Instituição do marco legal da mediação judicial e extrajudicial PLS 00434/2013 do senador José Pimentel (PT/CE) 1

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Ano 21 - Número 35 - 04 de novembro de 2013 - www.cni.org.br

Nesta Edição:

INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA

Permissão para desistência de aquisição presencial de produtos de bens não duráveis por motivo fundamentado

PL 06636/2013 do deputado Major Fábio (PROS/PB) 1

Instituição do marco legal da mediação judicial e extrajudicial

PLS 00434/2013 do senador José Pimentel (PT/CE) 1

Custeio do vale-transporte integralmente pelo empregador.

PL 06640/2013 da Comissão de Legislação Participativa 3

Diretrizes para atuação de empresas de investimento coletivo

PL 06590/2013 do deputado Otavio Leite (PSDB/RJ) 3

Regulação de concessão de obra pública

PLS 00444/2013 do senador Paulo Bauer (PSDB/SC) 4

Prorrogação do REINTEGRA até 31 de dezembro de 2016

PL 06647/2013 do deputado Jorge Corte Real (PTB/PE) 5

Fixação de percentual máximo para multas a 50% do valor do tributo devido

PLP 00344/2013 do deputado Alceu Moreira (PMDB/RS) 5

INTERESSE SETORIAL

Instituição do patrimônio de afetação para grupos societários e sociedades controladas

PL 06641/2013 da Comissão de Legislação Participativa 6

Exploração mineral em áreas de unidade de conservação

PL 03682/2012 do deputado Vinicius Gurgel (PR/AP) 6

Regulamentação da atividade dos agentes de coleta de resíduos e limpeza de áreas públicas

PLS 00169/2013 do senador Cyro Miranda (PSDB/GO) 6

Práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária e uso de animais em testes para produção de cosméticos

PLS 00438/2013 do senador Valdir Raupp (PMDB/PR) 7

Critério de distribuição do valor adicionado decorrente da geração de energia elétrica

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Determina a sinalização da operadora nos visores dos aparelhos de telefonia

PL 06586/2013 do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO) 8

Utilização de animais para desenvolvimento de produtos cosméticos

PL 06602/2013 do deputado Ricardo Izar (PSD/SP) 9

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INFORME LEGISLATIVO

INTERESSE GERAL DA INDÚSTRIA

REGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA

RELAÇÃO DE CONSUMO

Permissão para desistência de aquisição presencial de produtos de bens não duráveis por motivo fundamentado

PL 06636/2013 do deputado Major Fábio (PROS/PB), que "Acrescenta novo art. 17-A à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor), para fins de permitir a troca de produto, adquirido presencialmente pelo consumidor, por motivo de desistência fundamentada".

Faculta ao consumidor a possibilidade de desistir da aquisição de produtos de consumo não durável, adquiridos presencialmente, no prazo de cinco dias úteis a partir de sua aquisição, desde que o faça por razões estritamente de ordem técnica que inviabilizem a utilização do produto, ou pela presença de ruídos ou imperfeições, que não caracterizam defeito ou vício na forma estabelecida no Código de Defesa do Consumidor.

Constituem exceção ao disposto a desistência na aquisição de produtos duráveis, especialmente veículos automotores e similares, bem como aqueles considerados de uso pessoal, cujas características pressupõem a evidente e inequívoca inviabilidade de ser reutilizado por outro consumidor, sem que se evidencie um inafastável prejuízo para o fornecedor diante da desistência pleiteada pelo consumidor.

QUESTÕES INSTITUCIONAIS

Instituição do marco legal da mediação judicial e extrajudicial

PLS 00434/2013 do senador José Pimentel (PT/CE) , que "Dispõe sobre a mediação".

Institui o marco legal da mediação, instituto de resolução consensual de conflitos, no âmbito judicial e extrajudicial.

Mediação - considera mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial que, escolhido ou aceito pelas partes, promove a comunicação entre elas com o propósito de prevenir o conflito e de buscar consenso na solução de controvérsias.

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Ano 21 - nº 35 - 04 de novembro de 2013 2

Poderá ser objeto de mediação toda matéria que verse sobre direitos disponíveis ou de direitos indisponíveis que admitam transação, podendo ela versar sobre todo o conflito ou parte dele. Os acordos que envolvam direitos indisponíveis somente terão validade após a oitiva do Ministério Público, quando devida, e posterior homologação judicial. A manifestação do Ministério Público sobre o termo de mediação deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias.

Ressalva que as regras da nova lei não serão aplicadas nas hipóteses de recuperação judicial e falência, medidas cautelares, dentre outras.

