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TÍTULO: O MERCADO DE CAPITAIS COMO INCENTIVADOR DAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPLIANCE NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

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Academic year: 2021

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TÍTULO: O MERCADO DE CAPITAIS COMO INCENTIVADOR DAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E COMPLIANCE NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: DIREITO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JOÃO VICTOR OLMOS ALEIXO TEIXEIRA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CHARLES STEVAN PRIETO DE AZEVEDO ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

O aumento constante da representatividade do Brasil perante o mundo tem sido positivo não só no âmbito público, isso nos fica evidente quando analisamos o crescimento do número de empresas privadas que abriram capital nesses últimos anos. Esse mecanismo utilizado pelas empresas visa o financiamento de seus planos de expansão que estão para além do seu potencial de produção, partindo assim para o mercado de capitais, que ao longo da história demonstrou-se muito mais rentável pelo fato de, a priori, não estar estruturado em uma relação de credor e devedor, mas sim de sócios. Porém, atualmente não se trata de algo simples, já que os sujeitos dispostos a financiar estão inseguros após casos como a Lava-Jato e o Panama Papers, que expuseram grandes esquemas de corrupção e, consequentemente, mancharam o nome de grandes corporações e elevaram o nível de desconfiança sob outras, levando os investidores a fazerem pressão para que as empresas adotem práticas de governança corporativa e compliance em sua estrutura.

INTRODUÇÃO

O Brasil nos últimos anos vem passando por grandes avanços econômicos e sociais assumindo uma postura ativa e altiva no cenário mundial, como grande beneficiadora e contribuidora desse momento estão as empresas públicas e privadas brasileiras, elas assumem esses dois papéis pelo fato de, respectivamente, conseguirem expandir sua matriz e diversificar seu ramo de atuação, de forma a gerar empregos e investimentos em nosso país.

As empresas alcançam essa função graças ao mercado de capitais ou valores mobiliários, neste sentido é de grande valia a afirmação de Roberto Quiroga Mosquera, “como oitava economia mundial, a nação brasileira desponta dentre os países que recebem elevados capitais estrangeiros de curto, médio e longo prazo” (1999, p. 257). Este mercado atua no país desde o século XIX, porém, para adentrarem nessa grande fonte de recursos, hoje em dia, se faz necessário adotar uma série de comportamentos que visam a ética, transparência e responsabilidade.

Este presente estudo almeja demonstrar os principais tópicos, através do ponto de vista histórico e jurídico, acerca do mercado de capitais brasileiro e a sua influência na adaptação das empresas as exigências de governança corporativa e

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compliance (ou “conformidade”, no português) feitas pelo mercado durante ou após processo de IPO (Initial Public Offering).

OBJETIVOS

Almeja-se demonstrar a influência que o mercado de capitais vem exercendo nos últimos anos na alteração da gestão das empresas brasileiras, fazendo com que estas adotem práticas de governança corporativa e compliance, visando torna-las mais transparente e de acordo com as normas, tanto as internas como as externas.

Partindo da explanação sobre o que é mercado de capitais, abordamos aquilo que o compõe, os valores mobiliários, que servem como um índice de desempenho da empresa, influenciando em suas decisões, munido a elucidação de seu modus operandi.

Abordando o caminho traçado pelo agente deficitário que opta pelo mercado de valores mobiliários para se capitalizar e implementar as mudanças necessárias para seu crescimento, isto é, o processo de abertura de capital ou, como é conhecido, Initial Public Offering (IPO).

Em conjunto, apresenta-se os termos governança corporativa e compliance, ambos estão na pauta das principais empresas do mundo, pois é de onde tem-se demonstrado ao mercado o compromisso daquela companhia com a gestão eficiente, de melhor desempenho.

METODOLOGIA

Toda pesquisa deve ser lastreada por padrões científicos, particulares de cada área do conhecimento, que se encarregam de definir formas para se buscar a mais adequada interpretação dos seus resultados. Tais padrões podem ser resumidos no conceito de Metodologia.

