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4º E 5º ANOS. Sequência didática. Eixo: Conhecer gêneros e autores. Ler para conhecer contos contemporâneos. literatura

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4º E 5º

ANOS

Sequência

didática

Eixo: Conhecer gêneros

e autores

(2)

Ler para

conhecer contos

contemporâneos

4º E 5º

ANOS

Eixo: Conhecer

gêneros e autores

4

o

e 5

o

anos

Apresentação das obras

A Loira do Banheiro e outras histórias

Heloisa Prieto

Ilustrações: Maria Eugênia Editora Ática

Número de páginas: 120

Esta antologia reúne 19 contos de aventura, amor, mistério e medo, que nos mostram como podemos ser fracos e for-tes, bons e maus, sinceros e falsos e alegres e tristes. Com extrema habilidade e sensibilidade, a autora nos ajuda a ver os contrastes que existem em nós e em nossa relação com o próximo. Cara ou coroa? Fernando Sabino Ilustrações: Suppa Editora Ática Número de páginas: 128

Em 28 histórias, o autor retrata o dia a dia de adultos e crian-ças: traquinagens, pequenas mentiras, grandes encrencas, burocracias e reflexões desfilam com a graça características de Fernando Sabino, um celebrado escritor que vê a vida com olhos de menino.

HELOISA PRIETO

A Loira do Banheiro

e outras histórias

Ilustrações MARIA EUGÊNIA

A Loira do Banheiro

HEL

OISA

PRIET

O

Em Nova York, as Torres Gêmeas são atacadas. No Brasil, o pai de Samir invade a festa em que o garoto árabe declara seu amor por Sofia, uma menina judia. Isabela, muito doente, quer salvar Rodrigo, um vampiro que suga os sonhos dela para viver. Poderes estranhos de um garoto da cidade revelam segredos escondidos na mata. Dedé gosta de Paula e Paula gosta de Dedé, mas ele foge dela como quem foge de assombração.

HELOISA PRIETO traz a seus leitores 19 contos de aventura,

amor, mistério e medo, que nos mostram como somos: fracos e fortes, bons e maus, sinceros e falsos, alegres e tristes... Doutora em Literatura Francesa e mestre em Semiótica, Heloisa Prieto já recebeu os mais importantes prêmios literários do Brasil, como o Jabuti, por várias vezes, e o da União Brasileira de Escritores (UBE), entre outros.

F

oto: Arquivo pessoal

Os melhores textos para crianças de grandes autores da literatura brasileira.

A loira do banheiro_capa MERC.indd 1 5/26/15 9:05 AM

FERNANDO SABINO

Cara ou coroa?

Ilustrações SUPPA Cara ou coroa? FERNANDO SABINO

Os melhores textos para crianças de grandes autores da literatura brasileira.

A menina avisa que engoliu a tampa da garrafa – e bem no dia do seu aniversário –; a mulher resolve testar se aquela louça do supermercado é mesmo inquebrável; o pai não sabe como falar da separação com sua filha... Com certeza você vai gostar de conhecer as crianças espertas e os adultos meio atrapalhados que aparecem neste livro. São 28 histórias criadas por FERNANDO SABINO, um escritor travesso que, de forma irreverente, apresenta a vida como a vê: com olhos de menino. Suas histórias mostram a vida de um jeito gostoso. Às vezes com emoção, às vezes com humor.

Jornalista, contista, cronista, romancista e ensaísta, em 1999 foi agraciado pelo conjunto de sua obra com o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, além de outros importantes prêmios literários do Brasil, como o Jabuti.

Foto: Arquivo pessoal

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Introdução

O eixo “Conhecer gêneros e autores” é um dos pilares da formação do leitor literário porque, embora defendamos a importância da aprecia-ção estética e não acreditemos num ensino de literatura baseado em técnicas e conhecimentos sobre os períodos literários, conhecer uma diver-sidade de gêneros e autores, bem como se apro-fundar em alguns deles, permite ao aluno avan-çar em seus conhecimentos literários, em sua compreensão leitora, ampliando seu repertório linguístico e cultural.

Nesta sequência abordaremos os contos contemporâneos. Segundo Alfredo Bosi (1974, p. 7), em O conto brasileiro contemporâneo:

O conto cumpre a seu modo o destino

da ficção contemporânea. Posto entre as

exigências da narração realista, os apelos

da fantasia e as seduções do jogo verbal,

ele tem assumido formas de

surpreen-dente variedade. Ora é o

quase-docu-mento folclórico, ora a quase-crônica

da vida urbana, ora o quase-drama do

cotidiano burguês, ora o quase-poema

do imaginário às soltas, ora, enfim,

gra-fia brilhante e preciosa voltada às festas

da linguagem.

Por meio da citação podemos observar uma característica marcante do que estamos cha-mando de conto contemporâneo: sua estrutura composicional é fluida, o que permite conside-rá-lo um gênero híbrido. Por isso, encontramos uma variedade de possibilidades de conteúdos temáticos, estilos e formas de composição - o que, segundo Bakhtin, são os três elementos ne-cessários para caracterizar um gênero.

Mais do que identificar técnicas utilizadas pelos autores, temos como propósito que os alu-nos observem características da narrativa que favoreçam a construção de sentido, percebendo que os elementos que compõem um gênero po-dem contribuir para o leitor criar expectativas em relação ao que será lido e, dessa forma, antecipar acontecimentos ajustados a ele.

Selecionamos os livros A Loira do Banheiro

e outras histórias, de Heloisa Prieto, cujos contos

apresentam uma diversidade de formatos e te-máticas, e Cara ou coroa? de Fernando Sabino,

cujas histórias se aproximam de temáticas urba-nas, do cotidiano. O trabalho consiste, portanto, em ler os contos e compará-los, a fim de que os alunos observem características comuns que possam ser generalizadas para outros títulos co-nhecidos.

Espera-se que por meio desta sequência os alunos:

— avancem seus conhecimentos em torno do gênero conto contemporâneo, atri-buindo a ele a característica híbrida; — conheçam autores brasileiros de

referên-cia contemporânea;

— avancem na distinção entre realidade e ficção.

Além desses objetivos, é esperado que os alunos possam desenvolver alguns comporta-mentos leitores, como:

— antecipar e formular hipóteses a partir da leitura, feita pelo professor, de dife-rentes informações, tais como ilustra-ções e paratextos;

— confirmar ou rechaçar as antecipações, ajustando-se cada vez mais aos indícios previstos pelos textos;

— expressar-se oralmente, elaborando enun-ciados cada vez mais coerentes, comple-tos, ajustados ao propósito e ao destina-tário;

— participar das conversas em torno do texto lido, expressando uma posição es-tética e pessoal;

— comentar e selecionar passagens da história de seu interesse e fundamentar suas preferências;

— dar sua opinião sobre a história e escutar a opinião dos colegas;

— confrontar distintas interpretações sobre o texto lido e solicitar ao professor a re-leitura de algum fragmento para verificar uma hipótese;

— construir critérios de validação com-partilhados, trocando saberes com os outros para ampliar a possibilidade de compreensão.

