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DIFICULDADES ENCONTRADAS POR ALUNOS DE GRADUAÇÃO DURANTE A ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO- TCC

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DIFICULDADES ENCONTRADAS POR ALUNOS DE GRADUAÇÃO DURANTE A ELABORAÇÃO DE TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC

DIFFICULTIES ENCOUNTERED BY GRADUATE STUDENTS DURING THE PREPARATION OF WORKS FOR COMPLETING THE COURSE – TCC

Ed Carlos Teixeira de Moraes 1

Erica Andrade de Moraes 2

Marta Shaiane Matos de Moraes 3

Regina Santos Jorge 4

Elenira da Silva Alfaia 5

Maryluci da Silva Ribeiro 6

Gláucia Silva Castelo Branco 7

1 Formação Pedagógica em Informática pela Uniasselvi. Especialista em Engenharia Elétrica

pelo Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos - FaSerra. Especialistas em Engenharia de Manutenção pela UNIP. Graduado em Tecnólogo em Automação e Robótica pela UNIP. Graduado em Tecnologia em Automação Industrial pela UNIP, e-mail: edcarlosteixeira@yahoo.com.br

2 Tecnologia em Gestão da Qualidade pela Universidade Nilton Lins. Graduanda em Pedagogia

pela UNIP. e-mail: eried10@yahoo.com.br

3 Licenciatura em geografia pela Universidade Norte do Paraná – UNOPAR. e-mail:

shaianemts@hotmail.com

4 Graduada em Pedagogia pela Centro Universitário UNIRG - Universidade de Gurupi, e-mail:

regina.s.jorge@bol.com.br

5 Universidad Politecnica y Artística del Paraguay. Rectorado y Facultad de Estudios de Postgrad,

Programa de Postgrado em Ciencias de la Educación, e-mail: alfaialia67@gmail.com

6 Especialista em Educação Inclusiva na Área da Educação Gestação Educacional pelo Centro

Universitário Barão de Mauá, Especialista em Orientação e Supervisão na área de educação pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Licenciada em Pedagogia pela Universidade Castelo Branco – UCB, graduada em Artes Visual pela Universidade Metropolitana de Santos – UMS, e-mail: marylucesribeiro@gmail.com.

7 Licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas – UFAM, e-mail:

glauciacastelob9@gmail.com

RESUMO:

Este artigo se objetiva em fazer uma reflexão sobre as dificuldades

dos alunos de graduação em elaborar seus trabalhos acadêmicos. Como objetivos específicos: contextualizar a relação do aluno com as pesquisas científicas; sinalizar o que são trabalhos acadêmicos; e mostrar as dificuldades do aluno no que tange a realização de seus próprios trabalhos acadêmicos. A metodologia foi fundamentada com revisão bibliográfica, dentro de uma abordagem qualitativa e com a natureza da pesquisa descritiva.

Palavras-chave: Alunos. Pesquisa Científica. Trabalhos Acadêmicos.

Envio:22/03/2021 Aceite:06/04/2021

ABSTRACT: This article aims to reflect on the difficulties of undergraduate students in preparing their academic work. As specific objectives: to contextualize the student's relationship with scientific research; signal what academic works are; and to show the student's difficulties with regard to the realization of their own academic work. The methodology was based on a bibliographic review, within a qualitative approach and with the nature of descriptive research.

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1. INTRODUÇÃO

No contexto atual, ainda há uma grande preocupação com a produção da atividade final de uma graduação, bem como também da pós-graduação, conhecido com trabalho de conclusão de curso, TCC. Porém, é indiscutível o respaldo que o futuro profissional deve ter comprovando que realmente aprendeu, de forma considerável, todo o conhecimento que foi passado durante o período acadêmico, tendo em vista que atuarão efetivamente na sua área escolhida. Para isso, pressupõe-se não só muita dedicação a leitura como também uma boa produção textual e sinalizar boas intervenções científicas para serem inseridas na sociedade afim de solucionar algum tipo de problema, dessa forma, propondo o fortalecimento de cada área de conhecimento.

