1 1
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Engenharia da Confiabilidade
Professor: Emerson Rigoni, Dr. Eng.
rigoni@utfpr.edu.br
http://www.rigoni.com.br/cegem.htm
2 2
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Parte 1 – Estatística e Análise de Dados de Vida (LDA) Parte 2 – Confiabilidade de Sistemas (RBD)
Parte 3 – Manutenção Centrada na Confiabilidade
Aspectos Gerais da MCC
Etapa 0 - Adequação da MCC Etapa 1 - Preparação
Etapa 2 - Seleção do Sistema e Coleta de Informações
Etapa 3 - Análise dos Modos de Falha, seus Efeitos e sua Criticidade (FMEA/FMECA) Etapa 4 - Seleção das Funções Significantes e Classificação de seus Modos de Falha Etapa 5 - Seleção das Tarefas de Manutenção Aplicáveis e Efetivas
Etapa 6 - Definição dos Intervalos Iniciais e Agrupamento das Tarefas de Manutenção Etapa 7 - Redação do Manual e Implementação
3 3
Manutenção Centrada na Confiabilidade
1. BLOOM, Neil B., Reliability Centered Maintenance: Implementation Made Simple. Editora McGraw-Hill Inc., 2006.
2. MORTELARI, Denis; SIQUEIRA, Kleber; PIZZATI, Nei. O RCM na Quarta Geração da Manutenção de Ativos. RG Editores, 1ª Edição, 2011.
3. MOUBRAY, J., Reliability Centered Maintenance. New York, Editora Industrial Press, Revisão da 2ª Edição, 2001.
4. RAUSAND, Marvin, HØYLAND, Arnljot, System Reliability Theory: Models, Statistical Methods, and Applications. Editora Wiley-Interscience, 2ª Edição, 2003.
5. SIQUEIRA, Iony Patriota de., Manutenção Centrada na Confiabilidade - Manual de Implementação. Rio de Janeiro, 1ªed., Editora Qualitymark Ltda., 2005.
6. SMITH, A. M., HINCHCLIFFE, G. R., RCM – Gateway to World Class Maintenance. Editora Elsevier Butterworth-Heinemann, 2004.
4 4
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Bibliografias Relacionadas à MCC
SMITH, A. M., HINCHCLIFFE, G. R. RCM – Gateway to World Class Maintenance. Editora Elsevier Butterworth-Heinemann, 2004.
MOUBRAY, J.,
Reliability Centered Maintenance. New York, Editora Industrial Press, Revisão da
2ª Edição, 2001.
IONY PATRIOTA DE SIQUEIRA
Manutenção Centrada na Confiabilidade: Manual de Implementação.
5 5
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Normas e Guias Relacionadas à MCC
1. ABS – American Bureau of Shipping. Guidance Notes on Reliability Centered Maintenance. USA, 2004. 2. ATA MSG-3. Operator/Manufacturer Scheduled Maintenance Development. Air Transport Association of
America, Inc. Revisão 2011.
3. IEC-60300-3-11. Dependability Management – Part 3-11: Application Guide – Reliability Centred Maintenance. Segunda Edição, IEC – International Electrotechnical Commission, 2009.
4. IEC-60706-4 Guide on Maintainability of Equipment. Part 4 – Section 8: Maintenance and Maintenance Support Planning. Primeira Edição, IEC – International Electrotechnical Commission, 1992.
5. MIL-STD-1629 A, Military Standard Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analysis. Department of Defense, USA. 1980.
6. MIL-STD-2173(AS), Military Standard – Reliability Centered Maintenance Requirements of Naval Aircraft, Weapons Systems and Support Equipment. Department of Defense, USA. 1986.
7. NAVAIR 00-25-403. Guidelines for the Naval Aviation Reliability Centered Maintenance Process. US Navy’s Naval Air Systems Command (NAVAIR), 2005.
6 6
Manutenção Centrada na Confiabilidade
8. NASA - National Aeronautics and Space Administration. Reliability Centered Maintenance Guide For Facilities And Collateral Equipment. NASA, 2000.
9. NBR 5462. Confiabilidade e Mantenabilidade. Rio de Janeiro, Editado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 1994.
10.SAE - J1739. Potential Failure Mode and Effects Analysis in Design (Design FMEA), Potential Failure Mode and Effects Analysis in Manufacturing and Assembly Processes (Process FMEA), and Potential Failure Mode and Effects Analysis for Machinery (Machinery FMEA). Society of Automotive Engineers, 2002.
11.SAE - JA1011. Evaluation Criteria for Reliability Centered Maintenance (RCM) Processes. Society of Automotive Engineers, 1999. Revisão 2009.
12.SAE - JA1012. A Guide to the Reliability Centered Maintenance (RCM) Standard. Society of Automotive Engineers, 2002. Revisão 2011.
13.SEA SYSTEM S9081-AB-GIB-010. Reliability Centered Maintenance (RCM) Handbook. SEA Systems Command, 2007.
7 7
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Teses e Dissertações Relacionadas à MCC
1. BACKLUND, Fredrik, Managing the Introduction of Reability Centred Maintenance: RCM as a
Method of Working within Hydropower Organizations. Tese de Doutorado apresentada ao
Department of Business Administration and Social Sciences da Luleå University of Technology, Division of Quality & Environmental Management, Suécia, 2003.
2. LUCATELLI, Marcos Vinícius, Proposta de Aplicação da Manutenção Centrada em Confiabilidade em
Equipamentos Médico-Hospitalares. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Engenharia Elétrica da UFSC, Florianópolis, 2002.
