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ANÁLISE DE PARASITAS NA ESPÉCIE CANINA VISANDO CONTROLE E BEM ESTAR ANIMAL

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Academic year: 2021

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ANÁLISE DE PARASITAS NA ESPÉCIE CANINA VISANDO CONTROLE E BEM ESTAR ANIMAL

FIANCO, A.N.1, KARPINSKI, A.C.1, MAHL, D.L2. DRAWSZESKI, L.H.B.C.D.P.1, BORSA, T.C.1, LEVANDOSKI, V.1, URIO, E.A.2.

RESUMO

Este trabalho apresenta a pesquisa feita sobre endoparasitas e ectoparasitas na espécie canina, oportunizando o conhecimento dos parasitas mais comuns encontrados na espécie em diferentes habitats, bem como causas e consequências do parasitismo. O material biológico foi coletado de cães de hábitats diferentes, para análise e identificação e com isso sendo possível uma comparação com o meio em que cada indivíduo vive, podendo assim ser feita a constatação de quais os ambientes mais propícios a cada tipo de parasita. Foram encontrados endo e ectoparasitas nos diferentes habitats, mesmo nos animais domésticos onde o cuidado é maior por serem animais de estimação de convívio com os membros da família, foram encontrados parasitas e com isso levantando a questão do cuidado que deve ser feito continuamente para que os animais e também seus donos possam conviver com saúde e segurança visando sempre o bem estar.

Palavras-chave: Parasita, cão, habitat.

¹ : Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai , Getúlio Vargas-RS , Brasil.

2:

Docentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai , Getúlio Vargas-RS , Brasil.

ABSTRACT

This paper presents a survey on endoparasites and ectoparasites in dogs oportunizando knowledge of the most common parasites found in the species in different habitats, as well as the causes and consequences of parasitism. The biological material was collected from dogs of different habitats, for analysis and identification and it is possible a comparison with the medium in which the individual lives, and thus can be the realization of what the

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environments more conducive to each type of parasite. Endo and ectoparasites found in different habitats, even in domestic animals where care is greater for being pets living with family members, were found parasites and thus raising the question of the care that must be done continuously so that also animals and their owners can live with health and safety always seeking wellness.

Keywords: Parasite, dog, habitat.

INTRODUÇÃO

Os cães representam os animais de estimação que mais convivem com o homem. (LEITE, 2004). Segundo PARSZOW (2003) a ligação emocional estabelecida pode trazer benefícios físicos e psicológicos além de melhorar a integralização social de portadores de doenças imunossupressoras, idosos, crianças e pessoas com necessidades especiais. Porém a proximidade com o cão de estimação resulta em maior exposição humana a agentes com potencial zoonótico (FOREYT, 2005).

As picadas de pulgas que muito ativas tem como resultado para os cães e por vezes donos, irritação, dor e prurido. Quando adicionalmente o animal é alérgico a algum dos componentes da saliva da pulga pode surgir a dermatite alérgica pela picada da pulga, cujos principais sintomas são: perda de pelo no terço posterior, prurido generalizado, lesões na pele com espaçamento e perda de elasticidades.

O carrapato é um hospedeiro definitivo em que ocorre singamia e o cão é um hospedeiro intermediário, sendo que uma vez ingeridos, os esporozoitos são liberados dos oocitos, penetram na parede intestinal e são transportados para os tecidos e órgãos alvos no sangue e na linfa (TAYLOR, 2010).

As parasitoses gastrintestinais são entre as doenças mais frequentes dos cães, Helmintos, como Toxocara sp e Ancylostoma sp devido ao seu potencial zoonótico são considerados um problema de Saúde Pública (SANTARÉM, 2004).

O presente visa identificar ectoparasitas e endoparasitas na espécie canídea, oportunizando o conhecimento dos parasitas mais comuns encontrados na espécie, bem como causas e consequências do parasitismo.

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MATERIAL E MÉTODOS

No presente estudo, realizou-se uma pesquisa de campo, onde escolheu-se aleatoriamente cães de habitats diferentes como domicílio, Organização Não Governamental (Ong) e meio rural.

A pesquisa foi realizada pelos acadêmicos de Medicina Veterinária Nível III da Faculdade IDEAU, no mês de setembro e outubro de 2013. Foram avaliados 20 animais, distribuídos nas cidades de Erechim, Getúlio Vargas, Gaurama, Sertão e Marcelino Ramos.

Buscando o melhor desempenho do trabalho foi proposto um questionário, onde deveria ser preenchido com cada animal que fosse avaliado. O questionário continha questões que abordavam raça, peso, habitat predominante, alimentação, frequência ao veterinário assim como frequência de vacinação, aplicação de vermífugos, entre outros.

