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TROPICAL JOURNAL of Fisheries and Aquatic Sciences

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doi: 10.17080/1676-5664/btcc.v13n1p43-54

ARTIGO

Boletim Técnico Cientifico do CEPNOR

TROPICAL JOURNAL

of Fisheries and Aquatic Sciences

www.periodicos.ufra.edu.br/index.php/bttc

Introdução

A zona costeira é a região que se estende desde o início da plataforma continental até as nascentes dos rios das bacias hidrográficas que deságuam no mar. Esta é uma região de grande importância natural, social e econômica, composta de uma porção de terra

e outra de mar (ABSHER et al., 2002).

A zona costeira brasileira apresenta 7.367 km de extensão, predominantemente na direção norte-sul. Este extenso litoral está, localizado nas zonas intertropical e subtropical, sendo composto por mosaicos de ecossistemas de alta relevância ambiental (BRASIL - MMA, 1996).

Ictioplâncton da baía do Guajará e do estuário do rio Pará, ilha do

Marajó, Pará, Brasil

Anderson Paixão Mangas1, Alexandre Cardoso da Silva1, Susane Cristini Gomes Ferreira1,

Glauber David Almeida Palheta2 & Nuno Filipe Alves Correia de Melo2

1Engenheiro de Pesca

2Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, Avenida Presidente Tancredo Neves, nº 2501, Bairro: Terra

Firme Cep: 66.077-530, Belém-Pará-Brasil. E-mail: anderson05m@hotmail.com

Recebido em: 09/05/2014 - Aceito em 04/06/2014 - Distribuido em: 22/09/2014

RESUMO: Este estudo foi realizado a fim de determinar a composição e distribuição de ovos e estágios larvais de

peixes (ictioplâncton) na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó. Foi realizada uma coleta no período chuvoso, no mês de abril de 2010 em quinze estações pré-estabelecidas ao longo da baia e do estuário. Foram medidos salinidade, oxigênio dissolvido e clorofila a. O material biológico foi coletado com arrastos sub-superficiais, com auxílio de rede de plâncton com malha de 500 μm, 60 cm de abertura de boca e 1,80 m de comprimento, com um fluxômetro acoplado. Amostras foram conservadas com formol neutro a 4%. Foram quantificadas 2.708 larvas, destas 1.540 estavam danificadas. As larvas de peixes identificadas somam um total de 1.139 e pertencem a 11 famílias (Beloniidae, Carangidae, Characidae, Clupeidae, Hemiramphidae, Engraulidae, Gobiidae, Pimelodidae, Pristigasteridae, Scianidae e Tetraodontidae). Não houve um padrão espacial de distribuição das larvas com as variáveis ambientais. A Ordem Clupeiforme foi predominante na área estudada e a família Engraulidae apresentou maior densidade de organismos. O estágio de pré-flexão apresentou-se mais abundante, caracterizando essa área neste período estudado como área berçário e crescimento.

Palavras-chave: Desenvolvimento larval, larvas de peixes, período chuvoso, Amazônia

Ichthyoplankton of Guajará Bay and estuary of the river Pará, Island of Marajó,

Pará, Brazil

ABSTRACT: This study was conducted in order to determine the composition and distribution of eggs and larval

stages of fish (ichthyoplankton) at Guajará Bay and the estuary of the river Para on the island of Marajó. Sampling was carried out during the rainy season, in April 2010 in fifteen stations established along the bay and estuary. It was obtained salinity, dissolved oxygen and chlorophyll a data. The biological material was collected through subsurface hauls, which a plankton net with 500μm mesh size, 60 cm mouth opening and 1.80 m long, coupled with a flowmeter. Samples were preserved with neutralized formalin at 4%. A total of 2,708 larvae were quantified of which 1,540 were damaged. A total of 1,139 fish larvae were idetified and belonging to 11 families (Beloniidae, Carangidae, Characidae, Clupeidae, Engraulidae, Gobiidae, Hemiramphidae, Pimelodidae, Pristigasteridae, Sciaenidae and Tetraodontidae). No spatial distribution pattern of the larvae with the environmental variables was observed. The Clupeiforms Order was prevalent in the bay and estuary studied and the family Engraulidae presented higher density of organisms. The pre-flexion stage was more abundant, characterizing this area in this period studied as a nursery and growth area.

