• Nenhum resultado encontrado

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA UniCEUB FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE CURSO DE NUTRIÇÃO"

Copied!
22
0
0

Texto

(1)

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA – UniCEUB

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE

CURSO DE NUTRIÇÃO

A RELAÇÃO ENTRE A ALIMENTAÇÃO DA MULHER

CONTEMPORÂNEA E A OCORRÊNCIA DE CANDIDÍASE: UMA

REVISÃO DA LITERATURA

Laís de Mauro Silva

Vallesca Perufo Guasso de Barros

Pollyanna Ayub Ferreira de Rezende

Brasília, 2020

Data de apresentação:​14/12/2020

Local:​ Sala Google Meet

(2)

INTRODUÇÃO

Candida albicans ​é um dos fungos mais prevalentes na microbiota do ser humano e coloniza, de forma comensal, a cavidade oral, o trato gastrointestinal e reprodutivos. No entanto, a colonização pode se tornar excessiva por efeito de distúrbios oriundos a alterações de pH, de níveis de oxigênio, uso de antibióticos e corticosteróides, a doenças ou tratamentos imunossupressores, e ainda, a desordens nutricionais (DAVIS; RALL, 2017; SHENOY; GOTTLIEB, 2019).

A Candidíase vulvovaginal (CVV) - motivada pelo aumento exagerado da levedura ​Candida albicans que leva à desarmonia da microbiota vaginal - é a segunda infecção genital mais comum que afeta a saúde da mulher no Brasil e no mundo. Pondera-se que 70 a 75% delas tenham uma ocorrência durante a vida e que 40 a 45%, infecções recorrentes (HEALTH, 2014; LEAL et al., 2016).

Segundo Denning et al. (2018), até o ano de 2030, deve-se expandir em cerca 158 milhões o número de mulheres, no mundo inteiro, que passaram por eventos de CVV, inclusive com episódios recorrentes. Isto porque, fatores como o estado imunológico e o aumento da resistência aos antígenos antifúngicos podem estar associadas às possíveis causas.

A terapia antifúngica pouco progrediu nos últimos 40 anos e vem se tornando ineficaz uma vez que se percebe sucessiva resistência aos medicamentos, percebendo-se então, eventos recorrentes da infecção (MACKLAIM et al., 2015).

A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) é determinada quando ocorre, ao menos, quatro episódios agudos de CVV em um intervalo de 12 meses (SHENOY; GOTTLIEB, 2019). São eventos cada vez mais comuns às mulheres na contemporaneidade, o que resulta na baixa qualidade de vida e bem-estar dessas pacientes.

A mulher na atualidade sofre com a ocorrência de CVV, e não encontra no tratamento a solução, já que recebe as mesmas indicações médicas: medicamentos antifúngicos - de forma mais comum, os azóis - os quais têm cada vez menos êxito, como indicado no estudo de Whaley et al. (2017), que sugere a resistência dos fungos a tal método. Resistência esta que tem por consequência, eventos recorrentes da infecção.

(3)

Com o assunto sendo pouco abordado, as mulheres não têm conhecimento de que não se trata de infecção sexualmente transmissível, mas sim de um desequilíbrio da microbiota vaginal, resultado de um sistema imunológico prejudicado. A mulher contemporânea em sua incessante busca por melhoria profissional, tende a adquirir uma rotina cotidiana cada vez mais agitada ao assumir múltiplos papéis sociais. Por passar a maior parte do dia fora de casa, a praticidade acarreta o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em carboidratos simples e açúcares. Essa se predispõe como consequência da ausência de tempo para se dedicar a uma boa alimentação, provocando uma alteração no pH intestinal​, o que facilita a proliferação dos fungos e o favorecimento a manifestação da candidíase ​. Os hábitos alimentares estão entre os fatores que interferem na imunidade do indivíduo e têm capacidade de facilitar ou inibir o crescimento do fungo, sendo necessário um aprofundamento desse assunto.

Perante o exposto, este estudo propõe relacionar a alimentação da mulher contemporânea com a ocorrência da Candidíase e pesquisar a relação dos carboidratos simples com desenvolvimento do fungo.

(4)

MATERIAIS E MÉTODOS Desenho do estudo

O presente estudo foi uma revisão de literatura sobre a alimentação da mulher e a ocorrência de candidíase.

Metodologia

Para elaboração do presente trabalho, foram examinados artigos científicos sobre a temática, disponíveis nos idiomas: espanhol, inglês e português entre os anos de 2010 a 2020 por meio das bases de dados eletrônicos EBSCOhost, Google Acadêmico, PUBMED e Scientific Electronic Library Online (SciELO).

Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados foram “Candida albicans​”, “Vulvovaginal candidiasis”, “Comportamento Alimentar”, “Microbiota”, “Women’s health”, “Therapeutic procedures”. Considerando ainda o uso do operador booleano “and” permitindo a junção dos termos escolhidos.

Análise de dados

Inicialmente, a análise dos dados foi feita a partir dos títulos dos artigos que continham os descritores acima. Posteriormente, uma nova seleção se deu a partir da leitura dos resumos. Na etapa seguinte, realizou-se a leitura dos artigos na íntegra, buscando aqueles que melhor atendiam a exposição do tema proposto e a população envolvida. Os critérios de inclusão foram trabalhos que apresentavam uma relação entre alimentação e candidíase na população feminina. Os critérios de exclusão foram artigos que incluíam homens, idosos e crianças.

Em seguida, empreendeu-se uma leitura minuciosa e crítica dos manuscritos para identificação dos núcleos de sentido de cada texto e posterior agrupamento de subtemas que sintetizam as produções.

(5)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca dos artigos ocorreu entre os meses de outubro e novembro de 2020. Ao final, mediante os critérios de exclusão e inclusão dos estudos, foram selecionados 9 artigos para levantar, de maneira singular, a presente revisão, conforme figura 1.