Para a coleta dos ectoparasitas usou-se o auxílio de pinças para vistoriar a pelagem dos animais e quando encontrados acondicionados em recipientes identificados com os dados de cada um, contendo álcool a 70%.

Para a coleta dos endoparasitas usou-se o auxilio de vermífugos com princípio ativo: praziquantel + pamoato de pirantel + febantel, seguindo a dose recomendada para cada porte de animal. Após recolhidas e analisadas as amostras laboratoriais foram acondicionadas em recipientes identificados contendo álcool a 70%.

Utilizou-se para a identificação as seguintes referências bibliográficas TAYLOR, (2010); ODENDAAL, (1993); FOREYT, (2005), FORTES, (2004).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após as identificações feitas com o auxílio de relatórios elaborados pelos autores, os parasitas foram relacionados de acordo com seus habitats. Nas tabelas 1, 2 e 3 está relacionado o tipo de parasita com a porcentagem dos mesmos encontrados nos animais avaliados.

Sabendo-se que os produtos não são todos iguais e o risco parasitológico também não, assim sendo, cada animal segue uma proteção antiparasitária que deve prever desparasitação interna de cães no mínimo de três em três meses.

Desparasitação externa de cães contra ectoparasitas ocorre todo ano, cada Médico Veterinário estabelece um programa completo antiparasitário.

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Na tabela1 estão apresentados os parasitas encontrados em cães de habitat domiciliar. Foram analisados seis cães e destes, três apresentavam ectoparasitas, identificados como pulgas. Todos apresentaram endoparasitas que foram identificados como semelhantes a

Ascarididae e Ancylostomatidae.

Tabela 1:

Parasitas encontrados em cães de habitat domiciliar – 6 cães.

Ectoparasitas % Carrapato 0 Pulga 50 Endoparasitas Ascarididae 25 Ancylostomatidae 25

A população canídea de habitat domiciliar geralmente tem acompanhamento e assistência de um médico veterinário, seguindo um programa de vermifugação, frequentam banho e tosa, portanto os índices encontrados são menores devido aos cuidados.

Foram encontrados alguns cães com pulgas. Segundo FORTES (2004) as infestações por pulgas geralmente são mais ativas a noite, causam alergias podendo desencadear processos alérgicos. As pulgas reproduzem-se em condições onde haja calor e umidade.

As pulgas são hospedeiros intermediários da tênia Dipylidium caninum, a mais comum em cães, ao lamberem-se ou ao mordiscarem o pêlo podem ingerir uma pulga infectada com a forma larvar que é liberada no intestino do cão e evolui até a forma de adulto. Desta situação resulta a necessidade de tratar também os animais que tem pulgas, contra cestodas. Este parasita causa perdas nutricionais, diarreias e mau estado geral.

Em um determinado animal de habitat domiciliar foi constatado dermatite alérgica ocasionada por uma infestação de pulgas (Figura 1).

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Figura 1. Dermatite alérgica por picada de pulga em cão.

Foto: LEVANDOSKI, V. Erechim 2013.

Na tabela 2 está demonstrado os parasitas encontrados em animais de ONG`s. Foram analisados dez cães e todos apresentavam ectoparasitas, semelhantes a pulgas, quatro apresentaram endoparasitas com semelhança a Ascarididae, dois apresentaram

Ancylostomatidae e quatro não apresentaram endoparasitas. Nota-se que esses animais

tiveram um alto índice de infestação por ectoparasitas, sendo que muitos não apresentavam registro de sanidade ocasionando assim a contaminação de 100% dos animais avaliados.

Tabela 2:

Parasitas encontrados em cães de ONG’s – 10 cães.

Ectoparasitas % Carrapato 0 Pulga 100 Endoparasitas Ascarididae 40 Ancylostomatidae 20

Animais deste habitat são sem cuidados e acompanhamento profissional, vivem aglomerados ambientes mais favoráveis a doenças e infestações por parasitas.

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A dermatite atópica é uma predisposição que desenvolve problemas de pele quando os animais entram em contato com partículas normalmente inofensivas, como pólen, plantas, gramas, ervas, pó, ácaros, fungos e outros microrganismos. (ODENDAAL, 1993).

Em relação a Toxocara canis (Ascarididae) sua importância está não só relacionada à infecção nos cães, mas também a uma zoonose conhecida como Larva migrans visceral (FOREYT, 2005).

Já o Ancylostoma caninum (ancylostomatidae) relacionada à infecção aguda ou

crônica, anemia, deficiência de ferro e também a uma zoonose conhecida como Larva migrans cutânea (TAYLOR, 2010).

