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Conhecer os Projetos Pedagógicos das creches municipais e particulares em Tubarão (SC)

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Academic year: 2021

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PUCRS

Conhecer os Projetos Pedagógicos das creches municipais e

particulares em Tubarão (SC)

Lenemar Nascimento Pedroso1, Denise Eugênia Zumblick Gonçalves1 (orientadora)

1

Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL.

Resumo

Objetivos: a) Conhecer e analisar modelos de projetos pedagógicos que estão sendo utilizados nas creches municipais e particulares de Tubarão (SC), sendo que no mínimo serão coletados dados de 2 creches municipais e 2 creches particulares por bairro; b) Comparar levantamentos entre creches municipais e particulares de Tubarão (SC) tendo como base para esta verificação, o modelo LDB 9394/96 (Lei de diretrizes e bases da educação brasileira).

Metodologia: Para ter base de análise foi estudado a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96). O objeto investigado foram as creches municipais e particulares já existentes em Tubarão (SC), sendo que a proposta inicial era coletar dados de no mínimo 02 (duas) creches por bairros, mas pela ausência de creches, municipais e particulares, em muitos bairros e pela falta de interesse ou acúmulo de trabalho de algumas diretorias, foram coletados dados de 29 creches. A pesquisa foi realizada através de questionários aplicados às diretoras das creches e dos seus projetos pedagógicos e de maneira minuciosa foi feita esta análise. Após esta análise foram levantados dados e realizadas as comparações entre as creches municipais e particulares em funcionamento na cidade de Tubarão (SC).

Resultados: Encontramos 33 creches municipais e particulares que estão distribuídas nos 40 bairros da cidade de Tubarão (SC), sendo que em 17 bairros não encontramos nenhum tipo de creche. Constatou-se também que nos bairros do Centro e Vila Moema há uma maior concentração de creches particulares e ausência dessas creches nos demais bairros e como a proposta da nossa pesquisa era de duas creches por bairro foi eliminado o excesso, ficando assim com 29 creches pesquisadas. Constatamos alguns dados importantes como: a) qual o critério de matrícula, b) horário de funcionamento, c) objetivos

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da instituição; d) metas (dificuldade em diferenciar as metas dos objetivos); e) formação dos professores; f) se as creches possuem APP; g) se existem crianças portadoras de necessidades especiais; h) se há acessibilidade para as crianças portadores de necessidades especiais; i) se existem infra-estrutura para prática de esporte; j) infra-estrutura para as práticas culturais; l) forma de avaliação do trabalho realizado; m) se possuem acervo bibliográfico.

Conclusão: No que diz respeito “a conhecer e analisar modelos de projetos pedagógicos que estão sendo utilizado nas creches municipais e particulares” este objetivo foi atingido, pois foi fundamental o conhecimento e a levantamento de dados dos PP para desenvolver uma boa análise. No que tange ao objetivo de “identificar quais fatores ou situações em que se diferenciam as creches municipais das particulares” não foi atingido, pois foram encontradas 29 creches, dentre elas 21 creches municipais, 03 particulares e 05 fundações, o que acabou resultando na falta de dados das creches particulares, não sendo possível realizar a comparação entre as creches municipais e particulares.

O objetivo específico de “conhecer o que rege a Lei de diretrizes e bases da educação brasileira, LDB 9394/96, onde as creches têm como base esta legislação”; foi alcançado em virtude dos estudos feitos sobre esta legislação.

No aspecto positivo, alguns pontos foram identificados como: a participação dos professores na elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos das creches que trabalham (96,55%); o fornecimento de merenda escolar durante a permanência da criança na creche (96,55%); as instituições têm planejamento de ensino (96,55%); a diversidade de atividades culturais propostas; a valorização dos professores ser feita por meio de incentivos e cursos de aperfeiçoamento; entre outros.

Quando se perguntou sobre metas e objetivos, foi visível a falta de conhecimento para diferenciar esses dois assuntos, ficando os mesmo um tanto quanto confusos.

Num contexto geral, observou-se que as diretoras das creches têm uma sobrecarga de trabalho e exercem várias funções além da sua, pois era muito difícil conseguir 15 minutos para o preenchimento do questionário. Mas, é importante dizer que todas, com exceção de duas ou três, fizeram um esforço enorme para colaborar com essa pesquisa. Sugere-se aqui, que cada diretora tenha pelo menos uma secretária de confiança, onde possa estar delegando tarefas e focando assim, sua atenção cada vez mais para o desenvolvimento integral da criança.