Figura 1. Fluxograma ilustrando os critérios de elegibilidade dos artigos. Brasília-DF, 2020.

Microbiota Intestinal, perturbação e imunidade

De acordo com Pereira e Ferras (2017), informaram que a microbiota intestinal é composta por bactérias, fungos, vírus e elementos genéticos fundamentais à saúde humana. Exerce funções metabólicas, desenvolve o sistema imunológico e atua, quando em equilíbrio, como barreira contra a invasão de patógenos. A disbiose, que é o desequilíbrio da microbiota intestinal, pode afetar o estado de saúde do ser humano, incluindo o sistema imunológico e o trato urogenital das mulheres. De fato, indivíduos provenientes de diferentes áreas geográficas exibem colonização bacteriana intestinal diferente e entre as principais causas consideradas atualmente, a alimentação parece ter uma forte influência. A dieta ocidental, por exemplo, composta principalmente de alto teor de gordura e

(6)

açúcares e baixo teor de fibras alimentares, induz o indivíduo ao desenvolvimento dessa patologia, com diminuição da abundância de bactérias produtoras de butirato e aumento de patógenos oportunistas.

A microbiota intestinal sadia protege o hospedeiro contra invasões de microrganismos oportunistas e consequentes infecções por meio da barreira de proteção estruturada a partir da aderência à mucosa separando conteúdos luminais, como a comida, do sistema imunológico. O que confere, então, respostas imunológicas robustas e manutenção da homeostase digestiva (OLIVEIRA et al., 2018; VINDIGNI et al., 2016; PELLEGRINI et al., 2018).

Para Moraes (2014) e Sender, Fuchs e Milo (2016), as bactérias, fungos,

vírus e ​archea são microrganismos que colonizam, de maneira comensal​, o trato

gastrintestinal humano, além da pele e outras mucosas, e são denominados

comumente de microbioma. Ademais, Qin e colaboradores (2016) julgam que tais

micróbios, em maiorias residentes no intestino, estruturam em torno de 100 trilhões

de células e, levanta-se, ainda, a hipótese de que compilam 100 vezes mais genes

singulares do que o genoma humano.

Soma-se a isso, a tese de Sparvoli (2019) que sustenta que a comunicação

simbiótica entre hospedeiro e microrganismo determina o nexo saúde-doença do

indivíduo, e assim sendo, o corpo da mulher salvaguarda múltiplos microrganismos

nos tratos, não apenas intestinal, mas também, vaginal e oral, que integram as

principais dimensões mucosas, compondo então, a microbiota feminina, que se

altera conforme idade, pH, secreção hormonal, ciclo menstrual, utilização de anticoncepcionais e atividade sexual.

Foi confirmado por Curtis e Sperandio (2011) que a interação bilateral entre

intestino humano e microrganismos é benéfica, uma vez que o intestino cede

nutrientes às bactérias, e estas corroboram a digestão e absorção dos nutrientes

ingeridos pelo ser humano, sintetizam vitaminas - como a K a e biotina - além de

harmonizarem a função do sistema imune evitando a procriação de microrganismos

(7)

A colonização das superfícies mucosas, que ocorre no início da vida do

indivíduo, é essencial para a maturação do seu sistema imunológico. Por outro lado,

um conjunto de fatores ambientais, incluindo o estilo de vida ocidental, o uso de

antibióticos e a dieta, pode perturbar o microbioma intestinal e, por consequência,

tornar-se provável fomentador de doenças inflamatórias e autoimunes (ZHENG;

LIWINSKI; ELINAV, 2020).

Decerto, o surgimento dos antibióticos como tratamento contra as infecções

foi decisivo para a mudança da expectativa de vida no mundo (BHUTTA; BLACK,

2013). Todavia, seu uso está ligado a profunda alteração da composição e função

da microbiota podendo trazer efeitos prejudiciais ao indivíduo ao longo prazo. O que

se confirma por Becattini, Taur e Pamer (2017) que mencionam que a in gestão desses medicamentos na infância esteja relacionada ao desenvolvimento de doenças de caráter imune.

Novos estudos vêm apurando a relação entre alimentação e imunidade no

que se refere às dietas ocidentalizadas e a inferência negativa na microbiota

intestinal e na imunidade. Em camundongos, a oferta de dieta rica em gorduras

provocou respostas pró-inflamatórias. É possível que a alta oferta de gordura

promova a perturbação da homeostase intestinal pela redução dos níveis de

butirato, um Ácido Graxo de Cadeia Curta (AGCC), produto da fermentação das

fibras alimentares que tem função evitar o desenvolvimento da porosidade da

parede intestinal (CHENG et al., 2016; CARNEIRO, 2020).

E ainda, na perspectiva da comunicação entre microbiota e cérebro, o estudo

de Macedo et al. (2017) traz destaque ao uso de medicamento com ação

antidepressiva, como a cetamina que se mostrou uma atividade antimicrobiana que

evitou infecções fúngicas como a candidíase. Alimentação e ​Carboidratos Simples

A alimentação vem sendo entendida cada vez mais como meio reguladora à

resposta imunológica e como impacta a microbiota. Apesar de não se ter evidente

(8)

antíngenas atuem na maturação e homeostase do sistema imune. As proteínas dietéticas ajudam no desempenho normal do sistema imunológico. Prebióticos são, por exemplo, estimuladores de cultivo benéfico de microrganismos no intestino que

fortalecem a barreira epitelial protegendo contra a permeabilidade. A administração

experimental de inulina em camundongos não mostrou sinais de inflamação (DELGOBO et al., 2019).

O que se confirma com os estudos de Liang et al. (2018), é que a dieta é um

dos principais fatores atuantes na microbiota intestinal e, uma alimentação pobre em

nutrientes traz consideráveis perturbações à microbiota. Dietas pouco saudáveis

como a ocidental, alimentos refinados e industrialmente processados contêm

açúcares, aditivos químicos e gorduras em excesso é capaz de devastar a

microbiota intestinal.

