• Nenhum resultado encontrado

RECARGA DE AQUÍFERO EM SANTA MARIA/RS: A IMPORTÂNCIA DESTA ÁREA PROTEGIDA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RECARGA DE AQUÍFERO EM SANTA MARIA/RS: A IMPORTÂNCIA DESTA ÁREA PROTEGIDA"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

RECARGA DE AQUÍFERO EM SANTA MARIA/RS: A IMPORTÂNCIA DESTA ÁREA PROTEGIDA

Fernanda Maria Follmann1 Eliane Maria Foleto2

Introdução

A água é um elemento natural essencial à vida no planeta, um recurso limitado e que possui papel significativo no desenvolvimento econômico e social de uma região. Entretanto, os usos múltiplos e inadequados interferem na qualidade da água em diferentes escalas e acarretam a diminuição da sua quantidade em termos de qualidade. Além de ser um recurso limitado e dotado de valor econômico, conforme Política Nacional de Recursos Hídricos (BRASIL, 1997), ela é também um bem de domínio público e, assim sendo, todos tem o direito ao seu uso.

O Ministério do Meio Ambiente (2007) destaca que apesar de dois terços da superfície da Terra ser coberta por água, apenas uma pequena porção dessa água é doce. Sendo que da água doce disponível para consumo, 96% é água subterrânea. Assim, esta água torna­se uma das responsáveis pela garantia da sobrevivência de parte significativa da população mundial.

Por ser um elemento vital para a sobrevivência humana e demais seres vivos, a água sempre foi um dos fatores na escolha da localização da moradia das populações, como nas margens dos rios e, onde existia a possibilidade de extração de água subterrânea. Mas com o adensamento e crescimento populacional e consequentemente do aumento das demandas por recursos hídricos, tem­se a sua degradação e a diminuição em diversas regiões.

As zonas de acúmulo de água subterrânea, conhecidas como aquíferos, podem ser confinados ou não. O aquífero confinado ou artesiano, conforme Mota (1995, p. 142) “ocorre quando a água do subsolo está confinada entre duas camadas relativamente impermeáveis, ficando o nível d’água sob pressão maior que a atmosférica”. Já o aquífero não confinado, conhecido também como freático, a água fica sob pressão atmosférica e o seu nível constitui a superfície da zona de saturação (MOTA, 1995). Já quanto à contaminação, esta pode ocorrer concomitantemente com a infiltração das águas, ocasionando sua poluição.

Conforme Resolução nº 15 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos ”Aquífero é o corpo hidrogeológico com capacidade de acumular e transmitir água através dos seus poros, fissuras ou espaços resultantes da dissolução e carreamento de materiais rochosos” (BRASIL, 1Mestranda do Programa de Pós Graduação em Geografia ­ UFSM.

(2)

2001). Portanto, as águas subterrâneas não são estáticas, podendo carregar consigo minerais e materiais solúveis. Sendo assim, os aquíferos estão naturalmente susceptíveis a impactos de origem natural ou antrópica que se encontram na superfície.

O processo por meio do qual um aquífero recebe água é chamado de recarga.

A recarga natural depende fundamentalmente do regime pluviométrico (quantidade de chuvas) e do equilíbrio entre a infiltração, escoamento e evaporação da água. Sendo assim, a topografia da área, o tipo de solo e a situação da cobertura vegetal, têm papel fundamental na recarga dos aquíferos (MMA, 2007, p. 15).

Os aquíferos são reabastecidos por meio de infiltração das águas na superfície do solo ou rocha. Esta infiltração ocorre em toda superfície dos aquíferos livres ou, no caso dos aquíferos confinados, nas áreas de afloramento.

As áreas de recarga direta dos aquíferos confinados geralmente estão localizadas em afloramentos de rochas sedimentares. São áreas importantes para a manutenção da qualidade e quantidade da recarga das águas subterrâneas. Portanto, conforme Ministério do Meio Ambiente (2007, p. 15), “é fundamental que estas áreas sejam protegidas, evitando­se o desmatamento, o uso incorreto dos solos e a instalação de atividades potencialmente poluidoras”, portanto, seguindo estas regras não se estará comprometendo o aspecto quali­quantitativo das águas subterrâneas.

