Acústica de Salas
Acústica de Salas
Conceitos para acústica arquitetônica
Sala = espaço fechado
Modelo simplificado
condições de campo livre
SPL decai 6dB a cada dobro da distância
Um
espaço fechado
apresenta outras condições:múltiplas reflexões criam a reverberação
Características da sala
Dimensões: altura, largura, profundidade e forma volume
Superfícies materiais e aspectos construtivos coeficiente de absorção SALA = soma das parcelas de absorção de cada
superfície ponderadas por sua área efetiva.
Exemplo:
Sala 8 m X 5 m com pé direito de 3 m α teto = 0,3, α piso = 0,6, α parede = 0,12 Qual o A?
Qual o α médio?
Lembrando:
A absorção sonora total em uma sala pode ser expressa como:
A = S
1α
1+ S
2α
2+ .. + S
nα
n= ∑ S
iα
i ondeA = absorção na sala (m2 Sabine)
S = área de superfície interna de determinado material "n" (m2)
Sn = área de superfície interna de determinado material "n" (m2)
αn = coeficiente de absorção de determinado material "n“
α
m
= A / S
onde
αm = coeficiente de absorção médio A = absorção total da sala (m2 Sabine)
Modelo estatístico
Premissas:
• Sala uniformemente preenchida com energia sonora
• som sofre repetidas colisões com as superfícies, perdendo energia
de acordo com cada α
Em uma sala com volume V e área de superfície interna S, o número de
Em uma sala com volume V e área de superfície interna S, o número de colisões por segundo, n, é dado por:
E(t), a energia restante na sala após o tempo, t (após nt colisões), fica:
V
Sv
n
s4
=
t V Sv ntE
t
E
E
t
E
4 0 0)
1
(
)
(
)
1
(
)
(
α
α
−
=
−
=
0 ln[(1 ) ] 4)
(
t V Sve
E
t
E
=
−α ) 1 ln( 4 0)
(
=
V t −α Sve
E
t
E
Tempo de Reverberação
Definição
• corresponde ao tempo necessário para que o nível de pressão
sonora decaia 60 dB, depois de cessar a fonte sonora
Tempo de Reverberação
Tr é definido como o tempo gasto para que a energia sonora decaia de 106 ,
assim: Resolvendo para T : r T V Sv r
e
E
T
E
ln(1 ) 4 6 010
)
(
−α −=
=
)
10
ln(
4
V
−6 Resolvendo para Tr : Em unidades métricas:Incluindo o efeito da absorção no ar:
)
1
ln(
)
10
ln(
4
6α
−
=
− s rSv
V
T
)
1
ln(
163
.
0
α
−
−
=
S
V
T
r)
1
ln(
163
.
0
α
−
−
=
S
A
V
T
ar rTempo de Reverberação - formulação
Fórmula de Eyring-Norris
)
1
ln(
163
.
0
α
−
−
=
S
A
V
T
ar r • Onde• Se α é muito pequeno ln(1-α)~α, a fórmula é simplificada para a clássica
fórmula de Sabine
A
V
S
V
T
r=
0
.
163
=
0
.
163
α
V
A
ar=
α
arCoeficiente de absorção do ar
Ar
Sabine 125Hz 250Hz 500Hz 1000Hz 2000Hz 4000Hz α para cada 28 m³ 0,09 0,2 0,49 1,2 2,9 7,4
Exemplo de redução de T
r
Tempo de reverberação típicos
Parâmetro Muito seca Seca Normal Reverberante Muito Reverberante
Tempo de Reverberação (TR) 0.2 < T < 0.25 0.4 < T < 0.5 0.9 < T < 1.1 1.8 < T < 2.2 2.5 < T < 4.5 Tempo de Reverberação (TR) 0.2 < Tr< 0.25 0.4 < Tr< 0.5 0.9 < Tr< 1.1 1.8 < Tr< 2.2 2.5 < Tr< 4.5
Típico Estúdio de gravação
Restaurante Escritório Hospital Catedral Teatro Biblioteca Igreja Fábrica
Sala de aula Quitinete
Roteiro para cálculo de T
rideal
• Calcular o volume da sala
• Usando o gráfico abaixo, encontrar o Tr ideal, em função do volume
Roteiro para cálculo de TR
• Usando a fórmula de Sabine, encontrar o
ΣSα
para oT
rideal
∑
=
α
S
V
T
r0
.
163
onde Tr = tempo de reverberação (s);
V = volume da sala (m2);
S = área das superfícies (m2);
α = coeficiente de absorção dos materiais.
