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Estratégias para garantir eficiência na utilização de cana-de-açúcar. para ruminantes

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Academic year: 2021

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Introdução

Estratégias para garantir eficiência na utilização de cana-de-açúcar

1

para ruminantes

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Luiz Gustavo Nussio , Ivanete Susin , Clayton Quirino Mendes e Rafael Camargo do Amaral 1

Trabalho apresentado no 3º Simpósio Internacional sobre Caprinos e Ovinos de Corte – 3º SINCORTE, em João Pessoa, Paraíba, Brasil, Novembro 2007 (publicado com anuência da Coordenação do 3º SINCORTE)

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Professor Associado, Departamento de Zootecnia, USP/ESALQ. nussio@esalq.usp.br, ivasusin@esalq.usp.br 3

Engenheiro Agronômo, Mestre em Ciência Animal e Pastagens, USP/ESALQ 4

Zootecnista, Mestrando em Ciência Animal e Pastagens, USP/ESALQ

Resumo – Este artigo apresenta estratégias para utilização da cana-de-açúcar na alimentação de ruminantes. As estratégias estudadas foram: cana-de-açúcar picada in natura, cana fresca hidrolisada, cana-de-açúcar na forma ensilada, aditivo microbiano – Lactobacillus bucheneri, aditivos químicos – óxido de cálcio e uréia. Considerando o cenário atual de avanço no cultivo e produção nacional da cana-de-açúcar, o pecuarista deve estar atento às diversas oportunidades de uso desta planta nos sistemas de produção, buscando aproveitar o elevado potencial para aumentar a receita líquida da propriedade e melhorar o uso da área destinada à produção animal. Ao eleger a cana-de-açúcar como fonte de forragem para o rebanho, os produtores devem conhecer as vantagens e limitações desta cultura e estar cientes das diversas opções de uso para definir a melhor estratégia e garantir eficiência na utilização para ruminantes.

Palavras-chave: pequenos ruminantes, sistema de produção, alimentação, forragem, aditivo químico

Strategies to ensure efficiency in the use of sugar cane for ruminants

Abstract – This paper presents strategies for use of the sugar cane in the feeding of ruminants. The strategies were: sugar cane chopped in natura, fresh hydrolyzed sugar cane, sugar cane in form of silage, microbial additive - Lactobacillus

bucheneri, chemical additives - calcium oxide and urea. Considering the actual setting of advances in the cuttivation and

national production of sugar cane, the rancher should be aware of several opportunities of use of this plant in the production systems, in search of use of the high potential for increase the net recipe of the property and improve the use of the area for animal production. By choosing the sugar cane as a source of fodder for the herd, the producers must know the advantages and limitations of this culture and be aware of the various use options to define the best strategy and ensure efficiency in the use for ruminants and improve the use of the area for animal production.

Keywords: small ruminants, production system, feeding, forrage, chemical additive

As oportunidades de uso da cana-de-açúcar para ruminantes no contexto de avanço do setor sucro-alcooleiro são referidas neste estudo.

Em sistemas intensivos de produção de ruminantes, a maximização do potencial produtivo das pastagens durante o período chuvoso aumenta a capacidade de suporte da fazenda e, para a manutenção de elevadas taxas de lotação durante a estação seca do ano, torna-se necessário a utilização de volumosos suplementares. Quando comparada a outras fontes de forragens, a cana-de-açúcar tem se apresentado como alternativa economicamente viável na maioria das simulações de custo de produção e, mais que isso, tem gerado coeficientes de desempenho animal satisfatório quando comparada com qualquer outra fonte de alimento volumoso.

A grande difusão dessa cultura para áreas tradicionais de pecuária tem sido fator de estímulo para o seu uso como

volumoso na alimentação animal. O desenvolvimento tecnológico propiciou o lançamento de cultivares apropriadas à alimentação e produção de ruminantes e favoreceu o posicionamento destes materiais aos diversos ambientes de produção. Estes fatores, aliados aos aspectos já consagrados entre os produtores, como facilidade de cultivo e viabilidade econômica ajudaram na expansão desse volumoso para os sistemas de produção animal.

