenopós-parto
eprecise
ficarinternada, pode
teracompanhia
do filho recém-nascido no
alojamento
conjunto.
Outroprocedimento
dehumanização
dopartoéométodocanguru,no
qual
os bebêsprematurossão tratadosjunto
à mãeenãonumaincubadora.Comisso,conseguemaltamaiscedo.
ZERO
Estrutura ruim
é
um
dos
entraves
Umdos
problemas
paraotrabalhodo
hospital
éainfraestrutura.Ocentrocirúrgico
funciona atualmente com60 leitos.Noentanto,deveria haver90 leitos ativados.O
hospital
esperaaprovação
doprojeto
deconstrução
deum novobloco,
com recursos doProgra
ma deReestruturação
dosHospitais
Universitários Federais
(REHUF):
Onovo
prédio
terámais cincosalas decirurgia,
uma enfermariacirúrgica
e oHospital
Dia.Na
enfermagem, segundo
adireto ra FrancineGelbcke,
o maiorproble
maéonúmeroinsuficiente de funcio nários.Na UTI
Neonatal,
porexemplo,
são necessários maisdeseisenfermei ros,mas nemsempreelesestãodispo
níveis. Gelbckeexplica
queotrabalho naárea édesgastante,
o que provocaalto índice de absenteísmo
gerado
pordoenças.
Osfuncionáriossãoatingidos
por distúrbios musculares eesquelé
ticos e distúrbios menores, como de
pressão.
"Ficam afastados um diaouaté anos.Tem funcionário de
licença
há doisanos",conta.
Desdeo ano
passado, quando
completou
30anos,ohospital
vemsofren doumadiminuição
noquadro
de funcionários devido às
aposentadorias.
Acontratação
de novosprofissionais,
comexceção
dosterceirizados, depen
de deconcursos edasvagasoferecidaspelo
Ministério daEducação
(MEC)
eliberadas
pela
UFSC, o queleva tempo.
Enquanto
isso, as áreas de maiormovimentação
depacientes,
como aemergência,
ficamsobrecarregadas.
Em agosto desse ano, aemergên
cia do HUpassou afuncionar com o
sistemade
classificação
derisco.Assim queopaciente
chega,
é avaliadopelosenfermeiroserecebeumaficha de
acordocom a
gravidade
doseuestado. Ospacientes
emestadocríticorecebemfichas vermelhas e são atendidos em
atéumahora.Casos mais
simples
podem levarmaisdequatro horaspara
serem solucionados. Esses
pacientes
sãoaconselhadosabuscar atendimen
tonospostosde saúdeou nasUnida desdeProntoAtendimento
(UPAs)
da cidade.A
classificação
de riscofoi asolução
encontradaparaatenderoelevadonúmero de
pacientes
quepassaramabuscara
emergência
doHUdepois
que oHospital
Celso Ramos fechou parareformao seu atendimento emergen
cial. "De 180 a200 atendimentospor
dia,
passamosater400",
contaFelício. Deacordocom oprofessor
eex-diretor ténico dainstituição,
Carlos Pinhei ro, amaioriados casos atendidos naemergência
poderia
ser resolvida nospostosde saúdeou com
agendamen
tode consulta.Noentanto,aspessoas
procuramoatendimento
emergencial
devido à altaresolutividade:opacien
teéatendidona
hora,
fazos exames ejá
recebeodiagnóstico
e areceitados medicamentos.--.
--esde a sua
fundação,
em 1980, oHospital
Universitário na UFSC
(HU)
estruturou-separaformar
profissionais
paratrabalharnaáreada saúdeeatendera
população.
O HUcontaatualmentecom 1483funcionáriose
destina todosos seus270leitos ativadosparaoSUS
(Sis
tema
Único
deSaúde).