E ainda, Liang ​et al.​(2018) ​informam que os carboidratos são elementos

importantes na dieta, metabolizados pela microbiota intestinal e absorvidos na forma

de açúcares simples, conferem fonte de energia ao metabolismo. ​Bacteroides sp.​,

um dos componentes elementares da microbiota oriunda da degradação dos vegetais, são encontrados em maior abrangência em dietas rurais em comparação aos indivíduos com dieta ocidental.

Segundo Moreno ​et al​. (2014), os resultados obtidos a partir dos testes

realizados mostraram que com a redução percentual de consumo de carboidratos

(açúcares simples e consumo moderado de polissacarídeos amiláceos), em

comparação às proteínas e gorduras, reduz os sintomas de candidíase ao nível do

sistema gastrointestinal e aumenta a atividade imunológica de IgA, IgG, IgM.

Já no trabalho de Man ​et al​. (2017), descobriu-se através de ​Citometria de

fluxo que a concentração de glicose poderá estar diretamente relacionada ao

crescimento da ​Candida albicans​, o que pode estar ligada às infecções frequentes

pelas leveduras em pacientes diabéticos não controlados. Sugere, ainda, que a

ingestão de alimentos que contenham frutose pode estar aliada a prevenção do

(9)

Além disso, em camundongos, a ingestão de carboidratos, alguns tipos de probióticos, adoçantes artificiais e emulsificantes puderam modular a microbiota intestinal gerando inflamação por mudanças na constituição do microbioma (ARPAIA et al., 2014). Contudo, em humanos, Martínez ​et al. (2013) verificou que ao consumir, em curto intervalo de tempo, grãos integrais, percebeu-se a diminuição de IL-6, uma citocina pró-inflamatória.

Também Heiman e Greenway (2016) observaram que, de maneira oposta às

dietas pobres, as saudáveis favorecem melhor estabilidade e diversidade a

microbiota intestinal, e, portanto, saúde e bem-estar do hospedeiro como às

similares a do Mediterrâneo que incluem vinagre balsâmico, vinho tinto, azeite de

oliva extravirgeme óleo de semente, integrantes antioxidantes.

Ao encontro dos achados, na ocorrência aguda da candidíase, Hirsch (2014) orienta que, frutas secas ou as muito maduras, laticínios normalmente mal

digeridos, produtos de padaria como os pães, estimulantes como chocolate e café,

doces como açúcar, mel, melado, malte, xarope de agave, frutose, glucose de milho

e refrigerantes - assim como líquidos industrializados sejam alimentos evitáveis

como auxílio para a diminuição dos sintomas. E que, carnes, ovos, vegetais frescos

e brotados, iogurte, ácido cítrico como o limão, cogumelos, e infusões calmantes

como de capim-limão sejam preferíveis no manejo da manifestação. Ressalta,

também, a importância da boa mastigação para melhor digestão e aproveitamento

dos nutrientes.

Hábitos Alimentares

No campo alimentar-nutricional, o hábito alimentar corresponde, predominantemente, ao que se come com regularidade e está relacionado diretamente àsaúde da população (Klotz-Silva et al., 2017).

Para corroborar os achados, Mennella (2014) evidenciou que a formação dos

hábitos alimentares é um processo de experiências sensoriais, começando cedo na

vida, podem moldar as preferências iniciando nas mães que consomem dietas ricas

em alimentos saudáveis pois, os sabores são transmitidos da dieta materna para o

(10)

sabores. Em contraste, bebês alimentados com fórmula aprendem a preferir seu

perfil de sabor único e podem ter mais dificuldade em aceitar inicialmente sabores

não encontrados na fórmula, como os de frutas e vegetais. Independentemente do

modo de alimentação precoce, os bebês podem aprender por meio de exposições

repetidas e variedade na dieta, se os cuidadores se concentrarem na disposição da

criança em consumir um alimento e não apenas nas expressões faciais feitas

durante a alimentação. Além disso, fornecer alimentos complementares com baixo

teor de sal e açúcares pode ajudar a proteger a criança em desenvolvimento de

uma ingestão excessiva mais tarde na vida. As experiências na infância com

sabores saudáveis ​​podem contribuir muito para a promoção de uma alimentação

saudável, o que pode ter um impacto significativo no tratamento de muitas doenças

crônicas associadas à escolha inadequada de alimentos.

Os hábitos alimentares, progressivamente alterados nas sociedades

modernas, parecem ser moduladores críticos da microbiota, contribuindo para a

disbiose. Além disso, os constituintes dos alimentos, como os micronutrientes, são importantes reguladores da imunidade da mucosa, com efeitos diretos ou indiretos na microbiota intestinal. Recentemente foi demonstrado que os constituintes dos alimentos modulam os mecanismos epigenéticos, que podem resultar em risco

aumentado para o desenvolvimento e progressão das doenças inflamatórias

intestinais (DII). Portanto, é provável que uma melhor compreensão do papel dos

diferentes componentes dos alimentos na homeostase intestinal e na microbiota

residente seja essencial para desvendar a base molecular complexa das interações

epigenéticas, genéticas e ambientais subjacentes à patogênese da DII, tal como

para oferecer intervenções dietéticas com efeitos colaterais mínimos (RAPOZO et

al., 2017). Candidíase

Candida albicans é um fungo polimórfico membro do microbioma humana

normal. Na maioria dos indivíduos, residem como comensal inofensivo e vitalício.

Sob certas circunstâncias, no entanto, pode causar infecções que variam entre

superfícies da pele a sistêmicas com o comprometimento de risco de vida. Vários

(11)

desse fungo. Entre eles estão moléculas que medeiam a adesão e invasão em

células hospedeiras, a secreção de hidrolases, a transição de levedura para hifa,

detecção de contato e timotropismo, formação de biofilme, troca fenotípica e uma

gama de atributos de aptidão(MAYER et al., 2013).