3. RIGONI, Emerson. Metodologia para implantação da manutenção centrada na confiabilidade: uma
abordagem fundamentada em Sistemas Baseados em Conhecimento e Lógica Fuzzy. Tese
apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Engenharia, Florianópolis, 2008. 4. ZAIONS, Douglas Roberto. Consolidação da Metodologia da Manutenção Centrada em
Confiabilidade em uma Planta de Celulose e Papel. Dissertação de Mestrado em Engenharia de
8 8
Manutenção Centrada na Confiabilidade
1. Biblioteca da UFSC: http://www.bu.ufsc.br/
2. Biblioteca da UNICAMP: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/ 3. Biblioteca da USP: http://www.usp.br/sibi/
4. Biblioteca da UTFPR: http://biblioteca.utfpr.edu.br/pergamum/biblioteca/index.php 5. Industrial Maintenance Portal: http://www.plant-maintenance.com/
6. RCM Resources & Links: http://www.reliabilityweb.com/fa/rcm.htm
7. Normas Militares Americanas: http://www.weibull.com/knowledge/milhdbk.htm
8. Reliability Centered Maintenance Analysis: http://www.mtain.com/logistics/logrcm.htm 9. System Reliability Center: http://src.alionscience.com/inforesources/
9 9
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Manutenção Centrada na Confiabilidade – Definição
Metodologia para analisar as funções do sistema, o modo como estas funções
podem falhar e, a partir daí, aplicar um critério de priorização explícito baseado
em fatores de segurança, ambientais, operacionais e econômicos, para identificar
as tarefas de manutenção aplicáveis e efetivas.
(MOUBRAY, 2001; SIQUEIRA, 2005; SMITH, A. M., HINCHCLIFFE, G. R., 2003)
RCM – Reliability Centered Maintenance
MCC – Manutenção Centrada na Confiabilidade RBM – Reliability Based Maintenance
10 10
Manutenção Centrada na Confiabilidade
MCC - Retrospectiva Histórica
MSG 1 (1967):
MSG-1 (Maintenance Steering Group – Grupo de Direcionamento da Manutenção)
Força Tarefa: representantes das linhas aéreas, fabricantes e governo americano (FAA- Federal Aviation Administration) Thomas D. Matteson (Vice-Presidente de PCM da United Airlines) + Engenheiros Bill Mentzer, Stenley Nowlan e Haword Heap
Objetivo: estabelecer um procedimento adequado de manutenção, redução do tempo de paralisação e custos associados e melhorar a segurança de vôo para o Boeing 747
Boeing 747 Com MSG-1
66.000 homens.hora para 20.000 horas de vôo
Douglas DC-8 Sem MSG-1
4.000.000 homens.hora para 20.000 horas de vôo
450 passageiros
11 11
Manutenção Centrada na Confiabilidade
MSG 2 (1970):
Subordinação: ATA - Air Transport Association of America (Associação do Transporte Aéreo Americano) contratada pelo DoD - Department of Defense (Departamento de Defesa dos Estados Unidos)
MSG-2: Propõe o Airline Manufacturer Maintenance Program Planning Document (Documento de Planejamento do Programa de Manutenção dos Fabricantes de Aeronaves)
Generaliza os procedimentos específicos de manutenção do MSG-1, de modo a torná-lo aplicável para todas as aeronaves
Incorporação dos Diagramas de Decisão
12 12
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Sim Sim Sim Sim
Programar Atividades ou
Modificar o Projeto.
Programar Atividades.
Checar a operação periodicamente.
Programar atividades.
Inspeções ou testes periódicos (Preditiva).
Programar atividades.
Substituição sistemática (Base Tempo).
NãoNão Não Não
A falha afeta a segurança
do sistema?
Falhas não detectáveis apresentam
efeito adverso para a segurança?
A degradação conduz a falhas
detectáveis pela manutenção?
Há relação entre a idade do
equipamento e a sua confiabilidade?
Nenhuma programação
é requerida.
13 13
Manutenção Centrada na Confiabilidade
MSG 3 (1978):
Encomendado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos
Objetivo: determinação de normas e procedimentos de manutenção com base em uma ampla análise estatística
Nowlan e Heap (1978): Reliability Centered Maintenance (RCM – MCC)
Conclusões:
1. Revisões programadas têm pouco efeito na confiabilidade total de um equipamento complexo, a menos que exista um modo de falha dominante
2. Existem muitos equipamentos para os quais não há forma efetiva de manutenção programada
14 14
Manutenção Centrada na Confiabilidade
MCC - Retrospectiva Histórica
Setembro de 1980
ATA MSG-3 Operator/Manufacturer: Scheduled Maintenance Development Revisada em 2011 pela FAA (Federal Aviation Administration)
Março de 1999
IEC 60.300-3-11 Dependability Management – Part 3-11: Application Guide – Reliability Centred Maintenance Revisada em 2009.
Agosto de 1999
SAE JA 1011 Evaluation Criteria for RCM Processes Critérios mínimos para homologação de programas de RCM Revisada em 2009.
Janeiro de 2002
SAE JA 1012 A Guide to the Reliability Centered Maintenance (RCM) Standard
15 15
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Moubray (2001)
1. Quais são as funções associadas e os padrões de desempenho associados ao ativo no seu contexto operacional atual (Funções)?
2. De que forma o ativo falha em cumprir suas funções (Falhas Funcionais)? 3. O que causa cada falha funcional (Modos de Falha)?
4. O que acontece quando ocorre cada falha (Efeitos da Falha)?
5. Qual o impacto dos efeitos do modo de falha no meio ambiente, na segurança, na operação do sistema e na economia do processo (Conseqüências da Falha)?
6. O que pode ser feito para prevenir cada falha (Tarefas Aplicáveis e Efetivas)?
7. O que deve ser feito se não for encontrada uma tarefa aplicável e efetiva adequada (Ações Default)? Siqueira (2005)
8. Qual a freqüência ideal para as tarefas de manutenção aplicáveis e efetivas?
Responder e Documentar de Forma Auditável.
Perguntas Respondidas pela MCC
16 16
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
O objetivo primário da manutenção é otimizar a disponibilidade da planta
com o mínimo custo.
Novo
A manutenção afeta todos os aspectos do negócio: segurança,
integridade ambiental, eficiência energética, qualidade do produto,
imagem da empresa, etc... e não somente a disponibilidade da planta.
Manutenção
Gestão de Ativos
Exemplos:• Apagão Afeta todos os setores dependentes da energia elétrica, afeta a imagem e a credibilidade do setor elétrico.
• Grandes Acidentes: Bopal (Vazamento de Gases Tóxicos - Union Carbide Corporation), Chernobil (Acidente Nuclear), Piper Alpha (Plataforma de Produção de Petróleo), etc...
17 17
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
O objetivo da manutenção é preservar os ativos físicos.