A análise conjunta do cenário agrícola mundial indica que o setor sucro-alcooleiro continuará em processo de expansão. Diante desse contexto, o avanço da cana-de-açúcar em áreas de produção de grãos e produtos animais é um evento que continuará ocorrendo. Considerando a atual conjuntura de avanço no cultivo e produção nacional de cana-de-açúcar, diversas oportunidades de uso desta planta surgem nos sistemas de produção animal, com elevado potencial de contribuir para aumentar a receita líquida da propriedade e possibilitar melhor uso da área destinada à pecuária.

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Atualmente encontram-se, com certa frequência, sistemas de produção que mantém canaviais exclusivamente para alimentação animal. Entretanto, estes apresentam baixa produtividade e reduzida longevidade dos talhões, resultando em elevado custo da forragem. Este quadro pode ser facilmente revertido se a cana utilizada para alimentação do rebanho for produzida pelo segmento agrícola das usinas. Desta forma, a responsabilidade dos tratos culturais e o manejo dos canaviais seriam atribuídos ao mesmo prestador de serviço que atende as usinas, resultando em melhores índices agronômicos dos talhões, com impacto direto no aumento da produtividade e redução de custo de produção da forragem e, consequentemente da alimentação do rebanho.

Considerando essa possibilidade de terceirização da produção da forragem utilizando o know-how das unidades produtoras de açúcar e álcool, o produtor pode concentrar seus esforços sobre aspectos relacionados à colheita e utilização da forragem e planejamento da alimentação do rebanho ao longo do ano. Dentro deste contexto, a conservação da cana-de-açúcar na forma de silagem pode ser uma ferramenta estrategicamente interessante por possibilitar a concentração das atividades de tratos culturais, permitindo desta forma, aumento na longevidade do talhão, por favorecer uma rebrota mais uniforme e maior eficiência no controle de plantas daninhas. Além disso, esta técnica coloca-se como alternativa de recurso forrageiro por viabilizar o uso da cana-de-açúcar na alimentação de rebanhos de médio e grande porte e reduzir a utilização de mão-de-obra com alimentação dos animais.

Além da cana-de-açúcar, o complexo agroindustrial canavieiro gera diversos subprodutos, como a levedura, o melaço, o bagaço e a ponta da cana, no caso de utilização da colheita mecanizada. Estes subprodutos apresentam elevado potencial de uso na alimentação animal e podem contribuir para redução do custo de produção.

A ponta da cana é um subproduto que se coloca como potencial fonte de volumoso para alimentação animal. O segmento de pesquisa já começa a imprimir esforços no sentido de avaliar o valor nutritivo da ponta em cultivares de cana-de-açúcar, a qual pode ocasionar dificuldades no manejo dos talhões e oferecer estratégias de colheita e conservação dessa fonte de forragem. Esse subproduto, que já foi estudado intensamente nas décadas de 60 e 70, pode gerar receitas interessantes ao sistema de produção animal e, simultaneamente, promover acomodações convenientes na área agrícola.

Por razões de ordem agronômicas e/ou econômicas a exploração isolada da lavoura ou da pecuária tende a apresentar sinais de insustentabilidade. O monocultivo da cana-de-açúcar pode resultar em aumento dos custos de produção e redução da margem de lucro devido à maior incidência de pragas, doenças e plantas invasoras. Tendo em vista estes aspectos, a integração da pecuária com a cana-de-açúcar pode contribuir para reduzir os aspectos negativos do ponto de vista ambiental. Desta forma, a rotação de cultura nas áreas de reforma dos canaviais se coloca como uma

interessante alternativa de uso da cana-de-açúcar em sistemas de produção animal, uma vez que cria oportunidade ao pecuarista para explorar a produção de grãos de cereais e oleaginosas, ingredientes tradicionalmente utilizados na formulação de rações para ruminantes, e auxilia na diminuição da pressão de seleção por pragas e doenças na monocultura instalada. A conciliação desses dois sistemas de produção na propriedade rural permite maior diversificação e, consequentemente, redução dos riscos e aumento da margem de lucro, cenário geralmente observado com os avanços tecnológicos trazidos pela agricultura empresarial.

