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PRODUÇÃO DA BARDANA SOB DIFERENTES DOSES DO ADUBO ORGÂNICO ORGANOSUPER

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Academic year: 2021

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PRODUÇÃO DA BARDANA SOB DIFERENTES DOSES DO

ADUBO ORGÂNICO ORGANOSUPER

Wellington B. Rodrigues1; Maria do Carmo Vieira²; Néstor A. Heredia Zárate²; Willian V. Gonçalves¹; André T. Luciano¹; Inez A. de Oliveira Pelloso3

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) - FCA, C. Postal 533, 79804-970 – Dourados-MS. ¹Acadêmicos do Curso de Agronomia da UFGD, Bolsistas Iniciação Científica CNPq; ²Professores UFGD, Bolsistas de Produtividade em Pesquisa CNPq; 3Estudante de Doutorado em Agronomia UFGD, Bolsista CNPq. E-mail: wellingtonborgesrodrigues@hotmail.com, mariavieira@ufgd.edu.br, nahz@terra.com.br, willianvgoncalves@zipmail.com.br, andretrento_ms@hotmail.com, iapelloso@hotmail.com.

RESUMO

O objetivo do trabalho foi estudar o crescimento e produção da bardana sob diferentes doses do composto orgânico organosuper. Os tratamentos foram as doses: 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 t ha-1, arranjados no delineamento experimental blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas tinham 2,0 m de comprimento, com duas fileiras de plantas espaçadas de 0,50 m entre elas e 0,50 m entre plantas. As alturas das plantas foram medidas a cada 30 dias desde 0 até 90 dias após o transplante. Aos 90 dias de ciclo, no início do florescimento, foram colhidas duas plantas competitivas por parcela, quando avaliaram-se: a área foliar (cm2), determinada pelo integrador LI 3000, e as massas frescas e secas da parte aérea e raízes. Foram contadas as raízes reservantes e medidos os seus comprimentos e diâmetros, na altura do coleto. Os dados foram submetidos a análise de variância e quando detectou-se significância pelo teste F, foram submetidos à regressão, até 5% de probabilidade. Nenhuma das características avaliadas foi influenciada significativamente pelas doses do organosuper. A altura máxima foi cerca de 40 cm. Os valores médios de área foliar, número, comprimento e diâmetro das raízes foram, respectivamente, 54,6 dm2 planta-1, 5,7 planta-1, 21,7 cm e 10,8 mm,

enquanto as produções médias de massas frescas e secas das partes aéreas e raízes foram de, respectivamente 11,7 e 1,5 e 1,42 e 0,3 t ha-1. Com base nos resultados obtidos e para condições semelhantes, conclui-se que não é necessário o uso de organosuper para cultivo da bardana.

PALAVRAS-CHAVE: Arctium lapa L., composto orgânico, planta medicinal.

ABSTRACT

Yield of burdock under different doses of the organosuper organic compound

The aim of the work was to study the grown and yield of burdock under different doses of organic compound (0, 5, 10, 15, 20, 25 and 30 t ha-1), arranged in randomized blocks, with four replications. The fractions had 2.0 m of length, with two rows of plants, with space of 0.50 m between them and 0.50 m between plants. The measures of height of plants were carried out of 0 to 90 days after transplant, each 30 days. At 90 days of cycle, in the start of flowering, were harvested two competitive plants by fraction, when the foliar area (cm2), determined by the LI 3000 integrator, and fresh and dry weight of shoot and roots were evaluated. The tuberous roots were counted, and length and diameters were

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measured in the height of collar. Data were submitted to variance analysis and posterior regression analysis, when significant by the F test, to 5% of error probability. None of characteristics evaluated was significantly influenced by the doses of organosuper. The maximum height was about 40 cm. The medium values of foliar area, number, length and diameter of roots were 54.6 dm2 plant

-1

, 5.7 plant-1, 21.7 cm and 10.8 mm, respectively,

while medium yield of fresh and dry weight of shoot and roots were 11.7 and 1.5, and 1.42 and 0.3 t ha-1, respectively. Therefore, with basis in the results obtained and to similar conditions, it’s not necessary the use of organosuper to burdock cultivation.

KEYWORDS: Arctium lappa L., organic compound, medicinal plant.

