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KIERKEGAARD, WITTGENSTEIN E OS ENUNCIADOS RELIGIOSOS

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Anais do Seminário dos Estudantes da Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar KIERKEGAARD, WITTGENSTEIN E OS ENUNCIADOS RELIGIOSOS

Wagner de Barros1

INTRODUÇÃO:

É possível recolher várias passagens, tanto de obras quanto de conversas, em que Wittgenstein faz alusões e demonstra admiração pelo pensamento Kierkegaard. Estas declarações são utilizadas por estudioso que buscam encontrar pontos comuns entre as duas filosofias. Porém, definir um ponto de contato entre as duas filosofias se apresenta problemático, ainda mais por causa das tradições filosóficas que separam os dois autores. Kierkegaard dialoga com o idealismo alemão, seus interlocutores são Lessing, Feuerbach, Hegel, etc. Wittgenstein pertence a uma tradição mais analítica, seus interlocutores são Morre, Russel, Frege, etc. Como, afinal, interpretar a relevância dada por Wittgenstein a Kierkegaard? Haveria alguma relação filosófica entre eles, ou Kierkegaard seria, para Wittgenstein, apenas um “leitor de cabeceira”?

Entre os pesquisadores que se dedicam a esta questão, podemos encontrar aqueles que fundamentam as relações entre Kierkegaard e Wittgenstein devido à separação entre esferas de valores e esferas dos fatos. Uma das temáticas que emerge destas discussões é a aproximação entre distinção entre discurso indireto e direto, encontrada no texto Post Scriptum, e a distinção entre o dizer e mostrar, contida no Tractatus Logico-philosophicus. O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre o trabalho de Genia Schönbaumsfeld, cuja tese central é de que o sentido dos enunciados religiosos depende da práxis. Segundo a autora, Kierkegaard e Wittgenstein são autores críticos da filosofia especulativa e buscam excluir a ética e religião do discurso objetivo. A impossibilidade da objetividade do discurso ético-religioso está interligada com o aspecto prático que estes anunciados possuem, ou seja, enunciados ético-religiosos envolvem a práxis, a ação, enquanto que enunciados objetivos visam o saber, o conhecimento.

A) KIERKEGAARD E WITTGENSTEIN: SEPARAÇÃO ENTRE FATOS E

VALORES

A linguagem, concebida no Tractatus Lógico-Philosophicus, só é capaz de

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representar fatos. Qualquer tentativa da linguagem representar algo necessário ou absoluto resulta em um contra-senso (Unsinn). Assim, enunciados metafísico, ético ou religioso, cujo conteúdo é o necessário ou transcendental, é ausente de sentido. No Post Scriputm, Climacus/Kierkegaard2 apresenta a comunicação direta que pode ser definida como uma comunicação de saber ou objetiva. O cristianismo não seria comunicado diretamente porque necessita da fé ou da apropriação subjetiva do indivíduo. Não se trata de um conhecimento teórico ou de fatos. Poder-se-ia encontrar aqui uma primeira aproximação entre Kierkegaard e Wittgenstein. Em ambos os casos, haveria a cisão entre esferas dos fatos e dos valores, visto que as análises objetivas não seriam capazes de arguir fenômenos ético-religiosos. Neste contexto, André Clair observa que o Tractatus encerraria qualquer possibilidade do discurso ético devido ao silêncio, radicalização da separação entre fatos e valores:

[...] É então na direção ao silêncio que tende uma reflexão sobre a existência, segundo a última proposição do Tractatus: “sobre aquilo que não se pode fazer, deve-se calar”. É aí que a relação com Kierkegaard parece precisa. Para Wittgenstein, a estética, a ética e o religioso (mais precisamente o místico) tem essencialmente algo em comum: eles se situam fora do domínio da aplicação do discurso positivo; são coisas que não se pode explicar, que caem fora da linguagem e que só se pode procurar mostrar. (CLAIR, 1993, p.63 – tradução nossa)

