IESA ÓLEO & GÁS S.A.
Demonstrações Financeiras
Demonstrações Financeiras
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008
Conteúdo
Relatório da Administração
Balanços Patrimoniais
Demonstrações de Resultados
Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido
Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método Indireto
Demonstração do Valor Adicionado - DVA
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Parecer dos Auditores Independentes
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Exercício 2009
Introdução
Este relatório tem por objetivo retratar as principais atividades da IESA Óleo & Gás no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2009. Seu foco é também demonstrar o propósito da Companhia em relação ao firme compromisso com a sustentabilidade de seus projetos e ações. As demonstrações financeiras a seguir foram elaboradas em total conformidade com a legislação societária e estão acompanhadas do parecer dos Auditores Independentes. O conteúdo desta publicação está disponível no site www.iesa.com.br.
Perfil da Companhia
Constituída em março de 2005, a partir de ativos, acervo técnico e carteira de contratos da Divisão Óleo & Gás da Controladora IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S.A., a IESA Óleo & Gás é hoje uma das mais importantes empresas brasileiras de engenharia, construção e montagem, com forte e sólida atuação no mercado.
O desempenho apresentado nos últimos anos, com crescimento de sua carteira de encomendas e resultados financeiros expressivos, fez com que a IESA Óleo & Gás assumisse posição de destaque entre as grandes empresas do Brasil prestadoras de serviço na modalidade EPC (Engineering, Procurement and Construction) para as áreas de óleo & gás, geração térmica e química e petroquímica.
Cadastrada com classificação grau A junto ao seu principal cliente, Petrobrás, a IESA Óleo & Gás está preparada para participar do desenvolvimento do Pré-Sal (grandes reservas de óleo e gás natural na camada pré-sal), pois é uma das poucas no mercado brasileiro capaz de fornecer soluções completas – desde a engenharia até o comissionamento e operação assistida dos empreendimentos.
A busca da excelência na execução de suas atividades se reflete nos bons resultados alcançados, tanto na satisfação de seus clientes quanto nos bons índices de performance em Qualidade, Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Responsabilidade Social.
Comentário sobre o Desempenho Operacional
O ano de 2009 foi marcado pelos problemas macroeconômicos experimentados pelo Brasil, fruto de um desequilíbrio econômico-financeiro mundial, que afetou praticamente todos os segmentos de mercado, não sendo diferente com a indústria petrolífera que postergou novos investimentos durante o primeiro semestre.
A partir da segunda metade do ano, sob o efeito de uma política fiscal e monetária decisiva, principalmente em países de economias consideradas emergentes, como a economia brasileira, e a estabilização do preço internacional do barril de petróleo, os investimentos em
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Exercício 2009
Aproveitando este cenário a Companhia conseguiu fechar expressivos contratos para construção de plataformas e refinarias, superando as vendas em R$ 1,8 bilhão, com crescimento de 190% em relação aos contratos vendidos em 2008. Ao final de 2009 a carteira de encomendas a faturar era de R$ 2,7 bilhões, distribuída nos seguintes negócios:
A receita operacional bruta foi de R$ 701,9 milhões, atingindo um crescimento de 19% em relação a 2008, sendo que este crescimento é resultado do nível de desempenho e entrega dos contratos que estão em andamento, pois a maior parte da receita gerada em 2009 é decorrente de contratos que foram vendidos e assinados até o ano anterior.
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Exercício 2009
As despesas administrativas e comerciais totalizaram R$ 46,4 milhões, representando um acréscimo em valores absolutos de 31,4% em relação ao ano de 2008 (R$ 35,3 milhões). O aumento das despesas é reflexo da alocação de pessoal especializado, em sua maioria técnicos e engenheiros, voltados para atender uma crescente demanda por elaboração de propostas, com vistas ao incremento do seu “backlog”.