O exercício de conhecer e refletir sobre um projeto pedagógico tem, sem duvida, um caráter teórico. Entretanto toda reflexão só tem significado se emerge da prática,

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procurando analisá-la, fundamentá-la e a ela volta, no sentido de reforçá-la ou reconduzi-la, se necessário, favorecendo assim uma melhor qualidade de vida e de aprendizagem escolar.

Introdução

A LDB define a educação básica em 3 etapas, sendo a primeira delas a educação infantil em creches e pré-escolas para crianças de 0 a 6 anos de idade. As crianças pequenas (0 a 3 anos) constituem o segmento etário mais frágil e indefeso com relação a condições adversas de cuidado e educação. A despeito do fato de crianças pequenas serem tradicionalmente educados no seio familiar, o número de pais que procuram escolas de educação infantil vem crescendo assustadoramente. Este fato se deve principalmente à necessidade dos pais de trabalhar para prover o sustento da família. Logo, a construção de uma política de creche deve ter como compromisso assegurar os direitos fundamentais da criança, seu bem-estar e desenvolvimento, saúde, alimentação sadia e higiene, a brincadeira, o contato com a natureza e a ampliação de seus conhecimentos.

O trabalho educativo-pedagógico é desenvolvido desde o berçário através da estimulação, estendendo-se às outras faixas etárias, havendo integração entre todas as idades, em atividades lúdicas e educativas buscando a autonomia, socialização, consciência crítica e ampliação do universo cultural da criança.

Antes a creche era um espaço apenas para cuidados e guarda da criança. Hoje cuidar tem duplo sentido: refere-se tanto ao sentido de tomar conta, como o de observar, pensar refletir, planejar. Portanto, entende-se que atualmente a creche é um espaço educativo onde a criança pode vivenciar experiências significativas que contribuam para sua aprendizagem e desenvolvimento. É uma instituição educacional, mas não substitui a família, onde seu maior cuidado é assegurar as melhores condições para que as crianças entrem em contato com as pessoas e coisas do mundo ampliando seu universo cultural.

O objetivo geral desta pesquisa foi “Conhecer e analisar modelos de projetos pedagógicos, no ano de 2008, que estão sendo utilizados nas creches municipais e particulares, e identificar quais fatores ou situações em que se diferenciam, e tendo como base para esta verificação, o modelo Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96)”.

Os objetivos específicos foram: a) Conhecer o que rege a Lei de diretrizes e bases da educação brasileira, LDB 9394/93, onde as creches têm como base esta legislação; b)

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Levantar dados dos projetos pedagógicos das creches municipais e particulares de Tubarão (SC), sendo que no mínimo serão coletados dados de 2 creches municipais e 2 creches particulares por bairro; c) Comparar levantamentos entre creches municipais e particulares de Tubarão (SC) tendo como referência para esta verificação, o modelo Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96).

Sendo assim, esta pesquisa teve como foco descrever as características da instituição de modo sucinto, seu histórico, origem e valores da clientela atendida, objetivo geral, as expectativas educacionais para determinado período.

Metodologia

Para ter base de análise foi estudado a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9394/96). O objeto investigado foram as creches municipais e particulares já existentes em Tubarão (SC), sendo que a proposta inicial era coletar dados de no mínimo 02 (duas) creches por bairros, mas pela ausência de creches, municipais e particulares, em muitos bairros e pela falta de interesse ou acúmulo de trabalho de algumas diretorias.

Os dados das creches municipais na cidade de Tubarão, foram informados pela Secretaria da Educação deste município. Os dados das creches particulares foram repassados pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares de Administração Escolar de Tubarão (SINPAAET) que tem a relação das creches particulares. E importante ressaltar, que estas informações estavam um pouco desatualizadas, pois existiam creches que estavam inativas e outras não aceitaram em participar da pesquisa.

Encontramos 33 creches municipais e particulares que estão distribuídas nos 40 bairros da cidade de Tubarão (SC), no ano de 2008, sendo que em 17 bairros não encontramos nenhum tipo de creche. Constatou-se também que nos bairros do Centro e Vila Moema há uma maior concentração de creches particulares e ausência dessas creches nos demais bairros e como a proposta da nossa pesquisa era de duas creches por bairro foi eliminado o excesso, ficando assim com 29 creches pesquisadas.

A pesquisa foi realizada através de questionários aplicados às diretoras das creches e de maneira minuciosa foi feita esta análise. Após esta análise foram levantados dados e realizadas as comparações entre as creches municipais e particulares em funcionamento na cidade de Tubarão (SC).