Cana fresca picada in natura

Tradicionalmente o uso da cana-de-açúcar baseia-se no corte diário e fornecimento imediato da forragem fresca no cocho para alimentação do rebanho. Entretanto, deve-se atentar para as limitações do ponto de vista nutricional, o que impede seu uso como única fonte de alimento para ruminantes.

De acordo com Nussio et al. (2006), a combinação adequada de ingredientes visando corrigir as deficiências nutricionais da cana-de-açúcar já foi bastante discutida, embora ainda seja foco de divergências entre técnicos e pesquisadores. Em extensa revisão de literatura, Santos et al. (2005) abordaram os principais fatores a serem considerados no balanceamento de rações contendo cana-de-açúcar como ingrediente volumoso. Por ser um ingrediente extremamente carente em proteína, a cana-de-açúcar demanda correção nos teores dessa fração, elevando assim, de forma significativa, o custo dessas rações (Santos et al., 2005). Além da uréia, tradicionalmente utilizada como ingrediente protéico de baixo custo, fontes de proteína verdadeira, como farelos de soja e algodão, caroço de algodão, grãos de soja, glúten de milho, entre outros, devem estar presentes nas rações contendo cana-de-açúcar, quando se almeja elevado desempenho animal, mesmo com elevação no custo unitário da ração, que muitas vezes se reflete em redução no custo do produto final (carne ou leite).

Segundo Nussio et al. (2006) desequilíbrios na composição do leite produzido por vacas alimentadas com rações contendo cana-de-açúcar, frequentemente associados à presença desse volumoso, provavelmente se devem mais ao desbalanceamento de nutrientes do que a uma característica intrínseca a essa fonte de forragem.

Estratégias de utilização da cana-de-açúcar na

alimentação do rebanho

Cana fresca hidrolisada

O fornecimento da cana-de-açúcar na forma in natura tem possibilitado alternativas de manejo com base na utilização de agentes hidrolíticos imediatamente após a

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colheita da forragem no campo e posterior armazenamento desse material tratado em ambiente protegido.

A adição do agente hidrolítico sugere a redução da frequência de corte sem perda de capacidade de colheita, alcançando benefícios em termos de qualidade de vida no campo e facilitação das atividades dentro da propriedade rural. Essa menor freqüência de corte permite ainda redução da demanda por mão-de-obra sem, contudo, necessidade de investimentos em equipamentos. Em fazendas de pequeno porte, onde a aquisição e manutenção de equipamentos de colheita mecanizada podem dificultar a viabilidade econômica em virtude da necessidade de alto investimento inicial, o aumento da capacidade de colheita pode ser alcançado com o uso dessa técnica. Aliado a esses fatores, o baixo custo do aditivo e a concentração da colheita são benefícios adicionais que também devem ser considerados, embora a manipulação da forragem tratada ainda se constitua em demanda logística adicional.

Outro fator relevante está relacionado com o efeito do aditivo na fração fibrosa da cana-de-açúcar. A ação hidrolítica desses agentes sob componentes da parede celular pode resultar em alimento com menor teor de FDN e com maior digestibilidade da matéria seca. Dessa forma, o uso dessa técnica poderia proporcionar ganhos adicionais em termos de valor nutritivo da cana-de-açúcar, possibilitando maior consumo e desempenho animal.

Buscando conhecer as alterações decorrentes da hidrólise Santos (2007), trabalhando com doses crescentes de óxido de cálcio (cal virgem) em cana-de-açúcar tratada em montes, observou que a utilização do aditivo apresentou efeito benéfico para as variáveis de estabilidade aeróbia, reduzindo o aquecimento da massa, as perdas de matéria seca e os picos de temperatura. Na avaliação do valor nutritivo, o tratamento com cal virgem aplicado à cana picada e armazenada em montes apresentou pouco efeito sobre as variáveis químico-bromatológicas. Apenas no período imediatamente após a adição do aditivo foi constatada solubilização parcial da hemicelulose e manutenção das frações FDN e FDA.

A escassez de dados que realmente definam o tempo máximo de exposição aeróbia, a dose ideal do aditivo, a alteração da composição fibrosa e a quantificação das perdas ocorridas durante o processo geram a necessidade de estudos que, certamente, poderão contribuir para recomendação mais segura, com base em critérios técnicos.