Atendecasosde baixacomplexi
dade,
resolvidoscomclínicogeral,
emédiacomplexidade,
como oatendimento ambulatorial.Mas sãoostratamen tosde altacomplexidade,
queexigem cirurgia
e trata mentoprolongado
de alto custo,quefazem doHospital
Universitárioreferêncianoestado.Paraodiretor
geral
dohospital, Felipe Felício,
oSUS nãofuncionariaemSanta CatarinasenãohouvesseoHUeédevidoàcaracterística de
"hospital-escola"
queauni dade de saúdeadquire
excelênciano atendimento. "A assistência
é a nossa extensão",
explica.
Ohospital
atendepacientes
de todoo
estado,
emespecial
nas áreasde
cirurgia
vascular e de redu- • �ção
deestômago,
tratamento decatarinense
nao
câncer,
doenças
relacionadas aorim,
transplante
decórnea,
saú-uncionaria
sem
o
de auditiva eimplante
coclear(que
consistenacolocação
deumlOS
P Ita
I da
U F S C
dispositivo
eletrônico tambémconhecidocomoouvido
biônico).
O HUtambémestá preparado
para realizaroprimeiro
transplante
defígado,
sóaguarda
odoador.Pacientes de outros
municípios
são encaminhadospelos
médicos e selecionadospela
Secretaria de Saúde dacidade para realizarotratamentonoHU.É
o casode Elione Anselmo MacielCipriano,
de39anos.Moradora deImbituba,
a91km deFlorianópolis,
ela foi encaminhada para realizaracirurgia
deredução
doestômago.
Acadaquinze dias,
desloca-se aFlorianópolis
em uma vandaprefeitura
deImbituba,
junto
comoutrospacientes
tratadosnoHU,pararealizaros examesde
preparação
paraoprocedimento cirúrgico.
Cipriano
passouum ano nafiladeesperado
município
paracomeçaratero caso analisado.Comoaprocuraporatendimento é
grande,
cadacidade tem umacotade
pacientes
quesão selecionados paratratamento.Para diminuir as filas de espera, o
hospital
reali za mutirõesdecirurgias.
Ospacientes
que estão sendoacompanhados pelo hospital
e que não têm um casoPara
o
diretor da
nstituição,
o
SUS
.,... ...,;,;. 1 . � 01 ,:.110
-�
Pacientes devárias cidades são encaminhados para tratamento
Orçamento
para
2011
é
R$
41
mi
oorçamentodoHUem2011 para
o custeio de
serviços
e materiaisé deaproximadamente
R$
30milhões,
di vididosem 12parcelas
fixas.Osrecursossão
disponibilizados pelo
Ministé rioda Saúdeechegou-se
a essevalorapós
aelaboração
doplano
operativo
(que
impõe
metasde atendimentoaohospital)
entreaSecretaria de Saúde deSantaCatarinae oHU.Além dessesrecursos
fixos,
háosquesãooferecidos porprodução.
Sãoaproximadamente
R$
300.000 por mêspagospelos
servi ços de altacomplexidade
e aoFundo deAções
Estratégicas
e deCompensa
ção
(FAEC).
Os recursos destinados não são suficientes para pagar o gasto
geral
do HU para 2011. Paratentarfechar
a conta, o Ministério da
Educação
articulou com o Ministério da Saú de umtermo aditivo no valor deR$
7.200.000,
elevando os recursos doorçamentodo
hospital
paraesteano a cercadeR$ 40.900.000.
"O Ministérioda Saúde
exigiu
que houvesse tambéma
contrapartida
dasinstituições
de oferecermais
serviços
de acordocom asnecessidades da rede
pública",
explica
odiretor de
administração
doHU,Nê lio Schmitt..
O HU funciona em
parceria
com as Secretariasde Saúde de Santa Ca tarinae deFlorianópolis.
A estadual faz agestão
dos gastos deserviços,
e amunicipal
administra o SistemadeRegulação
(Sisreg), responsável
pelo
controle da
marcação
de consultase exames a
partir
do que é acordadoentreoHUe essas
autarquias.
Então,paraqueo
hospital
recebesseosrecur sosadicionais doMinistériodaSaúde,
foi feitoumtermodecooperação
entreastrêspartes,quedefiniuodestino do
dinheiro.