(4)

Encaminhamento da leitura

1- Apresentação das obras e propósitos da sequência

>

Organização do espaço: Na biblioteca/

sala de leitura da escola, com os alunos em roda, se possível sentados em um ta-pete ou em almofadas e pufes.

>

Duração: Aproximadamente 30 minutos.

>

Materiais: Livros Cara ou coroa?, A Loira

do Banheiro e outras histórias e outros da

coleção “Para Gostar de Ler Júnior” que houver no acervo da escola.

Para uma efetiva participação dos alunos é importante que saibam quais são os propósitos da sequência e o que se espera deles. Compar-tilhe alguns dos objetivos; por exemplo, permitir, por meio da leitura de distintos contos dos livros

A Loira do Banheiro e outras histórias e Cara ou coroa?, que eles apreciem os textos, ampliem o

repertório literário e se aproximem das caracte-rísticas do gênero conto contemporâneo.

Os comportamentos leitores esperados po-dem também ser alvo da conversa e, para isso, considere quais são os avanços mais necessários ao seu grupo. Aponte, por exemplo, o quanto es-pera que os comentários sobre o texto lido se-jam consistentes, que revelem tanto os aspectos

estéticos, o que chamou atenção, o que encan-tou ou o que decepcionou, quanto aspectos mais analíticos da obra, a respeito dos persona-gens, de passagens do enredo e da linguagem empregada para narrar os acontecimentos.

Apresente os livros que serão usados ao longo da sequência e, se tiver outros títulos da coleção “Para Gostar de Ler Júnior”, incorpore à roda. Comente que essa é uma coleção muito antiga da editora Ática e que ganhou o termo Júnior para as obras voltadas ao público infantil. Destaque o nome dos autores e comente que todos são brasileiros, renomados, e que, prova-velmente, conhecem alguns deles. Se não tiver nenhum livro, poderá mostrar as capas usando o site do Coletivo Leitor.

BNCC

A proposta desta sequência contempla algumas habilidades propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), são elas:

(EF15LP15) Reconhecer que os textos literários fazem parte do mundo do imaginário e apresentam

uma dimensão lúdica, de encantamento, valorizando-os, em sua diversidade cultural, como patri-mônio artístico da humanidade.

(EF15LP16) Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor e, mais

tarde, de maneira autônoma, textos narrativos de maior porte como contos (populares, de fadas, acumulativos, de assombração etc.) e crônicas.

(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global. (EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.

(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no

contexto da frase ou do texto.

(EF35LP22) Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de

enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto.

Alguns títulos da coleção “Para Gostar de ler Júnior” que poderão incorporar a roda de apresentação aos alunos:

Onde já se viu? – Tatiana Belinky Nas asas do mar – Ana Maria Machado Se eu fosse aquilo – Ricardo Azevedo Antes de virar gigante e outras histórias – Marina Colasanti

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Para conhecer um pouco Heloisa Prieto e Fernando Sabino, selecione trechos de suas bio-grafias que constam nas páginas finais de cada livro. Aspectos ligados ao lugar de origem, início da profissão e curiosidades sobre a arte de es-crever histórias podem ser destacados. Quando for falar e ler trechos da vida de Fernando Sabino, não deixe de mostrar as fotos em que ele apare-ce junto a outros renomados escritores; comente quem são, pergunte aos alunos se os conhecem e mostre que alguns deles aparecem no enredo dos contos e das crônicas a serem estudados. Em relação a Heloisa Prieto, comente sobre o momento em que iniciou sua escrita, aos 16 anos, numa oficina literária, e sobre seu percurso pro-fissional como professora.

>

Vocês já ouviram falar da loira do

banhei-ro? O que ela faz? Como aparece? O que conhecem a respeito?

Nesse momento, podem aparecer distintas versões sobre essa lenda urbana. Aproveite para conversar a respeito dos motivos pelos quais isso acontece e provoque a curiosidade de saberem como a lenda será contada por Heloisa Prieto. Aproveite para mostrar o Sumário e as categorias escolhidas pela autora para dividir as histórias: Será que é lenda?; Memória do mundo; Histórias de amor; Aventuras contadas por meu pai; Me-dos inquietantes. Instigue os alunos a antecipar as possíveis temáticas abordadas nas histórias de cada uma das categorias.

A expressão “cara ou coroa?” é utilizada para referir-se a uma aposta, para escolher algo en-tre duas possibilidades. A origem da expressão remonta às moedas portuguesas, que estampa-vam, de um lado, a cara do rei, e, do outro, a co-roa portuguesa e o valor da moeda. No livro de Fernando Sabino, ao que será que a expressão se refere? Pergunte aos alunos e comente que vamos conhecer as histórias que dão nome aos livros na próxima aula.

2- Leitura de dois contos, um de cada livro

>

Organização do espaço: Escolha um

canto da escola onde seja possível for-mar uma roda ao ar livre, de preferência embaixo de uma árvore.

>

Duração: Entre 40 e 50 minutos.

>

Materiais: Livros A Loira do Banheiro e

outras histórias e Cara ou coroa?.

Para as leituras e apreciações dos contos, sugerimos iniciar pelas histórias que dão origem ao nome de cada livro. Leia alguns títulos do Su-mário e questione:

>

Não conseguimos saber os motivos pelos

quais os autores escolheram esses títulos para os livros, mas podemos imaginar. Na opinião de vocês, por que fizeram essa es-colha? O que vocês acharam dela?

>

Qual desses textos vocês têm mais

von-tade de conhecer?

Talvez “A Loira do Banheiro” instigue mais os alunos dessa faixa etária por envolver um certo mistério, algo do sobrenatural, mas, em contrapar-tida “Cara ou coroa?” pode levá-los a pensar num jogo, numa indecisão, e esse motivo pode cati-vá-los. Escute o que pensam e inicie a leitura dos contos para verificar se as expectativas geradas corresponderam aos acontecimentos narrados.

Planeje-se com antecedência, conheça to-das as histórias para poder escolher o que vai priorizar na leitura compartilhada, aquela que fará junto aos alunos, propondo discussões a res-peito da obra. Prepare a leitura em voz alta para adequar o tom de voz e a entonação com base nos episódios da história. Esses cuidados são es-senciais para uma leitura mais significativa.

Repare que, antes de começar os contos, há um trecho que nos convida a entrar na narrativa já com algo a pensar. No caso de “A Loira do ba-nheiro” o narrador ainda desconhecido antecipa que tudo não passa de imaginação, que loira no banheiro não existe, trata-se de uma invenção para acabar com o tédio. Depois da leitura, reto-me esse trecho comparando-o com o desfecho dado. Será que não existe mesmo?