Cana-de-açúcar na forma ensilada

Embora tenha sido objeto de estudo durante as décadas de 70 e 80 por pesquisadores da América Central e do Norte, somente a partir do final dos anos 90 é que começaram a surgir os primeiros trabalhos nacionais sobre a qualidade nutricional da cana-de-açúcar ensilada. Atualmente, a conservação da cana-de-açúcar na forma de silagem tem despertado o interesse de pesquisadores e produtores, em função dos benefícios em logística e operacionalidade que esta técnica apresenta.

A prática da ensilagem da cana-de-açúcar resulta na redução de mão-de-obra, permite que grandes áreas sejam colhidas em um curto espaço de tempo, na época em que a forrageira apresenta melhor valor nutritivo, a qual coincide com o período das secas, mais propício aos trabalhos no campo. Portanto, o processo de ensilagem coloca-se como uma alternativa para os pecuaristas que buscam uma forma mais prática de manejo da forragem em suas propriedades e para àqueles que procuram viabilizar o aproveitamento da cana-de-açúcar como volumoso para rebanhos de médio e grande porte. Entretanto, de forma geral, o aumento do tempo de vida útil promovido pela adoção da técnica da ensilagem também deve levar em consideração fatores relacionados com o processo fermentativo. Entretanto, segundo Nussio & Schmidt (2005) a elevada produção de etanol, promovida por leveduras epífitas, é um dos principais entraves a confecção de silagem de cana-de-açúcar. Além de ser facilmente volatilizado, o etanol produzido acarreta em elevadas perdas de MS e redução no valor alimentício.

Diversos autores observaram que a cana-de-açúcar, quando ensilada sem aditivos, apresenta fermentação tipicamente alcoólica e perda no valor nutritivo, com redução no conteúdo total de açúcares e sacarose e c o n s e q ü e n t e p r o d u ç ã o d e e t a n o l , o r i u n d a d o desenvolvimento de leveduras na silagem (Kung & Stanley, 1982; Alli et al., 1983; Pedroso et al., 2005). Na fermentação da cana-de-açúcar, o açúcar é convertido em gás carbônico, água e etanol devido à elevada atividade de leveduras. Essa conversão resulta em perdas durante a estocagem e no fornecimento da silagem aos animais, levando a redução no teor de carboidratos solúveis, baixos teores de ácidos lático e acético (Alli et al., 1983).

Ao se analisar o histórico sobre pesquisas com silagens de cana-de-açúcar, observa-se o interesse em identificar aditivos capazes de controlar a produção de etanol nesses volumosos. De fato, durante todos esses anos de estudo, houve grande concentração de esforços nessa área e avanços significativos foram obtidos. O surgimento de aditivos microbianos, como bactérias heterofermentativas do gênero

Lactobacillus buchneri capazes de produzir compostos

antifúngicos e a utilização de aditivos químicos como hidróxido de sódio (NaOH), de potássio (KOH), de amônio (NH OH), de cálcio, carbonato de cálcio (CaCO ), óxido de 4 3

cálcio (CaO) ou a uréia que, além de aumentar valor nutritivo da silagem, controlam a população de leveduras são alguns exemplos de competência técnica adquirida nessa área.

Aditivo microbiano – Lactobacillus buchneri

Em revisão sobre o papel do Lactobacillus buchneri na preservação de forragens, Holzer et al. (2003) afirmaram que Cooke, em 1995, foi o primeiro autor a descrever o potencial desta bactéria em inibir o crescimento de fungos e leveduras. No ano seguinte, Weinberg & Muck (1996) utilizaram o L.

buchneri em silagem de milho e observaram aumento na

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conversão do ácido lático em ácido acético e sugeriram a utilização do L. buchneri como inoculante para silagens.

As bactérias Lactobacillus buchneri não possuem a enzima acetaldeído desidrogenase, por isso não são capazes de produzir etanol durante o processo de fermentação anaeróbia da glucose.