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Entre estes ambientes destaca-se o litoral amazônico que vai da foz do rio Oiapoque ao delta do rio Parnaíba (DIÉGUES, 1972), sendo caracterizado por uma grande extensão de manguezais exuberantes, assim como matas de várzeas de marés, campos de dunas e praias. Apresenta uma grande e complexa rede hidrográfica, onde o principal rio é o Amazonas. Estes rios assim como outros cursos de água menores desembocam no mar formando os estuários (porção da zona costeira onde há interação da água do oceano com a água doce). A palavra estuário é derivada do adjetivo latino aestuarium, cujo significado é maré ou onda abrupta de grande altura, fazendo referência a um ambiente altamente dinâmico, com mudanças constantes em resposta a forçantes naturais (MIRANDA et al., 2002) Esse termo é utilizado genericamente para indicar o encontro do rio com o mar, caracterizando uma foz litorânea.

A principal característica dos estuários é a grande variabilidade espacial e temporal das propriedades físicas e químicas da água (DAY et al. 1989). A dinâmica dos estuários é particularmente complexa, devido, principalmente, às influências dos processos físicos tais como, a circulação dentro do estuário, as marés e as frentes estuarinas.

Os sistemas estuarinos são uma parte original e importante dos ambientes aquáticos por causa da sua produtividade elevada, maior do que no rio e região costeira adjacente, pois apresentam altas concentrações de nutrientes que estimulam a produção primária. Todo esse aporte de nutrientes coloca os estuários entre os sistemas mais produtivos do mundo, com altas taxas de produtividade primária e teores de biomassa (BRAGA et al. 2000; PEREIRA-FILHO et al. 2003). E estes fatores contribuem para o desenvolvimento dos organismos planctônicos, dentre eles o ictioplâncton.

O ictioplâncton, constituído pelos ovos e larvas de peixes, caracteriza um importante grupo nas comunidades planctônicas, enriquecendo a cadeia alimentar e o fluxo energético. Sua contribuição é bastante significativa, já que a maioria dos peixes teleósteos apresenta alguma fase do ciclo de vida no plâncton, classificado como meroplâncton (CUNHA-CARDOSO, 2007).

A importância dos estudos de ictioplâncton está inserida tanto no contexto científico como no aplicado e vem contribuindo para o avanço, principalmente da Ictiologia e da Biologia Pesqueira. Cientificamente, destacam-se os estudos biológicos sobre morfologia, desenvolvimento, crescimento, alimentação, comportamento, mortalidade (CIECHOMSKI, 1981), e taxonomia, que auxilia na elucidação de questões sistemáticas e/ou filogenéticas de espécies de peixes (RÉ, 1999).

O campo aplicado está associado em grande parte à identificação e avaliação de recursos pesqueiros, onde estudos sobre distribuição e abundância de ovos e larvas de peixes fornecem subsídios para conhecimento das épocas e sítios de

desova; dos períodos e áreas de recrutamento; da estimativa e flutuação do estoque das populações adultas, incluindo as de interesse econômico; além de identificar e avaliar o potencial de novos recursos pesqueiros (RÉ, 1999), conjuntamente, a investigação dos fatores ambientais é essencial para a compreensão e conclusão desses estudos.

De acordo com Mchugh (1967) a maioria dos peixes encontrados em estuários reproduz-se no mar. As espécies marinhas que utilizam os estuários como berçário são recrutadas em uma fase vulnerável de seu ciclo de vida, particularmente durante o estágio larval de pós-flexão (GAUGHAN et al. 1990; WHITFIELD, 1990, 1994a; NEIRA & POTER, 1992 e HARRIS & CYRUS, 1995).

Desta forma, o presente estudo tem como objetivo determinar a composição e distribuição espacial do Ictioplâncton da Baía do Guajará e do estuário do rio Pará na Ilha do Marajó, bem como sua relação com as variáveis físico-químicas. E, com isso, contribuir para o conhecimento do ictioplâncton da costa Norte.