Outro dado interessante nesse conto é a fi-cha existente depois do título, a qual revela que há um informante e que seus dados indicam se tratar de uma pessoa que mora em Avaré e é di-vulgador editorial. Pergunte aos alunos:

>

Como essas informações se relacionam

com a história? Por que estão aqui? A palavra “informante” leva a pensar que alguém contou o que aconteceu na história – nesse caso, o Lauro – e, no início do conto, já será possível confirmar essa hipótese. Como está escrito em primeira pessoa, acredita-se que foi ele que contou. Pergunte aos alunos quem escreveu o texto e garanta que não cheguem à

(6)

conclusão equivocada de que foi Lauro, pois, na verdade, ele é apenas o informante, aquele que supostamente contou a história para a autora escrever. Podemos considerar todas essas infor-mações como ficção, recurso utilizado por He-loisa Prieto para convencer o leitor que de fato a história aconteceu. Todas essas nuances podem ser discutidas e problematizadas com os alunos para ajudar na compreensão do conto.

>

Quem contou a história? Quem é o

nar-rador?

>

Qual foi o trabalho do Lauro e da Heloisa

Prieto na construção da narrativa? Será que o Lauro existe?

>

Vocês observaram que há um trecho da

história em itálico? O que está escrito lá? Por que tem esse destaque?

>

No término da história, o personagem

nos coloca uma dúvida: e se for verda-de que existem fantasmas? O que vocês pensam sobre isso?

>

Vamos retomar a epígrafe que aparece

antes de iniciar a história. O que mudou na forma de pensar do personagem? Em seguida, leia “Cara ou coroa?”, de Fer-nando Sabino, conforme as orientações de pre-paro da leitura em voz alta e de planejamento do percurso da conversa que pretende estabelecer com os alunos. Algumas possibilidades de apre-ciação são: o recorte temático da história, que é uma cena do cotidiano; o humor presente na maneira como o menino, filho, resolve o proble-ma da pia; a presença predominante do diálogo e como esse uso agiliza o relato.

Algumas questões podem nortear a dis-cussão:

>

Com base na leitura, do que podemos

afirmar que trata o enredo? Qual é o as-sunto que a narrativa aborda?

>

Como é resolvido o problema do

entupi-mento da pia?

>

O texto termina com a mesma expressão

do título? Vocês dariam um novo sentido para “cara ou coroa”? Qual?

>

Quando vocês ouviram o título,

pensa-ram que a história trataria esse tipo de conteúdo?

>

O filho do casal resolveu facilmente o

pro-blema que os pais estavam quebrando a

cabeça para solucionar. O que vocês acha-ram desse jeito utilizado pelo menino? Depois de ter feito a leitura e uma breve apre-ciação dos contos lidos, a proposta é comparar as histórias quanto à temática, à forma como foram escritas. Em ambas, nota-se um recorte temático voltado para questões cotidianas, da atualida-de, e um emprego da linguagem mais próximo à oralidade, com marcas que expressam o jeito de falar das pessoas no dia a dia. Por exemplo, em “Cara ou coroa?”, há a presença de diálogos e o uso de palavras e expressões que denotam uma cena do cotidiano, tal como: “— Que ideia a sua, jogar essa moeda aí dentro”; e, em “A Loira do Banheiro”, o trecho: “(...) O único de nós que já teve namorada foi o Beto, claro” demonstra isso. Em ambos os contos os personagens são pesso-as comuns, tanto que em “A Loira do Banheiro” a história é quase um relato evidenciando quão diverso pode ser o conto contemporâneo.

Essas discussões permeadas ao longo da apreciação dos contos podem ser registradas como primeiras aproximações com o gênero. Vale destacar que não esperamos uma definição exata, mesmo porque não existe apenas uma, mas que os alunos avancem no entendimento de tantas características dos textos lidos como uma possibilidade de melhorar sua compreensão lei-tora. Esse é, portanto, um primeiro levantamen-to de hipóteses sobre a estrutura composicional dos textos que serão discutidas e ampliadas ao longo da sequência.

Anote em um cartaz as ideias provisórias sobre as histórias lidas e dê esse caráter de pro-visoriedade ao que está sendo registrado, pois podem mudar, alterar, retirar apontamentos fei-tos. É muito importante não dar uma explicação detalhada do gênero, neste momento, porque espera-se que as distintas leituras programadas e planejadas nesta sequência deem conta disso. Essa postura revela acreditar na potência dos alu-nos, de considerá-los protagonistas do processo de ensino e aprendizagem, capazes de pensar e refletir sobre os conteúdos abordados.

3- Leitura pelos alunos de histórias de Heloisa Prieto

>

Organização do espaço: Em sala de aula,

com os alunos sentados em grupos.

>

Duração: Entre 30 e 40 minutos.

>

Material: livro A Loira do Banheiro e

(7)

Organize os alunos em dez grupos de modo que dois deles leiam o mesmo conto, assim a interação ficará mais intensa entre eles no momento de socializar as impressões e ca-racterísticas das histórias. A ideia é propor que leiam um conto de cada categoria do livro, para apreciarem e identificarem os motivos pelos quais eles estão organizados dessa forma na obra. Além disso, proponha uma análise quanto a alguns critérios a respeito das características do gênero.

Poder escolher o que ler implica eleger cri-térios de seleção que ao longo da vida escolar podem ser alvo de reflexão e de um contínuo processo de aperfeiçoamento. Permita que os grupos escolham os títulos que gostariam de ler e, a partir desse encaminhamento, peça-lhes que justifiquem suas escolhas. Uma ótima oportuni-dade para conhecer mais o perfil de leitor dos alunos, aquilo de que gostam e o que costumam selecionar quando oferecemos essa opção. Para a formação do leitor competente é

im-prescindível criar oportunidades de os alunos le-rem por si mesmos e enfrentale-rem os desafios de apreciar e compreender a narrativa com autono-mia. Segundo Colomer (2007, p. 125):

A leitura autônoma, continuada,

silen-ciosa, de gratificação imediata e livre

escolha, é imprescindível para o

desen-volvimento das competências leitoras. É

imprescindível para que o próprio texto

“ensine” a ler (...). É imprescindível para

que os alunos formem sua autoimagem

como leitores aprendendo a avaliar

an-tecipadamente os livros, criando

expec-tativas, arriscando-se a selecionar,

acos-tumando-se a abandonar um livro que

decepciona e a levar emprestado aquele

que lhe parece atraente. Se a escola não

assegura um tempo mínimo de prática

para todas essas funções, quem fará?

É possível também determinar os contos a serem lidos e, dentre essa seleção, deixar que os gru-pos escolham o que ler. Sugerimos as seguintes histórias:

Categoria Título

Será que é lenda? A ponte mal-assombrada Memória do mundo A longa vida de Merlim Histórias de amor E a paz não virá pela força Aventuras contadas por meu pai Bolachas

Medos inquietantes Palhaçadas Proponha aos alunos que leiam o conto

es-colhido e conversem sobre as impressões iniciais que tiveram com base na leitura, em seguida peça que organizem uma apresentação da his-tória para os colegas destacando aspectos, deta-lhes que ajudam a compreender o que conside-ram essencial da história.