Oude Elferink et al. (2001) descreveram a via de degradação anaeróbia em que o ácido lático é convertido em ácido acético e 1,2 propanodiol pelo L. buchneri. Teoricamente, a capacidade de produzir ácido acético as expensas do ácido lático aliado ao maior poder de inibir o crescimento de mofos e leveduras apresentado pelo ácido acético confere ao L. buchneri características favoráveis que resultam em melhora na estabilidade aeróbia de materiais conservados durante a exposição ao ar.

Kleinschmit & Kung Jr. (2006) avaliaram 43 experimentos que utilizaram o L. buchneri como inoculante para ensilagem de diversas plantas forrageiras (milho, sorgo, trigo, cevada e gramíneas) e afirmaram que, de forma geral, a presença do microganismo foi efetivo na redução do pH, ácido lático, população de leveduras e no aumento dos teores de ácido acético e da estabilidade aeróbia das silagens.

Taylor & Kung (2002), avaliando a adição de L. buchneri

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(10 e 10 ufc/g MV) em silagens de grãos úmidos de milho, constataram que estas bactérias foram eficientes no controle do desenvolvimento de leveduras e no aumento da estabilidade aeróbia.

De acordo com Nussio, Shmidt & Pedroso (2003) a aplicação desses resultados vem induzindo o uso da bactéria heterolática L. buchneri como aditivo potencial à ensilagem da cana-de-açúcar, no sentido de reduzir a produção de etanol. Recentemente, diversos trabalhos nacionais têm mostrado viabilidade no uso deste microrganismo como inoculante, devido principalmente ao efeito sobre a estabilidade aeróbia do material após a abertura do silo e redução da fermentação alcoólica.

Pedroso et al. (2005) avaliando o efeito de aditivos bacterianos, como L. pantarum e L. buchneri, e químicos, benzoato de sódio, sorbato de potássio e uréia, concluiu que o L. buchneri é um dos mais promissores aditivos, pois diminuiu a produção de etanol na silagem e aumentou a estabilidade aeróbia. A silagem aditivada com a bactéria demorou 78 horas para perder a estabilidade, o que corresponde a um aumento de 63% em relação à silagem controle, não aditivada. O teor de etanol encontrado na silagem com L. buchneri foi de 1,9% da MS enquanto na silagem controle esse teor chegou a 4,05 % da MS. Por outro lado, Mendes (2006) e Schmidt et al. (2007) observaram que o aditivo contendo o L. buchneri não promoveu alteração na produção de etanol de silagens de cana em comparação à silagens sem aditivos.

O valor nutritivo e a estabilidade aeróbia de silagem de cana-de-açúcar inoculada com L. buchneri foram avaliados por Siqueira (2005). O autor concluiu haver maior teor de carboidratos não fibrosos e maior digestibilidade da matéria seca em silagens aditivadas com L. buchneri em comparação

as silagens tratadas com a associação de bactérias (“P.

acidipropionici” + “L. plantarum”), uréia ou benzoato de

sódio e observou estabilidade aeróbia superior para silagens inoculadas com L. buchneri quando comparadas com silagem sem aditivo. Da mesma forma, Mendes (2006) verificou maior concentração de FDN, FDA e hemicelulose em silagens de cana-de-açúcar em relação ao material fornecido na forma in natura e que a silagem de cana-de-açúcar aditivada com L. buchneri apresentou maior estabilidade aeróbia em relação à silagem sem aditivo.

Pedroso et al. (2006) avaliando o desempenho de novilhas recebendo silagem de cana-de-açúcar queimada observou um aumento nos índices de desempenho dos animais quando estes recebiam silagem tratada com L.

buchneri. A melhor conversão alimentar apresentada pelos

animais recebendo a silagem aditivada (7,73 kg MS/kg GPD) em comparação com os animais recebendo a silagem controle (9,37 kg MS/kg GPD) é resultado de um consumo similar, associados a um ganho de peso diário 32% maior para os animais comendo a silagem aditivada com a bactéria.