A geração de caixa bruto da IESA Óleo & Gás, medida pelo EBITDA (Lucro Antes de Juros, Imposto de Renda, Depreciação e Amortização), no ano de 2009, foi de R$ 79,6 milhões contra R$ 71,9 milhões em 2008, praticamente mantendo a margem histórica do EBTIDA obtida nos últimos anos.
O endividamento financeiro ao final de 2009 totalizou R$ 162,1 milhões, representado por operações de capital de giro e com escalonamento de pagamento adequado à geração de caixa da companhia. No modelo de negócio em que a Companhia atua é fundamental manter recursos e fontes de liquidez suficientes para aproveitar os investimentos que o mercado demanda. As despesas financeiras tiveram um aumento substancial motivado pelas elevadas taxas praticadas pelo mercado financeiro durante o período de restrição do crédito causado pela crise financeira mundial.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Exercício 2009
O lucro líquido de 2009 foi de R$ 30,1 milhões, mantendo-se em relação ao ano anterior (R$ 31,7 milhões). O aumento do custo financeiro foi determinante para que o lucro líquido não evoluísse no mesmo nível do crescimento da receita bruta.
Perspectivas para 2010
A Companhia inicia o ano de 2010 com um excelente nível de carteira, R$ 2,7 bilhões, que lhe garante um desempenho superior ao ocorrido em 2009.
O cenário mercadológico se mostra sólido, devido ao plano de investimento já anunciado pela Petrobrás e de investimentos adicionais para o desenvolvimento das reservas da camada do Pré-Sal, associado à cláusula da ANP (Agência Nacional de Petróleo) de conteúdo nacional, que estabelece metas para fabricação de equipamentos para exploração e produção, em que, em média, cerca de 70% do conteúdo deve ser produzido no Brasil.
A Companhia também está atenta ao ritmo anunciado de crescimento do país e à baixa velocidade de expansão da geração hidrelétrica, que viabilizará a construção de usinas termelétricas, principalmente a gás natural, existindo boas perspectivas de negócios a curto e médio prazos.
A IESA Óleo & Gás está estudando a implantação de uma nova base de operações offshore a ser construída, preferencialmente no litoral de São Paulo, com o objetivo de atender a demanda para a construção de novos módulos e skids para plataformas e, também, a manutenção de plataformas que se instalarão na bacia de Santos com o desenvolvimento do Pré-Sal.
Gestão Social em 2009
Os colaboradores são para a IESA Óleo & Gás o grande diferencial. Suas práticas em Gestão Social têm sido reconhecidas pelo mercado por meio de prêmios e conquistas. O orgulho em trabalhar na IESA Óleo & Gás concedeu à companhia o título de Uma das Melhores Empresas para se Trabalhar nesta dimensão pelo Great Place to Work ®.
Em 2009 a IESA Óleo & Gás foi contemplada com vários prêmios, dentre os quais se destacam:
• A 4ª Melhor Empresa em Gestão de Pessoas no Brasil (2009 – Valor Carreira, Hewitt) • A 3ª Melhor Empresa para Trabalhar no Estado do Rio de Janeiro (2009 – Época) • Uma das 100 Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil (2009 – Época) • Uma das 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar (2009 – Você S/A Exame)
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Exercício 2009
• 1º Lugar em Qualidade do Trabalho – Grande Rio (SESI – 2008/2009) • 2º Lugar em Qualidade do Trabalho – Estado do RJ (SESI – 2008/2009) • Prêmio ABS – Agência Brasil de Segurança – 2009 – Top Ouro
A IESA Óleo & Gás também foi reconhecida como a empresa que Faz Diferença para o Desenvolvimento do Estado do RJ no ano de 2009, segundo o Jornal O Globo e a FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio), com votação aberta à sociedade. O Prêmio deu destaque à IESA Óleo & Gás, pois num ano em que o mundo sofreu com os efeitos da crise financeira internacional, a companhia foi na direção contrária, com crescimento do faturamento e grandes empreendimentos geradores de empregos.