A obra de Heloisa Prieto é marcada por uma diversidade de formatos, tanto no que se refere às temáticas quanto à estrutura. Podemos verifi-car isso nesta seleção, por exemplo:

A ponte mal-assombrada conta a história

de uma ponte em cujas estruturas todos acredi-tam haver fantasmas, mas o leitor descobre que são apenas sustos pelos quais os personagens passam. Uma cabeça gigante em um corpo

pe-queno será um fantasma? Um homem escondi-do atrás escondi-do pilar é um fantasma? Tuescondi-do se resolve, e a forma como isso ocorre dá um toque de hu-mor à narrativa. A categoria “Será que é lenda?” se encaixa perfeitamente levando o leitor a pen-sar: será que os fantasmas existem por aí?

A longa vida de Merlim conta a história do

menino Merlim, que se transformou em conse-lheiro do lendário rei Artur, que liderava um gru-po de cavaleiros da Távola-Redonda. Narrado em terceira pessoa, o conto se baseia no livro

História dos bretões, do século XIV. É

interessan-te notar como a interessan-temática é antiga, mas o interessan-texto e a forma como foi escrito são atuais devido a sua organização discursiva: uma breve introdu-ção para ajudar o leitor a compreender o

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con-texto em que Merlim nasceu, e diálogos entre personagens evidenciando o pensamento e os sentimentos de cada um. Estar na categoria “Memória do mundo” justifica-se pelo fato de essa narrativa ser clássica no universo literário e de fazer parte do patrimônio cultural.

E a paz não virá pela força é uma história de

coragem e amor, entre dois adolescentes que se gostam. Um terceiro colega, o Samir, tem algum problema não revelado no enredo que faz com que sua família decida sair do país – por esse mo-tivo vai à festa escondido para se encontrar com os amigos. Facilmente se entende por que a nar-rativa compõe a categoria “Histórias de amor”. É narrada em primeira pessoa e não sabemos ao certo quem conta até encontrarmos o adjetivo "bravo", que nos remete a um menino. No final, Anísia o chama de Mano, podendo se referir a al-gum apelido do narrador-personagem.

Bolachas conta como um grupo de

adoles-centes inventa uma brincadeira na praia, na déca-da de 1950, uma época em que a televisão aindéca-da não existia no Brasil. Esses meninos começam a deslizar na água rasa com uma prancha até aper-feiçoar o formato dela, arredondando-a, para fa-cilitar o deslizamento, batizando-a de "bolacha". Como uma aventura, o conto se encaixa na cate-goria “Aventuras contadas por meu pai”.

Palhaçadas narra a história de um menino

que é apaixonado por circo mas morre de medo de palhaços. Desconhecendo esse fato, a mãe organiza uma grande festa de aniversário para agradar o filho com o tema de que ele mais gos-ta, com muitos palhaços. O menino então faz um trato com o irmão, para se passar por ele durante a festança. No final, uma grande surpresa acon-tece quando justamente um palhaço faz com

que a mãe não descubra o plano deles. O texto apresenta temáticas recorrentes entre as crian-ças, como festa de aniversário, medo de palhaço e ainda um plano interessante para acompanhar uma aventura. O conto está na categoria “Medos inquietantes” e, nesse caso, refere-se ao palhaço, como o próprio título diz.

4- Leitura pelos alunos e análise dos contos lidos

>

Organização do espaço: Em sala de aula,

com os alunos sentados em grupos.

>

Duração: Aproximadamente 50 minutos.

>

Materiais: livro A Loira do Banheiro e

ou-tras histórias e a impressão da tabela por

grupo.

A proposta desta aula é aprofundar um pouco mais as reflexões realizadas a respeito da leitura dos contos. Para isso, com os alunos or-ganizados em grupo, entregue a tabela para pre-encherem de acordo com o título lido. A temática da história, os personagens, o tempo da narra-tiva e alguma passagem que merece destaque são os aspectos selecionados para análise. Peça aos alunos que escrevam o conteúdo principal; analisem se é uma temática que aborda algo da atualidade ou de um passado, de um tempo an-tigo, quem são os personagens e como agem na narrativa, qual é o perfil deles; observem que o tempo também pode se referir aos aconteci-mentos – eles ocorrem em poucas horas, dias ou em anos; e, por fim, busquem um destaque da obra, um trecho que consideram bem escrito, que tenha um jeito diferente de expressar algo, um que seja crucial para a compreensão.

Aspectos de análise Comentários do grupo Qual é a temática da história?

A temática é atual ou antiga? Quem e como são os personagens? Qual é o tempo da narrativa?

Selecionem algum trecho que consideram destaque do conto.

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Depois que os alunos preencherem a tabe-la, solicite que socializem com os colegas o que observaram. Faça com que os dois grupos que leram o mesmo conto apresentem seus regis-tros um após o outro para poderem comparar e debater, caso haja discrepâncias nos aspectos mencionados.

No final das apresentações, convide o gru-po a pensar no perfil dessas histórias, nas carac-terísticas comuns de todos os contos lidos e no que se diferem.

Em relação às temáticas, é possível notar que a maioria se refere ao tempo atual, narra cenas que acontecem na praia, em uma festa de aniversário, na estrada. Apenas a de Merlim apresenta uma temporalidade antiga, devido ao fato de o conteúdo tratado ter ocorrido há mui-tos anos, mas, como dito anteriormente, a for-ma como o texto é escrito permite afirfor-mar sua contemporaneidade. Os personagens são, em sua maioria, pessoas comuns, famílias que traba-lham, se reúnem, fazem festa, sofrem por amor, e há personagens lendários ou da ficção, como Merlim e o fantasma da Vovó Maria. O tempo da narrativa, em geral, é curto, acontece em interva-los breves (uma noite, uma tarde, uma festa). Al-guns destaques em relação à linguagem podem ser: a presença de diálogos; breves descrições; ritmo mais acelerado quando o efeito que pre-tende causar no leitor é de apreensão, surpresa, medo; contos narrados em primeira pessoa en-volvendo o leitor para acreditar ou se aventurar com o personagem, os narrados em terceira pes-soa contando a história de alguém, de um acon-tecimento. Essas são algumas possibilidades de análise, mas é fundamental ouvir o que os alu-nos comentam e pensam sobre as narrativas. Não existe uma resposta única para as questões discutidas, é necessário considerar a perspectiva dos alunos nessa forma de analisar os textos.

Para finalizar a aula, retomem o que já haviam, inicialmente, discutido em relação ao gênero e pre-encham o cartaz com as novas descobertas.

5- Leitura de dois contos, um de cada livro

>

Organização do espaço: Em um

espa-ço aberto, que seja calmo para os alunos poderem ouvir a história, de preferência em roda, embaixo de uma árvore.

>

Duração: Aproximadamente 50 minutos.

>

Materiais: Livros A Loira do Banheiro e

outras histórias e Cara ou coroa?.

“O revólver do Senador”, de Fernando Sabi-no, e “11 de setembro”, de Heloisa Prieto, são os contos escolhidos para apreciação e realização de comparação entre as narrativas para esta aula. Uma das aprendizagens literárias importantes para o grupo de alunos de 4º e 5º anos é distin-guir ficção de realidade, e os contos seleciona-dos permitem pensar sobre isso.