Mediador - o mediador é o terceiro imparcial aceito por ambas as partes, devidamente capacitado, que conduz o processo de comunicação entre as partes, facilitando a resolução do conflito e a busca do entendimento e do consenso.

(i) Os mediadores extrajudiciais podem exercer suas funções desde que vinculados a instituições especializadas em mediações, ficando impedidos pelo prazo de dois anos, contados do término da última sessão que tenham atuado, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. Equipara-se o mediador aos servidores públicos para fins de legislação penal.

(ii) Os mediadores judiciais deverão requerer inscrição para cadastro no respectivo Tribunal onde for exercer sua atividade, cabendo a esse ser graduado há mais de dois anos em qualquer curso superior. Termo inicial - as partes interessadas na mediação devem firmar um termo inicial de mediação, por escrito, após o surgimento do conflito, mesmo que a mediação tenha sido prevista em cláusula contratual. Poderão as partes incluir no termo inicial outras matérias que reputem relevantes, inclusive os limites do dever de confidencialidade aplicável a todos os envolvidos no procedimento, signatários do termo inicial de mediação.

Procedimento de mediação extrajudicial - a mediação extrajudicial será iniciada com o comparecimento das partes e a assinatura de seu compromisso. Será considerado como rejeição para mediar a ausência de resposta a convite formulado por uma das partes, no prazo de 30 dias do recebimento do convite. O procedimento de mediação estará concluído com a obtenção de consenso, por vontade de qualquer das partes manifestada a qualquer momento ou pelo mediador, quando este reputar inviável o consenso. As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos, salvo renúncia expressa por escrito daquelas. Comprovada a tentativa de mediação extrajudicial prévia ao ajuizamento da ação, mesmo que esta não obtenha sucesso, o juízo poderá estabelecer a redução das custas processuais.

Procedimento de mediação judicial - a mediação judicial será iniciada com a distribuição da petição inicial, devendo o mediador designar, no prazo máximo de 30 dias, a sessão de mediação. A partir da primeira sessão, o procedimento deverá ser concluído em 60 dias, salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua prorrogação. Havendo consenso, a petição inicial acompanhada da mediação será homologada pelo juiz. Caso contrário, o mediador lavrará certidão, que será encaminhada ao juízo junto à petição inicial.

Termo final / título executivo - o termo final de mediação tem natureza de título executivo extrajudicial e, quando homologado judicialmente, de título executivo judicial.

Mediação na Administração Pública - os órgãos da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como o Ministério Público e a Defensoria Pública, poderão submeter os conflitos em que são partes à mediação pública, o que ocorrerá, preferencialmente, antes da sua judicialização. Poderá haver mediação em conflitos envolvendo: (i) entes do Poder Público;

(ii) entes do Poder Público e o particular;

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O projeto ainda estabelece: os princípios fundamentais da mediação, seus procedimentos e disposições gerais; competência dos Tribunais para manter atualizado os cadastros dos mediadores autorizados; a aplicação, no que couber, de outras formas consensuais de resolução de conflitos, tais como a mediação on-line.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

BENEFÍCIOS

Custeio do vale-transporte integralmente pelo empregador.

PL 06640/2013 da Comissão de Legislação Participativa, que "Altera o parágrafo único do art. 4º da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, que dispõe sobre o Vale Transporte e revoga o parágrafo único do art. 10 da Medida Provisória 2.189-49, de 23 de agosto de 2001, que "altera a legislação do imposto de renda relativamente à incidência na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras, inclusive de beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, à conversão, em capital social, de obrigações no exterior de pessoas jurídicas domiciliadas no País, amplia as hipóteses de opção, pelas pessoas físicas, pelo desconto simplificado, regula a informação, na declaração de rendimentos, de depósitos mantidos em bancos no exterior, e dá outras providências, para tornar o custeio do Vale-Transporte obrigação do empregador e classificá-la como despesa operacional".

Transfere para o empregador todas as despesas decorrentes do custeio do vale-transporte dos seus empregados, permitida dedução dos gastos como despesa operacional.

CUSTO DE FINANCIAMENTO

MERCADO DE CAPITAIS

Diretrizes para atuação de empresas de investimento coletivo

PL 06590/2013 do deputado Otavio Leite (PSDB/RJ), que "Estabelece diretrizes para a atuação de empresas em investimento coletivo (crowdfunding), organizadas em sítio próprio na rede mundial dos computadores - internet, e dá outras providências".

Estabelece diretrizes para a atuação de empresas em investimento coletivo (crowdfunding), organizadas em sítio próprio na internet, seja na modalidade de alavancagem de empreendimentos para fins lucrativos ou sociais.

