A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) apresentou uma nova competi-ção, que irá substituir a Liga Mundial e o Grand Prix, torneios masculino e feminino que acontecem em todos os anos. A nova competição terá o mesmo nome para os dois gêneros em quadra e também compartilharão o formato de disputa; será a Liga das Nações.
A fórmula foi desenvolvida em
con-junto com a agência IMG, que está por trás de eventos como o UFC e, mais recentemente, adquiriu os direitos da-Conmebol pela Libertadores junto com a Perform. Com a empresa, o principal objetivo passa a ser a modernização da disputa, com uma maior integra-ção com os torcedores. Basicamente, a FIVB quer fazer de todas as partidas uma grande festa do vôlei.
Com IMG, vôlei lança
torneio Liga das Nações
POR REDAÇÃO
B O L E T I M
NÚMERO DO DIA
EDIÇÃO • 860 SEGUNDA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2017
Brasil é o maior vencedor da Liga Mundial de Vôlei,
torneio que será extinto. País, por outro lado, está no
grupo de seleções fixas da Liga das Nações. Presidente da FIVB, Ary Graça, apresentou as novidades em Paris, em celebração aos 70 anos da entidade.
1mi
De euros pagará a Prefeitura de Málaga pelo patrocínio ao time de mesmo nome; ideia épromover o turismo na cidade espanhola.
WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR
2
G RY N E R D E I X A P R I S Ã O
O juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro liberou Leonardo Gryner da prisão; o ex-dirigente foi solto na manhã do último sábado.
Gryner é ex-diretor de operações do Comitê Rio 2016 e considerado o 'braço direito' de Carlos Arthur Nuzman no comando do COB.
Ele foi preso no último dia 5, assim como Nuzman, em decorrência da Operação Unfair Play, que investiga compras de votos no COI.
B AY E R N R E N O VA C O M C O C A - C O L A
A Coca-Cola renovou a parceria com o Bayern de Munique por mais três anos. Com o novo acordo, as duas partes completarão mais de 50 anos com acordo contínuo.
Com o contrato, a empresa permanece com exclusividade na venda de bebidas não alcoólicas no Allianz Arena.
O novo acordo ainda envolve uma publicidade "premium" no estádio, além de eventos promocionais.
G O I Á S C E D E I N G R E S S O S
A diretoria do Goias convocou torcedores para o treino antes do clássico contra o Vila Nova, no última sábado. Com torcida única, o time quis aproximar os torcedores.
Para incentivar a presença dos fãs no centro de treinamento, o clube resolveu ceder ingressos para os presentes: quem compareceu ao evento ganhou entrada para o jogo da próxima terça-feira, contra o Juventude, pela Série B.
A linha a ser seguida deverá ser os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando houve show de luzes, música e interações com o público. Agora, a FIVB gerará todas as imagens e tomará para si o evento, com o intuito de gerar uma padronização nas parti-das, independentemente de onde ela é realizada.
Segundo a federação internacional, o plano é “revolucionar” o vôlei. O plano é que haja mudanças significativas para quem assiste aos jogos nos ginásios, na televisão e nas redes sociais, que será um dos pilares no movimento de tornar as disputas mais próximas dos torcedores.
O presidente da FIVB, o brasileiro Ary Graça, resumiu os an-seios da entidade: A Liga das Nações é o torneio mais impor-tante da história da FIVB e revolucionará a forma como o vôlei é apresentado, tornando-o mais entusiasmante e colocando o fã, dentro e fora do ginásio, no centro da ação”.
Tanto no masculino quanto no feminino, foram selecionadas 12 seleções que participarão do torneio de forma fixa. E haverá quatro outras equipes ‘desafiantes’, com ainda outro torneio pa-ralelo que dará direito ao acesso à disputa.
O Brasil está garantido nas duas competições. Na masculina, Argentina, China, França, Alemanha, Irã, Itália, Japão, Polônia, Sérvia e Estados Unidos completam o grupo das seleções fixas. Na feminina, China, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Rússia, Sérvia, Coréia do Sul, Tailândia, Turquia e Estados Unidos foram as escolhidas para serem permanentes.
O anúncio foi feito em Paris, onde a FIVB celebrou o aniversá-rio de 70 anos da entidade.
O vôlei é um dos esportes de mais vanguarda que há. E, talvez, isso ex-plique duas situações únicas da moda-lidade. É um esporte que atrai o jo-vem e tem uma constante renovação de perfil de público. Mas, ao mesmo tempo, é difícil de fincar raízes com torcedores fanáticos e times tradicio-nais como fazem basquete e futebol.
O que talvez explique um pouco essa "fuga" de fãs é o fato de o vôlei ser um esporte avesso às tradições.
Está em constante renovação, bus-cando tornar mais imprevisível uma partida, adaptar-se sempre às exigên-cias das empresas de mídia e, ainda,
ter mais apelo ao público jovem. A nova aposta é transformar o jogo da modalidade num grande espetácu-lo de entretenimento para o público. É, obviamente, uma medida louvável. O fã dita um pouco o rumo do espor-te. Mas será que isso é bom para reter os torcedores que já curtem o esporte?
