SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
SUBSISTEMA NORMAS E ESTUDOS DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO
CÓDIGO TÍTULO FOLHA
I-313.0016 REGULAMENTAÇÃO DE PROCEDIMENTOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS ENTRE A CELESC E A PREFEITURA MUNICIPAL
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1. FINALIDADE
Estabelecer critérios técnicos para a regulamentação do atendimento a novos consumidores de energia elétrica, a partir da implantação e/ou extensão de redes de distribuição de energia elétrica, promovendo a integração entre a Celesc e a Prefeitura Municipal, reprimindo com isso a ocupação desordenada do espaço urbano, rural e de áreas de preservação permanente, garantindo assim o direito do cidadão ao fornecimento de energia elétrica em consonância aos limites estabelecidos pelo respeito ao interesse público.
2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Aplica-se aos Departamentos da Diretoria de Distribuição, Agências Regionais e demais órgãos usuários.
3. ASPECTOS LEGAIS
Não há.
4. CONCEITOS BÁSICOS
4.1. Loteamento
Segundo a lei 6. 766, de 19/12/79, considera-se loteamento, a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação de vias existentes.
4.2. Loteamento Antigo
Entende-se por loteamento antigo, aquele comercializado antes da vigência da lei 6.766 de 19/12/79.
4.3. Loteamento Novo
Entende-se por loteamento novo, aquele loteamento urbanamente projetado e aprovado pela Prefeitura Municipal, após a vigência da lei 6. 766, de 19/12/79, no qual existe rede aérea de distribuição de energia elétrica, bem como unidades consumidoras construídas ou em construção, classificadas em:
4.3.1. Loteamento Aberto
Loteamento em que o acesso às vias, logradouros e praças é considerado pela Prefeitura Municipal como público.
4.3.2. Loteamento Fechado
Loteamento em que o acesso às vias, logradouros e praças é restrito aos moradores ou pessoas por eles autorizadas e portanto não é reconhecido pela Prefeitura Municipal como público.
4.4. Árvores Médias
São consideradas árvores médias as seguintes espécies: álamo, cipreste, jasmim, manga, pitanga, seriguela, canela, sassafrás, ipê amarelo (do cerrado), perobinha do campo, cabreúva vermelha, quaresmeira rosa, rosca, cássia, chuva de ouro, acácia mimosa, jambo vermelho, aleluia, chorão, manacá da serra.
4.5. Árvores Grandes
São consideradas árvores grandes as seguintes espécies: amendoeira, angico branco, angico vermelho, sobrasil, ou angico cangalha, cedro, faveiro, flanboyant, guarapuvu, jatobá, jequitibá vermelho, mogno, muiungu, óleo copaiba, sombreiro, paubrasil, ipê rosa, pau preto, magnólia amarela, pinheiro do Paraná.
4.6. Vias Arteriais
Vias exclusivas para tráfego motorizado que se caracterizam por escoamento contínuo, elevada velocidade e estacionamento proibido na pista.
4.7. Vias Locais
Vias que permitem acesso às propriedades, com grande acesso e pequeno tráfego.
4.8. Vias de Ligação
Ligações de centros urbanos e suburbanos. Geralmente só têm importância para o tráfego local.
4.9. Vias Urbanas
São caracterizadas pela existência de construções às suas margens e a presença de tráfego e de pedestres, em maior ou menor escala.
4.10. Vias Principais
São avenidas e ruas asfaltadas onde há predominância de construções comerciais, assim como trânsito de pedestres e de veículos.
4.11. Vias Normais
São avenidas e ruas asfaltadas ou calçadas, onde há predominância de construções residenciais, trânsito de veículos não tão intenso e trânsito de pedestres.
4.12. Vias Secundárias
São avenidas e ruas com ou sem calçamento, onde há construções, e o trânsito de veículos e pedestres não é intenso.
4.13. Vias Irregulares
São passagens criadas por moradores, de largura e arruamento variáveis, que dão acesso a pedestres e, em raros casos, a veículos, com traçado irregular, na maioria dos casos
determinados pelos usuários do local ou pelas próprias construções.
4.14. Vias Especiais
Acessos e/ou vias exclusivas de pedestres, calçadões, praças, jardins, parques, pontes, etc.