Roteiro para cálculo de TR
• Usando a tabela abaixo, ajustar o ΣSα da sala
Superfície Material S
α
(tabelado por banda) Sα Piso Mármore Teto ...• Calcular o tempo de reverberação final e conferir com o esperado.
Importante: a localização dos materiais (absorção/difusão/reflexão) em relação à fonte sonora/ouvintes é fundamental
Teto ... Paredes Esquadrias Mobiliário ... ΣSα
Limites do modelo
Quando a abordagem estatística se aplica?
Salas grandes, onde o campo reverberante (difuso) domina as
propriedades da sala
Pressão sonora média no tempo é igual em toda a sala
Energia sonora é igualmente provável em todas as direções
Em salas pequenas as ondas estacionárias
(modos acústicos) dominam a resposta
Tamanho acústico de uma sala
Frequência crítica
• Sala acusticamente grande abaixo do som mais grave gerado
▫ Salas de concerto, grandes estúdios, catedrais, etc
• Sala acusticamente pequena dentro da gama de freqüências gerada
▫ Banheiro, quarto pequeno, corredor, etc
Tecnologia acessível = home-studios, home-theaters...
Importante conhecer como se comportam esses espaços!
Sala pode ser “pequena” (comportamento modal) até uma certa frequencia e “grande” a partir desse valor (densidade de energia média, tempo de reverberação).
Transição = frequencia de Schroeder (fs):
Abaixo da fs, não faz muito sentido
o cálculo de Tr(estatístico)!
V
T
f
s=
2000
rExemplos
• Sala grande (12m x 4m x 8m)
• Sala pequena
Modos da sala
ressonâncias de ondas estacionárias em ambientes fechados
Sala retangular modos são descritos por números: n1, n2, n3
Dimensões da sala C (comprimento), L (largura) e H (altura)
Premissas: Premissas:
• paredes rígidas
• sem perdas tanto no meio como nas paredes
• retangular de dimensões: C, L, H 2 2 3 2 2 2 2 2 1
2
3 2 1H
n
L
n
C
n
v
f
n n n=
s+
+
,...
2
,
1
,
0
,...
2
,
1
,
0
,...
2
,
1
,
0
3 2 1=
=
=
n
n
n
As ondas estacionárias podem ser de três tipos:
1. AXIAIS
• dois dos "n" são zeros
• ondas paralelas a um dos eixos
• movimento em linha
Modos da sala
2. TANGENCIAIS
• um dos "n" é zero
• ondas paralelas a um dos planos
• movimento em um plano
2. OBLÍQUAS
• nenhum "n" é zero
• ondas nas três direções x, y, z
Ondas estacionárias numa corda. Meia onda.
Ondas estacionárias numa corda. Onda inteira.
Ondas estacionárias numa corda. 1½ de onda.
Cantar no chuveiro
Modo acústico realça componentes da voz,
tornando-a mais “potente”
• Pequenos espaços de proporções iguais • Paredes de azulejo (reflete 98%)
• Em estúdios, pode ser muito prejudicial • Em estúdios, pode ser muito prejudicial
Métodos de predição
Modelo em escala
• 1/8 das dimensões reais
• Sons reais gravados em câmara anecóica
• Reprodução dentro do modelo com velocidade 8x maior
• Tratamento acústico do modelo com blocos de espuma de poliestireno
Métodos de predição
Modelo em escala
Centro de Artes ‘Wei-Wu-Ying’ em Taiwan Maior teatro da Ásia
141.000 m2
6.000 assentos modelo 1:10 modelo 1:10
Métodos de MEDIÇÃO
Sistema físico IDEAL
Estabilidade, linearidade e parâmetros de valor constante
Suas características podem ser identificadas a partir da relação
entre sinais de estímulo (
entradas
) e resposta (
saídas
) medidos
X(ω) →
SLIT → Y(ω)
entre sinais de estímulo (
entradas
) e resposta (
saídas
) medidos
sobre o sistema
Função de Resposta em Frequência
X(w)
Y(w)
H(w) =
Resposta Impulsiva
Função Delta ou Delta de Dirac
É definido por:
Suas características são:
área é igual a 1 amplitude infinita
)
(
lim
)
(
t
=
ε→0f
et
δ
ε
| t | , 0 ) (t = para > fe 0 , 2 1 ) (t = para t = fe ε amplitude infinitatempo de duração igual a zero
em todas as freqüências, amplitude igual a 1
A resposta h(t) de um sistema a uma excitação Delta é
conhecida como sua
Resposta Impulsiva
.
h(t) h(t) t δ(t) δ(t) SLIT t
Estimativa de respostas impulsivas
•
Procedimento
direto
estouro de balões, disparos de pistolas, pulsos gravados
alimentando alto-falantes ou centelhas elétricas
•
baixa
repetitividade
problemas na questão da
linearidade
•
problemas na questão da
linearidade
•
Método de estimativa
indireta
sinais de
banda larga
que possuam a
energia distribuída
em
um período maior de tempo
exemplos: análise em dois canais, o método MLS e
Estimativa de respostas impulsivas
•
Para extrair a resposta do sistema linear em estudo
comparamos a entrada e a saída
A resposta impulsiva h(t) é obtida pela deconvolução de y(t) com x(t), ou através da transformada inversa de Fourier da resposta em freqüência do sistema H(ω).