Comece perguntando aos alunos se eles sa-bem algo a respeito de 11 de setembro, o que acon-teceu nessa data que o título propõe. Se alguém mencionar o atentado terrorista ocorrido em 2001 nos Estados Unidos, primeiramente provoque-os a pensar sobre o conteúdo da história, depois leia o conto (p. 110) para eles. Caso contrário, inicie a leitura do conto, a fim de apresentar-lhes a his-tória. Antecipar possíveis acontecimentos é um comportamento utilizado frequentemente pelo leitor proficiente. Tornar os pensamentos explíci-tos permite uma troca produtiva e a possibilidade de apoio à reflexão de todos.

Em seguida à leitura, proponha uma conver-sa a respeito da antecipação feita e do conteúdo da história:

>

Qual é a história narrada no conto?

O texto conta como um grupo de pessoas, uma família e adolescentes que vão para a escola, receberam a notícia do atentado terrorista ocorri-do em 11 de setembro de 2001.

>

Na história, Shirley sonhou com seu orixá.

Vocês sabem o que é um orixá?

>

Vocês acreditam que os sonhos são uma

premonição do que pode acontecer na realidade?

>

Quando vocês terminaram de ouvir o

conto acharam que os acontecimentos da história foram reais? O que fez você pensar isso?

Orixás são deuses cultuados por diversas religiões de origem africana e se aproximam das características humanas, tendo virtudes e defei-tos. São homens e mulheres que conseguem in-tervir nas forças da natureza, por meio da caça e da plantação, e na cura de doenças, com o uso de ervas e a fabricação de ferramentas. Essa abordagem com os alunos precisa ser feita de maneira cuidadosa para não desrespeitar nin-guém, nem as culturas e crenças existentes de um povo. O mesmo vale em relação aos sonhos, pois há quem acredite e quem não acredite que

(10)

eles podem virar realidade. Abrir um espaço de conversa, de diálogo genuíno, é o desejável nes-se momento.

O conto “11 de setembro” pode ser uma ótima oportunidade para discutir a distinção entre fantasia e realidade, pois, embora o aci-dente seja um fato da realidade, a construção da história, com seus personagens e cenários, é fictícia. Pode ser, inclusive, interessante pensar que o substrato da escrita dos autores é base-ado na vida cotidiana, nas cenas ocorridas com milhares de pessoas ao redor do mundo, pois os temas abordados são sempre relacionados ao humano, às questões que nos afligem, que nos tocam, poderíamos viver ou desejaríamos que fosse possível. Acontece que no texto literário não há um compromisso com a verdade, com o que de fato aconteceu, e essa é uma das gran-des vantagens gran-desses textos, porque permitem um uso diferenciado da palavra escrita, tornan-do possível que o leitor construa novos olhares e alargue seu pensamento para as coisas do mundo e a forma de compreendê-lo.

Após a apreciação de “11 de setembro”, ini-cie a leitura de “O revólver do Senador” com a epígrafe (p. 21), que apresenta o texto, antecipa o conteúdo do conto e permite ao leitor pensar quem é o neto, qual era sua intenção, por que apontou para seu avô um revólver.

Leia o começo da história e pare no trecho em que o menino diz: “Vovô, eu vou te matar” (p. 21). Então, pergunte aos alunos o que pode-mos inferir, com base nessa expressão, quan-to às reais intenções do menino. Ele queria de fato matar seu avô? O vocativo utilizado, “vovô”, pode antecipar que se trata de uma brincadeira de criança pequena, mas essa validação preci-sa ocorrer no final da leitura para não quebrar o suspense gerado.

Após a leitura completa do conto, pergunte aos alunos:

>

Vocês acharam que o menino mataria o

avô?

>

No final, o senador diz: “Acabo de nascer

de novo”. O que ele quis dizer com essa frase?

>

Essa história aconteceu de verdade?

Novamente podemos traçar um caminho de apreciação em torno do que é real e do que é fantasia nos enredos. Essa história é fictícia,

mas poderia ter acontecido de verdade, como já vimos em casos reais de crianças que pegam armas dentro de casa e acabam se envolvendo em acidentes. Assim, é possível estabelecer um paralelo entre as duas histórias lidas e perguntar aos alunos:

>

Embora as histórias apresentem

conte-údos distintos, um sobre uma família e alguns amigos que descobrem um gra-ve atentado terrorista nos EUA, o outro narrando um quase acidente com uma criança armada em casa, podemos afir-mar que há semelhanças entre elas? O que vocês apontariam?

>

Qual deles chamou mais sua atenção? O

que você destacaria da história?

A partir dessa discussão, pergunte aos alu-nos sobre as temáticas dos textos lidos e o que podemos considerar como características possí-veis do gênero que estamos conhecendo com maior profundidade. Anote os comentários dos alunos para retomar depois.

6- Leitura de crônicas de Fernando Sabino

>

Organização do espaço: Organize um

espaço confortável na sala de aula, se possível com almofadas, para os alunos ficarem em roda.

>

Duração: Entre 30 e 40 minutos.

>

Materiais: Livro Cara ou coroa?; livros,

imagens ou outros materiais, como músi-cas de Otto, Rubem Braga e Jayme Ovalle. Nesta aula serão lidos dois contos de Fer-nando Sabino, com o objetivo de conhecer mais sobre as características de seus textos. Ao longo da obra, é forte a presença do humor na maneira de solucionar as questões abordadas pelos per-sonagens ou pelo próprio fato narrado conter certos traços de humor. Observar essas nuances e a forma como o autor faz isso é um dos princi-pais objetivos desta aula.

Escolha contos de sua preferência e que apresentem tais marcas. Sugerimos “O último a entrar” e “Amor de passarinho”.

Em “O último a entrar”, o humor prevalece. Instigue a curiosidade dos alunos com a leitura da primeira pergunta feita na epígrafe: “Sete me-nos um pode ser igual a sete?” (p. 14). É óbvio que não pode; mas, então, o que será que vai aconte-cer na história?

(11)

Depois de ler, questione:

>

Por que ao sair um passageiro ainda

fica-ram sete? O que aconteceu?

>

Vocês acharam engraçada essa história?

O que confere humor a ela? Destaque um trecho que mostre isso.

>

O final é muito inusitado. Por quê?

Podemos considerar um efeito de humor as muitas tentativas do motorista do ônibus de fazer cumprir a ordem de ter no máximo seis passagei-ros dentro do veículo, mas que, ao partir, permi-te a entrada de um senhor que estava no pon-to esperando. Tudo o que foi feipon-to para manter a ordem perde sentido, já que o motorista rompe com a regra que há muito custo tentava cumprir, ainda por cima de uma maneira distraída, em uma atitude sem pensar, como a que parece ter sido.

Em “Amor de passarinho”, não há marcas de humor; é uma narrativa que emociona o leitor. Logo no início há uma citação (p. 54) de Carlos Drummond de Andrade, “Amar um passarinho é coisa louca”, e já pode ser apreciada. Pergun-te aos alunos se concordam com tal afirmação e peça-lhes que justifiquem suas respostas. Em seguida, questione se alguém conhece Drum-mond, diga que é um autor consagrado na litera-tura brasileira, considerado um dos mais influen-tes poetas brasileiros do século XX. Questione também a possível relação entre o verso e o tex-to, o contraponto com o título do conto.