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Resultados (ou Resultados e Discussão)

Tabela 1 – Identificação dos bairros com suas respectivas creches existentes ou não Bairro P/E/F Nome das Creches Data de abertura

1 Aeroporto NÃO TEM

E CEI Balão Mágico Não indicou

2 Andrino

P Portinha do Futuro 3 Anita Garibaldi NÃO TEM

4 Areado NÃO TEM

5 Bom Pastor E CEI Caminho Feliz 01 /06/80

6 Campestre NÃO TEM

P CEI Coração Feliz

P CEI Pequenos Anjos 2002

7 Centro

F Santa Tereza 15/08/55

8 Caruru E CEI Orlando Francalacci 16/11/05

9 Comasa NÃO TEM

10 Congonhas E CEI Criança Feliz 1981

11 Cruzeiro NÃO TEM

12 Dehon F CEI São Judas Tadeu 15/08/55

13 Fábio Silva E CEI Sete anões 01/03/68

14 Guarda E CEI Cinderela 01/06/80

15 Km 60 E CEI Branca de Neve 06/03/77

F CEI Santo Afonso 15/08/55

16 Humaitá

E CEI Peixinho Dourado 17 Linha Mesquita NÃO TEM

18 Madre NÃO TEM

E CEI Chapeuzinho vermelho 1979 19 Monte Castelo E CEI Mario José Bressan 14/11/96 20 Morrotes E CEI Cantinho da Alegria 20/05/87

21 Oficinas E CEI Walt Disney 1980

E Fund. Ed. Joana de Angelis Não indicou

F Pio XII 15/08/55

22 Passagem

E CEI Estrelinha Brilhante 1980

23 Passo do gado NÃO TEM

24 Recife E CEI Recife Não indicou

25 Revoredo NÃO TEM

26 Rio do Pouso E CEI Angelina Mota Fernandes ?

27 Santa Luzia NÃO TEM

28 São Bernardo E CEI Bem-me-quer 1977

29 São Cristovão E CEI A São Cristovão 03/12/03

E CEI Sonho infantil 03/77

30 São João Margem Esquerda

E CEI Pirlim-Pim-Pim 1985

31 São João Margem Direita E CEI Borboleta Azul 08/08/82

E CEI Girassol 1979

32 São Martinho

E CEI Feliciana Correa da Silva

33 São Raimundo E CEI Cidade Azul 23/08/04 34 Stº Antº de Páuda NÃO TEM

35 Sertão da Jararaca NÃO TEM 36 Sertão dos Correias NÃO TEM 37 Sertão dos Mendes NÃO TEM

38 Sombrio NÃO TEM

39 Vila Esperança NÃO TEM

P Escolinha do Mickey 1996

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Observa-se, na tabela 1 há existência de 33 creches municipais e particulares que estão distribuídas nos 40 bairros da cidade de Tubarão (SC), sendo que em 17 bairros não encontramos nenhum tipo de creche. E na tabela 2 está a amostra da descrição das creches pesquisadas.

Tabela 2 - Amostra descritiva das creches pesquisadas

Constatou-se também que nos bairros do Centro e Vila Moema há uma maior concentração de creches particulares e ausência dessas creches nos demais bairros e como a proposta da nossa pesquisa era de duas creches por bairro foi eliminado o excesso.

Constatamos que:

Bairro P/E/F Nome das Creches Data de abertura

Andrino E CEI Balão Mágico Não indicou

Bom Pastor E CEI Caminho Feliz 01 /06/80

P CEI Pequenos Anjos 2002

Centro

F Santa Tereza 15/08/55

Caruru E CEI Orlando Francalacci 16/11/05

Congonhas E CEI Criança Feliz 1981

Dehon F CEI São Judas Tadeu 15/08/55

Fábio Slva E CEI Sete anões 01/03/68

Guarda E CEI Cinderela 01/06/80

Km 60 E CEI Branca de Neve 06/03/77

Humaitá F CEI Santo Afonso 15/08/55

E CEI Chapeuzinho Vermelho 1979 Monte Castelo E CEI Mario José Bressan 14/11/96 Morrotes E CEI Cantinho da Alegria 20/05/87