Mendes (2006) avaliou o desempenho produtivo de cabras em lactação recebendo rações contendo 50% de volumoso e 50% de concentrado, diferindo quanto ao tipo do volumoso utilizado: cana-de-açúcar in natura, silagem de cana-de-açúcar sem aditivo ou silagem de cana-de-açúcar

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aditivada com L. buchneri (5x10 ufc/g MV). O autor verificou que houve diferença para o consumo de matéria seca entre a cana-de-açúcar in natura picada e as silagens. Os animais que receberam a cana-de-açúcar in natura apresentaram consumo médio de 2,82 kg MS/dia, enquanto que para as silagens os consumos foram semelhantes, sendo encontrados valores de 2,22 e 2,42 kg MS/dia para os tratamentos com e sem aditivo, respectivamente.

Segundo Mendes (2006) o maior consumo de matéria seca observado para a ração contendo a cana-de-açúcar in

natura picada não refletiu na produção de leite, uma vez que

não houve diferença entre os tratamentos. Entretanto, o autor verificou diferença nos parâmetros de composição do leite. Os teores de gordura, lactose e sólidos totais foram maiores para os tratamentos contendo silagem de cana-de-açúcar. A adição do Lactobacillus buchneri influenciou apenas a concentração de gordura, a qual foi maior para o tratamento contendo o microrganismo. O aumento observado para este componente do leite influenciou a eficiência alimentar (LCG/CMS), a qual foi menor para o tratamento contendo a cana-de-açúcar in natura. O autor afirma que a variação observada no teor de gordura do leite provavelmente está relacionada à maior concentração do ácido acético e ao maior tamanho de partículas observado para o material ensilado.

Ranjit et al. (2002) avaliaram o desempenho de cordeiros da raça Dorset (35,7 ± 4,7 kg) alimentados com rações contendo silagem de milho controle ou inoculada com

Lactobacillus buchneri. Estes autores concluíram que o

fornecimento de silagem inoculada com L. buchneri não afetou a ingestão de matéria seca, mas aumentou a taxa

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média de ganho de peso diário dos animais. Por outro lado, Mendes (2006) avaliou a utilização da cana-de-açúcar in

natura ou silagens de cana-de-açúcar com ou sem o aditivo

microbiano L. buchneri sobre o desempenho e parâmetros da carcaça de cordeiros confinados e não observou diferença para nenhuma das variáveis avaliadas; o que levou o autor a concluir que silagem de cana-de-açúcar aditivada com esta bactéria pode ser utilizada na alimentação de cordeiros confinados sem alterar o desempenho e as características de carcaça.

Schmidt et al. (2007) avaliaram efeito da inclusão de diversos aditivos (uréia, benzoato de sódio, L. plantarum e L.

buchneri) na ensilagem de cana-de-açúcar sobre a

composição químico-bromatológica das silagens, o consumo voluntário e a digestibilidade em bovinos de corte. Os autores concluíram que a composição bromatológica, os teores de etanol e ácidos orgânicos foram semelhantes entre os tratamentos e a presença dos aditivos não promoveram alterações no consumo e digestibilidade da matéria seca em relação à silagem produzida sem aditivos. Da mesma forma, Mendes (2006) não verificou diferença no consumo e na digestibilidade da matéria seca de borregos alimentados com silagens de cana-de-açúcar sem aditivo ou tratada com L.

buchneri.

Aditivo Químico - Óxido de cálcio

O processo de calcinação (aquecimento) das rochas de calcita e dolomita moídas tem como produto final o óxido de cálcio (CaO), também conhecido como cal virgem. O processamento das rochas calcárias para a geração de compostos mais reativos traz como benefício adicional a obtenção de produtos livres de elementos tóxicos. Dessa forma, esses produtos podem ser utilizados como aditivos na produção animal sem ocasionar risco de intoxicação alimentar. A cal microprocessada utilizada recentemente para o controle da fermentação alcoólica em silagens de cana-de-açúcar é um exemplo dessa classe de aditivos. Supõe-se que esse aditivo aumente o pH, reduza a fermentação da sacarose a etanol e gás, melhore a estabilidade aeróbia e minimize perdas totais após abertura do silo (Balieiro Neto et al., 2005a). Segundo Santos et al. (2006) a utilização do óxido de cálcio foi capaz de promover alteração nos componentes da parede celular da cana-de-açúcar e redução do desaparecimento de frações orgânicas solúveis. Santos (2007) trabalhando com diferentes doses de cal virgem em silagem de cana-de-açúcar observou redução significativa da produção de etanol, conseqüentemente, maior recuperação de matéria seca e de carboidratos solúveis.