Se encontramos no Post-Scriptum a recusa da objetivação da fé, o mesmo pode ser dito sobre o Tractatus. Não há, em ambas as obras, qualquer descrição objetiva possível sobre o ético e religioso. Em Migalhas Filosóficas, já se esboça a necessidade de se admitir a fé caso se queira aceitar o cristianismo. O experimento teórico de Climacus/Kierkegaard pressupõe o paradoxo. Se o encontro entre o paradoxo com a inteligência é infeliz, o resultado é o escândalo. Porém, a fé é a o encontro feliz com o paradoxo. Nas discussões de Migalhas Filosóficas, Climacus/Kierkegaard ressalta que a contemporaneidade não é uma vantagem para o discípulo, pois não se trata de conhecer o factual, mas o eterno que um dia foi factual, o ponto de vista histórico que é mais que histórico. No Post-Scriptum, encontra-se longas discussões sobre veracidade das Escrituras e sua objetividade. Estes casos expressam que a religião e a ética não é um

2 Os pseudônimos e heterônimos dos textos de Kierkegaard criam problemas interpretativos, dado que é preciso explicar em que medida é o próprio Kierkegaard dissertando sobre o assunto e em que aspecto tudo não passa de um jogo retórico, por isso o recurso dos pseudônimos e heterônimos. Para evitar qualquer confusão, utiliza-se o nome do autor da obra seguido do filósofo.

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problema do conhecimento teórico, mas algo diverso. A primeira parte do Post Scriptum (e não só ela) parece apresentar claramente como abordar as verdades do cristianismo de modo objetivo e especulativo resulta em um problema. Em Wittgenstein, o silêncio resulta da capacidade da linguagem representar somente aquilo que é verdadeiro ou falso. A linguagem não é capaz de discursar sobre o místico porque a linguagem é concebida, no Tractatus, como linguagem positiva. Assim posto, a narrativa histórica, factual, não pode ser confundida com a narrativa religiosa. Neste aspecto, Wittgenstein se aproxima consideravelmente dos textos de Migalhas filosóficas e Post-Scriptum:

Por estranho que pareça, poder-se-ia, historicamente falando, demonstrar a falsidade dos relatos históricos dos Evangelhos e, apesar de tudo, a fé nada perderia por este motivo: não, contudo, porque ela respeite as “verdades universais da razão”! Mas antes, porque a demonstração histórica (o jogo de demonstração histórico) é irrelevante para a fé. Esta mensagem (Os Evangelhos) é apreendida com fé (isto é, com amor) por homens. É esta a certeza que caracteriza

esta forma particular de persuasão, e nenhuma outra.

(WITTGENSTEIN, 2000, p. 55)

Fatos seriam representados, valores pertenceriam à relação entre o sujeito e o mundo. Neste sentido, fundamentar o cristianismo é, tanto para Kierkegaard quanto para Wittgenstein, cometer uma confusão de esferas. Tais análises podem complementar a argumentação de André Clair, quando afirma que Kierkegaard e Wittgenstein compartilham a tese de que o discurso positivo não abarca a ética e a religião. Observa-se que, nesta perspectiva, a convergência entre os dois filósofos provém mais de uma crítica ou delimitação do discurso do que das semelhanças sobre a natureza da linguagem.

B) A INTERPRETAÇÃO DE SCHÖNBAUMSFELD

Em seu livro A confusion of spheres, Schönbaumsfeld nega a possibilidade de estabelecer um vínculo entre os dois autores mediante a análise da natureza da linguagem. Schönbaumsfeld parte da cisão entre esfera dos valores e esfera dos fatos. Consequentemente, a autora interpreta o Post Scriptum como um texto que critica a tentativa de objetivar a fé. Não haveria, no texto de Climacus, a negação da existência de verdades religiosas, mas sim a negação de que a razão seja capaz de discorrer sobre estes assuntos. Segundo a autora, Climacus se opõe a transformação dos problemas

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éticos em problemas teóricos. Todavia, dizer que o discurso especulativo é incomensurável com o ético-religioso não resultaria em aceitar apenas o discurso positivo, invalidando o acesso as verdades valorativas. Se o cristianismo é exposto como um paradoxo, este paradoxo não seria assimilado pela filosofia objetiva, pois não se trata de uma categoria do conhecimento especulativo. Climacus não estaria criticando as tentativas de expressar o ético-religioso, muito menos que qualquer busca de acesso a verdades valorativas é uma ilusão3. Para Schönbaumsfeld, a crítica de Climacus é direcionada à tentativa de racionalizar a ética e a religião. Neste sentido, ele ofereceria contribuições para o esclarecimento da natureza do cristianismo:

Tudo isso pode ser lido como elucidações conceituais da natureza do cristianismo. A ironia, sempre presente no trabalho, não é dirigida contra as próprias teses de Climacus, mas ao equívoco do filósofo hegeliano (ou neohegeliano). Neste sentido, não há nada de errado com essas observações enquanto “contribuição para o conhecimento”, desde que isso não leve a entender que Climacus está desenvolvendo uma teoria sobre o cristianismo ou como se tornar um cristão. (SCHÓNBAUMSFELD, 2007, p.135)

Para Schönbaumsfeld, Climaucus enfatiza os problemas da fé e da ética que devem ser buscados na apropriação subjetiva do indivíduo. O cristianismo não seria um problema teórico porque não se trata de conhecimento, mas fé, aceitar ou não aceitar o paradoxo de que Deus tornou-se homem:

Quando Climacus fala de paradoxo como “absoluto”, o que ele quer dizer é que apenas uma resposta existencial (subjetiva) é possível para a questão no sentido de que ou eu sigo Cristo, ou eu o rejeito. (SCHÖNBAUMSFELD, 2007, 133)

Diante destas considerações, Schönbaumsfeld avalia que o discurso religioso, para Climacus, tem como pressuposto a práxis religiosa, a aceitação. Valores estariam relacionados com práticas, já o discurso objetivo seria uma questão teórica. Demonstrar a existência de Deus seria confundir as esferas, transformar um valor (crença em Deus) em um fato. A existência de Deus só poderia ser resolvida subjetivamente, aceitando ou não sua existência. O discurso especulativo, quando aplicado nestas questões, é vazio e sem sentido.

Já no caso de Wittgenstein, Schönbaumsfeld observa que os conceitos religiosos

3 Schönbaumsfeld se opõe a leitura de Conant, que nega qualquer validade teórica do Post Scriptum. Conant Climacus busca atrair o leitor para uma ilusão cujo objetivo é revelar quão poderosa ela é.

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fazem sentido quando se compreende o seu uso4. Conceitos religiosos seriam vazios para quem se situa fora da prática religiosa, pois sua compreensão envolve mais do que saber qual a referência de cada palavra utilizada em uma oração. Embora estas teses não sejam identificadas imediatamente no Tractatus, Schönbaumsfeld baseia sua argumentação no conceito de gramática. Por exemplo, a gramática de Deus não teria a função de existência de uma entidade, não seria o mesmo que a palavra “cadeira”. O conceito de Deus seria semelhante ao conceito formal de objeto que não designaria algo específico, factual. A prova da existência do Deus religioso mediante constatações empíricas criaria apenas uma confusão conceitual – ou não respeitaria a sua gramática-, pois desconsidera estas diferenças qualitativas.

Schömbaunsfeld conclui então que o discurso religioso possui, tanto para Kierkegaard quanto para Wittgenstein, um sentido. Todavia, o sentido estaria interligado com a prática religiosa. Segundo Schönbaumsfeld, a fé religiosa tem um conteúdo, mas esse conteúdo não é analisado ou descoberto de forma especulativa, já que a compreensão dos conceitos da linguagem religiosa envolve a práxis religiosa. Com efeito, os problemas éticos e religiosos deixam de possuir um lugar na metafísica ou na filosofia especulativa para tornar-se um problema prático, de ordem existencial, de auto-transformação:

ainda que, tanto no primeiro quanto no ultimo Wittgenstein, assim como em Kierkegaard, pretendem alcançar a mudança de perspectiva que, no final, transforma todo debate filosófico em algo supérfluo, o

Tractatus de Wittgenstein mesmo nunca realiza a tarefa de não cair a

tentação da metafísica. Mas é precisamente esse fracasso que destaca o enorme dor e esforço envolvido em trazer a auto-transformação ética que Wittgenstein e Kierkegaard aspiram em seu trabalho. (SCHÖNBAUMSFELD, 2007, p. 154)

