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Aconcágua, muito mais que uma aventura CARTA AO LEITOR

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Academic year: 2021

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SQU ARE ENC ONTR O MAR CADO/A S ET ENGA GEMENT SQU ARE CAR T A A O LEIT OR/LE T TER T O RE ADER

Aconcágua,

muito mais que

uma aventura

Por/By Gilberto Antoniazzi

CARTA AO LEITOR

Disciplina, estratégia,

planejamento, paixão,

ousadia, superação, espírito

de equipe, companheirismo,

coragem, curiosidade...

Quanto aprendizado em

uma só lição!

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SQU

ARE

Mas não estaria sendo totalmente honesto se não admitisse que, sim, o prazer de realizar esta aventura com amigos estava entre minhas maiores expectativas ao decidir empreendê-la.

Pois bem. Esclarecidos os motivos pelos quais eu e meus colegas de expedição decidimos nos afastar da família justamente numa época em que todos se reúnem, pois partimos no dia 25 de dezembro com previsão de só retornarmos no dia 10 de janeiro, voltemos a falar dos sentimentos difusos que se abatem sobre, falando por mim, iniciantes nessa prática considerada arriscada e perigosa pela maioria das pessoas, mas que, como eu dizia, traz lições valiosas.

Começando pelo lado idílico, tem a beleza do lugar. A simples visão do Aconcágua é algo hipnotizante. Quase uma sensação de algo inatingível. É

uma beleza que cala. Não digo da paisagem em si – que reflete um lugar inóspito, onde não há absolutamente nenhum tipo de vegetação nem

Mas não estaria sendo totalmente honesto se não admitisse que, sim, o prazer de realizar esta aventura com amigos estava entre minhas maiores expectativas ao decidir empreendê-la.

Pois bem. Esclarecidos os motivos pelos quais eu e meus colegas de expedição decidimos nos afastar da família justamente numa época em que todos se reúnem, pois partimos no dia 25 de dezembro com previsão de só retornarmos no dia 10 de janeiro, voltemos a falar dos sentimentos difusos que se abatem sobre, falando por mim, iniciantes nessa prática considerada arriscada e perigosa pela maioria das pessoas, mas que, como eu dizia, traz lições valiosas.

Começando pelo lado idílico, tem a beleza do lugar. A simples visão do Aconcágua é algo hipnotizante. Quase uma sensação de algo inatingível. É uma beleza que cala. Não digo da paisagem em si – que reflete um lugar inóspito, onde não há absolutamente nenhum tipo de vegetação nem vida animal, por consequência –, mas da natureza como um todo, no seu espetáculo de imponência e sublimidade, com um cenário composto pela magnitude da montanha entremeada de trechos de neve e blocos de gelo esculpidos pelo vento, no qual um pôr de sol ou uma noite de lua ganham significado bastante especial. Ou seja: é o tipo de visão que jamais será revelada numa foto, vídeo ou num texto com uma descrição como esta que acabo de fazer.

P

oucas são as experiências na vida que reúnem

tantos sentimentos e aprendizados como esta em que me aventurei com o objetivo de atingir o ponto mais alto das Américas, o cume do Aconcágua, a 6.962 metros de altitude. Não o fiz, contudo, apenas pela adrenalina ou pelo gosto de enfrentar o perigo, o que faz desta experiência, para mim, muito mais do que uma aventura.

Não sou praticante experiente de montanhismo – ou alpinismo –, apenas um esportista amador que faz caminhadas, com algumas participações em maratonas, e que gosta de se exercitar. O meu desafio, portanto, era pessoal. Podemos chamá-lo de superação, pois sempre acho que é possível ir além. Não por acaso o lema da nossa expedição foi “Para o topo, sempre”.

Também sou movido por uma curiosidade pueril, que me faz buscar o novo incessantemente, tendo a experimentação como filosofia de vida. Eu costumo levantar a seguinte questão: “Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?”. E esse foi um dos principais motivos por que eu quis participar dessa expedição.