Material e Métodos

Foi realizada uma campanha com 15 estações de coleta ao longo da baía do Guajará do estuário do rio Pará (Figura 1), no mês de abril de 2010, com o monitoramento das principais características hidrológicas e ambientais, tomadas medidas in situ da salinidade, utilizando-se uma sonda multiparâmetros da marca HANNA modelo HI9828. Para o oxigênio dissolvido as amostras foram coletadas na superfície e a determinação do mesmo foi realizada pelo método de Winkler, descrito em Strickland e Parsons (1972). Os dados de pluviometria dos últimos 11 anos foram obtidos em Lourenço (2011). Para a análise da biomassa fitoplanctônica foram coletadas amostras de água da superfície em garrafas de plástico com capacidade para um litro, o material foi mantido resfriado e em local livre de iluminação direta, até chegar ao laboratório.

Em laboratório as amostras foram filtradas com o auxílio de uma bomba de vácuo (Marca Prismatec 131A), através de microfiltro fibra de vidro tipo GF-3 (marca Carvalhaes com diâmetro de 47 mm e porosidade de 0,45 µm). Estes filtros foram acondicionados em envelopes etiquetados e conservados refrigerados dentro de um recipiente escuro (UNESCO, 1966). O volume filtrado variou de acordo com a quantidade de material em suspensão.

Para extração dos pigmentos clorofilianos, foi utilizada acetona 90%, sendo colocado o filtro em tubo de ensaio para ser macerado até a dissolução do mesmo, após as amostras foram refrigeradas por 24 horas. Decorrido este período, as amostras foram centrifugadas a uma rotação de 3000 rpm por 10 minutos e o material sobrenadante foi colocado em cubetas, para fazer as leituras de absorbâncias nos comprimentos de ondas: 630, 645, 665 e 750nm

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(UNESCO, 1966) em um espectrofotômetro de marca biospectro SP-22. Para os cálculos da clorofila a, foi aplicada a equação apresentada por Strickland e Parsons (1972).

Na coleta do material biológico foi utilizada uma rede cônica, a qual tinha 60 cm de abertura de boca, 1,80 m de comprimento e malha de 500 mm de abertura. A rede foi arrastada durante cinco minutos e mantida em posição horizontal na subsuperfície da coluna de água, e o volume de água filtrada foi estimado por um fluxômetro fixado à boca da rede. Depois de coletadas, as amostras foram acondicionadas em frascos de polietileno e fixadas com formol a 4%, neutralizado com tetraborato de sódio (bórax).

No Laboratório, as larvas de peixes foram separadas do plâncton total e identificadas no menor nível taxonômico possível utilizando-se os trabalhos de Barletta-Bergan (1999), Moser (1984) e Nakatani et al. (2001). O estágio de desenvolvimento larval foi avaliado baseado na presença do saco vitelino e na flexão da notocorda (Ré, 1999).

Foi realizada análise quantitativa das larvas de peixes e calculada a densidade para um volume de 100 m³, frequência de ocorrência de cada organismo e a abundância relativa das famílias identificadas segundo Nakatani et al., (2001) e classificadas segundo a escala de Neumann-Leitão (1994).

Para os dados de densidade de fauna, foi utilizada uma analise de agrupamento (Coeficiente de

Bray-Curtis) usando o método de ligação de WARD, a fim de evidenciar os padrões de similaridade entre as estações de coletas e as famílias de larvas de peixes, no entanto, antes foi necessário transformar a densidade de fauna para distância de Hellinger. O método de ligação WARD foi escolhido por minimizar a distorção da matriz inicial de similaridade na construção do dendrograma, enquanto o coeficiente de Bray-Curtis foi utilizado por ser considerado o mais eficiente para o estudo de fauna. Para testar a correlação e a significância da influência das variáveis ambientais sobre a densidade das espécies, realizado através do teste de Mantel (10000 permutações). Para ordenar as estações em função das variáveis abióticas e bióticas foi aplicada a análise de componentes principais (ACP) utilizando os dados de oxigênio dissolvido, salinidade, clorofila a, densidade das espécies capturadas e os locais de coleta.

As análises foram feitas com a utilização do programa estatístico Past um software livre disponível na internet pelo endereço http://folk.uio.no/ohammer/ past/.