Nesta esteira, descrever a metodologia, será nos dizeres de Welber Barral (2003, p. 75-76):

[...] especificar as operações a serem realizadas e a forma como serão interpretados os resultados dessas operações, considerando-se o problema proposto. Ao mesmo tempo, a metodologia não deve ser somente uma lista de meios para a pesquisa, mas também uma explicação de como esses meios serão preferíveis a outros.

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Desta feita, os métodos adotados no presente estudo, predominantemente, foram o histórico e o comparativo, pois, a análise das origens dos institutos mostra-se fundamental para que, junto a comparação ao longo dos anos e atual conjuntura nacional e internacional, se alçasse o entendimento desejado

Nota-se, portanto, o caráter sincrético no que tange ao uso dos métodos na presente investigação, de maneira que o método dialético também foi de suma importância para interpretação das teorias, livros e ensaios que foram lidas e utilizadas na elaboração do estudo.

DESENVOLVIMENTO

Analisou-se, objetivando melhor entendimento do tema, os títulos mobiliários partindo das discussões envoltas em sua conceituação e apresentando os modelos elencados pelas Leis n°. 6.385/1976 e n° 10.303/01, dentre os quais estão, por exemplo: ação, debênture, bônus de subscrição, contrato futuro et cetera, e também aqueles não considerados, os quais: títulos da dívida pública federal e os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira.

Deu-se ênfase a apresentação do mercado de capitais ou valores mobiliários, o explanando de uma ótica pautada nas ciências jurídica e econômica, utilizando-se de uma comparação ao mercado de crédito, demonstrando as vantagens e desvantagens existentes em cada um deles, tratando também do mercado primário e secundário, sendo que neste se dividiu em mercado de balcão organizado e bolsa de valores.

Além destes, foram elencados os índices e ramificações do mercado, como, por exemplo: Novo Mercado, IGC (Índice de Governança Corporativa Diferenciada), Bovespa Mais etc.

Tomou-se como norte a organização utilizada pela BM&F Bovespa (atual B3) na análise do balcão organizado e bolsa de valores, afinal é a mais ativa do Brasil e esta atua nos dois mercados.

Algo de suma importância aqui abordado foram as motivações e exigências legais e regulamentares para a entrada no mercado de capitais, o requisito necessário para que se consiga ter acesso à esta fonte de recursos que consiste na abertura de

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capital, assim como foi apresentando o caminho inverso, isto é, o fechamento de capital e seus reflexos em toda organização econômica.

Após, foi abordado a governança corporativa e o compliance, o primeiro que tem suas origens no direito estadunidense no início do século XX, e está ligado a uma administração difusa com participação dos acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal, ou seja, um verdadeiro grupo gerindo a empresa.

O compliance também tem origem no direito norte-americano, e é datado da mesma época que a governança corporativa, indicando que o mercado daquele país já passou por essa mudança de paradigma que estamos atravessando, e está relacionado a uma equipe que trabalha na empresa na prevenção e repreensão a condutas contrárias a integridade, refletida nas normas da própria empresa.

Incluiu-se explicações doutrinas e legislação nacional e estrangeira sobre estes institutos, que acabam por funcionar em conjunto, tais como: Sarbanes-Oxley Act, AS 3806:1998, Lei n.12.846/13, dentre outras.

Por fim, foi dado destaque a Lei n. 13.303 de 30 de junho de 2016, norma que é reflete o tema do presente trabalho, pois dispõe sobre a responsabilidade das estatais, e dentre as quais os dois termos aparecem nos Arts. 4° e 9º, sendo que o §4º do Art. 9º traz a palavra compliance, não só conformidade ou área responsável por aplicação das regras, ou seja, a influência do mercado de capitais atingiu até mesmo as empresas públicas, sociedades de economia mista e subsidiárias.

RESULTADOS

Ao longo do presente estudo, foi apresentado a relevância que o mercado de capitais tem para as economias mundiais, funcionando como um propulsor do crescimento de empresas, o qual é composto por investidores que visam aplicar suas reservas em um investimento mais rentável, e que, ao mesmo tempo, aceitam o risco de mercado.