Aconcágua, muito mais

que uma aventura

Disciplina, estratégia, planejamento, paixão, ousadia, superação, espírito de equipe, companheirismo, coragem, curiosidade... Quanto aprendizado em uma só lição!

P

oucas são as experiências na vida que reúnem tantos sentimentos e aprendizados como esta em que me aventurei com o objetivo de atingir o ponto mais alto das Américas, o cume do Aconcágua, a 6.962 metros de altitude. Não o fiz, contudo, apenas pela adrenalina ou pelo gosto de enfrentar o perigo, o que faz desta experiência, para mim, muito mais do que uma aventura.

Não sou praticante experiente de montanhismo – ou alpinismo –, apenas um esportista amador que faz caminhadas, com algumas participações em maratonas, e que gosta de se exercitar. O meu desafio, portanto, era pessoal. Podemos chamá-lo de superação, pois sempre acho que é possível ir além. Não por acaso o lema da nossa expedição foi “Para o topo, sempre”.

Também sou movido por uma curiosidade pueril, que me faz buscar o novo incessantemente, tendo a experimentação como filosofia de vida. Eu costumo levantar a seguinte questão: “Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?”. E esse foi um dos principais motivos por que eu quis participar dessa expedição.

SQU

ARE

Nonono nonono nonono

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SQU

ARE

Isso sem falar que é um esporte que nos submete a um grande prazer pela conquista que representa superar desafios cada vez mais estimulantes. Tem também as horas compartilhadas com os amigos. Memoráveis e cheias de aprendizado que engrandecem a condição humana, quais sejam a cumplicidade, o respeito, a solidariedade e o companheirismo. O espírito de grupo, a interdependência uns dos outros, a entrega foram essenciais para a conquista dos nossos objetivos e o que podemos chamar verdadeiramente de um trabalho em equipe.

No nosso caso, esse trabalho começou no início de 2012, quando nós, todos esportistas que correm juntos há cerca de cinco anos, nos propusemos a realizar a expedição. Da equipe, dois já eram experientes e cinco, sendo eu um deles, realizariam a subida ao chamado “Pequeno Everest” pela primeira vez. É um grupo bastante eclético, formado por profissionais de várias áreas, entre eles os líderes da expedição, o comerciante Paulo Mazzoco, em sua quarta expedição ao Aconcágua, e o personal trainer Décio Ribeiro, da D-Run, além dos fotógrafos Alexandre Cappi e Luis Mazzotini, o cabeleireiro Matheus Vieira, o gerente comercial Alexandre Calabria e eu, um diretor financeiro.

Aconcágua,

o topo das Américas

Localizado nos Andes argentinos, a cerca de 112 quilômetros da cidade de Mendoza, o monte Aconcágua é o ponto mais alto e o mais perigoso das Américas e de todo o hemisfério sul e o mais alto fora da Ásia, com 6.962 metros de altitude.

Aconcágua, o topo das Américas

Localizado nos Andes argentinos, a cerca de 112 quilômetros da cidade de Mendoza, o monte Aconcágua é o ponto mais alto e o mais perigoso das Américas e de todo o hemisfério sul e o mais alto fora da Ásia, com 6.962 metros de altitude.

vida animal, por consequência –, mas da natureza como um todo, no seu espetáculo de imponência e sublimidade, com um cenário composto pela magnitude da montanha entremeada de trechos de neve e blocos de gelo esculpidos pelo vento, no qual um pôr de sol ou uma noite de lua ganham significado bastante especial. Ou seja: é o tipo de visão que jamais será revelada numa foto, vídeo ou num texto com uma descrição como esta que acabo de fazer. ALEXANDRE CAPPI 35 anos/35 anos Fotógrafo/Fotógrafo LUIS MAZZOTINI 32 anos/32 anos Fotógrafo/Fotógrafo GILBERTO ANTONIAZZI 46 anos/46 anos