Resultados

Dados obtidos através das médias mensais de precipitação pluviométrica dos últimos 11 anos (2000-2010), registrados pela estação meteorológica

Figura 1. Mapa de localização das estações de coleta na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

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de Santa Cruz do Arari – PA fornecidos pela Agência Nacional de Águas - ANA, evidenciaram um padrão sazonal definido, com dois períodos distintos: o período chuvoso, que se estende do mês de janeiro a junho, e o período seco, que compreende os meses de julho a dezembro (Figura 2).

Os resultados dos índices pluviométricos referentes ao ano de 2010 registraram mínimos de 21,91 mm, em outubro, e 15 mm, em novembro, e o máximo de 563 mm em abril, com precipitação total anual de 2.405 mm. Comparando-se o total de chuvas mensais caídas durante o ano em estudo (2010) com

a média mensal dos últimos 11 anos (2000/2010), observou-se que não houve diferença significativa (p = 0,74), o que caracteriza o ano de 2010 como regular sob o ponto de vista pluviométrico. Entretanto, em 2010, destacaram-se, acima da média, os meses de abril, julho e agosto.

A salinidade apresentou variação horizontal apresentando um aumento gradativo em direção a foz do rio Pará e diminuição na área de influência do rio Amazonas, apresentando uma variação de 0 a 3,8. O maior valor de salinidade foi encontrado na estação E10 (Figura 3). 0 100 200 300 400 500 600

JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Preci pi ta çã o ( m m )

Média dos últimos 11 anos 2010

Figura 2. Variação sazonal da precipitação pluviométrica (mm), no ano de 2010, comparada com a média mensal dos últimos onze anos (2000-2010), registrada pela Estação Meteorológica de Santa Cruz do Arari - PA. Fonte: Lourenço (2011). 0 1 2 3 4

E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

Sa lin id ad e Estações

Figura 3. Variação da salinidade nas estações de coleta na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

Em relação ao oxigênio dissolvido a variação não foi significativa apresentando seu mínimo na estação E3 (4,07 mL.L-1) e seu máximo na estação

E9 (7,85 mL.L-1) (Figura 4). Estes valores podem ser

explicados pelas condições de mar, onde se observava uma alta intensidade de ondas.

A concentração de clorofila a apresentou uma

variação significativa com valores de 0,36 mg.m-3 na

estação E10 e atingindo seu máximo na estação E1 com 122,81 mg.m-3 (Figura 5).

Foram quantificadas 2.708 larvas, destas 1.540 estavam danificadas. As larvas de peixes identificadas somam um total de 1.139 e pertencem a 11 famílias (Beloniidae, Carangidae, Characidae, Clupeidae,

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Hemiramphidae, Engraulidae, Gobiidae, Pimelodidae, Pristigasteridae, Sciaenidae e Tetraodontidae.

Fazendo uma avaliação da amostra como um todo, nota-se a abundancia das larvas danificadas com 56,8% da amostra e a pouca dominância da ordem dos Clupeiformes (38,7%). Dentre as famílias registradas, Engraulidae foi a única dominante com 81,2% de abundância. Enquanto que as outras famílias foram classificadas como esporádicas por apresentarem valores inferiores a 10%.

E entre as fazes de desenvolvimento larval, houve predominância do estágio de pré-flexão (61,8%), sendo classificada como abundante. Os estágios de flexão e pós-flexão foram classificados como pouco abundante com 12,1 e 15%, respectivamente. E larval vitelino e juvenil apresentaram valores abaixo de 10%.

Para este estudo, a única família constante foi Engraulidae (93,3%), se fazendo presente em 14 das 15 estações. As famílias Tetraodontidae (46,7%), Pristigasteridae (53,3%) e Clupeidae (53,3%) foram definidas como frequentes. Enquanto que Sciaenidae (26,7%), Pimelodidae(20%),Hemiramphidae (13,3%), Gobiidae (13,3%), Characidae (26,7%),

Carangidae(20%) e Belonidae(20%), consideradas pouco frequentes (Figura 6)

A variação da densidade de larvas de peixes nas estações de coleta, variaram de 136 a 2517 org.100m-3,

nas estações E15 e E6, respectivamente (Figura 7 e 8). Entre as famílias, a que apresentou maior densidade foi Engraulidae (8495 org.100m-3), mostrando-se

superior a todas as outras famílias. A família que apresentou menor densidade foi Hemiramphidae com 40 org.100m-3.

