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Palavras-chave: Comunicação; Agronegócio; Revista; Cooperativa, Copasul.

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Academic year: 2021

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Revista Copasul como canal de engajamento

Glarin Bif Copasul/FAG (Faculdade Assis Gurgacz) glarinb@yahoo.com.br

Eixo Temático: Desenvolvimento Local e Regional.

RESUMO

A comunicação passa por significativas transformações. Acompanhando esse cenário, a maneira de levar a informação até o produtor rural, um público que tem se especializado nos últimos anos, traz desafios aos profissionais da informação, principalmente, em como engajar e fidelizar esse público. Dentro desse contexto, empresas do agronegócio precisam estar atentas e criar novos canais de comunicação, como é o caso da Revista Copasul.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO

A ideia do agronegócio associado ao velho produtor que ficava a mercê da condição climática, sem informação e sem perspectiva está cada vez mais ultrapassada. Hoje, pequenos ou grandes produtores rurais tem acesso aos mais variados tipos de informação, seja pelos meios de comunicação ou através de assistência técnica, que mesmo nas pequenas empresas é oferecida aos agricultores.

No Brasil, um dos campos em que a ciência e a tecnologia estão presentes em destaque é o agronegócio. Em muitos Estados brasileiros, como São Paulo, por exemplo, o agronegócio é um importante gerador de pautas e cada vez mais tende a estar atrelado à ciência e à tecnologia já que o homem do campo não é mais como o Jeca Tatu criado por Monteiro Lobato como ser matuto, ignorante, e sim um cidadão moderno que vive em busca de novas tecnologias e soluções para suas propriedades. O fazendeiro é hoje um empresário do campo e a fazenda é sua empresa. (PIMENTA, 2006, p.1-2). O agronegócio é uma “terra fértil” para profissionais de comunicação atuarem, porém, trabalhar com esse produtor e com seus familiares é um desafio. Isso porque, além do profissional ter que entender qual é a melhor maneira de se comunicar com o público, há também uma certa barreira para as empresas em que esses profissionais atuam para perceberem a necessidade de investir e ver a comunicação como estratégia de crescimento.

O presente estudo de caso pretende abordar a criação da Revista Copasul como canal de aproximação, fidelização e de engajamento de públicos, no caso, de associados da Cooperativa. Desta forma, queremos abordar indiretamente, o papel da assessoria de comunicação para o fortalecimento da marca Copasul.

2 DESENVOLVIMENTO

O agronegócio responde hoje por 23% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil e emprega 19 milhões de pessoas segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Além disso, só as Cooperativas respondem por empregar diretamente mais de 360 mil pessoas, de acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

É cada vez mais latente a necessidade das empresas ligadas ao agronegócio aprenderem a se comunicar com seus diversos públicos, sejam eles cooperados ou clientes, comunidade onde atuam, empresas parceiras e assim por diante. Atuar nesses campos e principalmente na comunicação é essencial para um posicionamento de marca. Ao mesmo tempo a comunicação rural, ou comunicação voltada para o agronegócio, é de certa maneira

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nova.

Antes, a comunicação no agronegócio – e aí, falo de tudo, de jornalismo, comunicação corporativa, marketing era mais voltada para questões eminentemente técnicas, de como plantar e criar animais, por exemplo. Depois, esta comunicação ganhou conteúdo mais econômico e político também, refletindo as próprias transformações do agronegócio, onde as questões econômicas ganharam espaço no dia a dia do setor, com, digamos, a “financeirização” do agro. Agora, esta comunicação passa a incorporar certa perspectiva dedicada ao que o consumidor quer e valoriza, destacando princípios e atributos ligados ao meio ambiente, responsabilidade social, segurança sanitária, rastreabilidade. Enfim, uma comunicação do agronegócio com um prisma do consumidor, com uma pegada “urbana”, tratando da criação de marcas, saindo de um escopo quantitativo para uma dimensão qualitativa, aliás, um dos grandes desafios do setor como um todo. (LUIZ, 2015, s/p).

Diante de um novo consumidor dessa comunicação, de um agricultor melhor informado e preocupado com questões que vão além do clima e mercado surgem os desafios para fidelizar e engajar esses públicos.

As empresas de agronegócio não podem mais ignorar a importância da comunicação para se consolidar no mercado. As organizações pertencentes à rede de agronegócios são bastante segmentadas, com produtos e serviços bem definidos, além de um público por si só bastante diferenciado. Saber conversar com esses públicos, e também com a população em geral não é assim tão fácil, e é essa deficiência comunicacional que, por vezes, gera queda de vendas, baixo crescimento, e uma visão distorcida da imagem da empresa e suas ações perante o mercado e seus clientes. (ALVES, s/d, p. 4)

O desafio também passa pelo convencimento da importância do profissional e da assessoria de comunicação. Já que a área é muitas vezes é vista como algo desnecessário ou secundário.