Diretor financeiro/Diretor financeiro

ALEXANDRE CALABRIA

42 anos/42 anos

Gerente comercial/Gerente comercial MATHEUS VIEIRA 35 anos/35 anos Cabeleireiro/Cabeleireiro PAULO MAZZOCO 52 anos/52 anos Comerciante/Comerciante DÉCIO RIBEIRO 41 anos/41 anos Preparador físico e atleta de competição/ Preparador físico e atleta de competição SQU ARE

Isso sem falar que é um esporte que nos submete a um grande prazer pela conquista que representa superar desafios cada vez mais estimulantes. Tem também as horas compartilhadas com os amigos. Memoráveis e cheias de aprendizado que engrandecem a condição humana, quais sejam a cumplicidade, o respeito, a solidariedade e o companheirismo. O espírito de grupo, a interdependência uns dos outros, a entrega foram essenciais para a conquista dos nossos objetivos e o que podemos chamar verdadeiramente de um trabalho em equipe. No nosso caso, esse trabalho começou no início de 2012, quando nós, todos esportistas que correm juntos há cerca de cinco anos, nos propusemos a realizar a expedição. Da

equipe, dois já eram experientes e cinco, sendo eu um deles, realizariam a subida ao chamado “Pequeno Everest” pela primeira vez. É um grupo bastante eclético, formado por profissionais de várias áreas, entre eles os líderes da expedição, o comerciante Paulo Mazzoco, em sua quarta expedição ao Aconcágua, e o personal trainer Décio Ribeiro, da D-Run, além dos fotógrafos Alexandre Cappi e Luis Mazzotini, o cabeleireiro Matheus Vieira, o gerente comercial Alexandre Calabria e eu, um diretor financeiro.

Além do trabalho em equipe, uma das partes mais importantes para o sucesso de uma empreitada como essa é o planejamento. Foram dedicados oito meses a essa tarefa. Nesse e em muitos outros casos, especialmente para nós que somos familiarizados com o mundo dos negócios, o planejamento é fundamental. Desde imaginar e antecipar eventos inesperados, preparando-se tanto para as dificuldades quanto para as oportunidades que poderão surgir, até um minucioso levantamento de todos os itens necessários e compatíveis com a missão que se tem pela frente. Para uma expedição, os equipamentos corretos são tão importantes quanto um par de luvas ou de meias térmicas, que podem fazer a diferença numa situação de congelamento, assim como os alimentos e suplementos, os remédios, pilha ou até mesmo o que aparentemente poderia ser considerado um simples detalhe, como as lentes de contato (para quem usa) e os óculos de sol.

Para escalar uma montanha, tem que ter determinação e disciplina, pesquisar muito, praticar o esporte com muita segurança, entender o mundo de aventura, conhecer os melhores equipamentos e saber sobre o comportamento na altitude, principalmente nas situações de risco.

Por tudo isso, o planejamento é um exercício de segurança, o meio pelo qual você administra e afasta o risco. Não dá

A equipe FMC/D-Run

/ A equipe FMC/D-Run

Para o topo, sempre! Superação, conquista, planejamento e vitória!

Para o topo, sempre! Superação, conquista, planejamento e vitória!

ACONCÁGUA

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SQU

ARE

um dos motivos por que nos afastamos de nossas famílias em plenas festas de fim de ano, justamente porque tínhamos uma janela que nos permitiria atingir o pico com a segurança de um bom tempo nos dias 8 e 9 de janeiro.

O processo foi gradativo. Fizemos uma primeira aclimatação em Mendoza, na Argentina, e também regularizamos os trâmites para a autorização da escalada. A aclimatação acostuma e prepara o corpo para a altitude e baixas temperaturas, por isso foram realizados períodos de aclimatação em diversos pontos da montanha, quando fazíamos trekking em torno da base.