A análise de agrupamento das estações revela a formação de 3 grupos, considerando o valor de densidade e a composição do ictioplâncton. (Figura 9).

A análise de agrupamento das famílias revela a formação de dois grupos, o primeiro grupo formado por Carangidae, Belonidae, Hemiramphidae, Characidae, Tetrodontidae e Clupeidae, familias que foram frequentes, porem pouco abundantes na área estudada. O segundo grupo é formado por Sciaenidae e Pimelodidae, pouco abundantes na área. Três famílias se isolaram dos dois grupos, destacando-se Engraulidae pela grande frequência e abundância no sistema estuarino (Figura 10).

0 2 4 6 8

E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

OD (m L. L -1) Estações

Figura 4. Variação do Oxigênio dissolvido nas estações de coleta na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

0 20 40 60 80 100 120 140

E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

Cl or ofi la a ( m g. m -3) Estações

Figura 5. Variação da clorofila a nas estações de coleta na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

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doi: 10.17080/1676-5664/btcc.v13n1p43-54 0 20 40 60 80 100 Engraulidae Clupeidae Pristigasteridae Tetraodontidae Characidae Sciaenidae Belonidae Carangidae Pimelodidae Gobiidae Hemiranphidae Frequência de ocorrência Fa m ília s

Figura 6. Frequência de ocorrência das famílias na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010. 0 500 1000 1500 2000 2500

E1 E2 E3 E4 E5 E6 E7 E8 E9 E10 E11 E12 E13 E14 E15

De nsi dad e ( or g.10 0.m -3) Estações Tetraodontidae Sciaenidae Pristigasteridae Pimelodidae Hemiranphidae Gobiidae Engraulidae Clupeidae Characidae Carangidae Belonidae

Figura 7. Composição das densidades totais das famílias por estação na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

Figura 8. Mapa de densidade total das estações na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010

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Figura 9. Associação das estações na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

Figura 10. Associação de famílias na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

A análise de componentes principais, revelou não haver forte relação da distribuiçção das famílias no que diz respeito aos fatores abióticos. O eixo 1 mostra que 75,4% da variabilidade não foi influenciado pelos fatores abióticos. E mostrou uma relação inversa entre Engraulidae e Pristigasteridae (Figura 11).

Discussões

Os valores de salinidade registrados no estuário da Ilha do Marajó podem ser considerados baixos,

quando comparados a outros estuários da região nordeste do Estado do Pará no período chuvoso (CONTENTE et al. 2007). Porém, os valores de salinidade foram semelhantes àqueles encontrados por Dias e Lima (2003) com valores quase sempre abaixo de 0,5 no período mais chuvoso, com exceção do canal de Soure que pode alcançar até 2,8. Por outro lado, na estiagem, registrou-se 8,6 de salinidade no mesmo canal (SANTOS & LIMA, 2007). Os baixos valores de salinidade do estuário da Ilha do Marajó, no período de estudo se devem, principalmente, a grande descarga de água doce proveniente do rio Amazonas

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e rio Pará, a distância de alguns pontos em relação ao oceano e, também, a alta precipitação pluviométrica.

O oxigênio dissolvido apresentou valores regulares à manutenção da vida em ambientes aquáticos segundo a reloução do CONAMA nº 20, de 18 de junho de 2005, que recomenda um mínimo de 5 mg.L-1 (3,5 mL.L-1). Em todas as estações de coleta o OD se manteve acima de 4 mL.L-1.

A clorofila a apresentou uma distribuição variando de acordo com a salinidade. Sendo mais abundante as regiões de baixa salinidade.

Segundo Varela e Prego (2003) e Saraiva (2001), a alta biomassa fitoplanctônica associada à elevada concentrações de nutrientes são indicadores de zona eutrófica, portanto, pode-se considerar que o sistema estuarino da ilha do Marajó, apresenta-se elevado grau de produtividade (LOURENÇO, 2011).