Novo
O objetivo da manutenção é preservar as funções dos os ativos físicos.
18 18
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
A maioria dos equipamentos tem sua probabilidade de falha aumentada
com a idade.
Novo
A maioria das falhas (Taxa de Falhas) não tem relação com a idade do
equipamento.
19 19
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
A função da manutenção pró-ativa é prevenir as falhas.
Novo
A manutenção pró-ativa deve evitar, eliminar ou minimizar as
consequências das falhas.
Exemplo:
Falha na Bomba
2,5 horas a 5 horas para realizar a manutenção
20 20
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
Programas genéricos de manutenção podem ser desenvolvidos para a
maioria dos ativos.
Novo
Programas genéricos de manutenção somente se aplicam para
equipamentos com o mesmo contexto operacional, funções e padrões de
desempenho.
Exemplo:
A Falha afeta a produção Tarefa Preditiva ou
Preventiva
B Falhando muda para C Tarefa Corretiva
C Falha não é evidente para o operador se B ainda está funcionando
21 21
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
Proteções adequadas podem praticamente eliminar a probabilidade de
falhas catastróficas.
Novo
Proteções também podem falhar, portanto os riscos associados aos
sistemas protegidos ainda precisam ser gerenciados.
Exemplo:
Falha
Múltipla Tarefas de Busca de Falha Manutenção Detectiva
22 22
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Paradigmas da MCC
Antigo
O departamento de manutenção pode sozinho desenvolver um programa
de manutenção bem sucedido e duradouro.
Novo
Um programa de manutenção bem sucedido e duradouro depende de
uma abordagem holística, apoio e comprometimento institucional.
Espírito de Equipe (Alan Kardec - ABRAMAN):
• Estamos no mesmo barco • Ninguém pode fazer só peso • Todos têm que remar
23 23
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Procedimento de
Referência para
Implantação da MCC
ABS, 2004 SAE JA 1012, 2002 SAE JA 1011, 1999 NASA, 2000 IEC-60300-3-11, 1999 NOWLAN e HEAP, 1978 SMITH e HINCHCLIFFE, 2004 SMITH, 1993 MOUBRAY, 199724 24
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 0
Adequação da MCC
Objetivos: verificar se a gestão da manutenção fundamentada na MCC, com seus requisitos e características metodológicas e filosóficas, é a mais adequada para a empresa/sistema, considerando suas disponibilidades e limitações.
25 25
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Recursos → Financeiros e Dedicação (hh) da equipe de implementação
Retorno do Investimento → Longo Prazo → Apoio da Alta Gerência → Descrédito e Abandono Tempo → Objetivos e Implantação de Longo Prazo x Expectativas Imediatistas → Frustrações Comprometimento → Mudanças Internas → Inviabilizar as Ações de Manutenção
Condições para Aprimoramento Contínuo → Realimentação, Atualização e Revisões do Manual de MCC Resultados e Benefícios → “Stakeholders”, Afetados pelo Sistema e Qualidade do Produto
Fatores Relevantes para o Sucesso de um Programa de MCC
BACKLUND, Fredrik, Managing the Introduction of Reability Centred Maintenance: RCM as a Method of Working within Hydropower Organizations. Tese de Doutorado apresentada ao Department of Business Administration and Social Sciences da Luleå University of Technology, Division of Quality & Environmental Management, Suécia, 2003.
26 26
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 0 - Adequação da MCC
Critério de Análise
27 27
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Formulário para
Documentação
da Etapa 0
Adequação da
MCC
IMPLEMENTAÇÃOCritérios Quesitos a serem ponderados Aderência (0 a 10) Ideal Justificativa (Aderência < Ideal) Plano de Ação Critério 1 Disponibilidade da Informação e Recursos Q1
Será adotado um procedimento de referência e/ou norma para implantação da MCC. A equipe de implantação conhece este procedimento/norma e todas
as entradas/necessidades deste procedimento/norma estão disponíveis.
?
Q2Existe uma documentação consistente das ações de manutenção. Exemplos: Ordens de Serviço consistentes, MTBF (Tempo Médio Entre Falhas), MTTR
(Tempo Médio Para Reparo), histórico de falhas, etc...
?
Q3 Os sistemas candidatos a implantação da MCC possuem uma documentaçãotécnica adequada. Exemplos: Projetos, manuais, relatórios de ensaio, etc...
?
Q4O planejamento estratégico da empresa está documentado de forma auditável. Este planejamento contempla a manutenção e particularmente a
MCC como estratégia para gestão de ativos.
?
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Série1 Série2
Diagrama
Radar
28 28
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 1
Preparação
Objetivos: formação da equipe e planejamento estratégico para implantação da MCC.
29 29
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 1
Planejamento
• Preparar, organizar e estruturar a equipe de implantação da MCC
Designação do Patrocinador Interno e do Facilitador
• Definir a abrangência ou nível de aplicação do programa de MCC
Sistemas Candidatos: Sistema, Subsistemas, etc...