Oficinas E CEI Walt Disney 1980

E Fund. Ed. Joana de Angelis Não indicou

F Pio XII 15/08/55

Passagem

E CEI Estrelinha Brilhante 1980

Recife E CEI Recife Não indicou

Rio do Pouso E CEI Angelina Mota Fernandes Não indicou

São Bernardo E CEI Bem-me-quer 1977

São Cristovão E CEI A São Cristovão 03/12/03

E CEI Sonho infantil 03/1977

São João Margem Esquerda

E CEI Pirlim-Pim-Pim 1985

São João Margem

Direita E CEI Borboleta Azul 08/08/82

São Martinho E CEI Girassol 1979

São Raimundo E CEI Cidade Azul 23/08/04

P Escolinha do Mickey 1996

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Tabela 3 – Critério de matrícula

Critério Freqüência Porcentagem

Ter entre 02 e 05 anos de idade 03 10,35

Crianças carentes e família de grupo de risco

13 44,83

Mães que trabalham fora 17 58,62

Outros critérios 08 27,59

Não respondeu 03 10,35

Total 44 152,74%

58,62% creches utilizam o critério de matrícula ‘mães que trabalham fora’; 44,83% são as crianças carentes e família de grupo de risco; 10,35% foram utilizados outros critérios, como determinação da Secretaria Municipal de Educação (SME), particular, livre, crianças da comunidade; 10,35% ter entre 02 e 05 anos de idade; e 10,35% dos pesquisados que não responderam.

Tabela 4 - Horário de funcionamento parcial

Categoria Freqüência Porcentagem

Manhã – entre 07h30min e 12h00min 18 62,07

Tarde – entre 13h00min e 19h00min 24 82,76

Não especificado 01 3,45

Total 43 148,28%

Em relação ao horário de funcionamento algumas instituições oferecem duas opções para atenderem às crianças, o integral e o parcial.

Tabela 5 - Merenda oferecida às crianças

Categoria Freqüência Porcentagem

Sim 28 96,55

Não 01 3,45

Total 29 100%

Foi perguntado às diretoras se é fornecido merenda às crianças durante a permanência das mesmas, e 96,55% responderam que sim, sendo que apenas uma (3,45%) disse que não é proporcionado nenhum tipo de merenda.

De acordo com o Ministério da Educação, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), implantado em 1955, garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil (creches e pré-escola) e do

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ensino fundamental, inclusive das escolas indígenas, matriculados em escolas públicas e filantrópicas.

O Ministério da Educação complementa que:

O PNAE tem caráter suplementar, como prevê o artigo 208, incisos IV e VII, da Constituição Federal, quando coloca que o dever do Estado (ou seja, das três esferas governamentais: União, estados e municípios) com a educação é efetivado mediante a garantia de "atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade" (inciso IV) e "atendimento ao educando no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde" (inciso VII).

Conclui-se, que o fornecimento de merenda escolar proporcionada às crianças matriculadas em creches públicas é de total obrigatoriedade do governo federal, sendo que as creches particulares devem dispor de recursos próprios, arrecadados juntamente com a mensalidade recebida, ou simplesmente não fornecerem a merenda.

Tabela 6 - Objetivo e prioridade da creche

Categoria Freqüência Porcentagem

Desenvolvimento integral do aluno 12 41,38

Educar através do conhecer 12 41,38

Atender à comunidade 02 6,90

Não respondeu 03 10,35

Total 29 100%

Na tabela 6 foram coletados os dados sobre o objetivo e prioridade da creche, e constatou-se que as categorias que envolvem o ‘desenvolvimento integral do aluno’ e ‘educar através do conhecer’ se destacaram tendo a mesma freqüência 41,38% cada uma. Atender a comunidade obteve 6,90% e não responderam a essa questão 10,35% das creches entrevistadas.

Conforme o Art. 29 da LDB de 1996, a educação infantil, primeira etapa da educação básica, “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. Desta forma, pode-se perceber que em tese as participantes da pesquisa estão buscando atender à LDB.

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Tabela 7 - Metas da escola

Categoria Freqüência Porcentagem

Construção, ampliação e reforma 22 75,86

Formação continuada de pessoal 01 3,45

Aquisição de material didático pedagógico

02 6,90

Ensino com qualidade 07 24,13

Não respondeu 06 20,69

Total 38 131,03%

Conforme tabela 7, a prioridade das creches em suas metas são as construções, ampliações e reformas com 75,86%, a seguir vem o ensino com qualidade com 24,13%, não responderam totalizou 20,69% das respostas, 3,45% estima por uma formação continuada e 6,90 salienta a importância da aquisição de material didático pedagógico.