Varreduras Senoidais
•
O que significa?
Excitação de
energia distribuída
no domínio
tempo-freqüência
•
Equivale a:
decomposição da energia de um impulso ideal
•
Formas de variação mais utilizadas:
linear
e a
logarítmica
As varreduras são os
mais indicados
sinais de excitação para
medições acústicas...
Varreduras Senoidais
•
Vantagens
Garante
maior faixa dinâmica
em menor tempo de medição
Oferece
alta resolução
e
confiabilidade
Permite
ênfase arbitrária
com baixo fator de pico (para
Permite
ênfase arbitrária
com baixo fator de pico (para
melhorar a relação sinal-ruído em faixas críticas)
É completamente
imune à distorção harmônica
É bastante
insensível a variâncias no tempo
Parâmetros Acústicos
Norma ISO 3382
Todos os parâmetros acústicos definidos por esta norma
são derivados diretamente da resposta impulsiva acústica
Mas somente 1 resposta impulsiva não pode usada para
caracterizar a resposta de toda a sala
Devem ser feitas várias medições, posteriormente
obtendo-se a média energética
Os parâmetros medidos e avaliados normalmente são:
• Tempo Central (CT) • Fração Lateral (LF) • STI (Índice de Inteligibilidade da Fala) • Tempo de Reverberação • Fator de Clareza • Tempo de Decaimento Inicial (EDT)
Sistema de medição
Construção da Fonte Emissora
Para medições acústicas confiáveis, a fonte precisa:
•Ser o mais próximo possível de
omnidirecional
•Produzir um nível de pressão sonora suficiente
•Produzir um nível de pressão sonora suficiente
•Possuir o menor tamanho possível (fonte pontual)
Modelagem gráfica
Fonte sonora: dodecaedro
Impedância Nominal: 5,3 Ohms
Potência RMS: 300 W
Conector: Mono Phone Plug (P10)
Softwares disponíveis - comerciais
•
Adobe Audition
Programa de edição de áudio digital
•
Módulos Aurora (http://pcfarina.eng.unipr.it/)
Sistema para medições de respostas impulsivas baseado Sistema para medições de respostas impulsivas baseado
Softwares disponíveis - gratuitos
Medições dos Parâmetros
Exemplo: Teatro Noel Rosa (2005)
•
Estado de ocupação
Foi usado o
Estado Não Ocupado
•
Posições de medição
•
Posições de medição
Cada par de posições de medida é uma
combinação:
fonte + microfone
O número de posições foi escolhido para atender a uma Cobertura
Normal
Posições de microfone: antecipam as prováveis influências em
diferenças no tempo de reverberação
Posições de fonte: representativas de performances comuns
Medições dos Parâmetros
Esquema adotado
(esboço – vista
Medições dos Parâmetros
Tempo de reverberação
T60 por Sabine=
∑
α
S
V
0,161
T
60 Usando-se uma escala de decibéis T30 : de -5dB a -35dB T20 : de -5 a -25dB escala de decibéis normalizada, basta obter a inclinação do decaimento e extrapolá-la até – 60dB( )
∫
( )
∫
( )
∫
= − = ∞ ∞ t 0 2 0 2 t 2 dτ τ p dτ τ p dτ τ p E(t) Integração de SchroederMedições dos Parâmetros
Tempo de reverberação
Estimativa das áreas relacionadas a cada tipo de material do revestimento interno da sala
O próximo passo é calcular o Tempo de Reverberação (T60), a
Tempo de Reverberação (T60), a
Análise dos resultados
Tempo de reverberação
Desequilíbrio entre o tempo de
reverberação relacionado às baixas e altas freqüências
Tempo de reverberação
Os valores acima do esperado do RT para as baixas freqüências:
▫ privilegiam a utilização da sala para a música, mas...
▫ prejudicam um pouco a inteligibilidade da fala
Análise dos resultados
Enquanto isso, os baixos valores de RT para as altas freqüências:
▫ são negativos para a performance musical, mas...