INTRODUÇÃO

A Arctium lappa L., Asteraceae, também conhecida como bardana, gobô, erva dos tinhosos, orelha de gigante, bardana maior e carrapicho de carneiro (Cunha et al., 2003) é originária da Europa e chegou ao Brasil por meio dos imigrantes japoneses (Correa, 1984). Aa raízes, folhas e sementes da planta são ricas em compostos fenólicos, incluindo ácido caféico, clorogênico e cinarina, daí ser uma boa fonte de antioxidantes naturais (Ferracane et al., 2009). São utilizados da bardana, raízes e folhas, frescas e secas.

É considerada um excelente fortificante de alto valor nutritivo, sendo as raízes ótima fonte de vitamina B1, cálcio, ferro e fósforo, sendo usadas como alimento por pessoas diabéticas. Alguns países como a China, também fazem o uso de sementes como diurético e para infecções da pele, resfriado, tosse seca, irritação da garganta e escarlatina (Martins et al., 2000; Wang et al., 2006). A medicina avalia as raízes como alimentos muito importantes responsáveis pelo bom funcionamento do sistema nervoso, dos músculos e do coração.

Na Europa, as folhas e brotos novos são consumidos como verdura, e no Japão é cultivada uma variedade para produção de raízes comestíveis (Santos et al., 1988; Font Quer, 1993; Blanco, 2004). Atualmente, a bardana tem sido indicada em vários países para casos de enfermidades cancerosas, por isso, vem se destacando popularmente como parte de chás (Martins et al., 2000; Gentil et al., 2006). As raízes podem ser consumidas cozidas ou compondo pratos cozidos com cenoura (Daucus carota L.) ou mandioquinha-salsa (Arracacia xanthorrhiza Bancroft).

As referências sobre os aspectos agronômicos da bardana no Brasil são muito escassas, dificultando o seu cultivo, o que poderia ser alternativa para pequenos produtores, que procuram diversificar a produção.

A adubação orgânica é prática recomendada no cultivo de plantas medicinais e tem despertado a atenção dos pesquisadores no Brasil. Em função das características químicas e mineralógicas, os solos tropicais, de modo geral, são ainda extremamente deficientes em fósforo. Conseqüentemente, o cultivo adequado nesses solos tem na fertilização fosfatada, técnica eficiente para aumentar a produtividade. Isso é válido para a adição de fertilizantes fosfatados a solos de Cerrado para o cultivo de florestas ou de qualquer planta. O objetivo do trabalho foi estudar o crescimento e produção da bardana sob diferentes doses do composto orgânico organosuper.

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MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi desenvolvido no Horto de Plantas Medicinais – HPM (S 22º 11' 43.7" W 054º 56' 08. 5", altitude de 452 m), da Universidade Federal da Grande Dourados, em Dourados-MS, de março a novembro de 2008. O clima é do tipo CWA, com precipitação média anual de 1500 mm e a temperatura média de 22ºC. O solo, originalmente sob vegetação de Cerrado, é de topografia plana e classificado como Latossolo Vermelho distroférrico, de textura argilosa. Foi estudado o organosuper, um composto orgânico produzido e doado pela Empresa Organoeste, de MS.

Os tratamentos foram as doses: 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 t ha-1, arranjados no delineamento experimental blocos casualizados, com quatro repetições. A composição química do composto organosuper é: 6,72 % de N, 4,27 % de P, 0,42 % de K, 2,75 % de Ca, 0,4 % de Mg, 0,86 % de S, 0,02 % de Zn, 0,003 % de Cu, 0,04 % de Mn, 1,39 % de Fe, 0,27 % de Si, 25,53 % de C, 1,44 % de C orgânico, 4/1 relação C total/N, pH 8, 7,5 % de umidade a 65°C e 45,96 % de matéria orgânica total. As mudas foram produzidas em bandejas de poliestireno de 128 células, com substrato Plantmax® HA para hortaliças. Quando as plântulas atingiram cerca de 10 cm de altura, foram transplantadas aos canteiros. As parcelas tinham 2,0 m de comprimento, com duas fileiras de plantas espaçadas de 0,50 m entre elas e 0,50 m entre plantas. Os tratos culturais compreenderam irrigações por aspersão e capinas com enxada, sempre que necessárias. As alturas das plantas foram medidas a cada 30 dias desde 0 até 90 dias após o transplante. Aos 90 dias de ciclo, no início do florescimento, foram colhidas duas plantas competitivas por parcela, quando avaliaram-se: a área foliar (cm2), determinada pelo integrador LI 3000, e as massas frescas e secas da parte aérea e raízes. Foram contadas as raízes reservantes e medidos os seus comprimentos e diâmetros, na altura do coleto. Os dados foram submetidos a análise de variância e quando detectou-se significância pelo teste F, foram submetidos à regressão, até 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nenhuma das características avaliadas foi influenciada significativamente pelas doses do organosuper (Figuras 1 e 2). A altura máxima foi cerca de 40 cm. Os valores médios de área foliar, número, comprimento e diâmetro das raízes foram, respectivamente, 54,6 dm2 planta