O assessor de imprensa deixou de ser apenas um emissor de releases (4), despontando, hoje, como um produtor ou mesmo um executivo de informações e um intérprete do macroambiente. O novo profissional de comunicação empresarial deve ter capacidade de identificar e trabalhar com cenários do ambiente interno e externo e ter domínio sistêmico sobre todas as áreas de comunicação. (BUENO apud DUARTE, 2001, p.98)

Com a perspectiva da comunicação e o entendimento do novo público do agro é possível desenvolver projetos que demonstrem a relevância de canais diretos entre emissor e receptor. Neste cenário, encontramos a Copasul, Cooperativa Agrícola Sul Matogrossense, que foi fundada em 16 de dezembro de 1978 em Naviraí, Mato Grosso do Sul, através visão futurista e empreendedora de 27 produtores de algodão da época. Hoje a Cooperativa está presente em 7 municípios do Estado e sua sede administrativa localiza-se na cidade de sua

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fundação.

Inicialmente, a Cooperativa tinha como seu carro-chefe o algodão, chegando a ter uma Usina de Beneficiamento do produto em Naviraí. Mas, com o passar dos anos, a Copasul foi abrangendo novas áreas. Hoje, atua na assistência técnica agronômica, elaboração de projetos agrícolas, recebimento, armazenagem e comercialização de grãos, fornecimento de insumos e possui duas unidades industriais, sendo uma fiação de algodão e uma fecularia. Além disso, atua com projetos em irrigação. São mais de 500 colaboradores e de 900 cooperados.

Levando em consideração a necessidade da criação de novos veículos de comunicação e alinhado ao planejamento estratégico da Cooperativa, foi lançada em janeiro de 2016 a primeira edição da Revista Copasul.

3 RESULTADOS, DESAFIOS E APRENDIZADO

A Revista Copasul está em sua 5ª edição, que foi lançada em agosto de 2017 no Simpósio da Soja (Evento tradicional da Copasul que reuniu esse ano mais de 400 pessoas). Desde a primeira edição, o periódico tem trazido matérias sobre ações e perspectivas da Cooperativa; artigos técnicos, de clima e mercado; Eventos que aconteceram no período; editorias fixas, como o perfil do cooperado, entrevistas com personalidades de renome do cenário atual, entre outros assuntos.

A Revista é produzida através de um comitê editorial, composto por Gerentes e membros da Diretoria e duas jornalistas da Cooperativa. Além disso, o layout do material é feito através de agência de Comunicação contratada, sendo impressos 1000 unidades que são distribuídas gratuitamente nas Unidades da Cooperativa e em alguns pontos estratégicos dos municípios onde a Cooperativa está inserida.

A partir da segunda edição, o custo gráfico de impressão passou a ser custeado por patrocínio de empresas parceiras, o que demonstra interesse e relevância do material que está sendo produzido. Aos poucos nota-se um envolvimento maior dos cooperados com a edição, trazendo sugestão de pautas e avaliando o informativo. Além disso, a Revista serve com um registro físico da memória da empresa. Por sem um projeto novo dentro da Cooperativa, os resultados a respeito do material ainda estão avaliação e futuramente uma pesquisa irá buscar o feedback dos cooperados de forma mais eficaz.

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REFERÊNCIAS

ALVES, M. C. L. Entre a sustentabilidade e o lucro: as atividades da Assessoria de Comunicação no Agronegócio. Disponível em

https://especializacao.fic.ufg.br/up/294/o/ARTIGO_-_P%C3%B3s_PDF.pdf. Acessado em maio de 2017.

DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa e Relacionamento com a Mídia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LUIZ, R. A comunicação é chave para a sobrevivência de qualquer negócio" Entrevista com o jornalista Ronaldo Luiz, especializado em marketing – Disponível em:

http://www.deolhonocampo.com.br/2015/07/comunicacao-marketing-agronegocio-ronaldo-luiz-brasil-comresultado.html . Acessado em maio de 2017.

PIMENTA, Caroline Petian. Jornalismo e Divulgação Científica: Uma análise de reportagens sobre ciência e tecnologia em um programa rural da televisão brasileira, São Paulo, 2006. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/~boccmirror/pag/petian-carolinejornalismo-divulgacao-cientifica.pdf

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