▫ desejáveis para a voz falada
Melhor resposta da acústica da sala
para a
voz falada
EDT (Tempo de Decaimento Inicial)
Considera os primeiros 10dB de decaimento da curva (de 0dB a
-10dB)
Análise dos resultados
Oferece uma avaliação alternativa do tempo de reverberação da
sala, mais relacionado à reverberação percebida pelo ouvinte
Notaremos que as posições 1 e 3 são preferenciais para audição de espetáculos musicais
Posição 2 1,50 2,00 2,50 3,00 E D T ( s) Posição 3 1,50 2,00 2,50 E D T ( s) Posição 1 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 E D T ( s)
EDT (Tempo de Decaimento Inicial)
Posição de fonte sonora em A
Análise dos resultados
2 3 1 Posição 5 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) Posição 4 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) Posição 6 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 0,00 0,50 1,00 1,50 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 0,00 0,50 1,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 5 4 6
Posição 2 1,20 1,40 1,60 1,80 2,00 E D T ( s) Posição 3 2,00 2,50 3,00 3,50 E D T ( s) Posição 1 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 E D T ( s)
EDT (Tempo de Decaimento Inicial)
Posição de fonte sonora em B
Análise dos resultados
2 3 1 Posição 5 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) Posição 4 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20 1,40 1,60 1,80 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) Posição 6 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 10 100 1000 10000 Frequência (Hz) E D T ( s) 5 4 6
Fator Clareza
Razão logarítmica (em dB) entre a energia no trecho inicial do
som recebido e a energia do som reverberante
Primeiros 50 msegs - inteligibilidade da voz
Primeiros 80 msegs - qualidade acústica para música
Análise dos resultados
Quando a música tocada numa sala soa bem definida, com
articulações sonoras límpidas e precisas, dizemos que a sala apresenta bom grau de clareza
( )
( )
[ ]
dB
dt
t
p
dt
t
p
C
t t t∫
∫
∞=
2 0 2 10log
10
Fator Clareza
Fator Clareza
▫ C80(3) = média nas oitavas de 500, 1000 e 2000 Hz
▫ Sendo assim, o C80(3) medido foi de +8,07dB
▫ C80(3) em renomadas salas de concerto varia entre -4 e +1dB
▫ C50(3) em salas de auditório (voz) varia entre -3 e +9dB
Análise dos resultados
• Isso é aceitável pelo fato do Teatro Noel Rosa acolher tanto
espetáculos de natureza musical quanto peças de teatro
• Para reduzir a clareza: aumentar a quantidade de energia sonora
final em relação à inicial = difusão nas áreas mais distantes da fonte
Tempo Central (CT)
Análise dos resultados
▫ "centro de gravidade" do tempo de chegada das reflexões
▫ Valores obtidos em torno de 1 kHz = 40/60 ms
▫ São reflexões úteis para a fala, porém um pouco prematuras para
Fração Lateral (LF)
Razão entre a energia dos primeiros 80 ms que chegam pelas
direções laterais em um microfone
Da mesma forma que o EDT, este parâmetro é dependente do
local em que é medido
Análise dos resultados
O som chega ao ouvinte através de várias direções
Nossa audição processa todas em uma impressão geral,
dando a sensação espacial
Normalmente, LF(4) [125, 250, 500, 1000 Hz] é 0,3
No Teatro Noel Rosa: obteve-se 0,82
Deve-se às dimensões da sala - ESTREITA
Para reduzir as reflexões laterais - tratamento com superfícies
Índice de inteligibilidade da fala (STI)
Os valores médios medidos foram:
Análise dos resultados
STI
0,729
STI Inteligibilidade < 0,3 muito ruim 0,3 – 0,45 pobre STI Masculino0,729
STI Feminino0,743
0,3 – 0,45 pobre 0,45 – 0,6 bom 0,6 – 0,75 muito bom 0,75 – 1 excelenteP
odemos concluir que a sala apresenta uma inteligibilidade muito boaFontes de Ruído Externas
Atividades ruidosas e potencialmente perturbadoras:
• eventos no saguão externo
• sobrevôos de aeronaves
• ruas movimentadas
Análise dos resultados
• ruas movimentadas
• proximidade do ginásio de esportes
• equipamentos mecânicos exteriores
• máquinas barulhentas em construções próximas
Uma solução simples - isolar os dois corredores laterais da
frente e os dois corredores da subida das escadas, separando-os do volume do teatro
Acústica Arquitetônica - Balanço
Análise dos resultados
Propriedades desejadas Parâmetros mensuráveis Boa projeção de som para os
fundos do teatro
Tempo de reverberação longo o suficiente
Boa Clareza e Articulação Tempo de reverberação não muito longo Equilíbrio de baixas e altas
freqüências
Tr maior para as baixas do que para as altas
Dispersão uniforme do som. Ausência de ecos
Nenhuma superfície refletora
grande ou que focalize o som
Sentimento de "intimidade" ou "presença"
Pouco atraso entre o som direto e as reflexões
Parâmetros acústicos subjetivos
Os mais relevantes para avaliação de qualidade acústica de salas são:
Vivacidade (Liveness): Salas reverberantes são ditas salas "vivas", enquanto salas com elevado índice de absorção e que refletem pouco som para o ouvinte são ditas salas "mortas/secas". É uma qualidade som para o ouvinte são ditas salas "mortas/secas". É uma qualidade relacionada diretamente ao tempo de reverberação da sala.