Balieiro Neto et al. (2005a) avaliando silagens de cana-de-açúcar sem aditivo e aditivadas com 0,5, 1,0 e 2,0% de óxido de cálcio observaram maiores valores de pH para silagens com maiores teores do aditivo. Devido o alto teor de carboidratos solúveis e baixo teor de proteína bruta a

cana-de-açúcar não apresenta resistência à queda de pH e, um valor muito reduzido pode comprometer o consumo pelos animais e aumentar perdas por fermentação da sacarose a álcool e gás. Por outro lado, valores de pH mais altos em silagens de cana devido à ação de aditivo, não implicariam necessariamente em associações com fermentação inadequada e com alto teor de nitrogênio amoniacal, proliferação de bactérias do gênero clostridium e produção de ácido butírico.

Segundo Balieiro Neto et al. (2005b) a adição de óxido de cálcio nas silagens de cana-de-açúcar promoveu a solubilização parcial da hemicelulose, sendo que a adição de 2% do aditivo acarretou em aumento da digestibilidade verdadeira in vitro, redução dos constituintes da parede celular e manutenção da FDN e hemicelulose após a abertura dos silos.

Cavali et al. (2006) avaliaram a ensilagem da cana-de-açúcar com adição de diferentes doses de óxido de cálcio (0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%) e verificaram aumento linear no teor de MS na medida em que se elevou a dosagem de óxido de cálcio nas silagens. Os autores atribuíram este fato à elevada capacidade de retenção de água da cal, o que resultou também em menor produção de efluentes. Para o mesmo trabalho, os autores observaram redução nos constituintes da parede celular, na produção de gases e aumento nos valores de recuperação de matéria seca com o aumento no teor do aditivo.

O uso de aditivos, contudo, nem sempre vem acompanhado de melhora no desempenho de animais recebendo silagens tratadas. Se o aditivo for capaz de alterar significativamente o padrão de fermentação das silagens, reduzindo as perdas totais e aumentando a recuperação de matéria seca de forma economicamente viável, sua utilização provavelmente já se torna justificável, mesmo sem promover alterações no desempenho animal.

Aditivo Químico - Uréia

A possibilidade de obtenção da amônia através da uréia impulsionou as pesquisas com o uso desse aditivo. Segundo Nussio & Schmidt (2005) inúmeros trabalhos vêm sendo realizados para avaliar o efeito da uréia como aditivo em silagem de cana-de-açúcar (Pedroso et al. 2005; Siqueira, 2005; Schmidt et al., 2007). De modo geral, doses entre 0,5 e 1,0% da matéria verde (MV) sugerem serem mais efetivas em reduzir, pela ação anti-fúngica, as perdas fermentativas, embora não apresente efeito sobre o controle de produção de álcool e efluentes. Doses superiores de uréia exercem efeito tampão, o que é crítico ao processo de fermentação, além de aumentarem o custo da produção da silagem.

Molina et al. (2002) constataram que silagens tratadas com 0,5 e 1,5% de uréia proporcionaram bom padrão fermentativo e melhor composição bromatológica, como teor de MS mais elevado e teores mais baixos de FDA e FDN, em comparação à silagem de cana-de-açúcar sem aditivos.

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Junqueira (2006) encontrou diminuição da produção de etanol nas silagens de cana-de-açúcar tratadas com uréia em relação à silagem sem aditivo.

A recuperação de N nas silagens aditivadas com uréia é geralmente alta (acima de 70%), o que deve ser computado como benefício adicional na escolha desse aditivo (Nussio & Schmidt, 2005), fato este observado por Pedroso et al. (2005), Roth et al. (2005); Junqueira (2006), os quais avaliaram doses crescentes de uréia na ensilagem da cana-de-açúcar e encontraram elevação dos valores de proteína bruta da forragem. Adicionalmente, Gentil et al. (2007) avaliaram a utilização da uréia como aditivo da silagem de cana-de-açúcar nas doses de 1,0% e 1,5% da matéria verde sobre o consumo voluntário, digestibilidade e balanço de nitrogênio em borregos. Os autores não encontraram diferença na ingestão e concluíram que o processo de ensilagem com aditivos foi eficiente em manter o valor nutritivo.