Segundo Michaelis (1998) metas são “resultados sucessivos a obter na programação de um trabalho”, ou seja, consiste em quantificar algo que se pretender alcançar. E o objetivo é o “que expõe, investiga ou critica as coisas sem procurar relacioná-las com os seus sentimentos pessoais”. (MICHAELIS, 1998).

Vale ressaltar, que ao associarmos a tabela 6 com a 7, conclui-se uma dificuldade em diferenciar as metas dos objetivos, pois a categoria ‘ensino com qualidade’ (colocada em virtude das respostas obtidas nesta questão), deveria estar na tabela 6 e não na tabela 7.

Outros resultados também foram relevantes:

a) Em relação à formação dos professores, 17,24% têm magistério ou nível médio, 55,17% são da categoria do nível superior, e também com 55,17% possuem alguns profissionais com pós-graduação;

b) Foi questionado se as creches possuem APP, 62,07% não possuem, as que têm correspondem à 34,48%, e não responderam tiveram 3,45% do total;

c) 51,72% das instituições têm crianças que portadoras de necessidades especiais e 48,28% não possuem;

d) 55,17% das instituições não possuem acessibilidade para as crianças portadores de necessidades especiais, apenas 31,03% têm, 10,35% preferiram não responder e 3,45% ressalta que a acessibilidade é limitada;

e) 58,62% das instituições responderam que não possuem infra-estrutura para prática de esporte, 31,03% possuem, 6,90 ressaltaram que depende da prática, e 3,45% não responderam;

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37,93% afirmam que têm, 10,35% salientaram outros motivos, como: temos pouco espaço, ‘estamos em reforma ‘e ‘adaptamos conforme a necessidade do evento’; e 6,90% não responderam;

g) 31,03% se absteve de responder qual é a forma de avaliação do trabalho realizado, 24,14% afirmam fazerem observações, registros e relatórios, 17,24% responderam que fazem semestralmente uma avaliação por escrito e entregue aos pais; 13,79% ressaltam que são feitos mensalmente, junto com o planejamento escolar; 10,35% realizam avaliação descritiva do desenvolvimento da criança no seu dia-a-dia, 6,90% ficaram com as categorias ‘reuniões pedagógicas’, ‘avaliação institucional’ e ‘auto-avaliação’;

h) 41,38% afirmam que possuem acervo bibliográfico, mas são pouco; 31,03% não têm, e 27,59% apresentam.

Conclusão

Através do levantamento de dados, localizou-se 33 creches, entre públicas e particulares, na cidade de Tubarão (SC), sendo provável ter ainda mais, e possivelmente, sem ter seus dados registrados nos órgãos responsáveis. É importante ressaltar, que essa pesquisa analisou apenas, os dados coletados de 29 creches.

O objetivo principal dessa pesquisa foi de “conhecer e analisar modelos de projetos pedagógicos que estão sendo utilizados nas creches municipais e particulares, e identificar quais fatores ou situações em que se diferenciam, e tendo como base para esta verificação, o modelo Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96)”. No que diz respeito “a conhecer e analisar modelos de projetos pedagógicos que estão sendo utilizado nas creches municipais e particulares” este objetivo foi atingido, pois foi fundamental o conhecimento e a levantamento de dados dos PP para desenvolver uma boa análise. No que tange ao objetivo de “identificar quais fatores ou situações em que se diferenciam as creches municipais das particulares” não foi atingido, pois foram encontradas 29 creches, dentre elas 21 creches municipais, 03 particulares e 05 fundações, o que acabou resultando na falta de dados das creches particulares, não sendo possível realizar a comparação entre as creches municipais e particulares.

O objetivo específico de “conhecer o que rege a Lei de diretrizes e bases da educação brasileira, LDB 9394/96, onde as creches têm como base esta legislação”; foi alcançado em virtude dos estudos feitos sobre esta legislação.

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No aspecto positivo, alguns pontos foram identificados como: a participação dos professores na elaboração dos Projetos Políticos Pedagógicos das creches que trabalham (96,55%); o fornecimento de merenda escolar durante a permanência da criança na creche (96,55%); as instituições têm planejamento de ensino (96,55%); a diversidade de atividades culturais propostas; a valorização dos professores ser feita por meio de incentivos e cursos de aperfeiçoamento; entre outros.

Alguns problemas foram solucionados nas últimas três décadas, mas outros, teimosamente continuam a ser alvo de preocupações e alguns novos surgiram nesse cenário. Um fato que chamou a atenção, foi em relação há inexistência de creches em 17 bairros da cidade, o que suscitou o questionamento: “onde se dá a formação pessoal e social dessas crianças?”