O tratamento da Candidíase Vulvovaginal é recomendado na presença de

sintomas. Os antifúngicos azóis são o tratamento preferencial, na formulação tópica

ou oral, apresentando eficácia semelhante. Na CVV recorrente, após terapêutica

inicial, é indicada manutenção durante pelo menos seis meses. São usadas

diferentes classes farmacológicas, com resultados equiparáveis. Devido a falhas da

terapia e microbiológicas do tratamento convencional, os probióticos foram os

primeiros novos agentes introduzidos no tratamento, em 2001. Os mecanismos de

ação dos probióticos incluem a acidificação da superfície mucosa, a prevenção da

aderência de agentes patogénicos, a produção de substâncias como vitaminas e

imunomoduladores e a ação sinérgica com o sistema imunológico do hospedeiro.

Os probióticos utilizados como tratamento não-convencional, que contêm Lactobacillus​, estabilizam a microbiota vaginal, são frequentemente usados no

tratamento e prevenção da candidíase vulvovaginal, como terapêutica isolada ou em

suplementação ao tratamento convencional. Estes mostraram efeito antimicrobiano in vitrona presença de diferentes microrganismos, como a ​C. albicans​, para além da

capacidade de colonizar da microflora vaginal. A abordagem da CVV recorrente é

difícil e não apresenta nível de evidência consistente para recomendar o tratamento

convencional e ainda menos para o tratamento não-convencional ( CAMPINHO et

al., 2019).

Resistência aos azois

Agentes azólicos compõem o grupo de agentes fungistáticos sintéticos que atuam em amplo espectro de atividade e são utilizados de maneira ampla na terapêutica de CVV, assim como em outras infecções por diferentes espécies de Cândida, e a resistência ao azol pode estar ligada à capacidade dos gêneros de Cândida desenvolverem biofilme à proporção que o uso desses agentes vem aumentando (VIEIRA; SANTOS, 2017).

(12)

Do mesmo modo, para Ge ​et al. (2010), o tratamento da infecção pela ​C. albicans​, a utilização dos agentes azólicos são os mais frequentes, o que indica o insucesso da prática terapêutica, uma vez que há uma expressão gênica específica que domina o transporte e acúmulo dos antifúngicos, que configura, portanto, a resistência aos agentes antifúngicos.

Igualmente, Whaley ​et al​. (2017) apontaram que a utilização dos agentes antifúngicos, comumente prescritos no tratamento da CVV podem, provavelmente, serem fatores para a ocorrência das reinfecções, e que, diversos estudos demonstraram a capacidade da Cândida desenvolver alta resistência aos antifúngicos azólicos.

Por fim, o estudo de Kovachev e Vatchava-Dobrevska (2014) indicou que, comparado ao uso isolado dos azóis, a administração de probióticos em conjunto com o agente azólico pode amplificar a eficácia do tratamento da CVV conferindo restauração e equilíbrio microbiano do ecossistema vaginal e prevenção às ocorrências de repetição.

Probióticos

Probióticos são microrganismos que atribuem auxílio à saúde do hospedeiro quando utilizados de maneira oportuna. Além do gênero e origem, a bactéria probiótica deve ter como características a estabilidade à secreção estomacal e aos sais biliares, aderência à mucosa intestinal e colonizar o TGI gerando atividade metabólica e complexos antimicrobianos (DOMINGOS, 2011) e, sendo assim, em seu estudo, Araújo et al. (2017) afirmaram que a maior predominância das espécies que colonizam o intestino é a dos filos ​Bacteriodetes​ e Firmicutes.

A propósito, os prebióticos são elementos alimentares não digeríveis pelo organismo, sendo os principais a inulina e frutooligossacarídeos (FOS), e têm a função de estimular e proliferar a atividade das bactérias benéficas do intestino, contribuindo também, na absorção de minerais. E, de forma paralela, têm a capacidade de inibir o crescimento de bactérias patogênicas. Alimentos que contém

(13)

tais componentes englobam cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, alho, frutas e cereais (OLIVEIRA et al., 2018; CONRADO et al., 2018).

E neste mesmo sentido, em sua pesquisa, Sandhu ​et al​., (2017) relatam que a microbiota intestinal saudável traz melhoria às diversas doenças oriundas da disbiose. O uso dos probióticos e prebióticos são métodos eficazes que auxiliam na recuperação das desordens da microbiota.

Na revisão de Paludo e Marin (2018), foi analisada a suplementação de probióticos no manejo medicamentoso da disbiose intestinal e possível associação com a recuperação na ocorrência de candidíase. Concluiu-se que a utilização dos probióticos atua como recurso terapêutico facilitador no controle de candidíase vulvovaginal, inclusive na de repetição.

Acrescenta-se também a análise de Gomes e Maynard (2020), que indica que há evidências de que o uso de probióticos em conjunto com a alimentação possa contribuir para a homeostase da microbiota intestinal, seja na prevenção ou no tratamento das perturbações inflamatórias e imunológicas. Contudo, alerta para que mais estudos sejam feitos, uma vez que poucos, ainda, foram realizados em humanos a fim de definir questões como: até que ponto a suplementação tem capacidade de modular a microbiota no longo prazo.

