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A Ordem Do Discurso Resenha Internet

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Academic year: 2021

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A ordem do discurso A ordem do discurso

Semana passada eu tive que fazer um

Semana passada eu tive que fazer um trabalho sobre Michel Foucault e seu livro, trabalho sobre Michel Foucault e seu livro, “A Ord“A Ordemem do Discurso”. A

do Discurso”. Apesar das dificuldades, pois  um te!to pesar das dificuldades, pois  um te!to e!tremamente comple!o e que requer v"riase!tremamente comple!o e que requer v"rias leituras i#ualmente minuciosas, eu achei que seria uma boa idia e!por a e!plica$%o do te!to aqui para leituras i#ualmente minuciosas, eu achei que seria uma boa idia e!por a e!plica$%o do te!to aqui para que voc&s leitores tivessem acesso a um

que voc&s leitores tivessem acesso a um tipo de informa$%o e!tremamente valiosa.tipo de informa$%o e!tremamente valiosa. A Ord

A Ordem do Discurso  uma publica$%o em do Discurso  uma publica$%o baseada na aula inau#ural de Foucault no baseada na aula inau#ural de Foucault no 'oll#e de'oll#e de France. (ela, Foucault fala da rela$%o entre

France. (ela, Foucault fala da rela$%o entre discurso e poder.discurso e poder. ) controlando os nossos discursos que

) controlando os nossos discursos que as institui$*es mant&m as institui$*es mant&m o poder. Ao poder. Assim, h" diversasssim, h" diversas formas de controle ou de e!clus%o do

formas de controle ou de e!clus%o do discurso. S%o e!clu+dos aqueles que v%o contra a ordem discurso. S%o e!clu+dos aqueles que v%o contra a ordem vi#ente.vi#ente. Foucault fala de dois tipos de

Foucault fala de dois tipos de controle do discurso os e!ternos e os internos.controle do discurso os e!ternos e os internos. As formas de controle e!terno do discurso, Foucault chama de

As formas de controle e!terno do discurso, Foucault chama de sistemas de e!clus%o. S%osistemas de e!clus%o. S%o  procedimentos que impedem a cr

 procedimentos que impedem a cria$%o do discurso, embora nia$%o do discurso, embora n%o seu pensamento. -%o seu pensamento. -ooc& pode pensar umc& pode pensar um discurso, mas n%o pode pronunci"lo. S%o tr&s os sistemas de e

discurso, mas n%o pode pronunci"lo. S%o tr&s os sistemas de e!clus%o!clus%o /0 1nterdi$*es A interd

/0 1nterdi$*es A interdi$%o Foucault fala i$%o Foucault fala especificamente de tr&s tespecificamente de tr&s tipos de interdi$*es 2emboraipos de interdi$*es 2embora suas formas possam ser as mais variadas0 tabu do ob3eto,

suas formas possam ser as mais variadas0 tabu do ob3eto, ritual da circunst4ncia e direito ritual da circunst4ncia e direito privile#iadoprivile#iado ou e!clusivo do su3eito que fala.

ou e!clusivo do su3eito que fala. a. a palavra proibida ou tabu

a. a palavra proibida ou tabu do ob3eto h" certas coisas, h" deterdo ob3eto h" certas coisas, h" determinados assuntos dos quaisminados assuntos dos quais n%o podemos falar, que n%o podem entrar em nosso discurso. Dentre esses assuntos, os dois principais n%o podemos falar, que n%o podem entrar em nosso discurso. Dentre esses assuntos, os dois principais s%o a se!ualidade e a pol+tica.

s%o a se!ualidade e a pol+tica.

 b. ritual da circunst4ncia h" de

 b. ritual da circunst4ncia h" determinados discursos que terminados discursos que s5 podem ser anunciados ems5 podem ser anunciados em determinadas ocasi*es.

determinadas ocasi*es.

c. direito privile#iado ou e!clusivo do su3eito

c. direito privile#iado ou e!clusivo do su3eito que fala h" determinados discursos que s5que fala h" determinados discursos que s5  podem ser proferidos p

 podem ser proferidos por determinados su3eitos.or determinados su3eitos. 6o

6odas essas barreiras, essas interdi$*es, acabadas essas barreiras, essas interdi$*es, acabam por tolher a m por tolher a potencialidade do discurso, lo#o,potencialidade do discurso, lo#o, o seu poder. ) a velha hist5ria voc& nunca pode

o seu poder. ) a velha hist5ria voc& nunca pode dizer o que quiser, quando quiser e como bemdizer o que quiser, quando quiser e como bem entender. O

entender. Ou ent%o quem fala u ent%o quem fala o que n%o quer, ouve o que n%o o que n%o quer, ouve o que n%o quer.quer. 70 Oposi$%o entre raz%o e loucura Se eu