A
exigência
da Secretaria Municipal
deSaúde,
porexemplo,
foiumaemergência psiquiátrica
(sete
leitos deobservação
einternação)
parapacien
tesda rede
municipal.
Ela funcionaráem umaárea
já
existente,quepassará
porreformas
orçadas
emR$
300.000.Para a rede
estadual,
oinvestimentoem
serviços
engloba políticas
comoaumento de 20 leitos na
emergência
adultaedeseisleitosnaUTI,80tomo
grafias
pormêse300examesmensaisno tratamento de câncer de colo de úteroedemama.Há aindaarealiza
ção
de 55 tratamentos e 16cirurgias
mensaisde
glaucoma.
Paraafolha depagamentodeagos
to dos funcionários
concursados,
porexemplo,
foram gastosR$
9.597.000vindos do MEC. Os demais funcioná rios
-terceirizados,
contratados viaFapeu
ebolsistas-sãopagos com os recursosfixos doMinistérioda Saúde.
Gabrielle Estevans
gabrielleestevans@hotmail.cum
MilenaLumini
mi.lumini@gmail.com
Willian Reis
wreis_lg@hotmail.com As pessoas em
situação
crítica são atendidasem atéumahorao
Hospital
Univesitáriotem 1.483 servidores e destina todoo seu espaço para oSUS,
mas apenas 66% dos leitos estão ativosNovembro
de
2011
ZERO
o modelo atualde
gestão
dos HUssofrerámudanças
caso o PLC79/2011
seja
aprovadopelo Congresso
Nacio nal. Referendado naCâmara sobo número PL
1749/2011
eatualmente tramitandonoSenado,oprojeto
foiapresentado
pelo
Executivoem substituição
à MP520,editadapelo
entãogoverno Lulae
rejeitada
emjunho.
Naprática,
permite
acriação
da
Empresa
Brasileira deServiços
Hospitalares
SA
(EBSERH).
Inseridonoâmbito doSUS,
afunção
doórgão
é,
basicamente,adminis traroshospitais,
prestarserviços
médicos edarapoio
aoensino, àpesquisa
eà extensão dasinstituições
federaisde ensinosuperior.
Segundo
Felício,
a EBSERHfoiasolução
encontradapelo
governo para atenderà
determinação
doTribu nalde Contas de que,em cincoanos, todosos
funcionárioscontratados por meio de
fundações
devemserdemitidos. No HUda UFSC,são 156 trabalhadoresnessasitu
ação.
"Operigo
étrans formaro HUemhospital
só
assistencial",
alerta. ParaoSindicato dos Trabalhadores daUni versidade Federal de Santa Catarina(Sintu
fsc),
aempresa separa oshospitais
de ensino das universidadese dá margemàprivatização,
aopermitir
oatendimen todeassegurados
porplanos privados
desaú de. "Commaispacientes,
a
situação
doshospitais
pode
ficarpior", opina
umdos coordenadores
gerais
do Sintufsc, Celso Martins.O diretordo HU discorda daposição
do sindicato. "Não há risco deprivatização.
Nãoexis tegovernoquesustenteisso", garante. Francine
Gelbcke, diretora deen
fermagem,
diz que oprin
cipal problema
é saber deondevem os recursosparacustara EBSERH: "A
questão
ésaberaorigem
do dinheiroqueservirá para pagarosfuncioná rios."
•
Projeto
resgata
brincadeira
aliada
a
ensino
Laboratório
busca revitalizar
aprendizagem
por meio de
atividades
lúdicas
no
ambiente
escolar
LINKS
PARA AVIDASOCIALcias,sobre
plantas
esobrecomocuidar dosanimais",comenta.Oatendimentoàcomunidadeexternaéfeito por
agendamento
dehorários,
pelo
e-maillahrinca@yahoo.
com.broudoProjeto
Venha ConheceraUFSC.Acoordenadora do
LabrinCA,
LeilaPeters, destacaaimportância
da brincadeirajunto
aosestudos. "Pareceque,
quando
entram naescola,
elas esquecem que sãocrianças."