Leia o primeiro parágrafo do conto e desa-fie os alunos a pensar em quem conta a história. É possível saber quem é o narrador? Sabemos que o texto é narrado em primeira pessoa, mas ainda não é possível saber quem é. Continue a leitura até o final (p. 57), para depois voltar a essa questão. O texto de abertura do conto pode dar uma dica: “observando um passarinho perneta, que frequentava sua janela, o cronista descobriu que passarinhos e poetas viajam nas asas da po-esia...”. Quem é o cronista a que se faz referência? Retome o que discutiram sobre Fernando Sabi-no e sua arte de contar histórias a partir de sua vivência, do cotidiano. Esse fato pode contribuir para os alunos pensarem em outros pontos que aproximam o narrador de Fernando Sabino, uma vez que na história há o contato dele com outros autores como Otto (jornalista e escritor), Rubem Braga (cronista), Jayme Ovalle (compositor e po-eta), seus amigos pessoais, assim como nos re-vela sua biografia no final do livro. Novamente

há a possibilidade de discutir fantasia e realidade, pois o fato de pensarem que é o cronista a contar a história pode levar à compreensão de que ele está narrando algo que aconteceu de verdade, mas não é uma vez que todas as histórias foram criadas. Há um trecho do texto da quarta capa, que será abordado adiante, que retoma isso.

Se a turma conhecer esses autores, tiver lido algo produzido por eles, vale a pena mencioná--los; caso contrário, pode ser interessante apre-sentá-los. Busque no acervo da escola livros que contenham histórias escritas por eles e deixe-os disponíveis para leitura autônoma.

>

“O último a entrar” apresenta texto

per-meado de humor. Já esse que lemos agora não apresenta essa característica. Como você definiria esse conto?

Peça aos alunos que, em pequenos grupos, anotem em uma tarjeta a palavra, expressão ou frase que representa o texto. Coloque todas as tarjetas no mural e peça que justifiquem a esco-lha, retomando passagens da história que podem ajudar a validar ou rechaçar o que registraram.

Em seguida, leia o trecho da quarta capa em que se trata como as obras do livro foram criadas. “São 28 histórias criadas por Fernando Sabino, um escritor travesso que, de forma irreverente, apre-senta a vida como a vê: com olhos de menino. Suas histórias mostram a vida de um jeito gosto-so. Às vezes com emoção, às vezes com humor”.

Ao longo das situações de leitura nos de-paramos com o conceito de humor. Embo-ra seja difícil defini-lo, usamos como refe-rência o E-Dicionário de Termos Literários:

Como a própria referência à

produ-ção literária deixa evidenciar,

qual-quer tentativa de definição de

hu-mor se depara com a dificuldade de

delimitar o seu domínio, uma vez

que este se articula não raras vezes

na literatura com a paródia, a sátira,

a ironia, a caricatura, o paradoxo, etc.

No caso das histórias lidas o humor está presente na forma inusitada de os perso-nagens resolverem os problemas enfren-tados ou em a própria situação ser cômica.

Disponível em: https://edtl.fcsh.unl.pt/ encyclopedia/humor/. Acesso em: 18 maio 2020.

(12)

Esse trecho permite observar duas nuances das histórias presentes na obra, as que emocio-nam e as que provocam humor. “Amor de pas-sarinho” poderia ser encaixada na categoria das emoções, e “O último a entrar”, na de humor.

7- Leitura pelos alunos de histórias de Fernan-do Sabino

>

Organização do espaço: na biblioteca

da escola, em um lugar em que os alunos possam se sentar em grupos.

>

Duração: Entre 30 e 40 minutos.

>

Material: Livro Cara ou coroa?.

Como feito na aula 3, propomos que os alu-nos possam realizar a leitura de maneira autônoma, escolhendo os contos que querem ler. Sugerimos a mesma forma de encaminhar, formando 10 grupos de modo que cada conto seja lido por dois grupos.

Com o agrupamento organizado, peça aos alunos que realizem a leitura e conversem sobre a obra, se gostaram, se algo merece destaque, se é engraçada ou provoca encantamento, en-tre outros. Essa conversa pode apoiar a apre-sentação que farão para os colegas da história lida que não leram.

Sugerimos os seguintes contos para leitura:

Festa de aniversário é a típica história que

marca uma época. Garrafas de Coca-Cola nos aniversários infantis eram muito comuns nas dé-cadas de 1980 e 1990, e suas tampinhas por vezes eram marcadas por uma campanha. Neste con-to, a aniversariante, uma criança pequena, afirma que engoliu a tampa. A princípio ninguém quer acreditar, mas acabam levando-a para o hospi-tal. A insistência da menina é muito convincente, mas o laudo médico diz que não há nenhum me-tal em sua garganta nem no estômago. A revela-ção no final é surpreendente e repleta de humor. Ela engoliu e depois desengoliu.

O ratinho curioso conta a história de um rato

que assombra um casal que acabou de se mudar para um apartamento. A mulher fica muita assus-tada e tenta de todas as maneiras, junto com o marido, acabar com aquele barulho rec-rec-rec, que o rato fazia todas as noites. Compram vene-nos, ratoeiras e dão fim ao problema. Até come-moram, mas quando vão dormir o barulho reco-meça. A relação com o trava-língua “O rato roeu a roupa do rei” e um versinho de Vinícius de Moraes enriquecem a narrativa e as possiblidades de rela-ções intertextuais.

Pra inglês ver tem como título uma expressão

comumente utilizada para se referir a algo que feito só por fazer, sem ter real necessidade. É justamen-te o que aconjustamen-tece com o personagem da história, que ao precisar embarcar em um cruzeiro precisa de uma licença da marinha, que só com uma buro-cracia excessiva consegue o tal documento. As idas e vindas geram no leitor certa impaciência e tam-bém humor, visto que chegam a ser ridículas as delongas do processo, uma real crítica a esse fato com uma lente de aumento. No final ele embarca e nenhum tripulante a bordo pede o tal documento.

Um amor de menina narra a história de um

moço que precisa acompanhar uma senhora do hotel para o aeroporto de Paris. Ele teve de acompanhá-la em toda a viagem a pedido da fir-ma em que trabalha e já tinha ouvido muito os pedidos da senhora para não se atrasar, o que de fato acontece, mas, para ter certeza de que ela tinha chegado ao lugar correto no aeroporto, consegue uma manobra e entra na área a que só passageiros têm acesso. Fica tranquilo ao en-contrar a velha, mas ao se despedirem a senho-ra esquece a bolsa no bsenho-raço do senho-rapaz e pasenho-ra ele conseguir sair do saguão de embarque precisará se explicar muito. Acaba tendo um final engraça-do que corrobora toda a confusão vivida pelos personagens. As atrapalhadas e certo suspense criado ao longo da narrativa provocam um hu-mor, como algo tão do cotidiano pode ser vivido de maneira tão intensa.