Essa produção de conhecimento sobre esta educação é conhecida como pesquisa científica. Essa atividade busca respostas para problemáticas relacionadas ao ensino e aprendizagem, currículo e contexto educativo. Este procedimento de inserir a pesquisa em educação científica começou a ser inserido no processo acadêmico no início da década de 1970 e assim, na década seguinte foi consolidada no mundo (MOREIRA, 2000).

Para isso, se faz necessário a busca por boas literaturas, dedicação intensiva a leitura e a produção escrita que deve ocorre por todo percurso acadêmico, onde há também o incentivo a conhecer o universo da pesquisa e a fazer observações críticas e reflexivas das literaturas apreciadas nesse processo.

Todos os cursos exigem que seus acadêmicos realizem um TCC como atividade final, geralmente solicitados a monografia ou artigo cientifico, exigindo um conhecimento mais sólido de seus acadêmicos ao que se refere a produção textual, tendo em vista ser deveras importante que o aluno esteja atrelado aos conhecimentos científicos já existentes dentro da sua área de estudo e atuação, para assim, ser somado a novas soluções das problemáticas observadas e estudadas por cada acadêmico.

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3 Assim, muitas vezes recorrem a orientações extra curso como assessoria e/ou consultoria, em função de tempo e das complexas dificuldades encontrada no processo de compreensão desta tarefa e, consequentemente, evitando o aumento no índice de evasão dos cursos.

Esta pesquisa é de suma importância para profissionais educadores de instituições de ensino superior, tendo em vista fazer uma análise sobre pautas que dificultam a criação de trabalhos acadêmicos. Assim, também é muito importante para os alunos também compreenderem o que causam as dificuldades e procurarem estratégias para evitarem tais problemas. Por fim, é importante também para a sociedade, pois cada vez que pesquisas científicas são criadas, mais propostas para resolverem problemas comuns ou complexos são oferecidos para a sociedade como um todo.

Assim, qual a relação entre as dificuldades encontradas por alunos de graduação e a elaboração dos trabalhos de conclusão de curso? Porque que muitos alunos ainda precisam de orientadores particulares para realizar os seus trabalhos? O que faltou e ainda falta na orientação dos professores selecionados para isso dentro de seus cursos?

Grandes são as dificuldades dos alunos quando se refere a construção de trabalhos acadêmicos, pois os mesmos, muitas vezes, não possuem conhecimento científico e nem metodológico para desenvolverem tais pesquisas em indexadores pré-existentes, desta forma, a tarefa se torna difícil e estressante, quase impossível de se realizar.

Dessa maneira, este trabalho se objetiva em fazer uma reflexão sobre as dificuldades dos alunos de graduação em elaborar seus trabalhos acadêmicos e como objetivos específicos: contextualizar a relação do aluno com as pesquisas científicas; sinalizar o que são trabalhos acadêmicos; e mostrar as dificuldades do aluno no que tange a realização de seus próprios trabalhos acadêmicos.

Para desenvolver este artigo foi adotada a metodologia fundamentada em uma revisão bibliográfica sinalizando alguns autores como alicerce desse trabalho, Fontes (2015) e Medeiros (2018), dentro de uma abordagem qualitativa e com a natureza da pesquisa descritiva.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 OS ALUNOS E A PESQUISA

Para o desenvolvimento acadêmico do aluno a leitura é fundamental, desde o ensino básico até a busca pelo doutorado. Para De Freitas (2019, p. 13), “a leitura é o processo de obter e compreender a informação, ela armazena de forma escrita, símbolos, ou qualquer tipo de escrita que utilize uma linguagem”. Dependendo do raciocínio e a capacidade do leitor, a interpretação dos conteúdos é mais fluida e facilitada, isso dependerá, também, do hábito que o sujeito desenvolve quanto a leitura.