• Alocação de recursos humanos e financeiros (previsão orçamentária)
• Inferir sobre as necessidades relacionadas a treinamento, organização e estruturação • Elaborar a metodologia e a estratégia para execução e condução das reuniões
Calendário de reuniões
Cronograma para execução das tarefas/etapas
30 30
Manutenção Centrada na Confiabilidade
• Desenvolver, Implementar e Executar o programa de MCC
• Estabelecer e Gerir os recursos necessários à sustentação do programa de MCC • Composição:
Manutentores da Instalação
Operadores da Instalação
Inspetores de Segurança
Inspetores de Qualidade
Especialistas nos Equipamentos
Fornecedores dos Equipamentos
Fabricantes dos Equipamentos
Laboratórios de Ensaios
Etapa 1
Equipe de Implantação
Responsabilidades
Composição da Equipe Tamanho do Sistema Subsistemas Modos de Falha
31 31
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 1
Método para Implementação das Etapas
Método da Força Tarefa Treinada:
• Um mesmo grupo de pessoas para implantação da MCC em toda a empresa • Pontos Positivos Resultado rápido e com uniformidade de critérios/aplicação • Desvantagem Falta de envolvimento Baixo comprometimento da empresa
Método Seletivo de Instalações Críticas:
• Escolhe-se somente a instalação/sistema considerado crítico • Pontos Positivos Objetividade, rapidez e baixo custo
32 32
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Método Abrangente de Instalações Simultâneas:
• Implementação paralela em várias instalações com várias equipes
• Pontos Positivos Possibilita o envolvimento e comprometimento de toda a empresa • Desvantagem Exige recursos elevados, difícil administração e treinamento
Método do Projeto Piloto:
• Pequena instalação/sistema Testes e Treinamento
• Pontos Positivos Possibilita resultados imediatos e familiaridade com a metodologia • Desvantagem Demora para expansão ao restante da empresa
33 33
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 1
Estratégia de Implementação
Validação da Manutenção Existente:
• Só avalia as tarefas de manutenção atuais • Pontos Positivos Rapidez de implementação
• Desvantagem Não analisa outros modos de falha e falta de análise formal
Exclusão de Modos de Falha Não Críticos:
• São eliminados modos de falha considerados de difícil ocorrência • Pontos Positivos Rapidez de implementação
34 34
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 1
Estratégia de Implementação
Análise Expedita por Analogia:
• Cópia de resultados de instalações similares
• Pontos Positivos Economia e ganho de produtividade
• Desvantagem Há que se garantir similaridade de sistema e contexto operacional
Análise Expedita por Categoria:
• Avaliação simultânea de uma classe de itens considerados similares • Pontos Positivos Economia e ganho de produtividade
35 35
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Formulário
para
Documentação
da Etapa 1
36 36
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2
Seleção do Sistema e
Coleta de Informações
Objetivos: selecionar, detalhar e documentar o sistema que será submetido à análise e implantação da MCC.
37 37
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Critérios para Seleção do Sistema
Significância para Segurança do Processo
Significância para Disponibilidade do Processo
Significância para a Economia do Processo Seleção do Sistema (IEC 60.300-3-11):
Documentar: Métodos de seleção Ex.: Pareto, OEE, TOC, Multicritérios, etc...
Critérios utilizados
Resultados obtidos
Métodos Quantitativos e/ou Qualitativos
38 38
Manutenção Centrada na Confiabilidade
• Formulário de Documentação
• Fotos Sistema, Subsistemas e Componentes • Descrição Textual do Sistema e seus Subsistemas • Diagramas
• Identificação e Descrição das Fronteiras
Etapa 2 - Organização da Coleta de Informações
Identificação inequívoca de seus subsistemas e
componentes Métodos para Documentar o Sistema Selecionado e suas Fronteiras
Contexto Operacional Condições específicas do ambiente físico e do processo
Pode modificar e/ou definir Funções do
Sistema
Deve incluir critérios gerais de desempenho do sistema • Produtividade • Padrões de Qualidade • Estratégia (contínuo/batelada) • Disponibilidade • Segurança • Meio Ambiente • Ciclo Operacional • Redundâncias • Política de Sobressalentes • Etc....
39 39
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Objetivo Geral:
Mitigar a emissão do gás SF6 (Hexafluoreto de Enxofre) para a atmosfera a partir da aplicação de uma metodologia mais adequada de gestão da manutenção com base na MCC. Objetivos Específicos:
• Caracterizar o estado da arte, nacional e internacional, no uso e manipulação de SF6 • Sistematizar os processos de manutenção do SF6
• Aplicação da MCC nos equipamentos isolados a SF6
• Definir e aplicar uma política de capacitação para operadores e manutentores de equipamentos isolados a SF6
Exemplo
Projeto MitiSF
6
Eletrosul
40 40
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Seleção do Sistema e Coleta de Informações
41 41
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Seleção do Sistema e Coleta de Informações
Número de Disjuntores por Nível de Tensão Massa de SF6 por Nível de Tensão
42 42
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Seleção do Sistema e Coleta de Informações
kg kV 6 Disjuntor SF de M assa Nominal Tensão IEE
• Modelo com estudo consolidado na Literatura Nacional e/ou Internacional • Modelo / Fabricante utilizado nas empresas/instituições a serem visitadas • Idade do Disjuntor
• Potência Manobrada pelo Disjuntor
• Mais ordens de serviço (> Taxa de Falha) • Posição do Disjuntor no Sistema (importância) • Dificuldade de Manutenção (localização em campo) • Disjuntor que mais vaza
• Disjuntores que tenham manutenção programada dentro do tempo do projeto
Tomada de Decisão
Outros Fatores Considerados
43 43
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Seleção do Sistema e Coleta de Informações
Merlin Gerin em 525 kV → Modelo FA4 Siemens em 525 kV → Modelo 3AT5
44 44
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Subsistemas:
• Câmaras de Extinção
• Capacitores de Equalização • Resistores de Pré-Inserção • Cárter
• Coluna de Isolação / Suporte
• Unidade de Acionamento (Hidráulica) • Painel de Comando
Etapa 2 - Seleção do Sistema e Coleta de Informações
45 45
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Seleção do Sistema e
Coleta de Informações
Disjuntor Merlin Gerin (525 kV) → Modelo FA4
Câmara de Extinção (Porcelana) Contato de Arco CONTATO MÓVEL Contato Principal CONTATO FIXO Contato Principal Contato de Arco Câmara de Extinção
46 46
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Organização da Coleta de Informações
Fotos
Acoplador Garra Deslizante Guia do Garfo Isolador de Porcelana Câmara de Extinção Contato Fixo Contato Móvel Descrição Textual:
Câmara de Extinção Responsável pela extinção do arco elétrico formado durante a operação do disjuntor. Ela é do tipo auto-soprante e está hermeticamente selada e isolada do cárter. Possui comunicação com o SF6
contido na coluna isolante através de tubulação e acoplador flexível. Interliga-se à segunda câmara de extinção e à haste de manobra da coluna isolante através da caixa de manivelas do cárter.