O ponto de partida de nossa expedição para o Aconcágua via rota normal (a que fizemos) se dá em Penitentes (2.800 m), e depois, consecutivamente, Confluências (3.500 m), Plaza Francia (4.200 m), Refúgio Plaza de Mulas (4.350 m), Nido de Condores (5.400 m) e Cólera (5.950 m). As duas últimas noites que precederam o ataque ao cume – terminologia que designa o ato de acessar o topo – foram passadas a 6.300 m de altitude. E apenas os bem aclimatados fariam a tentativa de chegar ao cume do Aconcágua (6.960 m) no dia 9 de janeiro. Dos sete membros do nosso grupo, três realizaram essa proeza: Paulo, Décio e Luís. Além deles, outros alpinistas, entre os tantos de diversas nacionalidades que escalavam o Aconcágua no mesmo período. Para nós que não atingimos, ficou a experiência fantástica de participar desta expedição e inúmeros aprendizados, entre os quais a superação de limites, da escalada em si, e dos limites do próprio corpo e da mente. Ser um esportista é favorável, mas o sucesso é alcançado menos pelo condicionamento físico e mais pelo domínio das emoções para suportar as condições extremas – de frio e privações – a que temos que nos submeter nesse tipo de experiência.

Com temperaturas abaixo de zero e precárias condições para a simples satisfação das suas necessidades fisiológicas, a distância da família, a exaustão física após caminhadas carregando mochilas de 15 kg, dormindo mal, altíssimo gasto calórico, tudo isso resulta numa adrenalina muito grande popularmente falando, e que, no seu sentido biológico, grosso modo é responsável pela elevação da pressão arterial e, sendo vasoconstritora,

também eleva a frequência cardíaca. Foi aí que encontrei o meu limite e me vi na condição de ter que retornar, por determinação dos médicos, que a cada base realizam check-up nos participantes. Além do trabalho em equipe, uma das partes mais

importantes para o sucesso de uma empreitada como essa é o planejamento. Foram dedicados oito meses a essa tarefa. Nesse e em muitos outros casos, especialmente para nós que somos familiarizados com o mundo dos negócios, o planejamento é fundamental. Desde imaginar e antecipar eventos inesperados, preparando-se tanto para as dificuldades quanto para as oportunidades que poderão surgir, até um minucioso levantamento de todos os itens necessários e compatíveis com a missão que se tem pela frente. Para uma expedição, os equipamentos corretos são tão importantes quanto um par de luvas ou de meias térmicas, que podem fazer a diferença numa situação de congelamento, assim como os alimentos e suplementos, os remédios, pilha ou até mesmo o que aparentemente poderia ser considerado um simples detalhe, como as lentes de contato (para quem usa) e os óculos de sol.

História das conquistas

O montanhismo como prática esportiva surgiu na Cordilheira dos Alpes, na Europa (por isso muitas vezes os nomes “montanhismo” e “alpinismo” se confundem). 1786 é considerado o ano-marco do montanhismo moderno, pois foi quando dois franceses atingiram o cume do Mont Blanc, na França, de 4.810 metros de altitude.

A conquista da Cordilheira dos Andes – maior cadeia de montanhas do mundo em extensão, com mais de 8.000 quilômetros – deu-se em 1880, quando foi atingido o cume do Chimborazo, de 6.267 metros. O Aconcágua, maior pico dos Andes, só foi conquistado em 1897.

A maior montanha do mundo, contudo, levou muito mais tempo – e mais trabalho também – para ser conquistada. O pico do Monte Everest, de 8.848 metros, localizado na Cordilheira do Himalaia (Ásia), só foi alcançado em 1953.

Fonte: www.360graus.terra.com.br

História das conquistas

O montanhismo como prática esportiva surgiu na Cordilheira dos Alpes, na Europa (por isso muitas vezes os nomes “montanhismo” e “alpinismo” se confundem). 1786 é considerado o ano-marco do montanhismo moderno, pois foi quando dois franceses atingiram o cume do Mont Blanc, na França, de 4.810 metros de altitude.