Diante disso, o aluno que tem o hábito da leitura consegue naturalmente ter uma boa escrita no que diz respeito a semântica, ortografia e técnica, bem como a ciência da área que estuda e/ou atua. Porém, percebe-se que a leitura não é uma das práticas mais escolhidas pelos estudantes. Como bem nos assegura Medeiros (2018), atualmente a universidade se ver diante de desafios no desenvolvimento do educando e a capacidade de buscar e aplicar o conhecimento. A falta de leitura dos estudantes os transforma em meros receptores. Dessa forma, o papel da universidade se torna também mudar essa perspectiva no aluno, incentivando-o á se aperfeiçoar na leitura e escrita, levando a compreender o seu contexto e a desenvolver um modo critico de pensar, dessa forma, facilitando-o a interagir com trabalhos científicos.

À vista disso, a pesquisa científica está atrelada em todas as áreas do conhecimento, isso exige que as universidades adequem seus processos para viabilizar que o aluno se motive a criar trabalhos científicos. Pesquisas por meios bibliográficos e/ ou em campo não são só atividades para desenvolver o conhecimento cientifico dentro das academias, mas também pra informar aos cidadãos de forma mais legítima possível dos acontecimentos sociais e científicos. Dessa forma, aluno e pesquisas se atrelam tornando sua formação no curso mais completa (FONTES, 2015).

Partindo desse pressuposto, Medeiros (2015) explica que se o discente conseguir ter a prática de boas leituras, desenvolver a escrita, ter o conhecimento de mundo, organiza-se adequadamente seu tempo e horários, principalmente no seu entorno, e ter muita, muita dedicação aos ensinamentos que se realiza na academia, o processo de aprendizagem do educando na

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faculdade será significativo tanto para ele como estudante e profissional como para a sociedade onde está inserido.

Ainda assim, mediante do que foi visto, outro ponto é extremamente importante para o desenvolvimento do aluno ao que corresponde um bom trabalho acadêmico entregue ao fim do curso, a orientação de um professor. Assim, afirma Medeiros:

O processo de orientação de TCC´s exige uma integração com a construção do conhecimento científico. Este conhecimento científico é real, à medida que lida com ocorrências com toda forma de existência que se manifesta, sobre diversos formatos. Nesse sentido, se permitem que todo o processo vá amadurecendo cada vez que o aluno se debruça nas leituras e busca a compreender o verdadeiro sentido daquilo que está investigando, para favorecer um relato critico descritivo real, voltado ao pensamento cientifico e não ao empírico (2015, p. 4).

Logo, é importante compreender que a orientação do professor junto com a dedicação do aluno faz toda a diferença quanto ao desenvolvimento acadêmico do aluno e até mesmo ao próprio professor. Ao término do curso o aluno deve se sentir empoderando dos conhecimentos a respeito do seu curso e principalmente ao tema defendido pelo seu Trabalho de Conclusão de Curso.

Nesse sentido, como bem nos assegura Oliveira (2006), o trabalho acadêmico constrói o perfil profissional do educando, que exercita durante todo processo acadêmico os mais variados exercícios teóricos e práticos nas diversas disciplinas do curso. Assim, o aluno e a pesquisa são frutos do conhecimento obtidos durante o processo acadêmico e que muitos não alcançam; os que conseguem, deveriam aproveitar o máximo do que podem receber da interação com os demais, afinal nem todos finalizam essa jornada.

2. TRABALHO ACADÊMICO

Segundo Malheiros (2004), trabalho acadêmico é uma exigência dos cursos de graduação, que vislumbra as várias exigências vistas ao longo do curso que são feitas ao aluno, para que ao final do curso ele esteja apto a exercer suas habilidades com competência.

Para isso, os alunos são dispostos a desenvolverem documentos científicos em que “permite um contato do aluno com a pesquisa trazendo

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contribuições relevantes para a ciência, para os envolvidos, para a comunidade, entre outros” (CLEMENTE, 2015, p. 4).