5. DISPOSIÇÕES GERAIS
A implantação e/ou extensão de rede de distribuição de energia elétrica em loteamentos, estará condicionada à prévia autorização da Prefeitura Municipal. Para tal o consumidor deverá apresentar documentação apropriada da Prefeitura Municipal, onde estará registrada a situação legal da área.
5.1. Distâncias Mínimas entre os Condutores da Rede de Distribuição da Celesc e Edificações
5.1.1. Se os afastamentos verticais das figuras 1 e 2 não puderem ser mantidos, exige-se os afastamentos horizontais das figuras 4 e 5.
5.1.2. Se o afastamento vertical entre os condutores e as sacadas exceder as dimensões das figuras 1 e 2 não se exige o afastamento horizontal da borda da sacada, figuras 4 e 5, porém o afastamento da figura 3 deve ser mantido.
5.1.3. Se não for possível manter os afastamentos especificados neste desenho, todos os condutores deverão ser protegidos de modo a evitar contato acidental por pessoas em janelas, sacadas, telhados ou cimalhas.
Distâncias Mínimas entre os Condutores da Rede de Distribuição da Celesc e Edificações
5.1.4. Os afastamentos especificados neste desenho aplicam-se às redes apoiadas em poste. Afastamentos Mínimos (mm)
Figura Primário Secundário Primário e Secundário
Primário Secundário 13.800 V - 13.800 V -1 1000 500 1000 -2 3000 2500 - 2500 3 1000 1000 1000 -4 1500 1200 1500 -5 1500 1200 1500 1200
Notas:
1) As cotas acima são válidas tanto para postes duplo T como para circulares.
2) Para se obter o valor de B, se necessário, deverá ser usado afastador de armação secundária para as figuras 3, 4 e 5.
3) os condutores de baixa tensão (380/220 V) deverão distar no mínimo 1,20 m do parapeito das sacadas, janelas e marquises.
4) os condutores de alta tensão (13.800 V) deverão distar, no mínimo 1,80 m do parapeito das sacadas, janelas e marquises.
5) Onde há edifícios com mais de 15 m, as redes aéreas devem distar, no mínimo 1,80 m dos mesmos.
6) Os afastamentos representados pela letra A (figuras do subitem 5.1.desta Instrução Normativa), referem-se à rede primária ou de alta tensão (13.800 V).
7) Os afastamentos representados pela letra B, referem-se à rede secundária ou de baixa tensão (380/220 V).
5.1.5. Rede Aérea de Distribuição de Energia
Altura Baixa Tensão Alta
Tensão
Telefone Placa de
do Poste Máx. Mín. TV a Cabo Ônibus
9 7.2 6.4 7.5 5.0 3.5
10 7.2 6.4 8.2 5.0 3.5
11 7.2 6.4 9.2 5.0 3.5
12 7.2 6.4 10.0 5.0 3.5
5.2. Largura das Ruas
Em servidões, a largura mínima da área de circulação deve ser de 3 metros, visando a circulação de pequenos veículos da Celesc, para a execução da manutenção da rede de distribuição de energia elétrica e em situações emergenciais.
5.3.1. Redes Subterrâneas
Neste caso, antes de se abrir as cavas, verificar cuidadosamente a localização da rede. É necessário que se atente ao fato de que às vezes as raízes podem obstruir canalizações.
5.3.2. Como Arborizar
Largura Situação Construção Plantio Espécie
Rua Passeio Divisa Recuo Poste Local
≤ 2,5 m sim - - não arborizada
≤ 6 m - sim pequeno dentro propriedade
> 2,5 m sim - pequeno oposto fiação
- sim pequeno oposto fiação dentro
propriedade
≤ 2,5 m sim - médio oposto fiação
≥ 9 m - sim médio oposto fiação dentro
propriedade
> 2,5 sim - grande oposto fiação
- sim pequeno sob fiação
< 2,5 m sim - grande oposto fiação
≥ 12 m - sim pequeno sob fiação
≥ 2,5 m sim - grande oposto fiação
- sim pequeno sob fiação
Notas:
1) Nunca plantar árvores médias ou grandes debaixo de condutores elétricos.
2) Escolher sempre o lado da rua sem fiação.
3) Plantar sempre a uma distância mínima de 3 metros das garagens, postes e esquinas.