70 Oposi$%o entre raz%o e loucura Se eu di#o o que  proibido ou di#o o que  proibido ou contrario al#uma dascontrario al#uma das interdi$*es eu sou ta!ado de louco. Se#undo Foucault, “louco

interdi$*es eu sou ta!ado de louco. Se#undo Foucault, “louco  aquele cu3o discurso n%o circula  aquele cu3o discurso n%o circula comocomo o dos outros”. (a 8ist5ria h" v"rios e!emplos disso, principalmente de

o dos outros”. (a 8ist5ria h" v"rios e!emplos disso, principalmente de cientistas que contrariavam ascientistas que contrariavam as verdades estabelecidas de suas respectivas pocas. Mesmo se voc& estiver falando a

verdades estabelecidas de suas respectivas pocas. Mesmo se voc& estiver falando a verdade, seuverdade, seu discurso n%o vai ser aceito.

discurso n%o vai ser aceito. 90

-90 -oontade de verdade ntade de verdade 6o6odo mundo quer do mundo quer que seu discurso se3a que seu discurso se3a aceito como verdade, pois aceito como verdade, pois issoisso  o mesmo que ter

 o mesmo que ter poder. O discurspoder. O discurso nem precisa ser de fato o nem precisa ser de fato verdadeiro: basta que ele se3a passadoverdadeiro: basta que ele se3a passado como tal. S5 que caso ele n%o se3a aceito como verdadeiro, h" o risco da e!clus%o, de ser ta!ado como como tal. S5 que caso ele n%o se3a aceito como verdadeiro, h" o risco da e!clus%o, de ser ta!ado como louco. Sempre houve, e ainda h", e

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verdade, e o resto n%o o . “;ssa divis%o hist5rica deu sem d<vida a forma #eral = nossa vontade de saber”.

6endo isso em vista, n5s n%o devemos olhar apenas a verdade, mas tambm, e principalmente, a vontade dessa verdade. >orque a verdade do discurso acaba sempre mascarando a sua vontade de verdade 2devido ao apoio institucionalizado desta0. ?o#o, n5s i#noramos essa vontade de verdade como sendo “uma prodi#iosa maquinaria destinada a e!cluir todos aqueles que procuraram contorn"la e recoloc"la em quest%o contra a verdade, l" 3ustamente onde a verdade assume a tarefa de 3ustificar a interdi$%o e definir a loucura”.

;ssas tr&s formas de e!clus%o impedem que o indiv+duo anuncie seu discurso 2ou fa$a com que ele tema anunci"lo0. ;les “tendem a e!ercer sobre os outros discursos uma espcie de press%o e como que um poder de coer$%o”. Assim sendo, o discurso acaba se desenhando como uma forma de domina$%o. @m e!emplo  o discurso 3ur+dico, que usa uma lin#ua#em e!cessivamente tcnica e complicada. 1sso faz com que o cidad%o comum se3a e!clu+do desse campo discursivo e acabe como conseq&ncia l5#ica n%o bri#ando pelos seus direitos. (o 3ornalismo tambm h" isso, como o famoso “econom&s” usados nos cadernos de economia. @ma lin#ua#em tcnica que impede a compreens%o do te!to. S%o te!tos feitos para quem 3" entende do assunto, o que perpertua a concentra$%o do poder, do discurso.

) importante lembrar que nenhum enunciado  neutro. >ortanto, sempre desconfie de tudo o que voc& ler. O titulo, a ima#em, cada uma das palavras, tudo possui um si#nificado e n%o  escolhido = toa.

Buando o discurso pode ser dito, ele esbarra no que Foucault chama de “procedimentos de controle e delimita$%o do discurso”. Ou se3a, os processos internos, que tambm s%o tr&s.

/0 O coment"rio n5s sempre estamos nos remetendo a outros discursos. Buase tudo o que falamos 3" foi dito uma outra vez, porm de forma diferente, com outras palavras. O coment"rio  repetir um discurso 3" e!istente. ) o que eu estou fazendo aqui. Ao e!plicar Foucault para voc&s eu acabo limitando o sentido do te!to.

70 O autor a individualidade do autor limita o sentido do discurso. Se for “O” cara que estiver falando, tudo bem: se for um outro qualquer a+ o discurso deste tem menos valor,  menos poderoso.

90 A disciplina s%o re#ras pertencentes a determinado campo do saber ou ci&ncia =s quais o discurso deve se adaptar para ter validade ou credibilidade. Foucault cita o e!emplo de Mendel, que  por muitos anos n%o teve suas teorias sobre a hereditariedade aceita, pois elas iam de encontro = vis%o

da Ciolo#ia da poca. Obviamente, essas re#ras podem mudar de acordo com o tempo e com o lu#ar. ;las s%o dif+ceis de mudar, porque dessa forma quem as domina pode controlar quem participa do discurso.

;nfim, tudo isso serve para mostrar a import4ncia de como todo o discurso est"

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acordo com o que lhe  benfico. Assim, precisamos perder a in#enuidade que costumamos ter ao lermos um 3ornal, ao vermos uma propa#anda, etc.