Se a separação entre esfera dos valores e esfera dos fatos leva Schönbaumsfeld a identificar, como ponto comum entre Kierkegaard e Wittgenstein, a tese de que o conteúdo da linguagem religiosa envolve a sua práxis e não se trata de um problema teórico, a ética também sofrerá com as consequências dessa separação. No caso do primeiro filósofo, Schönbaumsfeld observa que a ética diz respeito ao sujeito isolado

4 Podemos complementar as considerações de Schönbaumsfeld recorrendo a Arnswald: ”this attention can only be experienced in the mystical, where the meaning of life can be shown. The significance of ethics, which cannot be put into words, can only lie in a praxeological context, that is to say, in the way in which the individual’s attitude to the world is to be changed and not his basic conviction, in order to learn how to lead one’s life and give it meaning” (ARNSWALD, 2009, p.10)

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diante de Deus. A ação teria o Absoluto como juiz, não os homens e os fatos. Este problema seria já exposto, por exemplo, em Temor e Tremor, onde o erro é pecar contra Deus. Além disso, o ético corresponderia em aceitar o mundo tal como ele é, trata-se da aceitação do mundo, fazer a vontade de Deus ou aceitar as restrições que são impostas de fora sem se desesperar. Em Wittgenstein, o aforismo 6.373 observa que o mundo independe das nossas vontades e o mundo não pode ser fonte de um julgamento ético. Schönbaumsfeld utiliza esta constatação e se baseia em out o aforismo do Tractatus de que o valor está fora do mundo. Se o valor não está dentro do mundo, a ética não pode ter qualquer relação com os fatos. O sucesso ou fracasso de uma ação não poderia ser o seu critério de valor. Uma ação correta poderia assumir consequências negativas porque o mundo é contingente5.

A conclusão da intérprete é que Kierkegaard e Wittgenstein oferecem uma concepção de ética de inspiração absolutista kantiana, porém sem o seu peso racionalista:

Vemos, então, que Kierkegaard e Wittgenstein compartilham uma concepção absolutista de inspiração kantiana sobre a ética que, no entanto, vai além de Kant, pois está ligada a noção de presença implacável de Deus e de repreensão constante. Além disso, Wittgenstein e Kierkegaard rejeitam a visão racionalista do filósofo alemão de que Deus está sujeito aos decretos da razão humana (SCHÖNBAUMSFELD, 2007, p. 147)

C) POSSÍVEIS OBJEÇÕES A SCHONBAUMSFELD

Conceber uma ética, em Wittgenstein, relacionada com a práxis não é algo tão inusitado. Arnswalt enfatiza que a questão da ética, em Wittgenstein é subjetiva e o sentido da vida é buscado individualmente. Por isso a ética não pode ser dada, para o autor, universalmente. Assim, o Arnswald conclui que a ética, enquanto práxis, se define como conduta individual ou sentido individual que cada um busca na ação6. Porém, caso se observe com mais cuidado, é difícil encontrar um indicio da ética como

5 Para Arnswald , a impossibilidade de uma ética universal ou um principio racional que guia nossas ações abre espaço para uma ética de experiência individual: “Ethics is essentially bound to the “subject/ self”. An external, “higher being”, or an “absolute judge” does not exist in Wittgenstein’s view. Any experience of value is always the experience of the individual subject.” (ARNSWALD, 2009, p. 21). Se a ética é individual, não é possível haver formas de julgamento. Nesta linha, Hustwit utiliza o argumento de que o ponto comum entre Wittgenstein e Kierkegaard é a impossibilidade de um ensinamento ético. Prescrições morais não seriam dadas por pessoas, ou melhor, pessoas comuns não teriam autoridade para ensinar o que é certo ou errado. Não é possível saber o que é a vida do outro. Portanto, só Deus pode ensinar a ética. .

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práxis no Tractatus. A ética está relacionada com uma vontade que não é uma vontade empírica, pois se assim fosse, a ética estaria dentro do mundo. Contudo, advogando em nome de Schönbaumsfeld e Answald, poder-se-ia pensar a ética como práxis mediante o texto das Investigações filosóficas. Todavia, nesta obra Wittgenstein não fala em ética e não elucida a ética no Tractatus. Assim, temos que o Tractatus discorre sobre o tema da ética, todavia não é evidente a relação feita por Schönbaunsfeld e Answalt entre ética e práxis. Mas se recorremos ao período tardio, como o texto de Investigações Filosóficas, o que se pode fazer é especular uma concepção de ética enquanto práxis ou jogos de linguagem. Entretanto, neste texto Wittgenstein se silencia sobre o tema da ética.

