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ACÚMULO DE MASSA SECA EM MUDAS DE PINHA COM USO DE NITRATO DE POTÁSSIO E INTERVALO DE APLICAÇÃO

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Academic year: 2021

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ACÚMULO DE MASSA SECA EM MUDAS DE PINHA COM USO DE NITRATO DE POTÁSSIO E INTERVALO DE APLICAÇÃO

ANDREZA VERÔNICA DE SOUZA SILVA1; POLLYANA CARDOSO CHAGAS2; VERONICA ANDRADE DOS SANTOS3; RAILIN RODRIGUES OLIVEIRA1; EDVAN ALVES

CHAGAS4

INTRODUÇÃO

Na região norte, especificamente na Amazônia setentrional a Pinha (Annona squamosa L.) é de recente exploração e tem despertado grande interesse de produtores, o qual tem convertido esta frutífera em alvo de estudos para desenvolver tecnologias de produção de mudas e garantir a formação de pomares de qualidade, principalmente sob as condições da região (CHAGAS et al., 2013).

A planta é bastante exigente em nutrientes, principalmente, nitrogênio e potássio, quando comparada a outras culturas comerciais, no entanto a quantidade de nutrientes presentes nos substratos comerciais utilizados (forma disponível) é insuficiente para o primeiro estágio de crescimento das mudas, sendo necessária adubação complementar para a planta completar seu ciclo de desenvolvimento no viveiro (FRANCO et al., 2007).

Os nutrientes têm papel importante para um adequado desenvolvimento da Pinheira, quando há pouca disponibilidade de nitrogênio no solo, associada à grande demanda pela planta, faz do nitrogênio um dos nutrientes mais limitantes ao crescimento e desenvolvimento das plantas, Silva et al. (2008). O nitrogênio e o potássio são os nutrientes mais requeridos na fase inicial de desenvolvimento das plantas, Rozane et al. (2009). Já o nitrato de potássio é um fertilizante misto (13% de N e 44% de K2O), que não altera o pH do solo e possui baixo índice salino (BREDEMEIER & MUNDSTOCK, 2000).

Em vista do potencial sócio econômico e nutricional desta fruta, existem boas perspectivas para o desenvolvimento de pomares de Pinheira e comercialização de frutos no estado de Roraima. No entanto, exigem-se cuidados e controles na produção das mudas, etapa esta crucial para a implantação de um pomar sadio, longevo e de produção precoce. Diante do exposto, objetivou-se

1 Graduando do Curso de Agronomia, Universidade Federal de Roraima, Email: andreza_veronica@hotmail.com, railinoliveira@hotmail.com

2 D.Sc., Profa. da Universidade Federal de Roraima, Email: pollyana.chagas@ufrr.br

3 D.Sc., Pesquisadora Pós-Doc CAPES/PNPD/UFRR, Email: veronicaandrad@yahoo.com.br 4 D.Sc., Pesquisador da Embrapa Roraima, Email: edvan.chagas@embrapa.br

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MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no setor de Fruticultura da Embrapa Roraima em parceria com a Universidade Federal de Roraima – UFRR. Para instalação foram adquiridas sementes de frutos sadios coletados em pomar comercial, no município de Maria Helena-RR. Para semeadura foi utilizado sacos plásticos preto com capacidade para 3l preenchidos com solo e areia na proporção de 2:1, após semeadura, os saquinhos foram colocados em viveiro sombreados com telas de 50% de luminosidade, sobre bancadas e com irrigações por microaspersão automatizado.

Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC) em parcela subdividida no tempo. Os tratamentos foram caracterizados pelas diferentes doses do nitrato de potássio (KNO3) e épocas de aplicação formando um fatorial de (5 x 2), sendo as doses de KNO3 (0; 1,5; 3,0; 4,5 e 9 g/L-1) e dois intervalos de aplicação do fertilizante via foliar aos 14 e 28 dias, com doze plantas por tratamento e três repetições. A cada trinta dias durante quatro meses foram realizadas avaliações massa seca da parte aérea (MSPA) e massa seca das raízes (MSR). As mudas foram retiradas dos saquinhos, as raízes foram lavadas em água corrente para total separação dos substratos e raízes, separadas parte aérea e raízes e colocadas em estufa com circulação de ar forçada à temperatura de 60° a 70ºC até atingir massa constante, em seguida, foi determinada a massa seca. As médias dos tratamentos coletadas ao longo do tempo foram avaliadas através da análise de regressão. As análises foram realizadas com auxílio do programa computacional SISVAR®5.1 (FERREIRA, 2011).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi observado comportamento linear para a característica de massa seca das raízes ao longo do período avaliado, no entanto não houve influência em relação aos intervalos de aplicação do nitrato de potássio, aos 14 e 28 dias, Figura 1.

T1y = 0,0968x - 2,87 R2 = 0,92** T2y = 0,0938x - 2,645 R2 = 0,97* T3y = 0,1161x - 3,56 R2 = 0,90** T4y = 0,0851x - 2,045 R2 = 0,94* T5y = 0,101x - 2,795 R2 = 0,95* 0 2 4 6 8 10 12 30 60 90 120

Épocas de avaliações (dias)

M as sa s ec a de ra iz es (g ) T1= 0 g/L-1 T2= 1,5 g/L-1 T3= 3,0g/L-1 T4= 4,5 g/L-1 T5= 9,0 g/L-1

Figura 1 - Efeito de diferentes proporções de nitrato de potássio no acúmulo de massa seca da parte aérea em mudas Pinha e intervalo de aplicação. 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65

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O acúmulo de massa seca na parte aérea foi crescente ao longo das avaliações, que pode está relacionado à adequada quantidade utilizado do nitrato de potássio e absorção, balanceando o pH no substrato e favorecendo o desenvolvimento de raízes uniforme. Foi observado durante a execução do experimento que não houve fitotoxidez nas plantas mesmo com as maiores doses e menor intervalo de aplicação. Para Silveira e Malavolta (2000) destacaram a importância do K, relatando que plantas bem nutridas com esse nutriente são mais resistentes, em razão da maior retenção de água pelas raízes.