Aprofessora
conta que até os adolescentesparticipam
das brincadeiras.Peters nãosoube informarovalor
aplicado
noprojeto;
"Todoinvestimentovememforma demateriaise
brinquedos
atravésdoProextensãoedo
Funpesquisa.
Como é muitocomplicado
reporestesbrinquedos,
recebemos tambémdoações."
Acoordenadoralembra aindaquedeveriatermaisumfuncionário da área de biblioteconomia para
organizar
osbrinquedos.
Além da
professora,
oLabrinCAcontacommaistrês bolsistas depedagogia
da UFSC.Rafaela NunesGerard,
aluna da 5' fase docurso,está há doismeses noprojeto
eafirmaqueotrabalhocom ascrianças
atêmajudado
significativamente
comoprofissional,
pois
sempre teveinteresse por brincadeiras. "Observo bastante obrincar
delese
faço
umarelação
com asteorias queaprendo
emsala de aula."
Familiares de Portadores da
Doença
de Alzheimer.Aenfermeira do
Hospital
Universitário,
[ordelina
Schier,
atua há 15anos no NETI e desde
junho
é coordenadora do
projeto.
Schier,
que também éprofessora
voluntária nadisciplina
deNoções
deSaúde,
reforça
opapel
das atividades do núcleo navida dos idosos. "Eles saem
daqui
eaplicam
dealguma
formaosconhecimentosem suasvidas."Aco
ordenadoracontaaindaqueapren demuitocomosalunos. "Comosão
pessoas com
longa experiência
devida,
eles têmmuitoadizer.Progra
mo aaula para 30 minutos,masàs vezespassa de duas horas."Schier faz um convite aos es
tudantes da UFSC. "Um
desejo
do NETI équeosalunos degraduação
venham desenvolver seusprojetos
aqui."
jordelina
destacaa carênciaExtensão
representa
ponte
com asociedade
Crianças
aprendem
a serelacionar com aajuda
debrinquedos
O último
levantamento,
de 2010, feitopela
Pró-reitoria dePesquisa
eExtensão,mostraqueno ano
passado
foram
registradas
6.565 ações
deextensãonaUFSC. Nesse
período
foram emitidos 25.200 certificados relacio nados a essetipo
de atividade. Um total de 332 bolsas deextensãoforam concedidasaestudantes degraduação
pelo Probolsa,
verba destinada a estetipo
depagamento. Cadaprojeto
temnomáximo dois alunos.
Segundo
NelsonCanzian,
diretor doDepartamento
deProjetos
de Extensão, o Proextensão
(dinheiro
reservado à
infraestrutura)
distribuiucercade
R$
400 milem2011,
sendoaplicado
atéR$
4.000emcadaumdos100
projetos.
Estevalor é destinado à compra de materiais e
equipamentos
utilizadosnasatividades.O investimentoembol saséde
R$
1,4
milhão. "Existe aindaodinheiro externo,
vindo,
porexemplo,
deONGseMinistérios",
constata.DéboraPeres Menezesressalta que
as atividades de
pesquisa
e extensão daUFSC sãoumreflexo das atividadesde ensino. Ela também reconhece as suas
funções.
"A universidadenãofazpesquisa
e ensino só para ficaraqui
dentro.É importante
fazeressapontecom a
sociedade,
através dosprojetos
deextensão",
afirma. Paulo Júnior paulovitoriojunior@hotmail.com StephaniePereira stephanie.idn@gmail.comNovembro
de 2011
line da Silva Nunes de Lima, 9 anos, fre
quentao4°anodoEnsinoBásicodo
Colégio
deAplicação
daUFSC.Quando
estáemcasa,brinca de boneca
sozinha,
pois
suairmãjá
tem20anos.Ela admite quenãogostamuito de ficarno
computador.
Todas asterças-feiras, quando
estána
escola,
passaumaaulanoLaboratório deBrinquedos
doColégio
deAplicação
(LabrinCA).