-1

, 5,7 planta-1, 21,7 cm e 10,8 mm, enquanto as produções médias de massas frescas e secas das partes aéreas e raízes foram de, respectivamente 11,7 e 1,5 e 1,42 e 0,3 t ha-1 (Figura 2). Provavelmente, devido ao ciclo curto das plantas, uma vez que tiveram de ser colhidas por causa do florescimento precoce, não tenha havido tempo para que o resíduo orgânico influenciasse nas características físicas, químicas e microbiológicas do solo, o que poderia se reverter em maior produção na presença de mais composto orgânico. Com base nos resultados obtidos e para condições semelhantes, conclui-se que não é necessário o uso de organosuper para cultivo da bardana.

AGRADECIMENTOS

À Fundect, pelo apoio financeiro; ao CNPq, pelas bolsas concedidas e à Organoeste, pela doação do composto orgânico.

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LITERATURA CITADA

BLANCO RA. 2004. Bardana (Arctium lappa L.). Disponível em: http:// www.jardindeflores.com.br/pesquisaervasmedicinais. Acessado em 7 de julho de 2004 CORREA MP. 1984. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. v.1. 269p.

CUNHA AP; SILVA AP; ROQUE OR. 2003. Plantas e produtos vegetais em fitoterapia. 1 ed. Lisboa: Fundação Calouste Gublenkian. 701 p.

FERRACANE R; GRAZIANE G; GALLO M; FOGLIANO V; RITIENI A. 2009. Metabolic profile of the bioactive compounds of burdock (Arctium lappa) seeds, roots and leaves. Journal of

Pharmaceutical and Biomedical Analysis 16:1741-1754.

FONT QUER P. 1993. Plantas medicinales: el dioscórides renovado. Barcelona: Editorial Labor. v.3. 1033 p.

GENTIL M; PEREIRA JV; SOUZA YTCS; PIETRO R; NETO MDS; VANSAN LP; FRANCA SD. 2006. In vitro evaluation of the antibacterial activity of Arctium lappa L. as a phytotherapeutic agent used in intracanal dressigs. Asian-Phytotherapy Research 3: 183-186.

MARTINS ER; CASTRO DM de; CASTELLANI DC; DIAS JE. 2000. Plantas medicinais. 2 ed. Viçosa: UFV, Imprensa Universitária. 220 p.

SANTOS CAM.; TORRES KR; LEONART R. 1988. Plantas medicinais: herbarium, flora et scientia. 2 ed. Curitiba: Scientia et Labor. 160 p.

WANG BC; YEN GC; CHANG LW; YEN WJ; DUH PD. 2006. Protective effects of burdock (Arctium lappa Linne) on oxidation of low-densidy lipotrein an oxidative stress in RAW 264.7 macrophages. Food Chemistry. 101: 729-738.

Figura 1. Altura de plantas de bardana em função de dias após o transplante (Height of plants of burdock

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Figura 2. Área foliar; número, comprimento e diâmetro das raízes; massas frescas e secas das raízes e

partes aéreas das plantas de bardana, cultivadas sob cinco doses de organosuper (Foliar area; number, length and diameter of roots; fresh and dry weight of roots and shoot of plants of burdock, cultivated under five doses of organosuper). UFGD, Dourados, 2008.

Referências

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