Por outro lado, existe uma concentração de creches particulares nos bairros Centro e Vila Moema. Talvez se justifique pelo poder aquisitivo dos moradores nesta região ser relativamente maior que em outros bairros da cidade.

Quando se perguntou sobre metas e objetivos, foi visível a falta de conhecimento para diferenciar esses dois assuntos, ficando os mesmo um tanto quanto confusos.

A questão que fala sobre quantos professores há para cada grupo crianças, foi desconsiderada porque não se obteve uma resposta clara e objetiva.

Num contexto geral, observou-se que as diretoras das creches têm uma sobrecarga de trabalho e exercem várias funções além da sua, pois era muito difícil conseguir 15 minutos para o preenchimento do questionário. Mas, é importante dizer que todas, com exceção de duas ou três, fizeram um esforço enorme para colaborar com essa pesquisa. Sugere-se aqui, que cada diretora tenha pelo menos uma secretária de confiança, onde possa estar delegando tarefas e focando assim, sua atenção cada vez mais para o desenvolvimento integral da criança.

O exercício de conhecer e refletir sobre um projeto pedagógico tem, sem duvida, um caráter teórico. Entretanto toda reflexão só tem significado se emerge da prática, procurando analisá-la, fundamentá-la e a ela volta, no sentido de reforçá-la ou reconduzi-la, se necessário.

Muitos profissionais do ensino estão mergulhados na cotidianidade de seu trabalho e nem sempre tem um distanciamento reflexivo sobre o mesmo. No entanto este olhar crítico é fundamental para caminharmos com mais segurança e efetividade, para nos desembaraçarmos de alguns entraves e para descobrirmos novas alternativas para melhoria

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desse trabalho pedagógico e educacional. Assim a articulação teoria/prática, o recurso à reflexão, é aspecto significativo de um momento de seminar e disseminar idéias, deixando de lado a afirmação tão repetida de que “a teoria na prática é outra” e verificando que embora não seja a mesma coisa, teoria e pratica são elementos indissociáveis de um único processo que sem recurso teórico não poderíamos falar em uma prática coerente e consistente.

O que constatamos, com freqüência é uma desarticulação entre pratica e discurso. E é exatamente no sentido de verificar a coerência do discurso que procuramos investigar a base teórica das praticas que vivenciamos e presenciamos no espaço da educação.

Analisando os Projetos Políticos Pedagógicos que se referem à Educação Infantil contata-se que é um dever do Estado, ou seja, é direito adquirido das crianças serem atendidas pelas instituições públicas, possibilitando seu desenvolvimento integral.

Com este trabalho esperava-se compreender como desenvolver uma pesquisa com caráter preventivo, que beneficie a socialização, a oportunidade de criação e reflexão critica, atendendo as diretrizes pedagógicas, bases da educação, proporcionando um exercício pleno de cidadania e o enriquecimento sociocultural e favorecendo assim uma melhor qualidade de vida.

Referências

FAÇANHA, Silvia Helena Ferreira et al. Treinamento para manipuladores de alimentos, em escolas da rede municipal de ensino, da sede e distritos do município de Meruoca, Ceará: relato de experiência, 2003. Disponível em: <http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind. exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=go ogle&base=LILACS&lang=p&nextAction =lnk&exprSearch=347936&indexSearch=ID> Acesso em: 25 ago. 2008.

MICHAELIS: moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 1998. 2267 p.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Alimentação escolar. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo= alimentacao_escolar.html>. Acesso em: 10 set. 2008.

OLIVEIRA, Vitor Marinho. Educação Física Humanista. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1986.

PARENTE, Marta Maria de A.; LÜCK, Heloísa. Mapeamento de estruturas de gestão colegiada em Escolas do Sistemas Estaduais de Ensino, 2000. Disponível em:

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25 ago. 2008.

SILVA, E.B. A Educação básica pós-LDB. ed. 2. Pioneira: São Paulo, 1999

SILVA, Célia; GERMANO, Maria Isabel Simões; GERMANO, Pedro Manuel Leal. Condições higiênico-sanitárias dos locais de preparação da merenda escolar, da rede estadual de ensino de São Paulo, SP, 2003. Disponível em: <http://bases .bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src= google&base

=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=353639&indexSearch=ID>. Aceso em: 25 ago. 2008.

SOUZA, P.N., SILVA, E.B. Como entender e aplicar: A NOVA LDB (LEI Nº 9394/96). ed. 2. Pioneira: São Paulo, 1997.

Referências

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