Ações socioambientais
As ações socioambientais estão inseridas no dia a dia dos colaboradores da IESA Óleo & gás. Em 2009, mais de 2000 empregos diretos foram gerados.
Entre as diversas ações sociais desenvolvidas em 2009, podemos destacar:
• PROBEIN – Programa de Bolsa de Estudos aos dependentes dos colaboradores, • Melhoria na qualidade de vida e bem estar dos colaboradores com o Programa
Caminhando para uma Vida Melhor; • Bem Estar IESA (Atendimento Psicológico);
• Campanhas beneficentes e doações para Instituições;
• Campanhas de doação de sangue em parceria com o Hemorio;
• IESAlegria - Visitas aos pacientes do Hemorio com Time de Voluntários;
• Doações mensais para manutenção de cursos profissionalizantes realizados pela ASCOPA em Nova Iguaçu/RJ
Agradecimentos
A Administração da IESA Óleo & Gás S/A agradece o apoio recebido de seus acionistas, fornecedores, parceiros, clientes e instituições financeiras, o que nos tem permitido o rápido processo de consolidação empresarial. Aos nossos colaboradores, nosso agradecimento especial pelo empenho e total dedicação.
Balanços patrimoniais
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
Ativo
Nota31/12/2009
31/12/2008
Circulante
Caixa e Equivalentes de Caixa 4 51.892 50.008
Clientes 5 128.448 87.198
Estoques 6 52.341 76.194
Créditos de Impostos 7 12.095 10.552
Bens Destinados a Venda 8 11.784 11.784
Despesas Antecipadas 3.154 1.516
Outros Créditos 1521.359
Total do Ativo Circulante
261.073 237.404Não circulante
Realizável a longo prazo
Empresas Ligadas 18 - 155
Títulos e Valores Mobiliários 9 76.693
-Outros Créditos 358
-Investimentos 10 2.711 4.682
Imobilizado 11 16.805 15.773
Intangível 12 11.959 11.260
Total do Ativo Não Circulante
108.526 31.870IESA Óleo & Gás S/A
C.N.P.J. M.F - Nº 07.248.576/0001-11
Balanços patrimoniais
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
Passivo
Nota31/12/2009
31/12/2008
Circulante
Fornecedores 5.889 5.880
Financiamentos e Empréstimos 13 84.131 87.886
Obrigações Sociais 14 10.555 12.187
Impostos e Contribuições a Recolher 15 7.770 6.856
Provisão de Custo e Encargos 16 32.843 31.497
Adiantamentos sobre Encomendas 17 150 1.815
Outras Contas a Pagar 965 574
Total do Passivo Circulante
142.303 146.695Não Circulante
Financiamentos e Empréstimos 13 77.954 15.694
Impostos e Contribuições a Recolher 15 16.012 11.478
Empréstimos de Empresas Ligadas 18 383 5.565
Provisões para Contingências 20 1.759 1.681
Total do Passivo Não Circulante
96.108 34.418Patrimônio Líquido
Capital Social 21 97.426 39.926
Reservas de Lucros 48.23533.762
Total do Patrimônio Líquido
131.188 88.161Total do Passivo
369.599 269.274-Demonstrações de Resultados
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
Nota
31/12/2009
31/12/2008
Receita Operacional Bruta
701.894 589.956Deduções e Impostos sobre Vendas (74.516) (62.562)
Receita Operacional Líquida
627.378 527.394Custos dos Produtos e Serviços (494.759) (422.580)
Lucro Bruto
132.619 104.814Receitas [Despesas] Operacionais
(89.901) (61.072)Administrativas e Gerais (39.355) (34.354)
Depreciações e Amortizações (868) (729)
Despesas com Vendas (6.148) (203)
Despesas Financeiras 23 (43.817) (33.878)
Receitas Financeiras 23 7.799 6.495
Outras Receitas e Despesas Operacionais 24 (9.475) (4.282)
Resultado da Equivalência Patrimonial 1.963 5.879
Resultado Operacional
42.718 43.742Outras Receitas (Despesas) 806 (38)
Lucro Antes da Provisão para Contribuição
Social e Imposto de Renda
43.524 43.704Provisão para Contribuição Social (3.620) (3.232)
Provisão para Imposto de Renda (9.841) (8.741)
Lucro Líquido do Exercício
30.063 31.731 Quantidade de ações ao final do exercício 60.425.526 39.925.526IESA ÓLEO & GÁS S/A
C.N.P.J. M.F - Nº 07.248.576/0001-11
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008
(Em milhares de reais)Lucros