Em suma, pode-se afirmar que o desenvolvimento de atividades científicas é fazer ciência, ou seja, aprimora ainda mais a área que o próprio aluno estuda e busca se profissionalizar. Assim, para Damasio, Peduzzi:

Por sua vez, a educação científica procura dar meios para que os estudantes possam interpretar o mundo de acordo com o olhar científico, manipulando os conceitos, leis e procedimentos da ciência quando enfrentam algum problema. Ela ainda possibilita que os alunos sejam capazes de identificar aspectos históricos, filosóficos, sociais e culturais das ciências, não requerendo que se “coloque o aluno no laboratório”, ou se “transformem estudantes em especialistas”, tampouco “eduquem o aluno como um pesquisador em potencial”. (2017, p. 3)

Desta forma, para Clemente (2015), o trabalho acadêmico inicia nas academias, onde os alunos têm seu primeiro contato e fundamentalmente passam por experiências necessárias ao fortalecimento dos conhecimentos ali adquiridos. Evidentemente a aplicação pode ser utilizada para fundamentar o conhecimento que o aluno já traz como bagagem própria e sempre que necessário pode utilizar para embasar mudanças necessárias ao cotidiano da sociedade em geral.

Diante disso, o aluno é protagonista do seu estudo e do que gostaria de contribuir para a melhoria da sociedade. Para Clemente:

O ideal é que o aluno escolha um tema dentro da área cursada que ele tenha afinidade, que lhe dê prazer para realização da pesquisa. Este tema também pode nascer de uma inquietude que ele traz consigo, ou ainda um sonho de se trabalhar algo. Nesse sentido, trabalho acadêmico permite que o aluno se aprofunde nas descoberto daquilo que o incomoda no intuito de conhecer e se possível mudar a realidade que o incomoda (2015, p. 5).

Logo, é importante compreender que o todo o trabalho é relevante, mas nada se compara a dedicação ao trabalho cientifico, já que o mesmo envolve todo um cabedal de conhecimentos sintetizados e que estes devem alicerçar a nova configuração em andamento. Nesse sentido, o trabalho acadêmico é primordial para elucidar a sociedade, mantendo-a sempre bem informada e isso

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pode auxilia-la sempre na busca pela melhoria do todo e não deixar que o atraso persista deixando que uma maioria permaneça alheia aos conhecimentos.

Portanto, o autor Moreira (2004) afirma que o conteúdo específico das ciências deve sempre estar presente na pesquisa em ensino de ciência. Porém, observa-se que muitos estudos relegam o conteúdo científico a um nível bem inferior em suas pesquisas, ponto prejudicial para a comunidade acadêmica em si, pois por mais que a área da pesquisa em ensino de ciência necessite de contribuições de outras áreas, ela não pode deixar de fora o conhecimento científico propriamente dito.

3. DIFICULDADES EM REALIZAR SEUS PRÓPRIOS TRABALHOS ACADÊMICOS

O contexto de um aluno universitário deve promove-lo a um nível maior de busca e criação de ciências e o professor é fundamental para esta finalidade. Um docente que esteja preocupado em alcançar o máximo de alunos vai utilizar a melhor técnica e estratégia de ensino, buscando inovar e pesquisar para sanar as dúvidas e auxiliar nas dificuldades dos discentes. Não é fácil, porém é possível motivar os alunos para a importância de ler e primordialmente, produzir textos (CACHO, DA COSTA BRITO, 2018).

Desta forma, “como forma de incentivar, [...] os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) fazem parte do currículo acadêmico como forma obrigatória para que o estudante possa finalizar sua graduação” (FREITAS, 2013, p. 1).