Passeio trata de uma difícil conversa

en-tre um pai e uma filha. Difícil para quem? O pai precisa contar sobre a separação com a mãe da menina e faz tantos rodeios, quebra tantas as re-gras impostas à menina, como não tomar sorve-te porque o dia está frio, que quem mais sofre é ele e não a garota, que consegue levar tudo com muita calma. Embora apareça certa tensão senti-da pelos personagens ao longo do diálogo entre pai e filha, há muito amor envolvido e uma singe-la demonstração de carinho.

Podemos considerar a partir dessas leitu-ras que há forte presença de humor nos textos, principalmente na forma como as soluções dos problemas são dadas, no jeito de olhar para as si-tuações vividas e enfrentadas pelos personagens. Em contrapartida, há também textos comoven-tes, que expressam sentimentos como os de em-patia pelo próximo. Todas essas nuances podem ser destacadas e aprofundadas na próxima aula com a análise mais minuciosa da narrativa.

(13)

8- Leitura pelos alunos

>

Organização do espaço: na sala de aula com os alunos sentados em grupos.

>

Duração: Entre 30 e 40 minutos.

>

Materiais: Livro Cara ou coroa?, impressão da tabela por grupo.

Como na aula 4, proponha aos alunos que retomem os contos lidos e o analisem a partir de al-gumas características: temática, personagens, tempo e algo da linguagem que mereça destaque. O intuito é aprofundar a compreensão leitora e se aproximar das características do gênero.

Aspectos de análise Comentários do grupo Qual é a temática da história?

A temática é atual ou antiga? Quem e como são os personagens? Qual é o tempo da narrativa?

Selecione algum trecho que considera um destaque do conto.

Depois de discutirem em grupos e preen-cherem a tabela, peça aos alunos que compar-tilhem seus registros e organizem a apresenta-ção de modo que os grupos que leram o mesmo conto se apresentem um após o outro, pois caso haja discrepâncias entre os pontos de vista já po-dem ser retomados e discutidos.

Depois de todos os grupos se apresentarem, retome dados das tabelas de cada conto e esta-beleça comparações. É possível notar, por exem-plo, que as temáticas estão voltadas para cenas do dia a dia, situações inusitadas que acontecem com pessoas comuns, todas elas apresentam acontecimentos atuais, que poderiam acontecer hoje com qualquer pessoa.

Uma marca presente nos textos de Sabino é o humor. Suas histórias estão permeadas de situ-ações inusitadas e com soluções surpreendentes para os problemas enfrentados pelos persona-gens. Outro bloco de histórias se encaixa mais nas narrativas que emocionam o leitor, que apresen-tam algo sentimental. Podemos considerar estilo do autor, mas também do gênero, pois crônicas se aproximam desse universo mais humorístico.

Retome o cartaz feito com os apontamen-tos sobre o gênero ao longo da sequência e pro-ponha que anotem o que ainda não foi contem-plado. Pergunte se eles mudariam, tirariam ou reformulariam algum aspecto registrado.

9- Leitura de dois contos, um de Fernando Sa-bino e outro de Heloisa Prieto

>

Organização do espaço: na sala de aula,

organize um espaço para todos os alu-nos se sentarem em roda de modo que todos se vejam; pode ser no chão ou com cadeiras.

>

Duração: Entre 40 e 50 minutos.

>

Materiais: Livros A Loira do Banheiro e

outras histórias e Cara ou coroa?.

Nesta aula teremos a última proposta de leitu-ra, de um conto selecionado de cada um dos livros.

"Vovó Maria", de Heloisa Prieto, é um conto

narrado em primeira pessoa que instiga o leitor a lidar com o sobrenatural, um fantasma de estra-da que assombra os caminhoneiros, justamente o que acontece com um deles e um menino que pediu uma carona. Eles encontram Vovó Maria numa encruzilhada. Logo no início do conto, o narrador faz uma interpelação direta com o leitor:

Juro de dedo cruzado. Pode acreditar.

Aconteceu de verdade. Foi numa noite

fria para danar. Eu tinha parado num bar

para tomar um copo de café. Já passava

das onze. Eu estava bem chumbado. Mas

não queria dormir. Precisava chegar em

Dracena, só faltavam uns cem

quilôme-tros para Junqueirópolis, a última cidade.

(14)

Releia o trecho depois da leitura e questione:

>

Você acreditou no narrador? O que ele

fez para você acreditar ou não?

>

Ficou com medo? O que tem na história

que fez você se sentir assim?

>

Há outros trechos que contribuem para

essa sensação? Quais?

A persuasão do narrador em fazer o leitor acreditar que tudo o que vai narrar é verdade contribui fortemente para criar um suspense desde as primeiras linhas da história. O ambiente criado: uma noite fria, um bar, o horário das 23 horas, a estrada, tudo corrobora para que o lei-tor acredite na verossimilhança dos fatos. Outro aspecto que contribui para isso é a presença da ficha informativa antes de iniciar o conto com o nome do informante da história, o fato de ter um nome completo, sua idade, profissão e onde vive, o que contribui ainda mais para essa sensação.

Retome o trecho em que se narra o encon-tro do caminhoneiro com a velha na estrada, deixando explícito na entonação as marcas das frases curtas, criando um ritmo que provoque suspense no leitor:

Meu cabelo ficou de pé. Inteirinho. Pior

que pelo de gato. Porque, quando olhei

para a estrada – e o pior de tudo é que a

gente estava no meio da encruzilhada –,

o farol bateu numa velha. Cabelão

bran-co, branbran-co, muito comprido, solto,

voan-do, as mãos erguidas pro céu.

Esse trecho pode ser retomado depois da leitura para discutir com os alunos quais recur-sos foram utilizados para provocar os sentimen-tos gerados. Note que as frases são curtas, e isso aumenta o suspense e instiga o leitor a querer saber o que vai acontecer. A descrição de como o narrador se sentiu e da velha também contri-buem para as impressões e as sensações gera-das no leitor. A repetição da descrição “Cabelão branco, branco” leva ainda mais o leitor a pensar no fantasma, além do mais é “muito comprido” e voa. A cena mental criada do personagem, imbu-ída na atmosfera do conto, permite uma experi-ência estética incrível.

Outro trecho que revela alguns dos recursos utilizados pelo autor para aumentar a tensão é quando o caminhoneiro atropela a suposta velha e fica apavorado. Na página 20, as ações dele em frases curtas, uma embaixo da outra, merecem

destaque. Ajude os alunos a observarem a se- quência dos verbos utilizados: respirei, contei, desci, consegui andar, respirei, estou (vivo); a re-petição de algumas ações, a descrição do que o caminhoneiro fez, contadas dessa forma, são recursos utilizados intencionalmente pelo autor, não são aleatórias. Compreender os efeitos pro-duzidos pela forma como o autor escreve e que há um uso intencional para provocar tais experi-ências estéticas é o que contribui para a forma-ção de um leitor competente.