(14)

Figura 2. Artigos de revisão utilizados na presente pesquisa, 2010-2020. A U T O R / A N O O B JE T IV O R E S U L T A D O S LE A L et a l., 2 01 6 D es cr ev er o pa no ra m a at ua l do s tr at am en to s da C V V e a s no va s pe rs pe ct iv as te ra pê ut ic as . O s ca so s de C V V , pr in ci pa lm en te os re co rr en te s, tê m ap re se nt ad o lim ita çõ es na re sp os ta ao s tr at am en to s m ed ic am en to so s at ua is e po r is to há um a cr es ce nt e bu sc a po r in ov aç õe s te ra pê ut ic as . D E N N IN G e t a l., 2 01 8 E st im ar a pr ev al ên ci a gl ob al ,i nc id ên ci a e im pa ct o fu tu ro de C V V re co rr en te at é 20 30 , e pr ov áv el im pa ct o ec on ôm ic o. E st im a-se qu e a po pu la çã o de m ul he re s co m C V V re co rr en te au m en te ,a ca da an o, pa ra qu as e 15 8 m ilh õe s. E m pa ís es de al ta re nd a, a pe rd a ec on ôm ic a de pr od ut iv id ad e po de ch eg ar a U S $1 4, 39 bi lh õe s an ua lm en te . A al ta pr ev al ên ci a e pe rd as ec on ôm ic as de co rr en te s da C V V re qu er em m el ho r qu al id ad e do at en di m en to às m ul he re s af et ad as . Z H E N G ; L IW IN S K I; E LI N A V , 2 02 0 F or ne ce r co nc ei to s-ch av e da s in te ra çõ es do m ic ro bi om a im un ol óg ic o e ef ei to s po te nc ia is na sa úd e hu m an a e no r is co d e do en ça s. P er ce pç õe s es tã o es tim ul an do o de se nv ol vi m en to de es tr at ég ia s te ra pê ut ic as di re ci on ad as ao m ic ro bi om a em do en ça s im un om ed ia da s, co m o po r ex em pl o, a pr át ic a de tr an sp la nt e fe ca l q ue m s of re d e di sb io se . D E LG O B O e t a l., 2 01 9 A va lia r o pa pe l do in te st in o co m o ór gã o pr in ci pa l, re sp on sá ve l pe la re gu la çã o do si st em a im un ol óg ic o. P ro te ín as di et ét ic as es tim ul am o fu nc io na m en to no rm al d o si st em a im un ol óg ic o. LI A N G e t a l., 2 01 8 R ev is ar so br e as pe rt ur ba çõ es da s fu nç õe s do ei xo cé re br o-in te st in o re ve la da s po r um a di sf un çã o do cé re br o, si st em a im un ol óg ic o, si st em a en dó cr in o e in te st in o. A di sf un çã o do ei xo m ic ro bi ot a-in te st in o-cé re br o é a pr in ci pa l fis io pa to lo gi a da de pr es sã o. P or ou tr o la do ,a re cu pe ra çã o da m ic ro bi ot a ut ili za nd o ps ic ob ió tic os , pr eb ió tic os , di et as sa ud áv ei s, ex er cí ci os e m ed ic am en to s tê m ef ei to s an tid ep re ss iv os .

(15)

M O R E N O e t a l., 2 01 4 A va lia r a in te rv en çã o di et ét ic o-te ra pê ut ic a na ca nd id ía se in te st in al . A re du çã o pe rc en tu al de co ns um o de ca rb oi dr at os (a çú ca re s si m pl es e co ns um o m od er ad o de po lis sa ca rí de os am ilá ce os ), em co m pa ra çã o co m pr ot eí na s e go rd ur as , re du z os si nt om as de ca nd id ía se ao ní ve l do si st em a ga st ro in te st in al e au m en ta a at iv id ad e im un ol óg ic a de Ig A , I gG , I gM . M A N e t a l., 2 01 7 A va lia r a ta xa de cr es ci m en to de C A na pr es en ça de di fe re nt es co nc en tr aç õe s de gl ic os e e fr ut os e, do is do s pr in ci pa is aç úc ar es fis io pa to ló gi co s e nu tr ic io na lm en te re le va nt es em pa ci en te s di ab ét ic os . A co nc en tr aç ão de gl ic os e es tá di re ta m en te re la ci on ad a ao cr es ci m en to de C A , po de es ta r re la ci on ad o às in fe cç õe s fú ng ic as fr eq ue nt es qu e oc or re m em pa ci en te s di ab ét ic os nã o co nt ro la do s; a fr ut os e in ib e a ta xa de cr es ci m en to de C A . A lim en to s qu e co nt en ha m fr ut os e po de m pr ev en ir o de se nv ol vi m en to de ca nd id ía se , pe lo m en os e m lo ca is o ra is . H E IM A N E G R E E N W A Y , 2 01 6 R ev is ar so br e co m o as es co lh as al im en ta re s se le ci on am su bs tr at os pa ra as es pé ci es da m ic ro bi ot a in te st in al e a ad ap ta bi lid ad e às pe rt ur ba çõ es M ai s es tu do s sã o ne ce ss ár io s ac er ca de co m o as es co lh as al im en ta re s in flu en ci am na di ve rs id ad e da m ic ro bi ot a in te st in al e, as si m , es tim ul ar a de sc ob er ta de no vo s di ag nó st ic os e ab rir no va s po ss ib ili da de s te ra pê ut ic as . S A N D H U e t a l., 2 01 7 R ev is ar so br e os av an ço s re ce nt es em to rn o do pa pe l qu e a di et a de se m pe nh a na lig aç ão m ic ro bi ot a in te st in al e s aú de d o ho sp ed ei ro . A di et a te m pa pe l si gn ifi ca tiv o na re gu la çã o da m ic ro bi ot a in te st in al e po de so fr er ef ei to s dr ás tic os em su a co m po si çã o m ed ia nt e a m ud an ça s al im en ta re s, m es m o qu e po r br ev e pe rí od o. E ai nd a, o us o do s pr ob ió tic os e pr eb ió tic os po de m au xi lia r na re cu pe ra çã o da s de so rd en s da m ic ro bi ot a. C A M P IN H O e t a l., 2 01 9 R ev is ão ac er ca do s pr ob ió tic os e su a co nt rib ui çã o pa ra pr ev en çã o e tr at am en to de m ul he re s co m C V V . N ão fo i en co nt ra da ev id ên ci a no tr at am en to da ca nd id ía se vu lv ov ag in al ag ud a ne m na pr ev en çã o da C V V re co rr en te co m pr ob ió tic os . M ai s es tu do s em to rn o da s re co m en da çõ es sã o ne ce ss ár io s.