A conquista da Cordilheira dos Andes – maior cadeia de montanhas do mundo em extensão, com mais de 8.000 quilômetros – deu-se em 1880, quando foi atingido o cume do Chimborazo, de 6.267 metros. O Aconcágua, maior pico dos Andes, só foi conquistado em 1897. A maior montanha do mundo, contudo, levou muito mais tempo – e mais trabalho também – para ser conquistada. O pico do Monte Everest, de 8.848 metros, localizado na Cordilheira do Himalaia (Ásia), só foi alcançado em 1953.

Fonte: www.360graus.terra.com.br

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para errar. Se nos negócios dizemos que o dinheiro não aceita desaforo, num paralelo, podemos dizer que numa aventura como essa qualquer erro pode e será fatal, como já foi para alpinistas em diversas ocasiões. É preciso considerar todas as variáveis. Nada em um bom planejamento pode ser por acaso. Esse foi, aliás, um dos motivos por que nos afastamos de nossas famílias em plenas festas de fim de ano, justamente porque tínhamos uma janela que nos permitiria atingir o pico com a segurança de um bom tempo nos dias 8 e 9 de janeiro. O processo foi gradativo. Fizemos uma primeira aclimatação em Mendoza, na Argentina, e também regularizamos os trâmites para a autorização da escalada. A aclimatação acostuma e prepara o corpo para a altitude e baixas temperaturas, por isso foram realizados períodos de aclimatação em diversos pontos da montanha, quando fazíamos trekking em torno da base.

O ponto de partida de nossa expedição para o Aconcágua via rota normal (a que fizemos) se dá em Penitentes (2.800 m), e depois, consecutivamente, Confluências (3.500 m), Plaza Francia (4.200 m), Refúgio Plaza de Mulas (4.350 m), Nido de Condores (5.400 m) e Cólera (5.950 m). As duas últimas noites que precederam o ataque ao cume – terminologia que designa o ato de acessar o topo – foram passadas a 6.300 m de altitude. E apenas os bem aclimatados fariam a tentativa de chegar ao cume do Aconcágua (6.960 m) no dia 9 de janeiro. Dos sete membros do nosso grupo, três realizaram essa proeza: Paulo, Décio e Luís. Além deles, outros alpinistas, entre os tantos de diversas nacionalidades que escalavam o Aconcágua no mesmo período.

Para nós que não atingimos, ficou a experiência fantástica de participar desta expedição e inúmeros aprendizados, entre os quais a superação de limites, da escalada em si, e dos limites do próprio corpo e da mente. Ser um esportista é favorável, mas o sucesso é alcançado menos pelo condicionamento físico e mais pelo domínio das emoções para suportar as condições extremas – de frio e privações – a que temos que nos submeter nesse tipo de experiência.

Com temperaturas abaixo de zero e precárias condições para a simples satisfação das suas necessidades fisiológicas, a distância da família, a exaustão física após caminhadas

Para escalar uma montanha, tem que ter

determinação e disciplina, pesquisar muito, praticar o esporte com muita segurança, entender o mundo de aventura, conhecer os melhores equipamentos e saber sobre o comportamento na altitude, principalmente nas situações de risco.

Por tudo isso, o planejamento é um exercício de segurança, o meio pelo qual você administra e afasta o risco. Não dá para errar. Se nos negócios dizemos que o dinheiro não aceita desaforo, num paralelo, podemos dizer que numa aventura como essa qualquer erro pode e será fatal, como já foi para alpinistas em diversas ocasiões. É preciso considerar todas as variáveis. Nada em um bom planejamento pode ser por acaso. Esse foi, aliás,

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Desafios vencidos

O maior de todos os desafios é a mudança de comportamento,

condição sine qua non para a sustentabilidade

Por/By Fernanda Teixeira

Gilberto Antoniazzi

Diretor Financeiro FMC

Meu corpo já havia mandado um primeiro recado quando, após uma caminhada percorrendo 20 quilômetros com desnível de 1.000 metros, sofri náuseas e vômitos, reações normais, porém não desejáveis, nessas expedições. Não pensei em desistir, mas a obediência aos médicos – e ao bom senso e segurança – é algo imperativo.