Desde o 2° ano,Alinefrequenta
oespaço."Agentepode
brincarcombrinquedos diferentes, principalmente
osque não temos."Aestudante destaca quenolocal
aprende
arespeitar
regrase aconvivercommais
crianças.
"Aprendo
adividir ascoisase a meenvolvernasbrincadeiras."Numtempoemque muitas
crianças
preferem jogos
virtuais,
oprojeto
querresgatar oexercício de brincar.Inaugurado
em2003,
o laboratório funciona em umasala aolado da biblioteca do
colégio
e atendecercade60
crianças
pordia. Alunos de l'a4' série doColégio
deAplicação participam pelo
menos uma vezporsemanade atividadeslúdicas,
comojogos,
brincadeirasefantasias.José
VitorAlves,
8,também aluno do4°ano,contaqueatravésdo LabrinCA
pode
participar
de diferentes ativi dades educativas. "Fizváriosamigos,
aprendi
sobreciên-Amélia
Lopes
seapresenta
nogrupo de canto eRaquel
Pinheiro faz amizades noNETIUm
espaço
de
alegria
para
o
idoso
Outro
projeto
de extensão daUFSC,
inclusive dedestaque
nacional,
é o Núcleo de Estudos da Ter ceira Idade(NETO.
Asatividades,
realizadas há29anos, visam inserir idososno.meio
acadêmicoe desenvolver estudos sobre o processo de
envelhecimento. O núcleo atende
692
alunosetemcercade 50profes
sores emonitores,
quesãoestudantes daUFSC,voluntáriosefuncionáriosda
Fundação
de EstudosePesquisas
Socioeconômicos
(FEPESE).
Entre os cursos oferecidos estãoespecialização
emgerontologia,
leitura eescrita parapessoasidosas e
adultas,
eidiomas. Tambémsãorealizadas
oficinas,
comoade InclusãoDigital
e ade TeatroparaIdosos.O NETI contaaindacom oPrograma
Grupo
deApoio
aos Portadores daDoença
deParkinsone seusfamilia res,e oProjeto Grupo
deApoio
aosde salas de aulae afalta deum se
gurançacomo
problemas
enfrentados
pelo
núcleo.Raquel
Pinheiro daSilva,
57,
éaposentada
eveiomorar emFlorianópolis
há doisanos.Como não conhecianinguém
nacidade,
decidiu procuraro NETI.
Hoje,
elaparticipa
doGrupo
de Convivência 5 deMaio."É
um grupoque busca aautonomiadoidoso.Eugostobastanteefiz muitos
amigos aqui.
Não tenho doquereclamar",
garante.No
segundo
anodoCursodeFormação
deMonitoresdaAção
Gerontológica,
Amélia MoemaLopes,
68,
também fazparte dogrupodecanto do NETI. "Eu consideroo espaço como um oásis.
É
umlugar
onde sósetemalegria.
Láeuestudoe àsvezes surgem
oportunidades
legais
paraseapresentar com o grupo de
canto, onde eu posso me arrumar,
ficar bem bonitae
feliz",
avalia.ZERO
ASemana de Ensino,
Pesquisa
e Extensão da Universidade Federalde Santa Catarinaacontece anualmenteeéhoje
omaioreventode
divulga
ção
cientifica de Santa Catarina.ASepex
estáintegrada
à Semana Na cional deCiênciaeTee-ãoestána alma dauni
versidade fazer
inovação.