(16)

Le ge nd a: C A : ​C ân di da a lb ic an s C V V : C an di dí as e vu lv ov ag in al K O V A C H E V E V A T C H A V A -D O B R E V S K A , 2 01 4 D et er m in ar a ef ic ác ia cl ín ic a e m ic ro bi ol óg ic a da te ra pi a az ól ic a pa dr ão pa ra o tr at am en to da in fe cç ão va gi na l po r ​ C A ​ so zi nh a e em co m bi na çã o co m pr ob ió tic o lo ca l, be m co m o os ef ei to s na m ic ro bi ot a va gi na l. C om pa ra do ao us o is ol ad o do s az ói s, a ad m in is tr aç ão de pr ob ió tic os em co nj un to co m o ag en te az ól ic o po de am pl ifi ca r a ef ic ác ia do tr at am en to da C V V co nf er in do re st au ra çã o e eq ui líb rio m ic ro bi an o do ec os si st em a va gi na l e pr ev en çã o às o co rr ên ci as d e re pe tiç ão . P A LU D O E M A R IN , 2 01 8 R ev is ar os es tu do s so br e os ef ei to s do us o de pr ob ió tic os na re gu la çã o da m ic ro flo ra in te st in al e su a po ss ív el re la çã o co m a m el ho ra do qu ad ro de ca nd id ía se d e re pe tiç ão . P ro bi ót ic os ap re se nt am ef ei to s be né fic os no eq ui líb rio da flo ra in te st in al , au m en ta m o si st em a im un e e sã o co ad ju va nt es no tr at am en to pa ra ca nd id ía se v ag in al e d e re pe tiç ão . G O M E S E M A Y N A R D , 2 02 0 C om pr ee nd er a re la çã o do há bi to al im en ta r co m a m od ul aç ão da m ic ro bi ot a in te st in al e pr oc es so s in fla m at ór io s no or ga ni sm o e a in flu ên ci a da su pl em en ta çã o de p ro bi ót ic os n es se p ro ce ss o. H á ev id ên ci as po si tiv as de qu e o us o de pr ob ió tic os e pr eb ió tic os na al im en ta çã o po ss am at ua r na pr ev en çã o ou no tr at am en to , po r pr om ov er um a co m po si çã o eq ui lib ra da e de m ai or ef ic iê nc ia da m ic ro bi ot a, no en ta nt o sã o po uc os os es tu do s cl ín ic os em hu m an os , di fic ul ta nd o a fo rm ul aç ão de re co m en da çõ es a se re m a do ta da s na p rá tic a pr of is si on al .

(17)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabe-se que a ​Candida albicans ​é um dos microrganismos que integram, e se inter-relacionam de maneira mútua, a microbiota do ser humano. Todavia, quando ocorre a desarmonia desta interação, isto é, quando a colonização do fungo se replica excessivamente, torna-se o limiar para a Candidíase vulvovaginal – infecção que afeta a saúde da mulher no Brasil e no mundo, inclusive com eventos recorrentes.

Por um lado, a imunidade da mulher vem sendo afetada pelo estilo de vida da contemporaneidade: além do estresse cotidiano, a praticidade ao escolher o consumo dos alimentos ultraprocessados, que são ricos em açúcares, torna-se o hábito alimentar usual nos tempos atuais. Somado a este cenário, a terapia antifúngica comumente recomendada à CVV tem se demonstrado ineficaz visto que se nota a resistência do organismo ao medicamento. Logo, o aumento da resistência aos antígenos antifúngicos e o estado imunológico são fatores que podem estar ligados aos eventos de CVV.

É mister destacar que, diante o cenário de transição social que vem impactando a saúde e nutrição da sociedade ao longo dos anos, o Guia Alimentar para a População Brasileira - documento oficial que apresenta princípios e recomendações para uma alimentação adequada e saudável ao povo brasileiro - orienta que a base da alimentação tenha como prioridade os alimentos ​in natura e os minimamente processados, além das preparações culinárias. Direciona ainda, ao consumo dos alimentos processados de forma moderada, e que produtos ultraprocessados sejam evitados, caracterizando, portanto, sua regra de ouro.

O bom estado imunológico depende de uma microbiota intestinal saudável, que exerce funções metabólicas e atua como barreira protetora contra a invasão de microrganismos patogênicos e a alimentação parece ter influência na homeostase e na perturbação do equilíbrio. A dieta ocidental, com baixo teor de fibras e alto de gorduras e açúcares pode conferir desarmonia ao microbioma do trato gastrintestinal e demais mucosas.

Os achados sustentam, de modo progressivo, a conexão saúde-doença dependente da comunicação simbiótica entre hospedeiro e microrganismo. Assim, o

(18)

complexo corpo da mulher mantém a microbiota feminina que também se altera, por exemplo, de acordo com o estágio de vida, secreção hormonal, ciclo menstrual, uso de anticoncepcionais e atividade sexual.

A presente revisão mostrou que a alimentação tem um influente aspecto na microbiota intestinal. Uma dieta que prioriza industrializados, refinados, com aditivos químicos e altos teores de açúcares e gorduras atribui perturbações à microbiota com sensível possibilidade de evolução para a disbiose. Já a dieta diversificada, rica em nutrientes, confere proteção à barreira intestinal contra as infecções oportunas por meio dos produtos resultantes da metabolização das boas escolhas alimentares, e, por conseguinte, o aumento da atividade imunológica.