Gestão dos recursos hídricos subterrâne s

Atualmente, segundo Agência Nacional de Águas (ANA, 2010) a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar sempre o uso múltiplo das águas. Nesse contexto Borges e Almeida (2010, p. 07) citam que:

A gestão dos recursos hídricos tem por finalidade orientar a maneira mais harmoniosa e racional de utilização dos recursos hídricos, refletindo em beneficio para própria humanidade.

Nesse sentido, ressalta­se que uma das primeiras leis que dispôs sobre gestão de águas no Brasil foi no ano de 1934, no Decreto Lei nº 22.643, o chamado Código das Águas. Este se constitui um marco no gerenciamento de recursos hídricos no Brasil, onde as águas podiam ser públicas ou privadas (FONSECA; PRADO FILHO, 2006). O código das Águas de 1934 privilegiava os usos da água para o aproveitamento hidrelétrico, logo, não se adequava mais aos problemas que surgiam no século XX. Desta maneira tinha­se a necessidade de criação de uma nova base legal que pudesse abordar os problemas que já

(3)

estavam existindo, mas também os que pudessem vir a existir.

Logo, na Constituição Federal de 1988 as águas passaram a ser de domínio público, isto é, todos têm direito ao seu uso. Nesta nova visão, foram estabelecidos dois domínios: da União (corpos de água que atravessam mais de um estado e/ou país) e dos Estados (que estão restritos ao território de um Estado). Esta Lei também estabelece que as águas subterrâneas são de domínio estadual (MMA, 2010).

O MMA (2010) aponta que o Sistema Nacional de Recursos Hídricos é constituído pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH); Agência Nacional de Águas; Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal e Comitês de Bacias Hidrográficas. Sendo que nas questões relativas às águas subterrâneas, o CNRH é assessorado pela Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CTAS), que possui entre suas atribuições discutir sobre assuntos pertinentes as águas subterrâneas e propor a gestão destas na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n. 9.433/2000). Partindo destas atribuições, conforme cita Dutra (2005) foram criadas pelo CNRH as resoluções nº 15 e nº 22 que estabelecem as diretrizes gerais para a gestão de águas subterrâneas e sua inserção nos Planos de Recursos Hídricos.

Portanto, devido a importância de se preservar e conservar os recursos hídricos subterrâneos, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, estabeleceu a Resolução nº 92 (2008) que institui como norma a proteção e conservação das águas subterrâneas no território brasileiro. O CNRH considera a água como um recurso natural limitado, na qual é necessário o controle da qualidade e quantidade da água subterrânea, bem como sua proteção e manutenção.

Na mesma resolução, o artigo 3º delega aos Planos Estaduais de Recursos Hídricos a delimitação das áreas de recarga de aquíferos, bem como a definição das suas zonas de proteção. Sendo que neste mesmo artigo, no inciso 1, consta que nas zonas de proteção deverão ser propostas diretrizes específicas de uso e ocupação do solo.

No Estado do Rio Grande do Sul, o decreto nº 42.047 (2002), regulamenta o gerenciamento e a conservação das águas subterrâneas e dos aquíferos no Estado. Sendo descrito em seu artigo 25º que é vedada qualquer ação, omissão ou atividade que intencionalmente, ou não, possa causar poluição as águas subterrâneas. Assim, a poluição das águas subterrâneas está estritamente relacionada ao uso e ocupação do solo existente sobre a área caracterizada de recarga de aquífero, portanto é também considerada uma área a ser protegida.

Áreas Protegidas

A preocupação com o estabelecimento de áreas a serem protegidas é bastante antigo. A primeira área protegida criada e que é considerada um marco para a definição de espaços

(4)

geográficos destinados à proteção da biodiversidade, foi o Parque Nacional de Yellowstone, criado em 1872 nos Estados Unidos da América (MORSELLO, 2008). A partir da criação desta, várias outras áreas protegidas foram sendo instituídas pelo mundo e paralelamente o seu conceito foi sendo discutido. Assim, o atual conceito de área protegida não nasceu como uma idéia pronta, mas sim evoluiu com o tempo.