Modalidade de alavancagem de empreendimentos para fins lucrativos - as empresas que participam da modalidade de alavancagem de empreendimentos para fins lucrativos são as que promovem encontro virtual, em sítio próprio na internet, para que empreendedores apresentem seus planos ou projetos de negócios em busca de adesão pecuniária, bem como oferecem a investidores, pessoas físicas ou jurídicas, a oportunidade de conhecer tais planos ou projetos para tomada de decisão quanto a aporte de capital, com fins lucrativos. O contribuinte que aderir a essa modalidade poderá deduzir no seu imposto de renda 10% do montante por ele investido e 50% do lucro líquido por ele auferido, quando houver lucro.

Modalidade de empreendimentos com fins sociais - as empresas que atuam na modalidade de empreendimentos sociais são aquelas que oferecem oportunidade de captação de recursos para

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financiamento de projetos de conteúdo social, geração de renda e trabalho em arranjos produtivos locais, cujo retorno ao investidor se dará por retribuição promocional ou simbólica. A dedução no imposto de renda, nesse tipo de modalidade, será equivalente a 50% do montante por ele investido. CVM - as empresas de investimento coletivo, seja para empreendimentos com fins lucrativos ou sociais, deverão informar à CVM os detalhes pertinentes de cada projeto apresentado, além de todos os dados do seu domínio na internet.

Responsabilidade dos empreendedores - é de responsabilidade dos empreendedores a qualidade dos planos ou projetos, assim como execução dos mesmos após a captação de recursos de investidores.

INFRAESTRUTURA

Regulação de concessão de obra pública

PLS 00444/2013 do senador Paulo Bauer (PSDB/SC), que "Altera a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências, e a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, para disciplinar a concessão de obra pública".

Adiciona a concessão de obra pública à regulação do regime de concessões e da licitação e contratação de parceria público-privada (PPP), que antes abrangiam a modalidade apenas como acessório da concessão de serviço público.

Definições - define como:

(i) concessão de obra pública: delegação de sua execução pela União, Estado, DF ou Município, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstra capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento do concessionário seja remunerado e amortizado mediante a exploração da obra; e

(ii) obra pública: urbanização, reurbanização, edificação, construção, conservação, reforma, ampliação, melhoramento, demolição ou reconstrução de necessidade ou utilidade pública ou de interesse social.

Exploração de obra - estabelece como critério para a exploração de obra por concessionária de obra pública ou de serviço público precedido da execução de obra pública:

(i) aproveitamento econômico de bens públicos;

(ii) apropriação de imóveis destinados a usos privados resultantes da obra; (iii) arrecadação de contribuição de melhoria; ou

(iv) outras receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade. As formas de exploração da obra deverão constar dos contratos de concessão.

Critérios do edital de licitação - altera e acrescenta os seguintes critérios para a licitação que devem constar do edital elaborado pelo poder concedente:

(i) formas de exploração de obra pública e possíveis fontes de receitas alternativas, complementares ou acessórias, bem como as provenientes de projetos associados;

(ii) expressa indicação das formas de aquisição dos bens declarados de utilidade pública e do responsável pelo pagamento das desapropriações eventualmente necessárias à execução do serviço ou da obra pública, ou para a instituição de servidão administrativa;

(iii) nos casos de concessão de obra pública ou de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, assim como as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra; e

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Constituição de sociedade de propósito específico (SPE) - define que para a celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico (SPE), incumbida de implantar e gerir seu objeto, e poderá assumir forma de companhia aberta ou de fundo de investimento imobiliário. A Administração Pública só poderá ser titular da maioria do capital votante dessas sociedades em casos de aquisição por instituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contrato de financiamento. O poder concedente pode exigir abertura do capital da SPE à participação de órgãos ou entidades públicas específicas ou de proprietários de bens necessários à execução do serviço ou obra pública.

Mecanismos privados de resolução - permite que os contratos de concessão prevejam, para disputas entre a concessionária e o poder concedente ou proprietários de imóveis declarados de utilidade pública, decorrentes ou relacionadas ao contrato, o emprego de mecanismos privados de resolução, inclusive arbitragem.

Incumbências da concessionária - altera e define novos encargos da concessionária:

(i) adquirir os bens declarados de utilidade pública e constituir as servidões autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato, podendo estes ser realizados por desapropriação, integralização do capital de SPE, consórcio imobiliário ou qualquer instrumento negocial em direito admitido;

(ii) arrecadar contribuição de melhoria decorrente da obra concedida;

(iii) arrecadar contrapartidas a benefícios obtidos no âmbito de operações urbanas consorciadas; e (iv) promover atos jurídicos necessários à constituição dos imóveis públicos e privados resultantes da obra, inclusive parcelamento ou reparcelamento do solo e incorporação imobiliária.