No que se refere ao controle e prevenção da CVV, a redução da ingestão de carboidratos simples pode reduzir os sintomas correlatos e aumentar a atividade imunológica. A preferência pelos grãos integrais aponta a diminuição de citocina pró-inflamatória. As dietas análogas à do Mediterrâneo são capazes de dispor bem estar ao hospedeiro por serem compostas por elementos antioxidantes como vinagre balsâmico, vinho tinto, azeite de oliva extravirgem e óleo de sementes.

O tratamento padronizado à CVV ainda ocorre por meio dos antifúngicos azóis, ainda que pouco eficazes, sabidamente. Dessa maneira, os probióticos começaram a ser introduzidos como componentes adjuvantes, ainda que mais estudos sejam necessários para elucidar questões como a determinação da dose adequada.

Portanto, cabe destacar que um tratamento nutricional individualizado, com o profissional nutricionista, a partir da reeducação alimentar, isto é, uma dieta personalizada, com priorização dos alimentos ​in natura e redução do consumo de produtos industrializados é capaz de reduzir e até tratar doenças e perturbações como relatada no presente trabalho.

(19)

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, P. G. et al. ​Efeito de uma associação de cepas probióticas contendo lactobacillus e bifidobacterium na modulação da microbiota intestinal em pacientes constipados.​ ​GED gastroenterol. endosc. dig.​ v. 36 n.3, p. 89 - 98, 2017.

BECATTINI, S.; TAUR, Y.; PAMER, E.G. ​Antibiotic-Induced Changes in the

Intestinal Microbiota and Disease.​ HHS Public Access. ​Physiology & behavior​, v. 176, n. 12, p. 139–148, 2017.

BHUTTA, Z. A.; BLACK, R. E. ​Global Maternal, Newborn, and Child Health: ​So Near and Yet So Far. ​New England Journal of Medicine​, v. 369, n. 23, p. 2226–2235, 2013.

CAMPINHO, L.C.P.; SANTOS, S.M.V.; AZEVEDO, A. C. ​Probióticos em mulheres com candidíase vulvovaginal: qual a evidência?​. ​Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. ​Lisboa, v. 35, n. 6, p. 465-468, 2019.

CARNEIRO, C.I.O. ​Convergências entre a Ingestão de Fibra Alimentar, Composição da Microbiota Intestinal e Prevenção de Doenças.​ ​Monografia (Bacharelado em Nutrição) – Faculdade de Ciências e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília,DF, 2020.

CHENG, L. et al. ​High fat diet exacerbates dextran sulfate sodium induced colitis through disturbing mucosal dendritic cell homeostasis.​ ​International

Immunopharmacology​, v. 40, p. 1–10, 2016.

CONRADO, B.Á. ​et al. Disbiose Intestinal em idosos e aplicabilidade dos probióticos e prebióticos.​ ​Cadernos UniFOA​, v. 13, n. 36, p. 71–78, 2018.

CURTIS, M. M.; SPERANDIO, V. ​A complex relationship:​ The interaction among symbiotic microbes, invading pathogens, and their mammalian host. ​Mucosal Immunology​, v. 4, n. 2, p. 133–138, 2011.

DANTAS, L.M.R. ​et al.​ ​Tratamento Da Candidíase Vulvovaginal e Novas Perspectivas Terapêuticas:​ Uma Revisão Narrativa. ​Revista Pesquisa em Fisioterapia​, v. 6, n. 4, p. 4–9, 2016.

DELGOBO, M. ​et al.​ ​Gut:​ Key element on immune system regulation. ​Brazilian Archives of Biology and Technology​, v. 62, p. 1–14, 2019.

DENNING, D. W. ​et al.​ ​Global burden of recurrent vulvovaginal candidiasis:​ a systematic review. ​The Lancet Infectious Diseases​, v. 18, n. 11, p. e339–e347, 2018.

(20)

DOMINGOS, A. ​Efeitos do consumo de probióticos, prebióticos e simbióticos para o organismo humano.​ ​Revista​ ​Ciência & Saúde​, v. 4, n. 2, p. 66–74, 2011.

GE, S. H. ​et al.​ ​Correlation between azole susceptibilities, genotypes, and ERG11 mutations in Candida albicans isolates associated with vulvovaginal candidiasis in China.​ ​Antimicrobial Agents and Chemotherapy​, v. 54, n. 8, p. 3126–3131, 2010. GOMES, P.C.; MAYNARD, D.C. ​Relação entre o hábito alimentar, consumo de probiótico e prebiótico no perfil da microbiota intestinal: Revisão integrativa. 2020. 17f. Monografia (Bacharelado em Nutrição) – Faculdade de Ciências e Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília, DF, 2020.

HEIMAN, M.L.; GREENWAY, F.L. ​A healthy gastrointestinal microbiome is

dependent on dietary diversity.​ ​Molecular Metabolism​, v. 5, n. 5, p. 317–320, 2016.

HIRSCH, Sonia. ​Candidíase: a praga e como se livrar dela comendo bem. ​1. ed.

Petrópolis: Correcotia, 2014.

KLOTZ-SILVA, J.; PRADO, S. D.; SEIXAS, C. M. ​A força do "hábito alimentar": referências conceituais para o campo da Alimentação e Nutrição. Physis, v. 27, n. 4, p. 1.065-1.085, 2017.

KOVACHEV, S.M.; VATCHEVA-DOBREVSKA, R.S. ​Local Probiotic Therapy for Vaginal Candida albicans Infections​. ​Probiotics and Antimicrobial Proteins​, v. 7, n. 1, p. 38–44, 2014.

LIANG, S. ​et al.​ ​Recognizing depression from the microbiota–gut–brain axis. International Journal of Molecular Sciences​, v. 19, n. 6, 2018.

LOHSE M.B., ​et al.​ ​Development and regulation of single and multi-species Candida albicans biofilms.​ ​Nature Reviews. Microbiology.​ v.16, n. 1, p. 19​-​31, 2018.