Deixou-se claro, com a utilização do direito comparado, que se trata de uma movimentação já experimentada por muitos países ocidentais, dentre os quais os Estados Unidos que já tratam de governança corporativa e compliance, com certas diferenças do que é aplicado atualmente, desde o início do século XX.

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Explanou-se o árduo procedimento enfrentando pelas empresas que pretendem alçar essa modalidade de financiamento, toda burocracia e expectativa do IPO, e que além destas barreiras para ingressarem, as mesmas vêm lutando contra uma outra dentro do mercado, a escolha cada vez mais criteriosa dos agentes superavitários, optando por aquelas que se norteiam por uma gestão integra e coletiva, onde conseguem ter voz ativa.

O ponto principal é que, a desvalorização das ações de companhias atreladas a crimes financeiros obrigou, não só estas, a adotarem um novo modus operandi, em que fez-se isso visando aumentar o próprio valor da empresa, não só um gesto de importância para com as boas práticas mas sim, um interesse em, a partir desta modificação, conseguir manter suas ações líquidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo buscou-se deixar evidente a importância do mercado de capitais e sua influencia em todas as economias de mercado do mundo, algo decorrente da globalização que fez e faz com que o direito pátrio recepcione normas e entendimentos estrangeiros visando facilitar o comércio internacional.

Demonstrou-se que por ser um ambiente dependente da confiança e aceitação do risco do investidor está sujeito a flutuações, e por isso os agentes deficitários necessitam de tempos em tempos se adequar às exigências dos superavitários, as quais têm sido, no mercado brasileiro, a governança corporativa e o compliance.

Os respectivos institutos fazem com que a empresa se abra e junto a isso eleve seu valor, sob pena de, se não fizer, ver, paulatinamente, seus papéis se desvalorizarem, portanto, a questão está para além do simples comprometimento com a ética e integridade, mas sim um meio de sobrevivência em mercados cada vez mais concorrentes.

Quanto a metodologia, utilizou-se do método histórico e comparativo, o primeiro para buscar as raízes dos institutos apresentados e, através do segundo, trouxe-se essa origem até os dias atuais expondo seus aprimoramentos, e, ainda, sua aplicação em outras nações. Houve também a utilização do método dialético nas consultas bibliográficas de diversas teorias, livros e ensaios dos quais foi possível elencar diversas vertentes das quais foram de grande valia e reforçaram o entendimento pretendido.

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FONTES CONSULTADAS

ALVES, Fernando. Ética, transparência e cidadania: construindo o futuro. Revista da ESPM, São Paulo, ano 22, n. 3, edição 103, p.44-47, maio/junho 2016.

ANDRADE, Adriana; ROSSETTI, José Paschoal. Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.

AZEVEDO, Charles Stevan Prieto de. Elementos básicos de direito empresarial moderno. Curitiba: Juruá, 2016.

BM&FBOVESPA. Segmentos de listagem. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/segmentos-de-listagem/sobre-segmentos-de-listagem/>. Acesso em: 23 set. 2016.

BRASIL. Lei n. 12.846, de 1° de agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil das pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm>. Acesso em: 03 nov. 2016.

_________. Lei n° 13.303, de 30 de junho de 2016. Institui à Lei de Responsabilidade das Estatais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13303.htm>. Acesso em: 9 set. 2016.

COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 2: direito de empresa. 12ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2008.

FAZZIO JÚNIOR, Waldo. Manual de direito comercial. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MATTOS FILHO, Ary Oswaldo. Direito dos Valores Mobiliários: Volume – 1 - Tomo 1. 1ª ed., Rio de Janeiro: FGV, 2015.

MOSQUERA, Roberto Quiroga. Aspectos atuais do direito do mercado financeiro e de capitais. São Paulo: Dialética, 1999.

UNITED STATES OF AMERICA. Sarbanes-Oxley Act of 2002. 107th Congress, H.R. 3763. July 30, 2002. Disponível em: <https://www.sec.gov/about/laws/soa2002.pdf>. Acesso em: 3 set. 2016.

Referências

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