Logo, em 1948 foi criada a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, 2010). “Após 1962, a IUCN passou a organizar, a cada dez anos, Conferências Mundiais de Parques Nacionais e Áreas Protegidas” (MORSELLO, 2008, p. 25).

Portanto, a União Internacional para Conservação da Natureza3(1994, apud MORSELLO,

2008, p. 26), define uma área protegida como “uma porção de terra ou mar especialmente dedicada à proteção da diversidade biológica, recursos naturais e culturais associados a esta, e manejada segundo instrumentos legais e outros meio efetivos”. A criação de áreas protegidas pode ser considerada uma estratégia de controle do território devido as restrições de uso impostas a estas áreas.

Assim, o estabelecimento de áreas protegidas tem importante papel dentre as medidas preventivas, que conforme Cabral e Souza (2005, p. 22) seriam:

Interromper, em alguns casos, a atuação antrópica de modo a permitir a manutenção e a recuperação de atributos naturais ou, em outros casos – de maneira concomitante ou não no mesmo espaço ­ permitir o uso desses recursos garantindo sua manutenção no longo prazo em condições regulares, minimizando, assim, em ambos os procedimentos, as respostas negativas da atuação antrópica.

No Brasil institui­se no ano de 1981 a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e em 1988 a Constituição Federal. Nesta tem­se a inclusão de um capítulo dedicado ao meio ambiente, que o considera como um bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo ao poder público e a coletividade o dever de preservá­lo e defendê­lo para as gerações futuras e presentes, sendo assegurada a União a produção de normas gerais, deixando aos municípios e estados suplementar a legislação federal e a estadual no que couber, quando referir­se a área de interesse local (BRASIL, 1988). Mas foi no ano de 2000, com a criação da Lei 9.985 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) que “marcou­se uma importante modificação na estrutura de grande parte das áreas protegidas brasileiras” (MEDEIROS 2005, p. 16).

A implantação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação teve como finalidade ordenar as áreas protegidas existentes e conforme descrito no seu artigo 1º, o SNUC estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. Sendo que a criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta 3 Apóia a investigação científica, administra projetos de campo em todo o mundo e traz governos, organizações não­

governamentais, agências das Nações Unidas, empresas e comunidades locais em conjunto para desenvolver e implementar políticas, leis e melhores práticas.

(5)

pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade (Lei n. 9.985/2000).

O SNUC separa em dois grandes grupos as Unidades de Conservação. As de Proteção Integral e as de Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral têm como objetivo básico preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais. Já as Unidades de Uso Sustentável têm como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais (Lei n. 9.985/2000). Entretanto, estas Unidades de Conservação contempladas pelo SNUC não abrangem todas as áreas protegidas existentes no Brasil.

Neste contexto, torna­se necessário esclarecer a diferença existente entre o conceito de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas. As Áreas Protegidas, conforme Cabral e Souza (2005, p. 12) “são espaços territoriais legalmente protegidos por meio da legislação ambiental específica”, já as Unidades de Conservação “são espaços territoriais cuja definição foi dada pela redação do SNUC” (BRASIL, 2000). No Brasil, as áreas protegidas são, muitas vezes, reduzidas ou confundidas à unidades de conservação, entretanto vão além destas. Fazendo uma comparação entre os conceitos, pode­se dizer que todas as unidades de conservação são áreas protegidas, porém nem todas as áreas protegidas são unidades de conservação. Verifica­se assim que o conceito de áreas protegidas é mais abrangente, portanto tem­se no Brasil a existência de várias categorias de áreas protegidas que vão além das unidades de conservação estabelecidas pelo SNUC.

Assim, além das unidades de conservação, as áreas protegidas que possuem amparo legal e integram o conjunto brasileiro de espaços territoriais especialmente protegidos são: as Áreas de Preservação Permanente (APP’s), as Áreas de Reserva Legal, as Áreas Especiais de Interesse Turístico, os Locais de Interesse Turístico, as Áreas de Proteção Especial, as Cavernas e a servidão ambiental (CABRAL; SOUZA, 2005). Na qual seguindo esta classificação identifica­se também as áreas de recarga natural de aquíferos.