Capital Retenção de á disposição Lucros
Social Legal Lucros da Assembléia Acumulados Total Saldos em 31 de Dezembro de 2007 39.926 1.139 8.251 7.114 - 56.430
Retenção de Lucros para Manutenção de Capital de Giro - - 7.114 (7.114) -
-Lucro Líquido do Exercício - - - - 31.731 31.731
Proposta da Administração de Destinação do Lucro:
Transferência para Reserva Legal - 1.586 - - (1.586) Lucros á disposição da Assembléia - - - 30.145 (30.145)
-Saldos em 31 de Dezembro de 2008 39.926 2.725 15.365 30.145 - 88.161
Aumento de Capital:
Conforme 12ª Assembléia Geral Extraordinária de 27/04/2009 37.000 - (37.000) - - Conforme 14ª Assembléia Geral Extraordinária de 17/12/2009 20.500 - - - - 20.500 Retenção de Lucros para Manutenção de Capital de Giro - 22.609 (22.609) - -Dividendos exercício 2008 - - - (7.536) - (7.536) Lucro Líquido do Exercício - - - - 30.063 30.063 Proposta da Administração de Destinação do Lucro:
Transferência para Reserva Legal - 1.503 - - (1.503) Lucros á disposição da Assembléia - - - 28.560 (28.560)
-Saldos em 31 de Dezembro de 2009 97.426 4.228 974 28.560 - 131.188 Reservas de Lucros
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008
(Em milhares de reais)
31/12/2009 31/12/2008
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido do período 30.063 31.731
Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentes
Depreciações e amortizações 868 987 Ganho na alienação de permanente (1.357) (1.659) Perda na alienação de permanente 316 1.508 Equivalência patrimonial (1.963) (5.879) Variações monetarias e cambiais 29.267 25.632 Impostos diferidos (372) 8.957 Provisões (Reversões) 1.548 27.880
Lucro Líquido do exercício ajustado 58.370 89.157 (Aumento) redução no ativo:
Clientes (41.250) (8.958) Estoques 23.853 (10.615) Créditos de impostos (1.543) (3.541) Despesas antecipadas (1.638) (661) Outros créditos (751) 770 (21.329) (23.005) Aumento (redução) no passivo
Fornecedores 9 1.894 Obrigações sociais (1.755) (246) Impostos e contribuições a recolher 5.819 (9.167) Adiantamentos sobre encomendas (1.665) 1.815 Outras contas a pagar (513) 371
1.895
(5.333) CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 38.936 60.819 ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Títulos e valores mobiliários (76.693) -Dividendos recebidos de coligadas 3.750 7.657 Aquisições de novos investimentos - (4) Pagamento pela compra imobilizado (2.731) (3.854) Recebimento pela venda investimento 543 -Recebimento pela venda imobilizado - 1.659
(75.131)
5.458 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Recebimento pela emissão de ações 20.500 -Pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio (6.632) (2.040) Captação de financiamentos e empréstimos 243.623 182.151 Amortização de financiamentos e empréstimos - principal (180.499) (180.533) Amortização de financiamentos e empréstimos - juros (33.653) (23.549) Operações de mútuos com empresas ligadas, líquidos (5.260) (10.463)
38.079
(34.434) AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAIXA E EQUIVALENTES 1.884 31.843
Saldo inicial do caixa e equivalentes 50.008 18.165 Saldo final do caixa e equivalentes 51.892 50.008
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Demonstração do Valor Adicionado
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008
(Em milhares de reais)31/12/2009 31/12/2008
RECEITAS 702.472 589.650
Venda de mercadorias, produtos e serviços 701.894 589.688 Outras receitas (despesas) 805 (38) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (227)
-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (330.330) (267.885)
Custos dos produtos, mercadorias e serviços vendidos (203.923) (178.382) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (126.407) (89.503)
VALOR ADICIONADO BRUTO 372.142 321.765
Depreciação e Amortização (868) (1.415)
VALOR ADICIONADO LIQUIDO 371.274 320.350
