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Fragmento extraído do Projeto Araribá - Geografia (Unidade 1) Temas: 1 e 2. Estado Território Nação e País

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Academic year: 2021

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Fragmento extraído do Projeto Araribá - Geografia (Unidade 1) Temas: 1 e 2

Estado Território Nação e País

O atual mapa do mundo representa um momento geopolítico internacional, resultado das complexas relações históricas entre território, Estado e nação. O mapa não é algo imutável, pois a qualquer momento podem surgir novos países e outros podem serem extintos ou reorganizados.

Diversos povos vivem em conflito para obterem autonomia política sobre um território, ou seja, lutam contra o domínio ou a invasão do território por outros países, e essa luta por autonomia pode levar a criação de outros países.

O estado

O estado é a forma como a sociedade se organiza politicamente; o ordenado jurídico que regula a convivência em um país. Fazem parte do estado às instituições políticas e administrativas encarregadas de produzir as leis (poder legislativo), colocá-las em prática (poder executivo) e empreender a justiça (poder judiciário). Além disso, o estado precisa contar com as forças armadas, responsáveis pela defesa do território e pela ordem interna.

Para ser reconhecido e respeitado entre os demais, um estado busca sua soberania, ou seja, ter plenos poderes para instituir e administrar as normas e leis que a sociedade deverá seguir em seu território. O estado soberano é aquele que não tem de reconhecer nenhum poder superior a ele.

As imagens mostram integrantes e uma propaganda do ETA, um grupo que luta pela criação do País Basco,em uma área atualmente pertence à Espanha

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Uma nação pode construir um estado soberano. Quando ela ocupa um território e se organiza politicamente, denomina-se Estado – Nação. Na sociedade contemporânea, o estado nação é a forma mais difundida de se organização da sociedade.

Nação:

O termo nação pode ser definido como um coletivo humano com características comuns, como a língua e a religião. Os membros dessa coletividade estão ligados por laços históricos, étnicos e culturais.

Há nações com um estado constituído, como a Alemanha, o Japão, ou Portugal, e nações que almejam constituir-se como Estado mas ainda não o são, como os tibetanos na China e os curdos, espalhados entre a Turquia, o Irã, o Iraque, o Azerbaijão, a Síria e a Armênia.

Território:

É a base física sobre a qual um estado exerce a sua soberania. O território é delimitado por fronteiras políticas, que podem ser naturais, ou artificiais. O território de um país é formado pelo solo continental e insular (ilhas), o subsolo, o espaço aéreo e o território marítimo.

O País

Podemos definir o país como um território politicamente delimitado por fronteiras com unidade político-administrativas, em geral habitado por uma comunidade com história própria. Todo país tem um estado constituído, que exerce soberania perante outros países, e uma constituição.

As Grandes Guerras e Guerra Fria

No Brasil os principais aspectos

relacionados a organização do Estado (nação) brasileiro estão na Constituição Federal.

O Arquipélago de Abrolhos é um conjunto de Ilhas vulcânicas localizado no Atlântico que fazem parte do território brasileiro

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A Europa foi pioneira na revolução industrial, o que lhe assegurou grande vantagem competitiva e tecnológica perante o resto do mundo. Alguns países europeus, especialmente Reino Unido e França, que iniciaram o processo de industrialização, tiveram de aumentar o seu suprimento de matérias-primas e fontes de energia. Essa necessidade impulsionou a expansão dos territórios coloniais europeus na África e na Ásia.

O controle direto ou indireto de territórios, sob a forma de colônias, também garantia mercados nos quais os capitalistas pudessem aplicar recursos excedentes, abrindo companhias ou emprestando dinheiro para governos e empresas daquelas regiões. Além disso, era necessário dar saída ao excedente demográfico dos países europeus. Essa dominação territorial, política e econômica é denominada de imperialismo.

No século XIX, o imperialismo expandiu seus domínios, impondo seu modelo cultural e seus produtos industrializados, retirando os recursos naturais e definindo os destinos políticos das áreas ocupadas.

A partir da segunda metade do séc.XIX, novas potências emergiram: Os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão. Alguns países como a Alemanha e a Itália ficaram em desvantagem, na partilha da África e da Ásia, pois a maior parte do planeta já se encontrava dominada por: Reino Unido, França, Bélgica e Portugal. Isso criou focos de tensão no panorama internacional.