A ordem do Discurso consiste na aula inau#ural de Michael Foucault presidida no 'oll#e de France. (o livro, Foucault procura mostrar que os discursos que permeiam na sociedade s%o

controlados, perpassados por formas de poder e de repress%o. E... suponho que em toda sociedade a  produ$%o do discurso  ao mesmo tempo controlada, selecionada, or#anizada e redistribu+da por certo

n<mero de procedimentos que tem por fun$%o con3urar seus poderes, dominar seu conhecimento aleat5rio ...GE 2p.HI0

Dando continuidade = discuss%o, Foucault esclarece que e!istem diversos procedimentos de repress%o do discurso. 1nicialmente, o autor apresenta que todo discurso  controlado pela interdi$%o a qual  vista como um recurso que limita a enuncia$%o do discurso, ou se3a, e!istem tabus para o

discurso, tendo em vista que n%o tudo que pode ser dito por qualquer pessoa, em qualquer lu#ar ou circunst4ncia. Se#undo Foucault, a pol+tica e a se!ualidade seriam os dois principais tabus presentes na sociedade e revela ainda, que os discursos s%o marcados pela busca de dese3o e de poder, pela luta do controle daquilo que enunciam, e acrescenta que Epor mais que o discurso se3a aparentemente bem  pouca coisa, as interdi$*es que o atin#em revelam lo#o, rapidamente, sua li#a$%o com o dese3o e com

o poder.E 2p. /J0

Outro elemento que Foucault aborda  a e!clus%o e a re3ei$%o e para e!plicar traz = tona a oposi$%o entre raz%o e loucura. A e!clus%o  bem e!plicada a partir do discurso do louco cu3o discurso a sociedade n%o compreende, e  considerado nulo porque n%o atende =s e!i#&ncias sociais. Assim, temos a se#re#a$%o da loucura, 3" que a sociedade n%o admite esse discurso como verdadeiro ou n%o tem interesse em ouvilo, pois n%o era visto como uma palavra de verdade e, portanto, n%o tem validade. ) nesse conte!to que Foucault promove uma discuss%o sobre o fato de que os discursos sofrem influ&ncias de re#ras sociais, institucionais e detentoras de saber que, por sua vez, #arantem aos discursos, o poder de ser aceito como verdadeiro. Diante dessas refle!*es, Foucault declara que Eo discurso verdadeiro, que a necessidade de sua forma liberta do dese3o e libera do poder, n%o pode reconhecer a vontade de verdade, essa que se imp*e a n5s h" bastante tempo,  tal que a verdade que ela quer n%o pode dei!ar de mascar"la.

O autor continua sua aborda#em e apresenta outros meios de controle do discurso que a#em internamente. Foucault come$a falando do coment"rio e defende que Eo coment"rio con3ura o acaso do discurso fazendolhe sua parte permitelhe dizer al#o alm do te!to mesmo, mas com a condi$%o de que o te!to mesmo se3a dito e de certo modo realizadoE. 2p. 7K7L0 Outro elemento que limita

internamente o discurso  o autor, esse  visto como ori#em das si#nifica$*es presentes no discurso. >ara Foucault, o autor  um elemento que completa o coment"rio, pois EO coment"rio limitava todo o

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acaso de uma identidade que teria a forma de repeti$%o e do mesmo. O princ+pio do autor limita esse mesmo acaso pelo 3o#o de uma identidade que tem a forma da individualidade e do euE 2p.7I0. Dentro desse #rupo se inclui a disciplina cu3o controle do discurso  diferente do coment"rio e do autor, ou se3a, a disciplina e!erce seu controle na produ$%o dos discursos por meio da imposi$%o de limites e de re#ras. 1sso fica mais claro quando Foucault esclarece que para que um discurso componha uma

disciplina, ele precisa est" no plano da verdade, precisa ter validade.

 (a terceira parte do livro, o autor determina condi$*es para que os indiv+duos possam formular seus discursos. A primeira forma discutida  o ritual que determina a qualifica$%o que os su3eitos que falam devem ter, define o comportamento, as circunst4ncias, como tambm a efic"cia desse discurso e o efeito desse discurso sobre aqueles a quem  diri#ido. A se#unda forma s%o as sociedades de discurso Ecu3a fun$%o  conservar ou produzir discursos, mas para faz&los circular em um espa$o fechado, distribu+los somente se#undo re#ras estritasE 2p.9I0. A doutrina, por sua vez 2que tambm determina o modo como o indiv+duo criar" seu discurso0, procura difundir seu discurso para o maior n<mero de pessoas, contudo, Ea <nica condi$%o requerida  o reconhecimento das mesmas verdades e a aceita$%o de certa re#ra  mais ou menos fle!+vel  de conformidade com os discursos validadosE. 2p.N70 ;, por fim, o sistema de educa$%o que E uma maneira pol+tica de manter ou de modificar a apropria$%o dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consi#oE. 2p.NN0

>ara finalizar, Foucault se assume como um se#uidor das propostas he#elianas e responde =s cr+ticas daqueles que o 3ul#avam estruturalista E; a#ora, os que t&m lacunas de vocabul"rio que di#am   se isso lhes soar melhor  que isto  estruturalismoE. 2p. J0

>or fim, salientamos que essa obra  de #rande si#nific4ncia para os estudos filos5ficos, como tambm para aqueles que se dedicam a estudar o discurso, sua cria$%o, seus modos de enuncia$%o e o  3o#o de aspectos repressoresPcontroladores do discurso.

Referências

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