Houve interação significativa para a variável massa seca da parte aérea e intervalo de aplicação do fertilizante ao longo do período avaliado, figura 2.

T1y = 0,1235x - 3,16 R2 = 0,85* T2y = 0,1136x - 1,375 R2 = 0,72* T3y = 0,0877x - 0,91 R2 = 0,87* T4y = 0,1076x - 1,535 R2 = 0,94** T5y = 0,1312x - 2,395 R2 = 0,85* 0 4 8 12 16 30 60 90 120

Épocas de avaliações (dias)

M ass a s ec a d a p art e a ére a ( g) T1= 0 g/L-1 T2= 1,5 g/L-1 T3= 3,0g/L-1 T4= 4,5 g/L-1 T5= 9,0g/L-1 T1y = 0,1144x - 2,71R2 = 0,89* T2y = 0,0914x - 1,075 R2 = 0,99** T3y = 0,1109x - 2,33 R2 = 0,96** T4y = 0,083x - 1,05R2 = 0,99** T5y = 0,1018x - 1,705 R2 = 0,96** 0 4 8 12 16 30 60 90 120

Épocas de avaliações (dias)

M ass a s ec a d a p art e a ére a ( g) T1= 0 g/L-1 T2= 1,5 g/L-1 T3= 3,0g/L-1 T4= 4,5 g/L-1 T5= 9,0 g/L-1 14 28

Na produção de mudas à quantidade de massa seca da parte aérea é umas das características mais estudadas, Segundo Gomes e Paiva (2004), a quantidade de matéria seca da parte aérea indica a rusticidade e correlaciona-se diretamente com a sobrevivência e desempenho inicial das mudas

Figura 2 - Efeito de diferentes proporções de nitrato de potássio e acúmulo de massa seca da parte aérea, aplicado aos 14 dias e 28 dias em mudas, Pinha.

66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95

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o nitrato de potássio foi aplicado aos 14 dias de intervalo, quando aplicação foi realizada aos 28 dias às mudas apresentaram menor acumulo de massa seca, verifica-se também que as plantas que não receberam o nitrato de potássio apresentaram menor acumulo de massa seca, isso se deve ao menor desenvolvimento da parte aérea nas plantas que não receberam o fertilizante figura 2. Aos 120 dias se verifica que o intervalo de aplicação aos 14 dias a dose de 9,0 g/L-1 foi a que proporcionou maior acumulo de massa seca, isso se deve a maior massa vegetativa. O que pode está associado também ao acumulo e maior absorção do fertilizante nos últimos dois meses. Estes resultados mostram que houve eficiência fotossintética, representada pela maior produção e acúmulo de massa nas raizes.

CONCLUSÃO

Houve acúmulo semelhante de massa seca da parte aérea nas mudas de Pinha independente do intervalo de aplicação do nitrato de potássio, no entanto para a massa seca das raízes houve maior acúmulo com a dose de 9,0 (g L-1) aplicado aos 14 dias de intervalo.

AGRADECIMENTOS

A EMBRAPA/RR, CAPES, CNPq e UFRR

REFERÊNCIAS

BREDEMEIER, C.; MUNDSTOCK, C. M. Regulação de absorção e assimilação do nitrogênio nas plantas. Ciência Rural, v.30, n.2, p.365-378, 2000.

CHAGAS, P.C; SOBRAL, S.T.M; OLIVEIRA, R.R.; CHAGAS, E.A.; PIO, R; SANTOS, V.A. Physical and chemical methods to breach seed dormancy of sugar apple. Revista de Ciências

Agrárias. 56: 101-106, 2013.

FERREIRA, D.F. Sisvar: a computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia. 35: 1039-1042, 2011.

FRANCO, F. C.; PRADO, R. M.; BRACHIROLLI, L. F.; ROZANE, D. E. Curva de crescimento e marcha de absorção de macronutrientes em mudas de goiabeira. Revista Brasileira de Ciência do

Solo, Viçosa, v. 31, n. 6, p. 1429-1437, 2007.

GOMES, J.M.; PAIVA, H.N. Viveiros florestais (propagação sexuada). Viçosa: Editora UFV, 2004. 116p. (Caderno didático, 72).

MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Agronômica Ceres, 638 p. 2006. 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130

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ROZANE, D. E.; NPINHALE, W.; PRADO, R. D. M.; BARBOSA, J. C. Tamanho da amostra foliar para avaliação do estado nutricional de goiabeiras com e sem irrigação. Revista Brasileira de

Engenharia Agrícola e Ambiental, 13(03), 233-239. 2009.

SILVA, L.S; CANELLAS, L. P.; CAMARGO, F.A .O. Fundamentos de matéria orgânica do solo: ecossistemas tropicais e subtropicais. Porto Alegre: Metrópole, p. 1, 2008.

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