A diversidade ictioplanctônica observada nos estuários analisados contou com 11 famílias, sendo considerada baixa quando comparada a outros estuários estudados como o estuário do rio Caeté por Barletta-Bergan (1999) no qual identificou 28 famílias. No entanto a diferença chega a ser considerável, podendo ser explicada pelo esforço amostral bem superior ao realizado neste trabalho. Logo, o mesmo trabalho se assemelha a outros trabalhos como, principalmente, o de Palheta (2005) que identificou no estuário de Curuçá 11 famílias e Contente et al. (2007) no mesmo estuário identificou 11 famílias, Fidellis (2007) que registrou 10 famílias em um canal de maré em Curuçá e Zacardi (2009) no seu estudo realizado no complexo estuarino do rio Amazonas identificou 13 famílias.

Muitas famílias observadas no presente estudo são consideradas costeiras (Clupeidae, Engraulidae, Carangidae, Sciaenidae, Gobiidae, Tetraodontidae, Pristigasteridae, Hemiramphidae e Belonidae) e comuns em estuários brasileiros. A ocorrência de espécies costeiras em estuários se deve a estes ambientes apresentarem características semelhantes, como a alta produtividade primária e secundária e elevada turbidez (BRAGA et al. 2000; PEREIRA-FILHO et al. 2003). Suas águas e sistemas adjacentes (manguezais, marismas, etc.) servem de refúgio para reprodução, oferecendo às larvas proteção contra predadores e uma rica fonte de alimentos (LAEGDSGAARD & JOHNSON, 2000), maximizando desta forma a sua sobrevivência. Para a maioria das espécies de peixes, ocorre uma grande mortalidade durante os estágios iniciais de desenvolvimento, tornando-se essencial a maximização da probabilidade de sobrevivência (COSER et al, 2007).

A ordem dos Clupeiformes foi a que se destacou com a presença de 3 famílias (Engraulidae, Pristigasteridae e Clupeidae).

A família Engraulidae apresentou-se como taxa mais frequente, abundante e denso. Se assemelhando ao trabalho de Sant’Anna (2005) no estuário dos rios Piraquê-açu e Piraquê-mirim no Espirito Santo, onde os Engraulídeos mostraram-se da mesmo forma, frequentes, abundantes e densos sobre todos os outros taxa. A dominância de Engraulidae sobre as outras famílias é comum em ambientes semi-fechados costeiros na costa brasileira (BONECKER, 1997). Outros trabalhos como os de Barletta-Bergan

Figura 11. Análise de componentes principais, com parâmetros bióticos e abióticos na baía do Guajará e no estuário do rio Pará na ilha do Marajó, no mês de abril de 2010.

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et al. (2002), realizados no estuário do Rio Caeté, Palheta (2005), no estuário dos nos rios Curuçá e Muriá e Zacardi (2009), no complexo estuarino do rio amazonas, confirmam o destaque dos Engraulídeos em regiões costeiras.

A elevada abundância desta família se deve, principalmente, à existência de espécies de engraulídeos r-estrategistas, com possibilidade de explorar ao máximo um ambiente favorável, ciclo de vida curto e alta capacidade reprodutiva (KATSURAGAWA et al. appud CASTRO, 1998).

A família Engraulidae é uma das mais importantes na região costeira, seus representantes desempenham papel fundamental na transferência de energia entre os estuários e zonas costeiras adjacentes (DIEGUES, 1986).

Outra família que apresentou ocorrência foi Pristigasteridae, segundo Nakatani et al. (2001), esta família apresenta cerca 200 espécies todas de grande importância, tanto comercial como ecológica. São pelágicos e se alimentam de outros peixes. E a maioria são de origem marinha e estuarina. Devido ao seu tamanho médio ser pequeno eles têm pouco valor comercial. Pristigasteride são localmente abundantes em algumas regiões, e pode ser utilizado na fabricação de derivados da pesca ou como isca .

Entre os taxa encontrados outra família que merece destaque é a Gobiidae. As espécies são em geral de pequeno porte e habitam, principalmente, áreas marinhas e estuarinas de regiões tropicais e subtropicais (NELSON, 1994). Alguns vivem em contato direto com o substrato, onde comumente vivem enterrados (MENEZES e FIGUEIREDO, 1985). Segundo Bragança (2005) as espécies dessa família desempenham papel de fundamental importância na transferência de energia no estuário, além de ser usada frequentemente como isca na pesca de importantes espécies de exploração comercial tais como: a pescada amarela (Cynoscion acoupa) e piramutaba (Brachyplastitoma vaillantii).