Antecedentes da primeira Guerra mundial:

A partir da Revolução Industrial as máquinas forma inseridas nos processos de

transformação de matérias primas. A Imagem mostra uma industria nos primeiros anos da Revolução Industrial.

No mapa ao lado aparecem possessões

europeias na África, a divisão do continente em colônias, foi a maior expressão do imperialismo entre os séculos XIX e XX.

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A política imperialista, além do nacionalismo, aliada ao fato de que os países europeus estavam empenhados em uma corrida armamentista, gerou um clima de tensão, que resultou na formação de alianças políticos-militares, conhecidas como Tríplice Entente, entre Reino Unido, França e Rússia, e a Tríplice Aliança firmada entre Alemanha, Áustria -Hungria e Itália.

Em junho de 1914 o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, por nacionalistas sérvios, deflagrou o conflito. Ferdinando era herdeiro do trono do Império Austro – Húngaro, que disputava com a Sérvia, aliada dos russos, a hegemonia da região dos Bálcãs, a declaração de conflito pois em funcionamento todo o esquema de alianças, opondo Tríplice Aliança e Tríplice Entente.

A Primeira Guerra mundial:

O primeiro conflito mundial estendeu-se de 1914 a 1918, período durante o qual o território europeu, africano e asiático se tornaram campos de batalha. A Itália mudou de lado em 1917, em troca da promessa de ganhos territoriais, fortalecendo assim a Tríplice Entente. Mas o resultado a favor dessa aliança só ficou evidente quando da adesão dos Estados Unidos da América também no ano de 1917. Nesse mesmo ano a Rússia abandona a guerra, pois passava por uma revolução socialista em seu território, o que gerou instabilidades políticas e uma guerra civil em seu território, de modo que não haviam condições de permanência para os russos no conflito mundial. A ajuda estadunidense, com forças não abaladas por anos de conflitos fez então que a balança pesasse para a direção da Entente, após quase quatro anos de conflito e um salda de mais de 20 milhões de mortes.

O Tratado de Versalhes conduziu os termos de paz e foi extremamente punitivo em relação aos países derrotados, principalmente em relação à Alemanha que teve perdas territoriais, teve que pagar uma dura multa indenizatória aos países vencedores para cobrir prejuízos com o conflito, al´me de ter a expansão de sua capacidade militar e bélica restrita.

O Mapa mostra as alianças que marcaram o conflito.

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O Período entre guerras

Após a primeira guerra mundial o quadro político europeu estava muito diferente do que ocorria anteriormente.

Ao leste da Europa o antigo império do czar Russo, deu lugar ao primeiro estado a adotar no mundo o sistema econômico, ou modo de produção socialista: A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas que passa a se estruturar a partir do ano de 1922.

Também no ano de 1922, na Itália, o líder fascista Benito Mussoline foi conduzido ao poder. Mussoline foi financiado por grandes empresários que temiam o avanço do regime socialista sob a Europa. A ascensão fascista também de certa forma expressa a insatisfação Italiana com os termos do tratado de Versalhes.

Já por parte da Alemanha, os termos do tratado de Versalhes causaram uma situação humilhante, o que acirrou na população um sentimento de revanchismo, fundamentado na defesa dos interesses nacionais. Os problemas econômicos enfrentados pelo país, após o final do conflito, resultaram no fechamento de muitas indústrias. Isso implicou no aprofundamento de problemas sociais como o desemprego, inflação, concentração de renda e empobrecimento da classe trabalhadora.

Adolf Hitler, líder do partido nacional-socialista (nazista) inspirado no fascismo italiano, aproveitou-se do sentimento de baixa autoestima que acometia o povo alemão para chegar ao poder em 1933 e iniciar a retomada do projeto militar do país. As relações com o mundo passaram a se basear na negação das instituições democráticas e na crença da supremacia da raça ariana ( da qual os nazistas afirmavam que os alemães faziam parte), com perseguição aos indivíduos considerados inferiores ( judeus, ciganos, homossexuais, portadores de deficiências físicas ou mentais).

A Segunda Guerra Mundial.

A expansão territorial alemão foi vertiginosa. Em 1936, Hitler recuperou a Renânia, região alemã cedida aos franceses como indenização de guerra, pelo Tratado de Versalhes. Em 1938, a Áustria foi anexada à Alemanha. No mesmo ano, o tratado de Munique cedeu aos alemães a região tcheca dos Sudetos. Em 1939, os nazistas ocuparam o restante da Tchecoslováquia.