Retornar antes do alcance do cume, portanto, é uma possibilidade que deve ser prevista. A prioridade será sempre a segurança. Fomos com o compromisso de voltar e voltamos, cada um com sua conquista pessoal. Para mim, foi ter saído da zona de conforto e ter vivido não uma experiência qualquer, mas uma experiência fora do comum. E o objetivo de superação também foi atingido. As adversidades foram enriquecedoras, fazendo-nos crescer muito. As privações demandam grande despojamento e aprendemos a respeitar os limites do corpo. Enfim, não existe conquista sem um pouco de sacrifício, muito menos quando o que se almeja é seguir “para o topo, sempre”.

É

muito bom quando um propósito se

concretiza. Não que a missão do Projeto AGORA tenha chegado ao fim, mas a cada etapa cumprida e a cada passo dado temos a certeza de estar vencendo desafios e, aos poucos, vemos consolidar o compromisso que firmamos, cada um dos parceiros, de levar informação e conhecimento sobre o setor sucroenergético, esclarecendo mitos e destacando a contribuição do etanol e da bioeletricidade para o meio ambiente e para o crescimento social e econômico.

E como não se encantar com o desfecho do “Desafio Energia Mais Limpa”? Convido-os a se dedicarem, nas próximas páginas, à leitura de alguns trechos que selecionamos das cartas vencedoras do desafio, e poderão comprovar por si próprios

as minhas palavras: alcançamos um resultado extraordinário!

O “Desafio Energia Mais limpa” foi uma iniciativa educacional do Projeto AGORA, desenvolvida em 2012, com a seguinte proposta: levar o tema aos estudantes de escolas públicas das redes estaduais de dez estados brasileiros e do Distrito Federal, que, ao final das discussões, deveriam escrever uma carta endereçada à presidente Dilma Rousseff, trazendo a sua visão em resposta à pergunta: “Que tipo de energia o Brasil precisa e de onde ela virá?”. A iniciativa envolveu mais de 13 mil escolas, mais de 13 mil professores e aproximadamente 900 mil alunos do 8º e 9º anos, resultando em 1.800 cartas, das quais 29 foram selecionadas como produto final do “Desafio Energia Mais Limpa”.

TR OCAN DO ID EIA S/OPEN F ORUM SQU ARE

carregando mochilas de 15 kg, dormindo mal, altíssimo gasto calórico, tudo isso resulta numa adrenalina muito grande popularmente falando, e que, no seu sentido biológico, grosso modo é responsável pela elevação da pressão arterial e, sendo vasoconstritora, também eleva a frequência cardíaca. Foi aí que encontrei o meu limite e me vi na condição de ter que retornar, por determinação dos médicos, que a cada base realizam check-up nos participantes.

Meu corpo já havia mandado um primeiro recado quando, após uma caminhada percorrendo 20 quilômetros com desnível de 1.000 metros, sofri náuseas e vômitos, reações normais, porém não desejáveis, nessas expedições. Não pensei em desistir, mas a obediência aos médicos – e ao bom senso e segurança – é algo imperativo.

Retornar antes do alcance do cume, portanto, é uma possibilidade que deve ser prevista. A prioridade será sempre a segurança. Fomos com o compromisso de voltar e voltamos, cada um com sua conquista pessoal. Para mim, foi ter saído da zona de conforto e ter vivido não uma experiência qualquer, mas uma experiência fora do comum.

E o objetivo de superação também foi atingido. As adversidades foram enriquecedoras, fazendo-nos crescer muito. As privações demandam grande despojamento e aprendemos a respeitar os limites do corpo. Enfim, não existe conquista sem um pouco de sacrifício, muito menos quando o que se almeja é seguir “para o topo, sempre”.

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