As dificuldades expostas até aqui refletem, na verdade, a dificuldade em se conceber uma ética não só no Tractatus, como também nas Investigações filosóficas ou qualquer outro texto de Wittgenstein. Estes problemas decorrem de uma dificuldade mais abrangente que é explicar a ética no pensamento do filósofo austríaco. Por exemplo, quem deseja trabalhar com a ética no Tractatus, deverá explicar como a ética se distingue da lógica e se articula, visto que ambas são transcendentais7. Mais que isso, é necessário explicar a articulação entre o sujeito transcendental e vontade. Schönbaumsfeld parece ignorar estes temas complexos porque, aparentemente, os considera parte do vocabulário “inefável” que há no Tractatus. Mas a concepção de que enunciados ético-religiosos encontram sua significatividade na práxis não é evidente nem no período intermediário, nem no período tardio8. Tais questões devem ser elucidadas antes de se buscar afirmar que o ponto comum entre Kierkegaard e Wittgenstein se encontra na noção de que a religião e a ética são significativas e o seu sentido provém da ação, ou ainda, pontuar muito bem qual período estamos nos referindo e que tipo de aproximação entre Kierkegaard e Wittgenstein é desejada. Após realizar este passo, então será necessário explicar qual a relevância filosófica de Kierkegaard para Wittgenstein9.

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Cf. CUTER, Joao Virgilio. A Ética do Tractatus. Analytica, Sao Paulo, v. 7, n. 2, p. 43-58, 2003, também o trabalho de Scherer: O transcendental e a ética no pensamento do ´primeiro’ Wittgensetin. 8Sobre este assunto, é interessante acompanhar as discussões entre Loparic e Dall’Agno, em: DALL’AGNOL, Darlei: Ética no Segundo Wittgenstein vista a partir de Loparic. Kant e-Prints. Campinas, Série 2, v. 5, n. 3, p. 02 - 13, número especial, jul.- dez., 2010. LOPARIC, Zeljko. Sobre a ética em Heidegger e Wittgenstein. Natureza Humana, v. 2, n.1, p, 129-144, 2000.

9 Clarificar o papel da Ética na filosofia de Wittgenstein é insuficiente para responder a pergunta da relevância de Kierkegaard para o filósofo austríaco. O presente trabalho buscou apresentar as dificuldades impostas pela leitura de Schönbaumsfeld, fundamentada em uma concepção de ética específica.

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Anais do Seminário dos Estudantes da Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

ARNSWALD, Ulrich. The Paradox of Ethics — ‘It leaves everything as it is.’. In: (ed) ARNSWALD, Ulrich. In search of meaning. Karlsruhe: Universitätsverlag Karlsruhe, 2009, pág 1-24.

CLAIR, André. Kierkegaard: penser le singulier. Paris: Les Editions du Cerf, 1993. CUTER, Joao Virgilio. A Ética do Tractatus. Analytica, Sao Paulo, v. 7, n. 2, p. 43-58,

2003.

DALL’AGNOL, Darlei: Ética no Segundo Wittgenstein vista a partir de Loparic. Kant e-Prints. Campinas, Série 2, v. 5, n. 3, p. 02 - 13, número especial, jul.- dez., 2010.

LOPARIC, Zeljko. Sobre a ética em Heidegger e Wittgenstein. Natureza Humana, v. 2, n.1, p, 129-144, 2000.

SCHERER, Fernando. O transcendental e a ética no pensamento do ´primeiro’ Wittgensetin. 2003, f. 92. Tese de Doutorado em Filosofia – Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas (IFCH), Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas, 2003.

SCHÖNBAUMSFELD, Genia. A Confusion of the Spheres: Kierkegaard and Wittgenstein on Philosophy and Religion. Nova York: Oxford Press, 2007.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Cultura e Valor. Lisboa: Edições 70, 2000. _____. Tractatus Logico-Philosophicus. São Paulo: Edusp, 2001.

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