47 47
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 2 - Organização da Coleta de Informações
DJ141 Isolador DJ142 Contato Fixo DJ143 Contato Móvel DJ1 Disjuntor FA4 DJ14 Câmara de Extinção DJ17 Painel de Comando DJ12 Resistor de Pré-Inserção DJ11 Capacitor de Equalização DJ16 Unidade de Acionamento DJ13 Cárter DJ15 Coluna de Isolação DJ1421 Cesto de alumina ativada DJ1422 Suporte do Contato Fixo DJ1423 Pinças do contato fixo DJ1424 Contato fixo de arco
Subestação Disjuntor Câmara de Extinção Contato Fixo
48 48
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Formulário para
Documentação da Etapa 2
Seleção do Sistema e
Coleta de Informações
49 49
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Exercício
Implementação das Etapas 0, 1 e 2 no
Sistema Selecionado
50 50
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 3 (FMECA)
Análise dos Modos de Falha,
seus Efeitos e sua Criticidade
Objetivos: identificar e documentar todas as funções do sistema selecionado na Etapa 2, seus modos de falha, os efeitos adversos destes modos de falha, as causas do modo de falha e uma avaliação de sua criticidade.
51 51
Manutenção Centrada na Confiabilidade
MIL-P-1629 / 1980 (Military Procedure MIL-P-1629) – Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analysis) http://www.weibull.com/knowledge/milhdbk.htm
SAE J1739 / 2009 – Potential Failure Mode and Effects Analysis in Design (Design FMEA), Potential Failure Mode and Effects Analysis in Manufacturing and Assembly Processes (Process FMEA) http://standards.sae.org/j1739_200901/
SAE ARP 5580 / 2001 “Recommended Failure Modes and Effects Analysis (FMEA) Practices for Non-Automobile Applications”
IEC 60812 / 2006 – Analysis Techniques for System Reliability – Procedure for Failure Mode and Effects Analysis (FMEA)
BS 5760-5:1991 – British Standards Institution - Reliability of Systems, Equipment and Components. Guide to Failure Modes, Effects and Criticality Analysis (FMEA and FMECA)
52 52
Manutenção Centrada na Confiabilidade
53 53
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Tipos de FMECA:
• Projeto Falhas durante a Fase de Projeto.
Foco: Dimensionamentos, Especificações, etc... • Processo Falhas do Processo Produtivo.
Foco: Qualidade, Produtividade, etc...
• Sistema Falhas dos Sistemas e seus Componentes.
Foco: Operação e Manutenção Mão de Obra, Métodos, Materiais, etc... • Serviço Desempenho do serviço, antes que sua falha atinja o cliente.
Foco: Recursos Humanos, Satisfação do Cliente, etc...
FMECA – Tipos e Objetivos
• PALADY, Paul, FMEA - Análise dos Modos de Falha e Efeitos: Prevendo e Prevenindo Problemas Antes que Ocorram. Instituto IMAN, 2004. • STAMATIS, D. H., Failure Mode and Effect Analysis – FMEA from Theory to Execution. Editora ASQC Quality Press, 1995.
54 54
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
Abordagens
Componente Função Modo de Falha Efeito Causa
Eixo Transmitir movimento Não transmite movimento Parada do processo Ruptura
Abordagem Funcional Genérica Utilizado nas fases iniciais do projeto, onde não há informações suficientes para detalhar a cadeia causal.
Abordagem Estrutural Mais técnica Utilizado na fase de uso.
Componente Função Modo de Falha Efeito Causa
Eixo Transmitir movimento Ruptura Parada do processo Matéria prima fora da especificação
Abordagem Funcional
Abordagem Estrutural
55 55
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
Normas RCM x Outras Normas
Outras Normas
RCM
Função
Função Primária
Requisito
Função Secundária
Modo de Falha
Falha Funcional
Efeito
Efeito (Componente / Sistema / Planta)
Causas
Modo de Falha
Função
A b or d ag em Fu n ci on al A b or d ag em E st ru tu ral Cau sas R aí zes56 56
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Função Aquilo que se deseja que o item/ativo/sistema faça dentro de um padrão de desempenho especificado.
Considerações Normatizadas e Bibliográficas:
SAE J1739/2002 (Pg. 31 item 5.2.9) → A descrição da função deve levar em conta normas aplicáveis de desempenho, de material, de processo, ambientais e de segurança.
Moubray, 2001 (Pg. 22 item 2.1) → A descrição da função deve consistir de um verbo, um objeto e um padrão desejado de desempenho.
57 57
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA/FMECA
Função
Função Primária Razão de existência do sistema Objetivo principal do sistema
Função Secundária Acrescenta objetivos ao sistema
Categorias: Integridade Ambiental: Regulamentos, leis, etc...
Segurança para os operadores e terceiros
Integridade estrutural: Suportar outros subsistemas
Controle: Regulação do desempenho
Contenção
Conforto
Aparência
Proteção
Economia / Eficiência
Funções supérfluas / desnecessárias
Funções Secundárias
E
nvironment (Meio Ambiente)
S
afety (Segurança)
C
ontrol (Controle)
A
ppearance (Aparência)
P
rotection (Proteção)
E
conomy (Economia)
S
uperfluous (Supérfluo)
58 58
Manutenção Centrada na Confiabilidade
DJ141
Isolador Contato Fixo DJ142 Contato Móvel DJ143
DJ1 Disjuntor FA4 DJ14 Câmara de Extinção DJ17 Painel de Comando DJ12 Resistor de Pré-Inserção DJ11 Capacitor de Equalização DJ16 Unidade de Acionamento DJ13 Cárter DJ15 Coluna de Isolação DJ1421 Cesto de alumina ativada DJ1422 Suporte do contato fixo DJ1423 Pinças do contato fixo DJ1424 Contato fixo de arco
Subestação Disjuntor Câmara de Extinção Contato Fixo
Etapa 3 – FMECA
Nível da Análise
Nível de Análise
59 59
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA/FMECA
Função
Sugestões
• Use
Verbo + Objeto + Padrão de Desempenho
• Considere todas as funções
Primárias e Secundárias
• Inclua os padrões de desempenho sempre que possível
• Definir o que deve ser feito e não o que o sistema pode fazer
• Não combine funções
• Associe as funções a diagramas funcionais
• Consulte: usuários, manuais, operadores, desenhos, técnicos, etc...
• Use diagramas de confiabilidade
Funções de segurança
• Padronize um sistema de codificação
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Função
Exemplo:
Câmara de Extinção (Disjuntor SF6) → Conter o SF6, em uma faixa de pressão de 5,5 a 7 bar.