5.4. Poda de Árvore
5.4.1. Árvores Existentes
A poda deverá ser feita sob a orientação da Prefeitura Municipal.
5.4.2. Futuras Plantações
Deverá ser escolhido o tipo de árvore adequada, sob a orientação da Prefeitura Municipal.
Para toda poda sob orientação da Prefeitura Municipal, a Celesc comunicará com antecedência, por escrito, a programação da poda. Para casos em que a árvore esteja atingindo os fios da rede de distribuição de energia elétrica, a Prefeitura Municipal deverá entrar em contato com o Plantão Ligue-Luz da Celesc, através do telefone 196. Os serviços de poda serão feitos de acordo com a Instrução Normativa I-313.0010 - Poda de Árvores em Redes e Linhas de distribuição.
Após a prévia comunicação à Prefeitura Municipal, por escrito, sobre a programação da poda das árvores, o não comparecimento do elemento credenciado pela Prefeitura Municipal no local, dia e hora marcados, não impedirá que a Celesc execute os serviços programados. Não cabe à Celesc a execução de poda estética, e sim a poda estritamente técnica.
5.5. Classificação das Luminárias
Luminária Lâmpadas Possíveis
aberta V.M. 80 W e V.S. 70 W fechada V.M. 400 W e V.S. 400 W V.M. 250 W e V.S.250 W Notas: 1) V.M. - Vapor de Mercúrio. 2) V.S. - Vapor de Sódio. 3) W - Watts.
5.6. Braços para Luminárias
Braço Luminária Possível
curto aberta
longo fechada
5.7. Unidade de Iluminação Pública
Unidade de Iluminação Pública
Descrição
VM 400 W (ou VS 400 W) Lâmpada VM 400 W instalada em luminária fechada e braço longo
VM 80 W e VS 70 W Lâmpada VM 80 W e VS 70 W instalada em luminária aberta e braço curto
VS 250 W (ou VM 250 W) Lâmpada a VS 250 W, instalada em luminária fechada e braço longo
5.8. Classificação de Volume de Tráfego em Vias Públicas
5.8.1. Tráfego de Veículos
Classificação Volume de tráfego noturno de veículos por hora
Leve 150 a 500
Médio 501 a 1200
Intenso acima de 1200
Nota:
Para vias com tráfego menor que 150 veículos por hora devem ser consideradas as exigências mínimas de tráfego leve.
5.8.2. Tráfego de Pedestres
Classificação Pedestres cruzando vias com tráfego motorizado
nulo vias arteriais
leve vias residenciais médias
médio vias comerciais secundárias
intenso vias comerciais principais
5.8.3. Iluminação Pública
Em função dos critérios expostos nos subitens 5.5; 5.6; 5.7; e nos subincisos 5.8.1.e 5.8.2., daremos a seguir os critérios para iluminação pública em função da localidade e volume de trânsito. Vias Volume Veículos Volume Pedestres V.S. 70 W V. M. 80 W V.M. 250 W V.S. 259 W V.M. 400 W V.S. 400 W
arteriais intenso nulo - - - x x
-locais leve leve x x - -
-ligação leve leve x x - - -
-urbanas intenso intenso - - - x x
-principais intenso intenso - - - x x
-normais médio médio x x - - -
-secundária médio médio x x - -
-irregulares leve leve x x - - -
-especiais intenso intenso - - x x - x
Notas:
1) Vãos mais usuais para as situações acima fica entre 35 e 40 metros.
2) Nos trevos recomenda-se lâmpadas V.S. 250 W ou V.S. 400 W.
3) Nos túneis recomenda-se lâmpadas V.S. 250 W ou V.S. 400 W.
5) Loteamentos de alto padrão recomenda-se lâmpadas V.M. 250 W, V.S. 250 W, V.M. 400 W e V.S. 400 W.
6) Praças e calçadões recomenda-se lâmpadas V.M. 80 W e V.M. 250 W.
7) Avenidas e pontes recomenda-se lâmpadas V.S. 250 W e V.S. 400 W.
5.9. Critérios para Mudança de Traçado de Ruas e Avenidas
5.9.1. Rede de Energia Elétrica Existente
A Prefeitura Municipal se responsabilizará em comunicar à Celesc em tempo hábil, sobre a mudança de traçado da rua ou avenida com cópia do projeto definitivo, a fim de que as providências sejam tomadas sem prejudicar o consumidor.