O desfecho também é interessante: a velha, então, que aparece na estrada como fantasma, termina como uma senhora de carne e osso. O fantástico, o inexplicável já não é mais? Acres-centado a isso, o frio na barriga do leitor continua porque ela afirma que sempre vai estar com o menino e o caminhoneiro. Novamente o recurso de frases curtas, com verbos de ação para dar a sensação de um ritmo mais acelerado.

“Eu paguei pelo combustível. Recebi as chaves. Dei partida. Pé na tábua. Para nunca mais voltar.”

Não deixe de considerar as impressões dos alunos sobre o conto, fazendo perguntas como:

>

O que você sentiu ao ouvir essa história?

Mudou essa sensação em algum acon-tecimento?

>

Pensando na forma como o conto foi

es-crito, o que você destacaria como mais inusitado? Foi o uso de algumas palavras ou expressões? Ou o jeito de descrever os personagens? Ou os acontecimentos entre o caminheiro e a velha?

>

Você indicaria esse conto para algum

ami-go? O que considerou em sua decisão? Em seguida, proponha a leitura de “Espinha de peixe”, de Fernando Sabino. A crônica tem uma parte inicial em que narra o que aconteceu com Dona Carolina: a velha engoliu uma espinha de peixe. A segunda parte trata da continuidade desse episódio com a insistência da mulher em afirmar que a espinha continua na garganta mes-mo com o marido da neta, médico, tendo exami-nado e não encontrado vestígio de tal parte do alimento ingerido.

Leia a primeira parte da crônica e mais os três primeiros parágrafos da segunda parte, mo-mento em que a avó insiste que está com a espi-nha na garganta. Pergunte aos alunos:

(15)

>

Vocês acham que a espinha ainda con-tinua na garganta de d. Carolina? O que faz vocês pensarem assim?

>

Como acham que vai terminar essa

his-tória?

Antecipar é uma estratégia de leitura que todo leitor proficiente utiliza. Já fizemos isso outras vezes e é importante possibilitar aos alu-nos a reflexão de que antecipar não é adivinhar, não está pautado no “achismo”. Cada vez mais queremos que eles antecipem acontecimentos apoiados em pistas que o texto oferece. Por isso, a partir dos comentários dos alunos peça justificativas para o que pensaram sobre a his-tória e deixe evidente as possíveis relações e as que não são.

Continue a leitura até o final e no momento da conversa pergunte:

>

Esperavam o final da forma como foi

nar-rado? Alguém tinha antecipado que isso ocorreria?

>

Você teria agido como os parentes de d.

Carolina? O que faria diferente?

>

Observaram como os familiares

descre-viam o ocorrido? O dono da casa falou: “Minha sogra é uma histérica”. O que isso significa? Você concorda com ele?

>

Vamos reler quando o dentista foi

exa-minar a senhora. “A velha engasgou e, em represália, por pouco não lhe mor-deu a mão. Todos respiraram aliviados”. Você acha que ela se controlou para não morder o dentista? O que ela queria com essa atitude?

Em seguida à apreciação das histórias, po-demos retomar as discussões sobre as carac-terísticas que se assemelham. Retome o que já discutiram e complementem a partir das leituras desta aula.

10- Fechamento da sequência

>

Organização do espaço: Com os alunos

sentados em suas carteiras, como de costume da sala.

>

Duração: Aproximadamente 20 minutos.

>

Materiais: Tabela de autoavaliação

xero-cada.

Para fechar o trabalho de leitura e discussões em torno do gênero, proponha uma retomada

do cartaz completado ao longo das aulas e peça que, em pequenos grupos, os alunos revisem as anotações, tirando, acrescentando, fazendo ade-quações ao que foi escrito. Essa pode ser uma forma de acompanhar a aprendizagem dos alu-nos, verificando quais são os avanços em torno da compreensão das principais características das obras lidas.

Em seguida ao trabalho dos grupos, peça que compartilhem o que conseguiram aprender para fazer um texto coletivo. Além poder fazer in-tervenções para uma escrita coerente ao que foi discutido, o registro servirá de memória do es-tudo feito, podendo ser consultado ao longo do ano e revisitado diante de novas leituras.

É esperado que o texto contemple a con-temporaneidade nas temáticas abordadas; as cenas do cotidiano como base das histórias; os personagens simples, comuns, algumas perten-centes ao sobrenatural; a presença de humor nas narrativas; o diálogo predominante em vez de longas descrições; o caráter híbrido dos contos contemporâneos; entre outros.

Em relação aos comportamentos leitores, conteúdos trabalhados ao longo das situações de leitura podem ser abordados em formato de autoavaliação ou alguns podem ser definidos para discutir com maior profundidade.

Dois deles merecem atenção por tratarem certa progressão em relação aos comportamen-tos leitores esperados no início do Ensino Funda-mental; são eles:

— Expressar-se oralmente elaborando enun-ciados cada vez mais coerentes, comple-tos, ajustados ao propósito e ao destina-tário e ao que se deseja comunicar. — Construir critérios de validação

com-partilhadas, trocando saberes com os outros para ampliar a possibilidade de compreensão.

Ao longo das situações de leitura, espera--se que os alunos possam cada vez mais elabo-rar comentários consistentes, com justificativas coerentes com o ponto de vista adotado, que considere seus interlocutores e a opinião deles para construir o argumento, que passe a incor-porar em sua fala respostas estéticas, mas tam-bém eferentes. Segundo Rosemblatt (2002), a resposta estética está relacionada aos aspectos afetivos, às impressões sensíveis e às intelecti-vas, já a resposta eferente está relacionada aos

(16)

aspectos informativos, de análise da obra. (Para saber mais, vide módulo 1 do Curso EAD A for-mação do leitor literário.)

É necessário que os alunos fiquem cada vez mais conscientes de seu processo enquanto lei-tores e que saibam que se expressar a partir do lido faz parte do saber ler.

Termine essa conversa destacando os avan-ços do grupo em relação aos objetivos desta se-quência de leitura e não deixe de mencionar o

que espera deles nas situações futuras, além de detalhar o que quer que continuem avançando. Com isso, evidenciamos a eles que o processo de aprendizagem não é responsabilidade única do professor, que o avanço depende de um traba-lho conjunto com eles. Acreditamos, assim, em um ensino mais democrático, que considera de fato os alunos como protagonistas da própria aprendizagem e com possibilidades de tomarem decisões para avançarem enquanto leitores.

Referências Bibliográficas:

BOSI, Alfredo. O conto brasileiro contemporâneo. São Paulo: Cultrix, 1974.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Aces-so em: 2 jun. 2020.

CASTRO, Catarina de: s.v. “Humor”, E-Dicionário de Termos Literários (EDTL), coord. de Carlos Ceia, ISBN: 989-20-0088-9. Disponível em: <http://www.edtl.com.pt>. Acesso em: 03 nov. 2020.

COLOMER, Teresa. Andar entre livros. São Paulo: Global, 2007.

LERNER, Delia. Ler escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. SILVA, A. P. D. (org). O conto e o romance contemporâneo na perspectiva das literaturas pós

autô-nomas. Campina Grande: Eduepb, 2016.

Referências

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