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 9.762 12.373
Resultado de Equivalência Patrimonial 1.963 5.878
Receitas Financeiras 7.799 6.495
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 381.036 332.723
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
PESSOAL 216.673 193.595
Salários e encargos 202.818 172.800
Benefícios 11.092 14.748
FGTS 2.763 6.047
IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES 87.413 70.644
Federais 48.648 41.776
Estaduais 22.350 14.911
Municipais 16.415 13.957
REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS 46.887 36.752
Juros 43.817 33.877
Alugueis 3.070 2.875
REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS 30.063 31.732
Lucros Retidos - 30.145
Lucros à Disposição da Assembléia 30.063 1.587
VALOR ADICIONADO TOTAL DISTRIBUÍDO 381.036 332.723
(Em milhares de reais)
1. Contexto Operacional
A Companhia tem como atividade preponderante a prestação de serviços e o fornecimento de materiais para as indústrias de petróleo, gás, química e petroquímica, visando fornecer soluções completas através de projetos EPC (Engineering, Procurement and Construction), desenvolvendo desde os estudos e projetos de engenharia e consultoria até a execução de serviços de manutenção, construção, montagem e assistência técnica.
Estas demonstrações financeiras são apresentadas em Reais que é a moeda principal das operações no ambiente em que a Companhia atua, e representa a posição patrimonial e financeira da Companhia em 31 de dezembro de 2009, o resultado de suas operações realizadas entre 1º de janeiro e 31 dezembro de 2009, as mutações do seu patrimônio líquido e os fluxos de caixa referentes ao exercício findo naquela data.
2. Bases de Preparação das Demonstrações Financeiras
As demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 foram elaboradas de acordo com as novas práticas contábeis adotadas no Brasil, com atendimento integral da Lei nº 11.638/07 e da Lei n.º 11.941/09, e pronunciamentos emitidos pelo CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis e aprovados pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade e pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, exigidos no período destas demonstrações.
Durante 2009 foram emitidos 26 novos Pronunciamentos Técnicos (CPCS) e 12 interpretações Técnicas (ICPCs) pelo CPC, aprovados por Deliberações da CVM, para aplicação mandatória a partir de 2010. Os CPCs e ICPCs que poderão ser aplicáveis à Companhia, considerando-se suas operações são:
CPC Título
16 Estoques
17 Contratos de Construção
18 Investimentos em Coligadas
20 Custos de Empréstimos
22 Informações por Segmento
23 Política Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erros
24 Evento Subsequente
25 Provisão e Passivo e Ativo Contingentes
26 Apresentação das Demonstrações Contábeis
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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
31 Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada
32 Tributos sobre o Lucro
37 Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade
38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
39 Instrumentos Financeiros: Apresentação
40 Instrumentos Financeiros: Evidenciação
43 Adoção Inicial dos Procedimentos Técnicos CPC 15 a 40
ICPC Título
10 Esclarecimentos sobre os Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo
Imobilizado e CPC 28 – Propriedades para Investimento
3. Resumo das Principais Práticas Contábeis Adotadas
a) Classificação de Itens Circulantes e Não Circulantes
No Balanço Patrimonial, ativos e obrigações vincendas ou com expectativa de realização dentro dos próximos 12 meses são classificados como itens circulantes e aqueles com vencimento ou com expectativa de realização superior a 12 meses são classificados como itens não circulantes.