Anel de Vedação “O-Ring” (Disjuntor SF6) → Manter o SF6 dentro dos níveis de pureza especificados pela IEC 60376.
Função Falha Funcional Pr essão do SF 6
61 61
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA/FMECA
Falha Funcional
Incapacidade de um item/ativo/sistema executar uma função específica dentro dos padrões desejados de desempenho Estado anormal da função do item/ativo/sistema.
• Categorias de Falha Funcional:
→ Evidente: Detectável pelo operador durante sua atividade normal. → Oculta: Não é detectável pelo operador durante sua atividade normal.
→ Múltipla: Combinação = Falha Oculta + Segunda Falha ou Evento que a torne evidente.
• Falha Potencial → Condição identificável e mensurável.
• Defeito → Desvio, além das características especificadas para um item/ativo/sistema, o qual é detectável e não causa perda total da função requerida.
62 62
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Isolador de Porcelana da Câmara de Extinção Disjuntor SF6
Função:
• Conter o SF6, em uma faixa de pressão de 5,5 a 7 bar
Falha Funcional:
• Não consegue conter o SF6 Vazamento
• Faixa de pressão fora do limite aceitável (5,5 a 7 bar)
63 63
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Falha Funcional
Quem define ?
Consenso entre
Usuários (Operadores) e Manutentores
Definição clara do Padrão de Desempenho
Tempo
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Modo de Falha
Modo, Maneira com que o sistema/item/componente em estudo deixa de executar a sua função ou desobedece às especificações Evento ou fenômeno físico que provoca a transição do estado normal para o estado anormal SAE JA1011 (item 3.12) e SAE JA1012 (itens 3.12 e 8). Durante o preenchimento da planilha de FMECA a pergunta que se responde para o modo de falha é “O quê causou a Falha Funcional?” (SAE JA1012, Pg. 14 - Moubray, 2001 Pg. 53).
Normalmente associado a componentes do
65 65
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Modo de Falha
SAE JA1011/1999 (Pg. 06 item 5.3.5) e SAE JA1012/2002 (Pg. 18 item 8.5) Incluir:
Deterioração Erros de Projeto Falha Humana
SAE J1739/2002 (Pg. 31 item 5.2.10) Exemplos de Modo de Falha:
Empenado Torto Quebrado Curto-circuitado
Colado Aterrado Gasto Sujo
Deve ser ignorado a existência de redundâncias que possam reduzir suas consequências. Listar todos os modos de falha “razoáveis” Que já aconteceram ou não.
Não combinar modos de falha.
Descrever o modo de falha com um nível de detalhamento suficiente para selecionar uma tarefa de manutenção: Causalidade, Probabilidade, Consequência, Contexto Operacional, etc...
66 66
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Isolador de Porcelana da Câmara de Extinção Disjuntor SF6 Função: Conter o SF6, em uma faixa de pressão de 5,5 a 7 bar.
Falha Funcional: Não consegue conter o SF6 Modo de Falha:
• Trincas na porcelana • Porosidade da porcelana
• Baixa aderência da cimentação entre os flanges e a porcelana • Trincas na cimentação entre os flanges e a porcelana
• Porosidades na cimentação entre os flanges e a porcelana
FMEA
Modo de Falha
Exemplo
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Causas do Modo de Falha
Causas descrevem por que o modo de falha do item/ativo/sistema ocorreu, resultando na falha funcional.
Durante o preenchimento da planilha de FMECA a pergunta que se responde para as causas do modo de falha é “Por que o Modo de Falha ocorreu?”.
Considerações Normatizadas:
SAE J1739/2002 (Pg. 33 item 5.2.14) → É um indicativo de fragilidade de projeto ou de processo que resulta no modo de falha.
68 68
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Análise das Causas Raízes das Falhas
Fonte (Adaptado de Dias, Acires et all - SIC 2003) Controle - Qualidade
Treinamento
Procedimentos Sensores / Atuadores
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
Isolador de Porcelana da Câmara de Extinção Disjuntor SF6
Função: Conter o SF6, em uma faixa de pressão de 5,5 a 7 bar. Falha Funcional: Não consegue conter o SF6
Modo de Falha:
• Trincas na porcelana Causas do Modo de Falha:
• Manuseio inadequado na montagem • Defeito da fabricação
• Torque inadequado nos parafusos do flange
70 70
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Efeito do Modo de Falha
São os resultados para o sistema / subsistemas decorrentes da presença de um modo de falha.
Enquanto o modo de falha ocorre internamente, nos componentes e subsistemas, o efeito ocorre como uma degradação do sistema e seus subsistemas, sendo perceptível externamente.
Durante o preenchimento da planilha de FMECA a pergunta que se responde para o efeito do modo de falha é “O que acontece (item/ativo/sistema) quando um modo de falha se apresenta?”.
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMEA
Efeito do Modo de Falha
Exemplo
Hexafluoreto de Enxofre – SF6 Disjuntor SF6
Função: Isolar os contatos do disjuntor durante a abertura
Falha Funcional: Baixa rigidez dielétrica entre os contatos do disjuntor Modo de Falha: Baixa Pressão do SF6
Efeitos do Modo de Falha: Local:
→ Abertura de arco elétrico entre partes condutoras Sistema:
→ Explosão do disjuntor Planta:
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
Subestação de 500 kV em Linha de 150 km localizada em Eldorado próximo de Boulder City, Nevada.
Interruptor Seccionador Trifásico de Abertura Central com 2 câmaras de sopro de gás SF6 em série “Gas Puffer" abrindo Reator de Compensação.
Observar: Arco na câmara não defeituosa.
O arco atingiu 30m de altura em relação a terra com baixa corrente (aproximadamente 100A). Após curto Fase-Fase outro disjuntor da subestação (isolado a Óleo) abriu.
Falha: Perda de pressão do SF6 na câmara da chave.
73 73
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
Análise da Criticidade
Matriz de Risco
MIL-STD-882D
Standard Practice for System Safety
Matriz de Criticidade ou Matriz de Risco:
medida relativa das consequências de um
modo de falha.