5.9.2. Rede de Energia Elétrica a Ser Implantada
A Celesc solicitará à Prefeitura Municipal informações quanto ao traçado da rua ou avenida onde passará a rede de energia elétrica.
Com o traçado definido da rua ou avenida, fornecido pela Prefeitura, a Celesc lançará sua rede.
5.10. Critérios para Aprovação de Projetos Residenciais e Prediais
Todo projeto, ao dar entrada na Prefeitura Municipal, que possua quatro ou mais unidades ocupacionais, ou que serão atendidas em tensão igual ou superior a 13,8 kV (carga instalada maior ou igual a 50 kW), deverá conter a consulta prévia devidamente aprovada pela Celesc.
As construções prediais deverão ser aprovadas pelos órgãos competentes estaduais, ou municipais e pelas concessionárias de serviço público, quando for o caso.
As construções prediais deverão estar situadas em áreas definidas pelo município como de interesse social, através de uma política urbana local.
5.11. Critérios para Utilização do Posteamento da Celesc
5.11.1. Cestos Coletores de Papéis
energia elétrica da Celesc.
5.11.2. Placas de Sinalização
As placas de sinalização devem ser fixadas em posição paralela à via de rolamento a uma altura mínima de 3 metros e máxima de 4,5 metros. Poderá ser instalada apenas uma placa por poste, com superfície máxima de 2.000 cm2 (40 x 50 cm).
5.11.3. Semáforo
Deverá ser instalado considerando os seguintes requisitos:
A interligação à rede de distribuição de energia elétrica da Celesc, será efetuada através de ramal de ligação subterrâneo, com cabo sintenax de 4 mm2.
A proteção e operação será efetuada por meio de um disjuntor de 10 Ampères, a ser instalado em uma caixa, a 1 metro da rede secundária de distribuição da Celesc.
O poste de fixação do semáforo, deverá ser de ferro galvanizado com 100 mm de diâmetro e com 3 metros de comprimento.
O semáforo será sempre instalado na esquina, onde não tenha rede de distribuição da Celesc, conforme mostra a figura 10.
A caixa de interligação à rede elétrica deverá ser metálica, com o objetivo de proporcionar uma blindagem com relação às fontes de tensão e corrente presentes na mesma.
5.11.4. Iluminação Natalina
Todo e qualquer tipo de iluminação natalina a ser instalada deverá ter a supervisão e orientação técnica da Celesc. Em calçadões, a altura mínima deverá ser de 4,5 metros, permitindo assim a circulação de carros de bombeiros.
Iluminação natalina, através de lâmpadas, em muros, paredes, postes e árvores, deverá estar distanciada do solo, no mínimo 2,5 m, visando segurança em função do contato inconsciente e/ou irresponsável de pessoas e crianças, principalmente em período de chuvas e de umidade intensa.
5.11.5. Faixas
É proibida a colocação de faixas nos postes da rede de distribuição de energia elétrica da Celesc, visto que as mesmas promovem condições de risco nas redes, provocando interrupções no fornecimento de energia, comprometendo a segurança e o bem estar dos consumidores.
6. DISPOSIÇÕES FINAIS
Não há.
7. ANEXOS
7.1. Estruturas Padronizadas
7.2. Área de Segurança - Posteação da Celesc para Servidão e Loteamentos de Baixa Renda
7.3. Flores na Base do Poste
7.4. Indicação das Ruas em Postes da Celesc
Notas:
a) as flores devem ser baixas: begônias, amor-perfeito, crisântemo, cravos, etc.
b) o suporte para vasos deve ser em forma de duas meias-luas, a fim de facilitar a retirada dos mesmos, quando diante da necessidade de uma troca de poste em função de uma manutenção, reforma ou emergência;
c) fica proibido o uso de floreiras nas seguintes situações:
- Em postes onde haja instalação de equipamentos tais como regulador de tensão, capacitor religador, seccionalizador, chave a óleo, transformador, etc
- Nas proximidades (menos de 0,5 m) de equipamentos e entrada subterrânea tanto da Celesc, Telesc, e TVs via cabo.