b) Compensações entre Contas
Como regra geral, nas demonstrações financeiras, nem ativos e passivos, ou receitas e despesas são compensados entre si, exceto quando a compensação é requerida ou permitida por um pronunciamento ou norma brasileira de contabilidade e esta compensação reflete a essência da transação.
c) Transações em Moedas Estrangeiras
Os itens nestas demonstrações financeiras são mensurados em moeda funcional Real (R$) que é a moeda do principal ambiente econômico em que Companhia atua e na qual é realizada a maioria de suas transações, e são apresentados nesta mesma moeda.
Transações em outras moedas são convertidas para a moeda funcional conforme determinações do CPC 02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. Os itens financeiros são convertidos pelas taxas de fechamento e os itens não-financeiros pelas taxas da data da transação.
(Em milhares de reais)
d) Apuração do Resultado
O resultado é apurado pelo regime de competência dos exercícios e inclui o reconhecimento do resultado dos contratos de construção por empreitada e fornecimentos, calculados pelos percentuais de estágios da execução dos projetos com base na relação existente entre a receita estimada atualizada e os custos orçados estimados e os custos incorridos, de acordo com as regras aplicáveis das Normas e Práticas de Contabilidade (NPC) nº. 17 do IBRACON. As despesas e custos são reconhecidos quando há a redução de um ativo ou o registro de um passivo, e podem ser razoavelmente mensurados.
e) Valor Recuperável de Ativos (“Impairment”)
O imobilizado e outros ativos não circulantes são submetidos ao teste de recuperabilidade para se identificar perdas por “impairment” anualmente ou quando eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. A perda por “impairment” é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa o valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo.
f) Caixa e Equivalentes de Caixa
São classificados como caixa e equivalentes de caixa: numerário em espécie, depósitos bancários disponíveis e aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
g) Instrumentos Financeiros
Os ativos financeiros adquiridos principalmente com a finalidade de utilização no curto prazo, gerenciados em conjunto e para os quais existe evidência de padrão recente de realização de lucros a curto prazo, são mensurados aos valores justo lançado em conta de resultado.
Os ativos financeiros mantidos até o vencimento são aplicações não derivativas com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos e para os quais a entidade tem intenção positiva e capacidade de manter até o vencimento. São mensurados pelo custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, lançado em conta de resultado.
IESA ÓLEO & GÁS S.A.
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
h) Contas a Receber
As contas a receber estão registradas pelo valor de emissão atualizado conforme disposições legais ou contratuais ajustado ao valor provável de realização quando este for inferior. Os valores vincendos estão ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que refletem as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos destes ativos, e os valores vencidos deduzidos por provisão para perdas conhecidas ou estimadas.
A provisão para créditos duvidosos quando aplicável, será constituída sobre os valores vencidos há mais de 180 dias.
i) Estoques
Os estoques são demonstrados ao custo de aquisição dos serviços em andamento, líquidos dos impostos recuperados e não superam os preços de mercado.
j) Outros Ativos
Os demais ativos estão apresentados ao custo de aquisição atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização.
k) Investimentos
Os investimentos em empresas coligadas são ajustados pelo método da equivalência patrimonial.
l) Imobilizado
Demonstrado ao custo de aquisição, reduzido ao seu valor recuperável quando aplicável. O imobilizado é submetido ao teste de recuperabilidade quando há indícios internos ou externos de que pode estar desvalorizado.
A depreciação foi calculada pelo método linear, às taxas que levam em consideração o tempo de vida útil- econômica dos bens.
(Em milhares de reais)
m) Intangível
Os ativos intangíveis com vida útil indefinida a partir de 1º de janeiro de 2009 não são mais amortizados e são submetidos anualmente ao teste de recuperabilidade.