Porém, as dificuldades sempre surgem e são muitas, pois muitas vezes os alunos não despertam o interessem em ler e escrever. Segundo Bzuneck (2001, p. 11), “nas práticas destinadas a promoverem a motivação dos alunos,

requer-se uma certa cautela em relação ao valor final das crenças de auto-eficácia”, ainda assim, de acordo com o autor, “devem ser consideradas condição necessária, mas não suficiente, para a motivação”. Assim, mesmo com a ajuda do professor o trabalho final se torna inapropriado para a aprovação quando é este mesmo estudante que o desenvolve.

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Desse modo, os educadores não podem simplesmente desistirem de seus alunos. Para Cacho e Da Costa Brito:

Os educadores precisam propor atividades de variadas formas, pretendendo que os alunos reflitam e discutam a respeito dos textos produzidos. Que oportunizem os questionamentos, assim, diante dos obstáculos que aparecem no momento da produção de texto, dificuldades estas que precisam ser sanadas. É essencial que o diálogo esteja sempre presente, auxiliando as diversas disciplinas (2018, p. 9).

Ainda assim, mesmo o docente ganhando o interesse do aluno sobre uma

determinada pesquisa, a autoeficácia do aluno pode esbarrar no seu

autoconceito, como o medo de pesquisar algo que ele não tenha domínio, e quando desafiado por um certo problema novo, poderá julgar-se sem condições de poder resolvê-lo, isto é, não terá crença de autoeficácia no grau desejado

(BZUNECK, 2001).

Mediante a isso, as dificuldades dos alunos ainda se permeiam na sua falta de tempo para pesquisar e escrever, muitas vezes os alunos trabalham em empregos que exigem muito de sua energia e tempo. Mesmo assim, como é um critério importante para sua formação pessoal, muitas vezes até mesmo para buscar um cargo ou emprego com condições melhores de trabalho, salário e tempo, conseguem desenvolver seus projetos e aí acabam esbarrando em outro problema, a falta de tempo do professor orientador que também, muitas vezes possuem uma longa e maçante lista de atividades para realizarem. De acordo com as autoras Sueth e De Paula:

O professor credenciado tem de ler e corrigir trabalhos de mestrandos e doutorandos, monografia de alunos da graduação, relatórios de alunos da iniciação científica, ministrar aulas na graduação e na pós-graduação, preparar aulas, e, ainda, cumprir muita burocracia pertinente aos relatórios de pesquisa e à prestação de contas junto às agências de fomento e avaliação; atualizar o currículo Lattes, preencher o relatório anual de atividades docentes (RAD), repetir os dados na Plataforma Sucupira, cujo sistema apresenta problemas frequentemente, repetir as atividades no sistema de projetos de extensão e, se tiver realizando algum pós-doutorado, redigir o relatório para a agência de fomento pertinente. Imagine-se o tempo que sobra para realizar pesquisa e escrever artigos para publicação num contexto como esse, com tantos relatórios para preencher (2018, p. 10).

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9 Ainda assim, outra razão que implicam dificuldades para o professor é a “postura política e de luta por parte dos intelectuais que tem sido a introdução do gerencialismo na atividade intelectual na Universidade, retirando do professor a condição de pesquisar com mais autonomia e liberdade” (SUETH, DE PAULA, 2018, p. 12).

Diante disso, partindo do pressuposto que o aluno não observe dificuldades nenhuma, como as já discutidas, ainda enfrentará as dificuldades burocráticas quanto a viabilização de seu projeto científico ser concluído e exposto em congressos para assim efetivar de fato sua pesquisa que é a dificuldade imposta pelo governo federal. Afirma Sueth e De Paula (2018), que “a aquisição de verbas para a participação em congressos, a burocracia e a dificuldade de financiamento aumentaram muito a partir de 2016”, de acordo com as autoras, “desde as mudanças políticas, a mudança do Ministro da Educação e as mudanças na CAPES. Despende-se muito tempo com a burocracia para solicitar verba e depois para comprovar o que foi realizado com a verba”, ou seja, a pesquisa que pode desenvolver ainda mais o Brasil não é incentivado pelo próprio governo atualmente.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De fato, são vários fatores que existem que podem comprometer a criação de mais um trabalho acadêmico científico que pode tanto fornecer os requisitos ideais para o aluno concluir seu curso quanto poder se tornar uma grande solução para a humanidade.