O restante das famílias foi encontrado com baixa densidade assim como citado por Fidelis (2007), Palheta (2005), Barletta-Bergan (1999), Zacardi (2009) e Silva (2011), devendo-se ao fato que esses taxas raramente utilizem essas áreas ou não usam esses hábitat como área de desova.

O elevado número de larvas danificadas, mais de 50% da amostra, pode ser explicado pela estratégia amostral, onde o cruzeiro de amostragem utilizava uma embarcação não apropriada para trabalhos desta natureza e as condições hidrodinâmicas da área, que apresentava grande intensidade de ondas, aumentando a velocidade de entrada de água na rede e, consequentemente, aumentando a pressão da água sobre as larvas, danificando as mesmas.

Em relação às fases inicias de desenvolvimento larval foram encontradas larvas na fase larval vitelínica. No entanto, a alta abundância de larvas em estado de pré-flexão sugere a utilização do estuário como área de berçário e crescimento, este resultado

assemelha-se ao obtido por Barletta (1999) para o estuário do Caeté e Palheta (2005) para o estuário dos rios Curuçá e Muriá, no município de Curuçá, Pa.

A análise de agrupamento das amostras foi realizada a fim de verificar a semelhança na composição do material coletado, considerando não somente as famílias registradas como também as estações estudadas. Houve a formação de 3 grupos: o primeiro grupo, que envolve as estações E7, E8, E9 e E11, apresentou a menor densidade e diversidade, sendo composto, principalmente, pelas famílias Engraulidae e Pristigasteridae. No segundo grupo estiveram agrupadas as estações: E3, E4, E5, E6, E12, E13 e E14, este grupo foi o que apresentou maior densidade e diversidade, formadas principalmente por Engraulidae, Clupeidae e Tetraodontidae. Já o terceiro grupo, formado pelas estações E1, E2, E10 e E15, apresentou valores intermediários de densidade quando comparado ao Grupo 1 e o Grupo 2.

Ao utilizar o Cluster para a associação de familias pode-se perceber que houve formação de dois grupos, porém Engraulidae permaneceu isolado por ter apresentado os maiores valores de densidade na maioria das estações. Pristigateridae, também ficou isolado por apresentar valores de densidade altos, porém em um numero menor de estações quando comparado com Engraulidae. Já o grupo formado pelas famílias Gobiidae, Pimelodidae e Sciaenidade, foi formado devido sua ocorrência ter acontecido nas mesmas estações. Outro grupo foi formado por Clupeidae e Tetraodontidae, pois estas famílias apresentaram densidades próximas e ocorrência na mesma quantidade de estações. Carangidae, Belonidae, Hemiramphidae e Characidae, formaram um grupo devido apresentarem baixas densidades e por terem ocorido em poucas estações sendo considerado um grupo de famílias raras para este trabalho.

A análise dos componentes principais aplicada às variáveis abióticas e bióticas não demonstraram tendência de espacialidade das variáveis neste trabalho. O fato dos parâmetros abióticos não influenciarem na distribuição das larvas, possivelmente, por estes organismos serem residentes do estuário estudado, porém, não se pode afirmar com absoluta certeza devido o baixo esforço amostral. No entanto as maiores densidades registradas nas estações E6 e E7 devem estar correlacionadas à desembocadura do rio Paracauarí, que segundo Zacardi (2009), comparando duas áreas (Foz do rio Paracauarí e baía do Guajará) pode observar a maior densidade de larvas no rio Paracauarí, tendo a ordem dos Clupeiformes mais abundante.

Conclusões

A Ordem dos Clupeiformes foi predominante no estuário estudado. A família Engraulidae apresentou maior densidade de organismos no estuário analisado.

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O estágio de pré-flexão apresentou-se mais abundante, caracterizando essa área neste período como área de berçário e crescimento. As variáveis ambientais não interferiram na dispersão das larvas ao longo do estuário. A composição ictioplanctônica apresentou uma heterogeneidade e relação às estações de coleta, logo a família Engraulidae apresentou a maior ocorrência, seguido de Pristigasteridae e Gobiidae.

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