Aceitabilidade do Risco
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
NPR (Número de Prioridade de Risco)
O NPR (Número de Prioridade de Risco) pode ser utilizado para comparar a criticidade de diferentes modos de falha e assim priorizar as ações corretivas para os casos mais críticos.
É o produto dos índices de Severidade (S), Ocorrência (O) e Detecção (D):
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
Severidade (S)
Avaliação
SAE J1739 / 2002
Refere-se à gravidade ou o quão severo são os efeitos do modo de falha.
Considerações Normatizadas:
SAE J1739/2002 (Pg. 32 item 5.2.12) → Índice associado ao mais alto grau de seriedade/gravidade dos efeitos do modo de falha.
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Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
Ocorrência (O)
Avaliação
SAE J1739 / 2002
Avalia as chances (probabilidade) da falha funcional ocorrer Refere-se à frequência com que havendo a cadeia causal (causas modo de falha) tem-se os efeitos indesejados.
Considerações Normatizadas e Bibliográficas:
SAE J1739/2002 (Pg. 33 item 5.2.15) → Probabilidade de que a causa da falha ocorra em um determinado período de tempo.
77 77
Manutenção Centrada na Confiabilidade
FMECA
Detecção (D)
Probabilidade das características de projeto e/ou os procedimentos de verificação (Controles Atuais) detectarem as causas do modo de falha a tempo de prevenir uma falha funcional.
Controles Atuais: São as medidas preventivas e de detecção que já tenham sido tomadas
e/ou são regularmente utilizadas para evitar a ocorrência das causas do modo de falha.
Exemplo: Procedimento de Manutenção, Testes de Comissionamento, etc...
Considerações Normatizadas:
SAE J1739/2002 (Pg. 35 item 5.2.17) → É um índice associado ao melhor mecanismo de detecção disponível na máquina/processo.
78 78
Manutenção Centrada na Confiabilidade
79 79
Manutenção Centrada na Confiabilidade
80 80
Manutenção Centrada na Confiabilidade
81 81
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Exercício
Implementação desta Etapa para o
Sistema Selecionado
82 82
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 4 - Seleção das Funções
Significantes e Classificação
de seus Modos de Falha
Objetivos: para cada função identificada na FMECA determinar se a falha funcional tem efeito significante, e caso afirmativo, classificar seus modos de falha levando em conta os impactos nos aspectos pilares da MCC: segurança, meio ambiente, operação e economia do processo.
83 83
Manutenção Centrada na Confiabilidade
84 84
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 4 - Seleção das Funções Significantes
Funções Significantes:
São aquelas que serão submetidas às etapas seguintes do processo decisório da MCC.
A Função é Significante se impactar: Segurança
Meio Ambiente
Operação
Economia, ou
Estiver associada a tarefa de manutenção existente
NOVACKI, André; ALBERTON, Cícero; ORTEGA, Luiz Fernando; RIGONI, Emerson. Aplicação da Lógica Fuzzy nos Diagramas de Tomada de Decisão da
85 85
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 4 - Classificação dos Modos de Falha das Funções Significantes
ESA – Evidente com impacto na Segurança e/ou Ambiental EEO – Evidente com impacto Econômico e/ou Operacional OSA – Oculto com impacto na Segurança e/ou Ambiental OEO – Oculto com impacto Econômico e/ou Operacional
86 86
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 4 - Classificação dos Modos de Falha das Funções Significantes
Evidente / Oculto Critérios
• O operador percebe durante suas atividades normais • Não é necessária nenhuma inspeção para detecção
• Não é necessário nenhum teste e/ou ensaio para detecção • Não é necessário nenhum outro evento ocorrer para detecção
• Anormalidades associadas são sinalizadas automaticamente (SCADA) Falha Funcional
e/ou
Efeito do Modo de Falha
87 87
Manutenção Centrada na Confiabilidade
88 88
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 4 - Classificação dos Modos de Falha das Funções Significantes
Impacto de Segurança e/ou Ambiental Critérios
• Ameaça à vida pessoal do operador • Ameaça à vida coletiva
• Infração de uma lei ou padrão ambiental
• Grau de Severidade considerado alto pela equipe • Grau de Criticidade considerado alto pela equipe Falha Funcional
e/ou
Efeito do Modo de Falha
Dentro ou fora dos limites do sistema/empresa
Matriz de Criticidade ou NPR
89 89
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Matriz de Criticidade ou Matriz de Risco:
medida relativa das consequências de um modo de falha.
O NPR (Número de Prioridade de Risco) pode ser utilizado para comparar a criticidade de diferentes modos de falha e assim priorizar as ações corretivas para os casos mais críticos.
É o produto dos índices de Severidade (S), Ocorrência (O) e Detecção (D):
NPR = Severidade x Ocorrência x Detecção
90 90
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Exercício
Implementação desta Etapa para um Sistema Selecionado
da sua Empresa
91 91
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 5 - Seleção das Tarefas
de Manutenção Aplicáveis e
Efetivas
Objetivos: determinar quais as tarefas de manutenção são aplicáveis e efetivas para cada uma das funções significantes identificadas e caracterizadas na Etapa 4.
92 92
Manutenção Centrada na Confiabilidade
93 93
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Tarefas de Manutenção
Tipos
PREVENTIVA Sistemática Preditiva Baseada na Condição Detectiva CORRETIVA CORRETIVA E PREVENTIVA
Quanto ao Planejamento Planejada Quanto a Programação Programada
94 94
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Critérios de Aplicabilidade: • Prevenir os modos de falha • Reduzir a taxa de deterioração • Detectar a evolução da falha • Descobrir falhas ocultas
• Suprir necessidade e consumíveis do processo • Reparar o item após a falha
Critérios de Efetividade: • Ser aplicável tecnicamente
• Ser viável com os recursos disponíveis • Produzir os resultados esperados
• Ser executável a um intervalo razoável
Atividades de Manutenção Serviço Operacional Inspeção Preditiva Restauração Preventiva Substituição Preventiva Inspeção Funcional Manutenção Combinada Mudança de Projeto Reparo Funcional
95 95
Manutenção Centrada na Confiabilidade
96 96
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Serviço Operacional:
Atividade simples e repetitiva, necessária ao funcionamento do processo Geralmente executada pelo Operador com a finalidade de controlar e/ou impedir a evolução da falha.