Há um tremendo risco de se "ba-nalizar" mais uma vez a modalidade, deixando em segundo plano o esporte para investir diretamente no espetácu-lo. Pode parecer um contrasenso, mas há um motivo simples para evitar que o esporte seja menor que o show.
Diferentemente da indústria do
en-tretenimento como um todo, no es-porte há um componente emocional muito grande que é o que cria o vín-culo da pessoa com a modalidade. Ao se tornar mais espetaculoso um jogo de vôlei, corre-se o risco de desagradar o fã que é a razão de ser do esporte.
O entretenimento é vital para dar mais vitalidade e rejuvenescer a base de fãs do esporte (a F1 que o diga). Mas ele não pode, em nenhuma hipó-tese, modificar a cara de uma compe-tição. Esse parece ser o maior risco da inovação proposta agora pela FIVB.
Entretenimento tem linha
tênue para atuação no esporte
O P I N I Ã OWWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR
Não durou muito a passagem de Alex Bour-geois pelo comando do Figueirense. No sába-do (14), o clube lançou nota para anunciar que o executivo teria pedido “afastamento tempo-rário” para resolver “problemas pessoais”.
Apesar do afastamento do executivo, não houve nenhum indício de que o fundo de in-vestimento que assumiu todo o departamento de futebol, em agosto deste ano, saia do co-mando do time catarinense. O contrato assina-do é de 20 anos.
Segundo informações divulgadas pela rádio CBN, os dois investidores do clube, Cláudio Vernalha e Luiz Gustavo, permanecem no co-mando da equipe. Eles contratarão uma em-presa de consultoria para ajudar na gestão do
time sem o CEO.
Essa não é primeira vez que a passagem de Alex Bourgeois é encurtada em um clube de futebol. O executivo chegou a ser anunciado como CEO do São Paulo, mas, em meio às disputas políticas do time paulista, o dirigente chegou a ser demitido duas vezes em um perí-odo de dois meses.
O Figueirense anunciou a terceirização de todo o futebol do time em agosto, em contrato que envolveu a gestão esportiva e comercial. A promessa era de um investimento inicial entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões já neste ano para tirar o time da situação difícil vivida em campo. Há até cláusula que obriga o time a se manter na Série A em 75% do tempo de contrato.
Após dois meses, CEO do Figueirense
pede afastamento do cargo
4
POR REDAÇÃO POR ERICH BETING
Alguns clubes do futebol brasileiro aproveitaram o Dia das Crianças, celebrado no último fe-riado, para promover ações sociais envolvendo jovens. O trio de São Paulo, por exemplo, usou suas for-ças para se aproximar de pessoas com mais dificuldade.
O Palmeiras resolveu se unir à ONG Mães da Sé, especializada em encontrar crianças desapareci-das. Os jogadores do time chega-ram a entrar em campo com fotos
de alguns dos jovens que são pro-curados. Mas foi nas redes sociais que o time mais ativou a parceria.
Na escalação do time, por exem-plo, o Palmeiras mostrou apenas sete jogadores no Twitter. “Quan-do alguém desaparece, não tem como não sentir sua falta”, afirmou o canal do clube. Depois, mostrou a foto de uma criança desapare-cida a cada 11 minutos de partida; esse é o tempo que leva para uma criança desaparecer no Brasil.
No Corinthians, houve a união de dois parceiros do time para re-alizar o desejo de uma criança com câncer. Ela pediu à ONG Make-A-Wish um celular para acompanhar o clube e para falar com os amigos. Com a Alcatel e com a Smartimão, o time paulista conseguiu realizar o desejo do jovem torcedor.
Antes, o time já havia levado os jogadores Léo Príncipe e Cama-cho para visitar o projeto do clube chamado “Time do Povo”, que e-xiste desde 2010 e atende uma sé-rie de crianças carentes.
Já o São Paulo levou a mascote do clube para passar um dia na Casa Hope, que atende crianças como câncer no fígado, rins e medula óssea. Depois, o clube di-vulgou um vídeo para promover a ação e organização.
O Grêmio chamou jovens do In-stituto Geração Tricolor para pro-duzir faixas com frases do Estatuto da Criança e do Adolescente. Elas foram expostas na arena do time.
POR REDAÇÃO
Clubes usam Dia das Crianças
para promover ações sociais
O São Paulo conseguiu uma vitória contra o an-tigo patrocinador, a rede de restaurantes Rock & Ribs, que em 2016 colocou a marca no calção do time e deveria construir uma unidade no Morumbi, promessas que não foram realizadas.
Segundo o site da ESPN, o clube solicitou que fossem bloqueados R$ 390 mil da conta da rede. O
clube venceu a briga na Justiça, mas foram acha-dos apenas R$ 11 mil com a empresa. Ainda assim, o valor foi penhorado.
O São Paulo luta agora para receber o restante do valor que havia sido acordado pelo patrocínio. O Rock & Ribs deve R$ 270 mil dos R$ 650 mil acor-dados pelo patrocínio ao time.