Para tais boas consequências acontecerem, de acordo com Medeiros (2018), o aluno necessita querer e assim buscar ter a prática da leitura, nem que seja somente para ler artigos referente ao tema que ele busca se aprofundar. Em seguida, de acordo com Fontes (2015), ele deve se beneficiar de uma boa metodologia da universidade, oferecendo orientação e espaço para que ele possa desenvolver sua pesquisa, aplicando os fundamentos que aprendeu ao longo do curso. E, dependendo da finalidade da pesquisa, receber financiamento tanto para a pesquisa quanto para participar de congressos.

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10 Porém, dificuldades como o aluno ter um emprego que exija muito de sua energia, de uma boa metodologia de ensino eficaz para ensinar o aluno a construir trabalhos acadêmicos, falta de respostas mais rápida e objetiva de seu orientador e burocracias implementadas pelas políticas públicas que existem justamente para promover a pesquisa no país tornam essa tarefa, muitas vezes, um terror para os alunos.

Dessa forma muitos alunos tem buscados orientadores particulares para realizar os seus trabalhos, enquanto essa situação poderia ser evitada com uma prática metodológica empregada pelas universidades mais eficaz para que o aluno não se sinta desamparado e nem o professor sobrecarregado.

Políticas públicas poderiam ser implementadas com rigidez para promoverem a pesquisa no Brasil. Caso a educação receba incentivos públicos, meios menos burocráticos de conseguir criar novos projetos científicos, tanto ao fim dos cursos, quanto a mais específicos que sinalizam o fim de um problema da sociedade, sem dúvidas os alunos serão mais preparados para o mercado de trabalho e o progresso será mais evidente para toda a nação.

Esta pesquisa não estabelece o fim da discussão sobre este assunto e sim, busca ajudar e servir como base para que mais trabalhos científicos possam ser elaborados e proposto para a sociedade como um bem público.

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REFERÊNCIAS

BZUNECK, José Aloyseo. As crenças de auto-eficácia e o seu papel na motivação do aluno. A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea, v. 2, p. 116-133, 2001.

CACHO, Eduarda Duarte; DA COSTA BRITO, Jéssica. PRODUÇÕES TEXTUAIS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: AGENTES POTENCIALIZADORES DAS DIFICULDADES CONFORME TRABALHOS

ACADÊMICOS. JORNADA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO E

LINGUAGEM/ENCONTRO DO PROFEDUC E PROFLETRAS/JORNADA DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL, v. 1, n. 1, 2018.

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DE OLIVEIRA, Rodrigo Franco et al. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA, POR MEIO DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ACADÊMICA. Anais do Seminário de Atualização de Práticas Docentes, v. 2, n. 1, 2020.

MEDEIROS, Bruno Campelo et al. Dificuldades do processo de orientação em Trabalhos de Conclusão de Curso (tcc): um estudo com os docentes do curso de administração de uma instituição privada de ensino superior. Holos, v. 5, p. 242-255, 2015.

MOREIRA, M. A. Ensino de física no Brasil: retrospectiva e perspectivas. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 22, n. 1, p. 94-99, 2000.

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MOREIRA, M. A. A pesquisa em Educação em Ciências e a Formação Permanente do Professor de Ciências. Revista Chilena de Educación Científica, v. 3, n. 1, p. 10-17, 2004.

SANTOS. Ivana Regina dos. As dificuldades na construção do Trabalho de Conclusão de Curso: percepção de estudantes egressos do curso de Ciências Contábeis. 2020.

SUETH, Robson; DE PAULA, Maria Fatima. Efeitos das políticas de avaliação sobre o trabalho acadêmico na pósgraduação stricto sensu. Revista Argentina de Educación Superior, n. 17, p. 12-26, 2018.

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