As áreas de recarga natural de aquífero são espaços territorialmente demarcados (após estudos técnicos) cuja principal função é a recarga das águas subterrâneas. Estas áreas são regidas por legislação específica, na qual possuem a função de manutenção e/ou conservação de um recurso natural que é a água subterrânea. Considera­se assim que a função e significativa importância das áreas de recarga de aquífero vêm acrescentar ao que a IUCN conceitua como área protegida. Logo, consideram­se as áreas de recarga de aquífero como áreas protegidas, pois possuem as características destas, na qual se identifica que são áreas que devem ter restrições do uso e ocupação do solo para proteger a qualidade e a quantidade da recarga de água.

(6)

Área de recarga de aquífero em Santa Maria

Sendo representada como fonte importante no abastecimento de água potável, as águas subterrâneas devem ser estudadas e avaliadas quanto a sua proteção de forma eficaz, pois este recurso hídrico, diferentemente do recurso hídrico superficial, possui uma maior dificuldade de tratamento depois de poluído. Ressalta­se assim a importância da proteção das áreas de recarga de aquífero, devido a serem locais de infiltração natural da água.

Nas zonas de recarga de aquífero podem existir cidades, áreas rurais e, pólos agroindustriais cujos resíduos indesejados são lançados no solo e nos cursos de águas superficiais, o que acaba por contaminar as águas subterrâneas. A cidade de Santa Maria (figura I), localizada na região central do Estado do Rio Grande do Sul, na Depressão Periférica Sul­Rio­Grandense é uma dessas cidades dentre tantas, que possui parte de sua área urbana e rural localizada sobre uma parcela de área de recarga de aquífero classificada como Aquífero Arenito Basal Santa Maria (MACIEL FILHO, 1990).

Figura I –Localização de Santa Maria e de sua sede.

(7)

Em Santa Maria, a área de recarga do Aquífero Guarani, caracterizado como Aquífero Arenito Basal Santa Maria, está classificada na Lei de Uso e Ocupação do Solo do município de Santa Maria (LUOS, 2005), artigo 10º, como Área Especial Natural. , sendo que a mesma Lei subdivide as Áreas Especiais Naturais em: Áreas de Conservação Natural e Áreas de Preservação Permanente. Assim, a área de recarga do aquífero em Santa Maria, localizado no oeste e sudoeste no mapa de Áreas Especiais Naturais (figura II), encontra­se classificada, como Área Especial de Conservação Natural.

Conforme a Lei de Uso e Ocupação do Solo do município (2005), Áreas Especiais de Conservação Natural, particulares ou públicas, são:

Aquelas onde podem conviver Homem e Ecossistemas, sem grandes impactos ou traumas ambientais, destinadas ao turismo ecológico, atividades culturais, educacionais, recreativas, de lazer e loteamentos, desde que respeitem os recursos naturais.

Segundo a Lei Municipal, a área de recarga deve ser protegida quanto a sua possível poluição, sendo somente permitida sobre o seu espaço, atividades que não possam causar danos a qualidade da água existente no manancial. Na carta geotécnica4de Santa Maria

Figura II- Áreas Especiais Naturais de Santa Maria.

Fonte: Anexo 12 da Lei de Uso e Ocupação do Solo de Santa Maria, 2005.

4 Base cartográfica utilizada pela Prefeitura Municipal de Santa Maria para mapear a área de recarga do aquífero,

(8)

(figura III), pode­se visualizar a área de recarga do Aquífero Guarani, destacada como Arenito Basal Santa Maria. Esta zona é considerada como de recarga devido as características do substrato rochoso encontradas na superfície que se constitui em “arenito grosseiro, feldspático e poroso” (MACIEL FILHO, 1990, p. 09).

Figura III-Carta das Unidades geotécnicas

(9)

Existem vários usos do solo que podem comprometer em quali­quantidade a recarga das águas subterrâneas. Em zonas urbanas pode­se considerar os usos do solo como potenciais poluidores da água subterrânea a disposição de efluentes provindos de atividades industriais, depósitos de lixo, aterros controlados, ausência de rede coletora de esgoto, postos de combustíveis e cemitérios, já em zonas rurais a principal atividade considerada como potencial poluidor desta água esta relacionada com os produtos utilizados na atividade agrícola, como o uso de agroquímicos (FOSTER; HIRATA, 1993). As fontes apontadas acima caracterizam­se pela possível mudança na qualidade da água subterrânea, já a quantidade de recarga efetuada em aquífero, possivelmente relaciona­se a permeabilidade ou impermeabilidade do solo localizado sobre a área de recarga do aquífero.