MACEDO, D. ​et al.​ ​Antidepressants, antimicrobials or both? Gut microbiota dysbiosis in depression and possible implications of the antimicrobial effects of antidepressant drugs for antidepressant effectiveness.​ ​Journal of Affective Disorders​, v. 208, p. 22–32, 2017.

MACKLAIM, J. M. ​et al.​ ​Changes in vaginal microbiota following antimicrobial and probiotic therapy.​ ​Microbial Ecology in Health & Disease​, v. 26, n. 0, 2015. MAN, A. ​et al.​ ​New perspectives on the nutritional factors influencing growth rate of Candida albicans in diabetics. An in vitro study.​ ​Memorias do Instituto Oswaldo Cruz​, v. 112, n. 9, p. 587–592, 2017.

(21)

MENNELLA, J. A. ​Ontogeny of taste preferences: Basic biology and implications for health1-5.​ ​American Journal of Clinical Nutrition​, v. 99, n. 3, p. 704–711, 2014. MORAES, A.C.F. ​et al.​ ​Microbiota intestinal e risco cardiometabólico:​ Mecanismos e modulação dietética. ​Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia​, v. 58, n. 4, p. 317–327, 2014.

MORENO, I.L.A.C.; CASTILLO, J.M. S.; PASCUAL, L. M. ​Intervención

dietético-terapéutica en candidiasis intestinal.​ ​Nutricion Hospitalaria​, v. 30, n. 3, p. 686–689, 2014.

MULINARI, R.; MARIN, D. ​Relação Entre Candidíase De Repetição, Disbiose Intestinal E Suplementação Com Probióticos:​ Uma Revisão. ​Revista Destaques Acadêmicos​, v. 10, n. 3, p. 46–57, 2018.

OLIVEIRA, J.P et al. ​Prevalência de disbiose intestinal e sua relação com doenças crônicas não transmissíveis em estudantes de uma instituição de ensino superior de Fortaleza-CE​. ​Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento​. v.12, n.76, p. 1078-1086, 2018

PELLEGRINI, C. et al. ​Interplay among gut microbiota, intestinal mucosal barrier and enteric neuro-immune system: a common path to neurodegenerative diseases?​ ​Acta Neuropathologica​, v. 136, n. 3, p. 345–361, 2018.

PEREIRA, I.G.; FERRAZ, I.A.R. ​Suplementação de glutamina no tratamento de doenças associadas à disbiose intestinal.​ ​Revista Brasileira de Saúde Funcional​. 2017.

QIN, J. et al. ​A human gut microbial gene catalogue established by metagenomic sequencing​. ​Nature​, v. 464, n. 7285, p. 59–65, 2010.

RAPOZO, D.C. M.; BERNARDAZZI, C.; SOUZA, H.S.P. ​Diet and microbiota in inflammatory bowel disease:​ The gut in disharmony. ​World Journal of

Gastroenterology,​ v. 23, n. 12, p. 2124–2140, 2017.

SANDHU, K.V. ​et al.​ ​Feeding the microbiota-gut-brain axis:​ diet, microbiome, and neuropsychiatry. ​Translational Research​, v. 179, p. 223–244, 2017.

SENDER, R.; FUCHS, S.; MILO, R. ​Are We Really Vastly Outnumbered? Revisiting the Ratio of Bacterial to Host Cells in Humans.​ ​Cell​, v. 164, n. 3, p. 337–340, 2016. SHENOY, A.; GOTTLIEB, A. ​Probiotics for oral and vulvovaginal candidiasis: ​A review. ​Dermatologic Therapy​, v. 32, n. 4, p. 1–13, 2019.

(22)

VIEIRA, A.J.H.; SANTOS, J.I. ​Mecanismos de resistência de Candida albicans aos antifúngicos anfotericina B, fluconazol e caspofungina.​ ​Brazilian Journal of Clinical Analyses​, v. 49, n. 3, p. 235-9, 2017.

VINDIGNI, S.M. ​et al​. ​The intestinal microbiome, barrier function, and immune system in inflammatory bowel disease:​ A tripartite pathophysiological circuit with implications for new therapeutic directions. ​Therapeutic Advances in

Gastroenterology​, v. 9, n. 4, p. 606–625, 2016.

WHALEY, S.G. ​et al.​ ​Azole antifungal resistance in Candida albicans and emerging non-albicans Candida Species​. ​Frontiers in Microbiology​, v. 7, n. JAN, p. 1–12, 2017.

ZHENG, D.; LIWINSKI, T.; ELINAV, E. ​Interaction between microbiota and immunity in health and disease.​ ​Cell Research​, v. 30, n. 6, p. 492–506, 2020.

Referências

Documentos relacionados

O objetivo da geração de viagens é a previsão do número de viagens de pessoas que são produzidas e/ou atraídas para cada zona de tráfego da área em estudo, ou por

As demonstrações financeiras condensadas intercalares são apresentadas trimestralmente de acordo com a IAS 34 – “Relato Financeiro Intercalar”. As políticas contabilísticas

A redução da pressão arterial foi maior com a combinação fixa de clortalidona e amilorida (21,7 x 12,6 mmHg) em comparação a clortalidona isolada (17,7 x 11,1 mmHg),

Porcentagem de estacas vivas em Melaleuca alternifolia Cheel, coletadas nos terços apical (A), mediano (M) e basal (B) das plantas matrizes e submetidas a tratamentos

Conforme meus atendimentos psicológicos como estagiária, neste ultimo semestre do curso de psicologia, senti na necessidade de saber um pouco mais sobre a religião e

Selecionar os métodos a serem utilizados para localizar padrões nos dados, seguida da efetiva busca por padrões de interesse numa forma particular de representação ou conjunto

49.º Grande Prémio Internacional da Feira de S... 49.º Grande Prémio Internacional da Feira

Sempre que trabalhamos com polígonos regulares, podemos dividir a soma dos ângulos internos pelo número de lados do polígono, para encontrarmos o valor de cada