Calor (Warmth): Calor em acústica é definido como a presença dos graves. Ocorre quando o tempo de reverberação das baixas
freqüência (menores que 250 HZ) é suficientemente grande para garantir que tais freqüências sejam claramente percebidas.
Brilho (Brilliance): O som brilhante de uma sala deriva da
proeminência dos harmônicos superiores e do relativo baixo decaimento para essas freqüências.
Parâmetros acústicos subjetivos
Nível de som direto e reverberante (Loudness of direct/reverberant sound): relação entre as contribuições da energia do som direto e do som reverberante, importante para a noção de intensidade e difusão sonora.
Intimismo (Intimacy): intervalo de tempo entre o som que chega diretamente e sua primeira reflexão proveniente das superfícies diretamente e sua primeira reflexão proveniente das superfícies refletoras.
Clareza ou Definição (Clarity or Definition): música tocada numa sala soa bem definida, com articulações sonoras límpidas e precisas.
Impressão Espacial (Spatial Impression): reflexões sonoras que atingem o ouvinte fazendo-o criar mentalmente uma sensação acústica espacial do ambiente. Influenciada pela difusão e pela diferença entre o que é captado em cada um dos ouvidos ao longo do tempo.
Parâmetro Subjetivo Índice Objetivo Vivacidade RT 60 Calor BR Brilho TR Nível de som L Intimismo ITDG Intimismo ITDG Clareza C50
Impressão espacial IACC
Sendo:
BR = razão de graves (bass ratio) TR = razão de agudos (treble ratio)
ITDG (initial time delay gap) = a diferença entre o instante em que o som direto chega em determinado ponto de captação e o instante em que chega a primeira reflexão
IACC (interaural cross correlation), é o valor máximo da função de correlação entre os sinais obtidos no ouvido esquerdo e direito
Outros critérios para avaliação de salas
Nitidez
• som direto deve ser maximizado
• som difuso deve ser eliminado
R >2 boa nitidez
R >2 boa nitidez
R < 1 pouca nitidez
Envolvência
• som direto + reflexões
• componente de som direto não deve criar a sensação de fonte longe
• sons que atingem os ouvido esquerdo e direito, devem ser semelhantes
Outros critérios para avaliação de salas
Suavidade
• o decaimento deve ser regular e contínuo
• não devem existir ecos
• o intervalo entre grandes reflexões deve ser inferior a 40 ms e após 100
ms não deve ser possível distinguir grandes reflexões
Uniformidade espacial
não devem existir irregularidades na distribuição da pressão sonora
ANÁLISE SUBJETIVA
Ainda há muito a ser desenvolvido no campo dos
parâmetros subjetivos!
Esses parâmetros permitem uma completa descrição da
acústica da sala?
acústica da sala?
Quais deles são independentes entre si?
Quais são os mais relevantes?
ANÁLISE SUBJETIVA
Estudos psicoacústicos em salas de música
2 caminhos distintos:
1. gravar passagens musicais em diferentes
salas (com dummy head biauricular,
dispositivos digitais de alta fidelidade, etc) dispositivos digitais de alta fidelidade, etc) e depois reproduzi-las para um júri
numa câmara anecóica ou em fones de ouvido.
Vantagem: permitir comparação instantânea e meticulosa entre as salas, estimulando uma compreensão bem específica de cada parâmetro.
Desvantagem: podem haver perdas na percepção das características
acústicas, já que um ambiente real jamais será perfeitamente "transportado" para o laboratório.
ANÁLISE SUBJETIVA
2. testes auditivos em salas reais,
utilizando questionários
Vantagem: permitem a percepção acústica da maneira mais fiel
Desvantagem: dificultam a comparação acurada entre as características acústicas da salas já que...
• não poderão ser comparadas ao mesmo tempo,