Remuneração e amortização de obras públicas - em casos de concessão patrocinada, passa a considerar a remuneração e amortização de obras públicas condição para a contraprestação pecuniária da Administração Pública à concessionária.

SISTEMA TRIBUTÁRIO

DESONERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES

Prorrogação do REINTEGRA até 31 de dezembro de 2016

PL 06647/2013 do deputado, Jorge Corte Real (PTB/PE), que "Prorroga, até 31 de dezembro de 2016, o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - Reintegra". Prorroga, até 31 de dezembro de 2016, o regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - REINTEGRA.

OBRIGAÇÕES, MULTAS E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIAS

Fixação de percentual máximo para multas a 50% do valor do tributo devido

PLP 00344/2013 do deputado Alceu Moreira (PMDB/RS), que "Altera o art. 97 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional".

Estabelece percentual máximo diário de 0,33% do valor da obrigação tributária, aplicável cumulativamente até o valor máximo de 20%, para as multas geradas pelo atraso no pagamento de alguma obrigação e de 50% do valor da obrigação tributária, graduadas de acordo com a gravidade da

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infração, para as multas decorrentes do lançamento de ofício.

Veda a aplicação, pelo Poder Público, de qualquer penalidade pecuniária ou sanção pela simples negativa e/ou indeferimento de Pedido ou Requerimento Administrativo que trate sobre matéria fiscal ou tributária.

INTERESSE SETORIAL

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Instituição do patrimônio de afetação para grupos societários e sociedades controladas

PL 06641/2013 da Comissão de Legislação Participativa, que "Dá nova redação ao art. 31-A da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, que "Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias".

Obriga a instituição do patrimônio de afetação nas incorporações imobiliárias realizadas por empresa ou sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas que tenham simultaneamente três obras ou mais.

INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO

Exploração mineral em áreas de unidade de conservação

PL 03682/2012 do deputado Vinicius Gurgel (PR/AP), que "Dispõe sobre mineração em unidades de conservação".

Permite a realização da mineração em área de até 10% da unidade de conservação onde essa atividade é proibida, desde que a empresa mineradora adquira e doe ao órgão ambiental competente uma área com o dobro da área concedida para a mineração. A área doada deve ter, no mínimo, as mesmas qualidades biológicas e ecológicas da área subtraída da unidade de conservação, a critério do órgão ambiental competente.

INDÚSTRIA DA RECICLAGEM

Regulamentação da atividade dos agentes de coleta de resíduos e limpeza de áreas públicas

PLS 00169/2013 do senador Cyro Miranda (PSDB/GO), que "Dispõe sobre o exercício das atividades dos agentes de coleta de resíduos, de limpeza e de conservação de áreas públicas".

Regulamenta o exercício das atividades dos agentes de coleta de resíduos, de limpeza e de conservação de áreas públicas.

Definição - são agentes de coleta de resíduos, de limpeza e de conservação de áreas públicas os trabalhadores que, por meios mecânicos ou manuais, coletam resíduos domiciliares e industriais, resíduos sólidos de serviços de saúde e resíduos coletados nos serviços de limpeza e conservação de

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áreas públicas, bem como aqueles que executam a limpeza de calçadas, sarjetas e calçadões, e acondicionam o lixo para que seja coletado e encaminhado para o aterro sanitário.

Requisitos para exercício da atividade - são condições para o exercício das atividades previstas: (i) ter completado dezoito anos;

(ii) ter concluído o ensino fundamental;

(iii) ser aprovado em curso especializado de formação profissional ministrado por entidade oficial ou credenciada, nos termos do regulamento;

(iv) demonstrar destreza manual, educação no trato com as pessoas, senso de responsabilidade, controle emocional, atenção, equilíbrio físico, espírito de equipe, preparo físico, presteza e saber contornar situações adversas;

(v) estar trajando colete de segurança dotado de dispositivos retrorrefletivos, nos termos da regulamentação do Conselho Nacional de Transito (CONTRAN);

(vi) cumprir, e exigir do empregador o cumprimento, dos requisitos impostos pelas normas da segurança e medicina do trabalho, de que trata o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);

(vii) cumprir, e exigir do empregador o cumprimento, dos requisitos impostos pelas normas do Código de Trânsito Brasileiro, nos termos do regulamento.