Junqueira (2006) observou que o tratamento contendo 2,0% de uréia foi o melhor resultado na avaliação da composição bromatológica das silagens e se manteve mais estável durante toda à exposição aeróbia. Adicionalmente, Pedroso et al. (2005) avaliaram o efeito de aditivos químicos contendo diferentes concentrações de hidróxido de sódio e uréia (0,5, 1,0 e 1,5% da matéria verde) na ensilagem da cana-de-açúcar e observaram que a menor concentração de uréia levou a redução na estabilidade aeróbia em 25% quando comparada ao controle (48h vs 65h), a maior concentração resultou em acréscimo de 22% na estabilidade (79h vs 65h). Segundo o autor esses dados evidenciam o aumento do poder inibidor do desenvolvimento de leveduras, com o aumento da dose de uréia.

Sousa et al. (2005) avaliaram os parâmetros fermentativos de silagem de cana-de-açúcar com aditivos químicos e bacterianos, incluindo uréia na concentração de 1% da matéria verde. Os resultados mostraram que os aditivos alteraram a cinética das perdas durante os tempos de estocagem, sendo que a silagem tratada com uréia apresentou em relação ao controle menor perda por gases (28,01% contra 32,5%) e maior recuperação de matéria seca (74,24 contra 64,71%).

Junqueira (2006) trabalhando com novilhas recebendo silagens de cana-de-açúcar aditivadas com diferentes concentrações de uréia (1,0, 1,5 e 2,0% na MV) e L. buchneri não observou diferença entre os tratamentos quanto ao consumo de matéria seca (kg/d), a conversão alimentar (kg MS/kg GPD) ou taxa de ganho diário de peso vivo. O consumo de matéria seca variou de 7,73 kg no tratamento com uréia (1,5% MV) até 8,76 kg no tratamento com L.

buchneri. A conversão alimentar variou de 8,15 para o

tratamento uréia 1,0% MV até 9,17 para o tratamento contendo L.buchneri. A taxa de ganho de peso variou de 0,98 kg para o tratamento uréia 1,0% até 1,05 kg para o tratamento contendo o L. buchneri.

Gentil (2007), trabalhando com cabras em lactação alimentadas com rações contendo cana-de-açúcar fresca

picada, silagem de cana-de-açúcar inoculada com L.

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buchneri (5x10 ufc/g MV), silagem de cana-de-açúcar

aditivada com 1,0% de uréia e silagem de cana-de-açúcar aditivada com 1,5% de uréia, observou que o consumo de matéria seca não diferiu entre os tratamentos avaliados. Este fato refletiu na produção de leite, já que também apresentou resultados semelhantes entre as comparações. Ao comparar o tratamento de-açúcar fresca com as silagens de cana-de-açúcar aditivadas com uréia este autor observou aumento no teor de gordura do leite das cabras alimentadas com as silagens.

Considerações Finais

Embora o atual sucesso alcançado pelo setor canavieiro pareça ameaçar a atividade pecuária, devido ao avanço da cultura da cana-de-açúcar sobre áreas de pastagem, as quais são exploradas de forma extensiva e apresentam baixa competitividade. Entretanto, vale ressaltar que a perda de áreas para o cultivo da cana-de-açúcar não significa, necessariamente, diminuição da capacidade de produção de produto animal, principalmente carne e leite, a qual pode ser obtida pelo melhor gerenciamento do sistema de produção pecuária e aplicação de tecnologias.

Considerando o cenário atual de avanço no cultivo e produção nacional da cana-de-açúcar, o pecuarista deve estar atento às diversas oportunidades de uso desta planta nos sistemas de produção, buscando aproveitar o elevado potencial para aumentar a receita líquida da propriedade e melhorar uso da área destinada à produção animal.

Ao eleger a cana-de-açúcar como fonte de forragem para o rebanho, os produtores devem conhecer as vantagens e limitações desta cultura e estar cientes das diversas opções de uso para definir a melhor estratégia e garantir eficiência na utilização para ruminantes.

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