Logo, torna­se importante destacar que os impactos ambientais, na maioria das vezes, se tornam visíveis quando o problema causado já é considerado de difícil resolução. Como os recursos naturais são finitos, não se pode permitir que a resolução do problema se dê de forma lenta e com atraso, quando os danos de ordem social, econômica e ambiental já tenham sido efetuados. Assim, destaca­se a relevância do cumprimento das leis, e no caso das restrições de uso e ocupação do solo em áreas de recarga de aquíferos.

Conclusão

Este artigo objetivou apresentar a justificativa da importância da conservação das áreas de recarga do aquífero, e da necessidade da implantação do que prevê a Lei de Uso e Ocupação do Solo de Santa Maria, que a considera como Área Especial de Conservação Natural, destacada (Anexo 12) como área de recarga do Aquífero Arenito Basal Santa Maria, portanto uma Área a ser protegida com restrições de uso.

A discussão sobre a necessidade de proteção das águas subterrâneas, contra possíveis poluições, pode ser considerada recente em âmbito legislativo. Neste contexto foram descritos conceitos e características de áreas protegidas, considerando o que é previsto no aparato legal para áreas de recarga e, águas subterrâneas, estas são consideradas como áreas protegidas, uma vez que deverão possuir restrições de uso e ocupação do solo. Esta restrição de uso deve­se, por serem locais onde ocorre a infiltração da água, portanto locais de recarga natural do recurso hídrico.

Considerando a área de recarga do aquífero em Santa Maria, com a nomenclatura de Área Especial de Conservação Natural, verifica­se a necessidade de estudos sobre quais os usos e ocupações do solo estão ocorrendo na área, pois dependendo das

(10)

características dos usos a poluição da água subterrânea pode ocorrer. Logo, verificou­se a importância de se realizar estudos para diagnosticar se as restrições, de fato, estão sendo aplicadas como prevê a lei de uso do solo urbano na área de recarga de aquífero na cidade de Santa Maria/RS.

Referências

ANA. Agência Nacional de Águas. Disponível em:

<http://www.ana.gov.br/gestaorechidricos/usosmultiplos/setoresusuarios.asp>. Acessoem:24mai.2010.

BORGES, V.T.; ALMEIDA, F.G. Métodos e técnicas aplicados a gestão integrada dos Recursos Hídricos. Revista Geo­Paisagem (on­line), ano 5, nº 9, jan­jun, 2006. Disponível em: <http://www.feth.ggf.br/Revista9.htm>.Acesso em: 08 abr. 2010.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro

de 1988. Disponível em: <

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/constitui%C3%A7ao_compilado.htm>. Acesso em: 14 jun. 2010.

______. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9433.htm>.Acesso em: 13 jun. 2010.

______. Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos nº 15, de 22 de janeiro de 2001. Disponível em: < http://www.cnrh.gov.br/>.Acesso em: 25 abr. 2010

______. Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos nº 92, de 05 de novembro de 2008. Disponível em: < http://www.cnrh.gov.br/>.Acesso em: 03 mai. 2010

______. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9985.htm>.Acesso em: 13 jun. 2010.

______. Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos n. 09, de 21 de junho de 2000. Institui a Câmara Técnica Permanente de Águas. Disponível em: http://4ccr.pgr.mpf.gov.br/institucional/grupos­de­ trabalho/gt­ águas/docs_legislacao/resolucao_9.pdf. Acesso em: 12 jun. 2010.

BRAGA, R.; CARVALHO, P. F. Recursos Hídricos e planejamento urbano e regional. São Paulo: UNESP, 2007.

CABRAL, N.R.A.J.; SOUZA, M.P. Área de Proteção Ambiental: Planejamento e gestão de paisagens protegidas. 2 ed. São Carlos:RiMa, 2005.