Jornada de trabalho - a duração de trabalho normal desses agentes não poderá ser superior a seis horas diárias, e 36 semanais, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo. Além disso, o transporte dos agentes de coleta de resíduos em veículos destinados à coleta de lixo só pode ser realizado de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão competente.

Adicional de insalubridade - as atividades previstas são consideradas insalubres, ficando assegurado aos que as exercem o pagamento de um adicional de 40% do salário.

INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS

Práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária e uso de animais em testes para produção de cosméticos

PLS 00438/2013 do senador Valdir Raupp (PMDB/PR), que "Altera o art. 1º da Lei nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, para proibir o uso de animais em testes de produtos cosméticos".

Desconsidera como atividade de pesquisa científica as práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária e o uso de animais em testes para produção de cosméticos.

INDÚSTRIA DE ENERGIA ELÉTRICA

Critério de distribuição do valor adicionado decorrente da geração de energia elétrica

PLP 00345/2013 da deputada Eliene Lima (PSD/MT) que "Dispõe sobre o critério de distribuição do valor adicionado decorrente da geração de energia elétrica, para cálculo da participação no ICMS dos Municípios onde estão localizados os estabelecimentos de produção e geração".

Estabelece critérios para o cálculo do valor adicionado da participação dos Municípios no produto do ICMS, relativo à geração de energia elétrica, cujo estabelecimento e área inundada ocupem território de mais de um Município.

Critérios para cálculo do valor adicionado - o cálculo do valor adicionado deverá seguir os seguintes critérios:

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(i) quando a área inundada com o reservatório for inferior a 25 hectares, a divisão será feita em partes iguais entre os municípios que tiverem barragem e suas comportas, vertedouro, condutos forçados, casa de máquinas, estação de máquinas, estação elevatória ou reservatória;

(ii) quando a área inundada com o reservatório for igual ou superior a 25 e inferior a 50 hectares, a divisão será feita: a) 70% para o Município que conter em seu território barragem e suas comportas, vertedouro, condutos forçados, casa de máquinas ou estação elevatória; b) 30% para o Município que tenha sido atingido pelo reservatório, proporcionalmente à área inundada, utilizando-se para o cálculo, o mesmo critério para distribuição dos royalties cabíveis aos municípios;

(iii) quando a área inundada for igual ou superior a 50 hectares, a divisão será feita: a) 50% para o Município que conter em seu território barragem e suas comportas, vertedouro, condutos forçados, casa de máquinas ou estação elevatória; b) 50% para o Município que tenha sido atingido pelo reservatório, proporcionalmente à área inundada, utilizando-se para o cálculo, o mesmo critério para distribuição dos royalties cabíveis aos Municípios.

O valor adicionado será computado integralmente para o Município onde esteja localizado o estabelecimento, quando este abrigar todos os seus componentes.

INDÚSTRIA DE TELECOMUNICAÇÃO

Determina a sinalização da operadora nos visores dos aparelhos de telefonia

PL 06586/2013 do deputado Sandro Mabel (PMDB/GO), que "Altera a Lei Geral das Telecomunicações, Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, determinando a sinalização nos visores dos aparelhos de telefonia do nome da operadora terminadora da chamada".

Determina a sinalização nos visores dos aparelhos de telefonia do nome da operadora terminadora da chamada, alterando a Lei Geral das Telecomunicações.

Informar ao assinante o nome da operadora na chamada que está sendo completada. No serviço de telefonia fixa e comutada, quando a ligação terminar, em operadora distinta da originadora da ligação, o tom de chamada deverá ser diferenciado. E as operadoras deverão informar seus assinantes do procedimento de indicação da operadora de que trata esta lei por meio do sítio de internet, correio eletrônico, mensagens curta de texto, carta e contas telefônicas.

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INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Utilização de animais para desenvolvimento de produtos cosméticos

PL 06602/2013 do deputado Ricardo Izar (PSD/SP), que "Altera a redação dos arts. 14, 17 e 18 da Lei nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, para dispor sobre a vedação da utilização de animais em atividades de ensino, pesquisas e testes laboratoriais com substâncias para o desenvolvimento de produtos de uso cosmético em humanos e aumentar os valores de multa nos casos de violação de seus dispositivos".

Veda a utilização de animais de qualquer espécie em atividades de ensino, pesquisas e testes laboratoriais que visem o desenvolvimento de produtos de uso cosmético em seres humanos. No caso de violação dessa norma, a instituição que executou de forma indevida o disposto estará sujeita a multa no valor de R$ 50.000,00 a R$ 500.000,00 e as pessoas físicas estarão sujeitas a multa que varia entre R$ 1.000,00 e R$ 50.000,00.

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