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção: • Reduz a taxa de deterioração funcional
• Baixa complexidade Passíveis de serem executadas pelo operador • Atende a um requisito de projeto conforme recomendação do fabricante
• Frequência de execução aceitável Não tem impacto significante na rotina operacional • ESA ou OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• EEO ou OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
Etapa 5 - Seleção das Tarefas de Manutenção Aplicáveis e Efetivas
97 97
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 5 - Seleção das Tarefas de Manutenção Aplicáveis e Efetivas
Inspeção Preditiva Qualquer inspeção programada com a finalidadede detectar uma condição de Falha Potencial
Não inclui ação
baseada na condição
Parâmetro de Inspeção
• Custo
• Viabilidade
98 98
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Inspeção Preditiva Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção:
• É possível identificar ou prever uma deterioração funcional por teste ou inspeção, sem desmontagem do ativo/sistema
• O intervalo PF (Falha Potencial Funcional) é suficiente para uma ação de prevenção • É prático monitorar o ativo/sistema a intervalos inferiores ao intervalo PF
• O intervalo PF (Falha Potencial Funcional) é consistente
• ESA ou OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• EEO ou OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
99 99
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 5 - Seleção das Tarefas de Manutenção Aplicáveis e Efetivas
Consistência do Intervalo PF (Falha Potencial Funcional)
100 100
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Restauração Preventiva
Tarefa programada de restauração do item/componente Baseada no Tempo ou na Condição
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção:
• A degradação é função do tempo em operação ou da última manutenção realizada. • É possível uma ação preventiva antes da Falha Funcional do item.
• Uma proporção alta de itens/componentes sobrevive à idade onde a degradação é identificável. • É possível restaurar o item/componente a um padrão especificado que seja adequado.
• ESA ou OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• EEO ou OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
101 101
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Substituição Preventiva
Tarefa programada de descarte e substituição do item/componente Baseada no Tempo ou na Condição
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção:
• A degradação é função do tempo em operação ou da última manutenção realizada. • É possível uma ação preventiva antes da Falha Funcional do item.
• Uma proporção alta de itens/componentes sobrevive à idade onde a degradação é identificável. • A substituição garante a condição original do item/componente.
• A restauração do item/componente é impossível ou antieconômica. • ESA ou OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• EEO ou OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
102 102
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Inspeção Funcional
Tarefa programada de inspeção e/ou ensaio para detectar uma falha funcional oculta antes da sua evolução para uma falha múltipla Baseada no Tempo
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção: • A tarefa de manutenção é capaz de revelar falha ou defeito oculto
• A falha não se revela na operação normal do ativo/sistema • A falha só aparece na ocorrência de outra falha ou evento
• É possível exercitar o funcionamento do item/componente sem danificá-lo • OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
103 103
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Manutenção Combinada
Combinação de tarefas de manutenção aplicadas quando nenhuma ação de manutenção anterior pode, isoladamente, identificar e/ou corrigir a falha.
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção:
• Viabilidade técnica e econômica da freqüência das tarefas de manutenção combinadas • ESA ou OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• EEO ou OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
104 104
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Mudança de Projeto
Qualquer ação que altere as especificações funcionais do ativo/sistema Natureza construtiva e/ou operacional.
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção:
• O ativo/sistema tem alta prioridade e/ou a análise de custo/benefício é favorável • Nenhuma ação de manutenção pode identificar e/ou corrigir a falha
• Não há viabilidade técnica e/ou econômica para uma ação de manutenção • ESA ou OSA Reduz, a nível aceitável, o risco associado a falha
• EEO ou OEO Reduz a probabilidade de falha e tem custo reduzido < Custo da Falha
105 105
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Reparo Funcional
Consiste em operar o ativo/sistema até a ocorrência da falha sem manutenção preventiva ou mudança de projeto (Run-to-Failure).
Critérios de Aplicabilidade e Efetividade da Tarefa de Manutenção: • Não há viabilidade técnica e/ou econômica para uma ação de manutenção. • As conseqüências da falha são insignificantes.
• O ativo/sistema tem baixa prioridade.
• O reparo funcional é mais atrativo do que uma mudança de projeto e é aceitável do ponto de vista da segurança e preservação ambiental.
106 106
Manutenção Centrada na Confiabilidade
ESA
Evidente Segurança e/ou Ambiental
• Modo de Falha Evidente Inspeção Funcional não aplicável
• Não é admitido Reparo Funcional A falha funcional e/ou efeito do modo de falha impacta a segurança e/ou o meio ambiente
• Caso não haja subsídios para ratificar a resposta
107 107
Manutenção Centrada na Confiabilidade
EEO
Evidente Econômico e/ou Operacional
• Modo de Falha Evidente Inspeção Funcional não aplicável
• Admite-se Reparo Funcional A falha funcional e/ou efeito do modo de falha impacta somente a economia e/ou operacionalidade do processo
• Caso não haja subsídios para ratificar a resposta
108 108
Manutenção Centrada na Confiabilidade
OSA
Oculto Segurança e/ou Ambiental
• Modo de Falha Oculto Inspeção Funcional é aplicável
• Não é admitido Reparo Funcional A falha funcional e/ou efeito do modo de falha impacta a segurança e/ou o meio ambiente
• Caso não haja subsídios para ratificar a resposta
109 109
Manutenção Centrada na Confiabilidade
OEO
Oculto Econômico e/ou Operacional
• Modo de Falha Oculto Inspeção Funcional é aplicável
• Admite-se Reparo Funcional A falha funcional e/ou efeito do modo de falha impacta somente a economia e/ou operacionalidade do processo
• Caso não haja subsídios para ratificar a resposta
110 110
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Exercício
Implementação desta Etapa para um Sistema Selecionado
da sua Empresa
111 111
Manutenção Centrada na Confiabilidade
Etapa 6 - Definição dos Intervalos
Iniciais e Agrupamento das Tarefas
de Manutenção
Objetivos: definir a periodicidade inicial das atividades de manutenção selecionadas na Etapa 5 e agrupar estas atividades de forma estratégica para otimizar as ações da equipe de manutenção.