A tabela 3 apresenta os parasitas encontrados em cães de zonas rurais. Foram analisados quatro cães e destes, dois apresentavam ectoparasitas, identificados como carrapatos e todos apresentaram pulgas. Não foram identificados endoparasitas devido aos animais terem sido desvermifugados há aproximadamente três meses.

Tabela 3:

Parasitas encontrados em cães de zonas rurais – 4 cães.

Ectoparasitas %

Carrapato 50

Pulga 100

Os animais apresentaram incidência de carrapatos sendo que viviam em ambiente propício para o desenvolvimento dos mesmos. É importante ressaltar que esses animais viviam livres e frequentavam lugares que julgavam necessário dentro do meio rural. Não apresentaram incidência de endoparasitas, por mais que se alimentavam de restos de comida e muitas vezes dependiam da própria caça. A ausência de endoparasitas se justifica pela aplicação de vermífugos feita pelo proprietário nos últimos quatro meses. Ressaltando que as condições climáticas atuais, não são propícias ao ciclo do carrapato.

As picadas de carrapatos podem levar à formação de abcessos. Os carrapatos são sugadores de sangue e também podem transmitir doenças infecciosas. Certos carrapatos excretam uma substância tóxica que causa necrose de pele determinando dor e claudicação.

Os carrapatos também podem dirigir-se às orelhas dos animais determinando uma reação que afeta o senso de equilíbrio. Também causam feridas, doenças infecciosas e

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infestações do ouvido externo e médio. Mais comum na primavera, quando são mais ativos. A umidade também ativa os carrapatos, podem se aderir a qualquer parte do corpo menos nas áreas onde há pelame denso. Os dois tipos de carrapatos mais encontrados em cães são

Rhipicephalis sanguíneus e Haemaphysalis leachi. (SLOSS, 1999).

Em um dos animais estudado da zona rural foram encontrados carrapatos da família Ixodidae (Figura 2), que foi identificado devido possuir características como a presença de um rígido escudo quitinoso que cobre toda a superfície dorsal do macho adulto. Este carrapato é conhecido também como carrapato duro.

Figura 2. Carrapato encontrado em cão da zona rural.

Foto: BORSA, T.C, Gaurama 2013.

CONCLUSÃO

Os ectoparasitas e endoparasitas são transmissores de vírus e bactérias, albergam vetores indiscriminados por isso os animais devem ser desparasitados. De acordo com as diferenças encontradas nos três habitats, foi possível perceber que animais vivendo em meio rural onde os cuidados são para os animais de criação e onde eles vivem soltos expostos a todo tipo de alimento encontrado pelo chão, onde não tem um cuidado específico, mesmo assim podemos constatar a melhora no ambiente em que esses animais estão vivendo, está

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acontecendo o cuidado com esses animais de estimação. Já no ambiente domiciliar onde os cuidados são maiores ou pelo menos acreditava-se que seriam, foi possível encontrar grande número de ecto e endoparasitas nos animais pesquisados.

Medidas práticas como aplicação dos princípios básicos de higiene como retirada de fezes diárias do ambiente, limpeza de pisos e canis, controle de ectoparasitas como pulgas, carrapatos, piolhos e ácaros, tratamento de solo com hipoclorito de sódio ou uma solução de salina em água quente, inspeção regular da pele dos cães e tratamento aos portadores de lesões e outras situações. Requer um programa de vermifugação meticulosamente e repetir regularmente, estas e muitas outras são formas para se prevenir de infestações que podem causar danos aos animais e em alguns casos ás pessoas.

Estes parasitas (internos e externos) existem o ano inteiro praticamente em todos os tipos de habitat, por isso os animais devem ser desparasitados de modo a estarem sempre protegidos (de acordo com as indicações, eficácia e tempo de atuação de cada produto).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FORTES, E. Parasitologia Veterinária, 4ª. Ed. 2004 Icone 2004.

FOREYT, W. Manual de referência: Parasitologia Veterinária. 1ª. Ed. Editora Proca 2005.

LEITE – 2004 LEITE, 2. C: Endoparasitas em cães. Curitiba Paraná Brasil 2004.

NISHIMARU, R. Revista CÃES AMIGOS A alegria de ter um cão ao seu lado. Editora Top. CO. Campinas SP. Jun/Jul 2013.

ODENAL, J. Cães e Gatos Um guia de Saúde, Livraria Varela. São Paulo 1993. PARSLOW, R.A. Medical Jornal Autralia, Sydney 2003.

SANTARÉM, V.A: GIUFFRIDA, R; ZANIN, G.A. Larva migrans cutanea; Revista Brasileira de Medicina Tropical Rio de Janeiro 2004.

S LOSSO, M. W. ; KEMP, R. L.; ZAJAC, A. M. Parasitologia Veterinária 6ª ed. São Paulo Momole, 1999.

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