Ainovação
éconsequên
cia".É
oque dizoprofes
sorHernán Francisco Terenzi,coordenador da únicarede de
pesquisa
do estado que busca decifrarproteínas,
desenvolvidanaUFSC.Aestruturafoi montadaa
partir
deumaproposta do Ministério de Ciência e
Tecnologia,
em2006.Santa Catarinafoi um dosoitoestados selecionados
para
integrar
oGenoprot,
nome que vemdajunção
da Genômica(estudodogenoma, da
informação
hereditá riadosindivíduos)
com aProteômica(estudo
doconjunto
deproteínas
em umacélula). Enquanto
o genomaéestático,
oproteomarefleteoconjun
tode
proteínas
expressasemdetermínada
situação
(tempo,
temperatura,período fisiológico),
eassim,pode
explicar
aformação
e ofuncionamento dosorganismos
vivos. Oprojeto
conseguiu R$
3 milhõesparaarealização
daspesquisas,
sendoR$
1 milhão daFundação
deAmparo
àPesquisa
eInovação
do Estado deSanta Catarina(Fapesc)
e osoutrosR$
2milhõesda Financiadora de Estudos eProjetos
(Finep).
Essesrecursosresultaramna cons
trução
doCentrodeBiologia
Molecu lar Estrutural(Cebime)
no campusdaUFSC,
inaugurado
emmarçodesteano, localizado atrás da nova área do Restaurante Universitário. Foram quase dois anossó paraescolheros
equipamentos
que seriam usados noCebime.
"É preciso
ouvirespecialistas
daárea,
receber representantes de diversasempresas,contarcom ademora na
importação,
emuitas vezes,édifícil paraum burocratacompre enderque vale mais apena
adquirir
umequipamento
maiscaro,masqueterá maiorvida útil emaioreficiên
cia",esclareceo
professor.
Terenzimostrao
"coração
financeiro"do Cebime: umasalacom es
pectrômetros
demassa, que sãoumaespécie
debalança
de altaprecisão,
capazesdemedira massade moléculaseidentificar
proteínas
esuas modificações;
além deoutrosaparelhos,
quesomam cercade
R$
2,5 milhões."Nãoé sóaestruturaque fazotraba
lho",
analisaoprofessor.
Nocasodoprojeto
Genoprot,
uma das maioresdificuldades é a falta de
profissío
nais
especializados
para manusear osequipamentos
de altatecnologia.
�--�--�..---====��� 'ê .<: �..
I=:-)
•.
_:--.' -...:.....'---Estudo único
no
estado
recebe
R$
3
milhões
Projeto
sobre
estrutura
de
proteínas
desenvolvido
na
UFSC
foi financiado por
Fapesc
e
Finep
, .
CO
Exões
LINKS
PARA A VIDA SOCIAL•
emdiversas
áreas,
já
queosequipa
mentos seguemo conceito do"mul
tiusuário",
estandodisponíveis
parapesquisadores
das áreas deQuímica,
Bioquímica,
Farmacologia,
Biotecnologia,
Física eEngenharias.
"Nossoretorno para a Universidade e para asociedade é a
formação
depessoal
qualificado,
capaz de pensar, descobrir, refletir",
complementa
Terenzi. Prof. Terenzimostra umdosequipamentos
quecompõe
olaboratório deponta
do CebimePorisso,háumincentivo
àqueles
queentramemsuaequipe a
aprenderem
oquantoantes,para quetenhamumknow-how desdeas
primeiras
etapas.No
Cebime,
gastam-se,emmédia,
R$
10milsó para mantê-lo funcio nando.Umafonte delaser,
porexemplo,
dura até dois anos, e sua reposição
pode
custar atéR$
34 mil. Oscontratosdemanutençãodos
equipa-Burocracia
compromete
pesquisas
Os
projetos
depesquisa
nascemporiniciativa de
professores
ou servidores técnico-administrativos da
universidade,
tanto de um únicodepartamento,
comoínterdeparta
mental. Devem ser
aprovados
nosdepartamentos
deorigem
dos pesquisadores
envolvidos,
que também aprovam seus relatórios finais. Depois,
osresponsáveis pelo
projeto
buscam financiamento através de
editais,
quepodem
vir deórgãos
defomento, parcerias
cominstituições
públicas
ouempresasprivadas.
O investimentodaUFSC é direcio nadoa
projetos
doFunpesquisa,
que visamàconsolidação
dacarreiradepesquisadores,
professores
eservido res.Além demanter custoscom energia elétrica, telefone,
água
elimpeza.