O segundo conflito mundial foi desencadeado quando os nazistas invadiram a Polônia, em 1939. Os alemães buscaram reaver parte do território conhecido como Corredor Polonês, entregue a Polônia na ocasião do Tratado de Versalhes. O Reino Unido e a França declararam guerra a Alemanha e, posteriormente, tiveram apoio dos Estados Unidos e da União Soviética, formando o bloco dos Aliados.

A Alemanha formalizou o bloco das potências do Eixo, unindo-se à Itália e Japão, países que também buscavam ampliar seu poder por meio de conquistas territoriais.

De 1939 até 1942, os nazistas dominaram boa parte da Europa. Em 1943, porém, forma derrotados, na África e na União Soviética, enquanto os estadunidenses efetivavam a ofensiva contra o Japão. Desse momento até 1945, sucederam-se vitórias dos Aliados.

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O fim do Conflito:

Após mais de seis anos de batalha e um saldo de mais de 50 milhões de mortes e 28 milhões de multilados, a guerra mundial terminou com a derrota do Eixo. O Japão, último a se render, sofreu ainda dois ataques nucleares empreendidos pelos Estados Unidos. Que lançaram duas bombas uma sobre Hiroshima e outra sobre Nagasaki, assombrando o mundo com um novo patamar de destruição causado por armas nucleares. A Guerra Fria:

No ano de 1945, com o termino da Segunda Guerra Mundial, os países conhecidos como três grandes (Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra), vitoriosos na guerra, participaram de conferências para reorganizar os espaço europeu de acordo com os seus interesses. As conferências de Yalta e Potsdam, remodelaram as fronteiras soviéticas e alemãs, expandindo as áreas de influência da União Soviética.

Os Estados Unidos, temendo o avanço soviético, lançaram a doutrina Truman em 1947, com o objetivo de colocar os países da Europa Ocidental sob sua influência. Assim teve inicio o processo de bipolarização mundial.

Como consequência, em 1949 os países da Europa alinharam-se no bloco ocidental (capitalista) ou no bloco oriental (socialista). No mesmo ano, a Alemanha foi dividida em dois países: a República Federal da Alemanha, ou Alemanha Ocidental, capitalista, e a República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental, socialista.

Corrida Espacial:

Nesse cenário, a corrida espacial foi um marco na disputa entre os blocos capitalista e socialista. Os Soviéticos foram os primeiros a lançar satélite e enviar um homem aos espaço, enquanto os estadunidenses organizaram a primeira expedição tripulada até a Lua. A corrida tinha finalidade científica e compunha o contexto de competição pelo desenvolvimento de tecnologia militar, mas sobretudo era uma maneira de cada bloco fazer propaganda de suas conquistas tecnológicas e do deu modo de vida.

Equilíbrio do terror:

Além da corrida espacial, durante a guerra fria ocorreu a chamada corrida armamentista, que teve inicio com o lançamento das bombas atômicas sobre o Japão. Estados Unidos e União Soviética esforçavam-se em produzir bombas nucleares com poder destrutivo cada vez maio, gerando preocupação em todo mundo. Acreditava-se que o ataque de um dos dois lados desencadearia uma guerra total que poderia pôr em risco a própria existência humana. Era o equilíbrio do terror. Por esse motivo, as duas super potências tentavam manter os conflitos longe de suas fronteiras.

Os focos de tensão foram mudando ao longo do tempo, sempre que um país não deixava claro a qual bloco estava ligado. Soviéticos e estadunidenses financiaram grupos rebeldes, partidos políticos e até artistas e intelectuais para difundir suas ideologias.

Por isso, a Guerra Fria não foi uma guerra no sentido militar, de combate armado, mas uma guerra tecnológica, ideológica e cultural.

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Em 1985, Mikhail Gorbatchev assume o poder na União Soviética. Nos anos seguintes, ele iniciou um processo de reestruturação econômica (perestroika, em russo), com abertura política e com transparência das ações do Estado (glasnost).

Entre as ações empreendidas por iniciativa do líder soviético, destacaram-se os acordos entre os dois blocos para diminuição do arsenal nuclear. Desse modo, o equilíbrio pelo terror tornou-se menos inquietante. O fim da União Europeia acontece no ano de 1991.

Referências

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