DUTRA, D. de A. Plano de proteção de aquíferos a partir de variáveis ambientais. 2005. Dissertação (Mestrado em Geomática) – Programa de Pós­Graduação em Geomática, UFSM, Santa Maria ­ RS. FONSECA, A. de F.C.; PRADO FILHO, J.F. do. Um importante episódio na história da gestão dos recursos hídricos no Brasil: o controle da Coroa Portuguesa sobre o uso da água nas minas de ouro coloniais. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v.11. n. 3, p. 5­14, jul/set, 2006.

(11)

FOSTER, S.; HIRATA, R. Determinação do risco de contaminação das águas subterrâneas: Um método baseado em dados existentes. São Paulo: Instituto geológico, 1993.

IUCN. União Internacional para Conservação da Natureza . Disponível em: < http://www.iucn.org/es/sobre/>. Acesso em: 30 mai. 2010.

MACIEL FILHO, C.L. Carta Geotécnica de Santa Maria. Santa Maria: Imprensa Universitária – UFSM, 1990.

MARTINS. R.C.; VALENCIO, N.F.L. da S. Uso e gestão dos Recursos hídricos no Brasil: Desafios teóricos e político­institucionais. São Carlos: RiMa, 2003.

MEDEIROS, R. Evolução das tipologias e categorias de áreas protegidas no Brasil.Ambiente & Sociedade – Vol. IX nº. 1 jan./jun. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/asoc/v9n1/a03v9n1.pdf>. Acesso em: 09 mai. 2010.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Águas subterrâneas: um recurso a ser conhecido e protegido. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.aesas.com.br/server/src/arquivos/midia/documento.pdf>. Acesso em: 24 mai. 2010.

MORSELLO, C. Áreas protegidas públicas e privadas: seleção e manejo. 2 Ed. São Paulo: Amablume, 2008.

MOTA, S. Preservação e Conservação de Recursos Hídricos. 2 Ed. Rio De Janeiro:ABES, 1995. NEUTZLING, I. (org.). Água: Bem público universal. São Leopoldo: Ed. da Unisinos, 2004.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA. Lei nº 033, Lei de Uso e Ocupação do Solo. Santa Maria, 2005.

RAUBER, A.C.C. Diagnóstico ambiental urbano do meio físico de Santa Maria – RS. 2008. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós­Graduação em Engenharia Civil, UFSM, Santa Maria – RS.

REBOUÇAS, A.C. Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação. São Paulo: escrituras, 2006.

SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS. Decreto Nº 42.047, de 26 de dezembro de 2002. Governo do Estado do Rio Grande do Sul, RS. 26 dez. 2002. Disponível em < http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/rhinsple.htm>.Acesso em: 04 mai. 2010.

Referências

Documentos relacionados

Este estudo tem o intuito de apresentar resultados de um inquérito epidemiológico sobre o traumatismo dento- alveolar em crianças e adolescentes de uma Organização Não

A democratização do acesso às tecnologias digitais permitiu uma significativa expansão na educação no Brasil, acontecimento decisivo no percurso de uma nação em

Muitos desses fungos podem ser encontrados nos grãos de café durante todo o ciclo produtivo, porém sob algumas condições especificas podem causar perda de

patula inibe a multiplicação do DENV-3 nas células, (Figura 4), além disso, nas análises microscópicas não foi observado efeito citotóxico do extrato sobre as

Como parte de uma composição musi- cal integral, o recorte pode ser feito de modo a ser reconheci- do como parte da composição (por exemplo, quando a trilha apresenta um intérprete

Acrescenta que “a ‘fonte do direito’ é o próprio direito em sua passagem de um estado de fluidez e invisibilidade subterrânea ao estado de segurança e clareza” (Montoro, 2016,

A conceituação do que vem a ser Convenção Coletiva encontra-se no artigo 611 da CLT, (Brasil, 2017): que em síntese define ser a Convenção Coletiva de Trabalho um acordo de

São eles, Alexandrino Garcia (futuro empreendedor do Grupo Algar – nome dado em sua homenagem) com sete anos, Palmira com cinco anos, Georgina com três e José Maria com três meses.