Só em 2011, a universidade
apoiou
166
projetos,
somandoaproximada
mente
R$
830 mil.Comooprocessode
aprovação,
odesenvolvimento tem entravesburo cráticos.
"Às
vezes opesquisador
precisa de um
equipamento
deR$
500mil,
mas aaquisição
não é tão simples.
Opedido
passaporlicitação,
então
pode
acontecerdeoutrapropostavencer a concorrência e o
professor
não
conseguir
o que solicitou", explica
oprofessor
Maurício FernandesNovembro de 2011
Importações
demoradas deaparelhos
atrasam asatividadesPereira,diretor
presidente
da Fundação
de EnsinoeEngenharia
deSantaCatarina
(FEESC).
AFEESC éumadas
fundações
que fornece suporte administrativo aosprojetos
deinteresse da universidade. Essagestão
derecursosenvolvequestõescomo a
captação
deinvestimen tos, compraserelatórios finais."Nos safunção
éfacilitarotrabalho para ospesquisadores.
Gerenciandoaparte
burocrática,
elespodem
sededicarsomenteà
pesquisa",
diz Thamara da CostaVianna, gerentedeprojetos
daFundação
deAmparo
àPesquisa
eEx tensãoUniversitária(Fapeu).
Visando reduzir a burocracia na
importação
demateriaiseaumentaroincentivoà
produção
detecnologia,
em 31 de agosto o
deputado
BrunoAraújo
encaminhou para a Câmara dosDeputados
epara o Senado umprojeto
de lei que institui oCódigo
Nacional de
Ciência,
Tecnologia
eInovação.
Apropostaestáemestudoe avotação
naCâmaradeve aconteceratéofim denovembro.
BiancaEnomura
bianca.enomura@gmail.com
DanielaNakamura
nakamura.dani@gmail.com
ZERO
mentos, firmadoscomempresas que se
responsabilizam
porgarantir
seufuncionamento por um
período
mé dio de doisanos, custamemtornode 10a20% do valordoaparelho.
Apesar
dasdificuldades,
oprofessor
acreditaqueaestruturadealta
tecnologia
do Cebimejá
permite um incrementona
produtividade
e vaigarantir
umefeito
multiplicador
de resultadosDurantea lOa SemanadeEn
sino, Pesquisa
eExtensão(Sepex)
daUFSC,
oprofessor
AlckmarLuiz dosSantosfoiumdos dezpesqui
sadoresque receberamo Prêmio
Destaque
Pesquisador
UFSC 2011. Indicadopelo
CentrodeComunicação
eExpressão (CCE),
Santosé fundadorecoordenador do Nú cleo de
Pesquisas
emInformática,
Literatura e
Linguística
da UFSC(NuPILL),
quesurgiu
em 1995e através do
qual
foilançado
noiníciode outubro desteano oPor-.
talCatarina
(www.portalcatarina.
com.br),
querepresentaumcatálogo
da literaturacatarinensecominformações
eobras de311 autores,com ototal de1399obras. OPortalCatarinafoiconstru
ído com o
aporte
deR$
400 mildo Pronex, um instrumento de estímulo à
pesquisa
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico
(CNPq),
voltadoparagruposde excelência.
Junto
aoNuPILL,trabalharamemparceria
oNúcleo de LiteraturaeMemória
(NuLIME)
e o Labora tório dePesquisas
em Sistemas Distribuídos(Lapesd),
da Computação,
com cercade 25 alunosAlckmarSantos:
destaque
da
graduação
epós-graduação.
AlémdoPortal
Catarina,
oNuPILLtem
hoje
o maiscompleto
acer vodigital
de literaturabrasileira,
cominformações
sobremaisde 70 mil obrasede17milautores,commaisde três mil
arquivos
dígítalí
zadosemdomíniopúblico.
Nãoépreciso
pagar nenhumataxanem se inscrever para ter acesso aosdados. "Reclama-se queos
proje
tosnão
chegam
atéasociedade,
oNuPILLé deextensão porexcelên cia. Nossomaiordiferencial é que