Os ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada e são submetidos ao teste de recuperabilidade quando há indícios internos ou externos de que podem estar desvalorizados.
n) Passivos Circulante e Não Circulante
Os passivos estão registrados pelo seu valor estimado de realização, ajustados a valor presente quando aplicável, com base em taxas de desconto que refletem as melhores avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos destes passivos, e acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas, em base “pro-rata dia”.
o) Imposto de Renda e Contribuição Social
Apurados pelo lucro real à razão de 15% sobre o Lucro Tributável e adicional de 10% para imposto de renda, e de 9% para contribuição social.
p) Julgamento e Uso de Estimativas Contábeis
A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a administração da Companhia se baseie em estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos e passivos, receitas e despesas, bem como a divulgação de informações sobre dados das suas demonstrações financeiras. Os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subseqüentes, podem diferir dessas estimativas.
A política contábil que requer um maior grau de julgamento e uso de estimativas, na preparação das demonstrações financeiras está relacionada aos passivos contingentes que são provisionados de acordo com a expectativa de êxito, obtida e mensurada em conjunto a assessoria jurídica da Companhia. Outros itens significativos, sujeitos a estas estimativas e premissas, incluem o
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Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
aos contratos com clientes os quais são apropriados com base no avanço físico das obras. A Companhia revisa as estimativas e premissas pelo menos trimestralmente e/ou anualmente.
q) Lucro por Ação
Calculado com base na quantidade de ações existentes na data do encerramento dos balanços.
4. Caixa e Equivalentes de Caixa
31/12/2009 31/12/2008
Caixa e bancos 14.671 41.316
Aplicações financeiras 37.211 8.692
51.892 50.008
Caixa e equivalentes incluem caixa, contas bancárias nacionais e aplicações financeiras estruturadas em CDBs remunerados por taxas que variam entre 100,0% a 102,0% do Certificado de Depósito Interbancário – CDI.
5. Clientes
31/12/2009 31/12/2008
Contas a receber de clientes faturados 16.408 9.416
Créditos com consórcios (a) 113.640 68.761
Contas a receber de clientes a faturar (b) 17.862 9.021
Cambiais descontadas (19.462)
-128.448 87.198 a) Créditos com consórcios representam valores a receber referente aos
resultados gerados nos empreendimentos em que a Companhia participa, com outros parceiros, em contratos EPC (Engenharia, Fornecimento de Equipamentos e Construção) nos segmentos plataformas, refinarias e plantas de gás. A realização destes valores ocorre da seguinte forma: mensalmente os Consórcios pagam às empresas consorciadas uma taxa de administração central e periodicamente é feito uma distribuição de resultado. Abaixo segue o
(Em milhares de reais) Consorcios % Participação Resultado Acumulado Resultado Distribuido Saldo a Receber Consórcio QI - Reduc HDS 35 56.052 (31.532) 24.520 Consórcio QI - Reduc Plangás 35 93.803 (32.960) 60.843 Consórcio QI - Revap 35 20.288 (5.672) 14.616 Consórcio UTGCA - Caraguatatuba 17,5 22.926 (11.664) 11.262 Consórcio Odebei - Cabiúnas 15 28.972 (27.450) 1.522 Consórcio Marlim Leste 15 (27.336)28.213 877
250.254
(136.614) 113.640
b) O saldo de contas a receber de clientes a faturar refere-se a contratos onde as
parcelas são reconhecidas por regime de competência conforme a evolução física da obra. Este procedimento não altera os prazos de recebimento estabelecidos nos contratos com os clientes, que acompanham cronogramas de evoluções de gastos.
6. Estoques
31/12/2009 31/12/2008
Em Elaboração 47.430 75.188
Adiantamentos a fornecedores nacionais 4.911 1.006
52.341 76.194
O saldo de estoques em elaboração refere-se a custos de obras em andamento que foram suportados pela Companhia e que ainda não foram medidos ou cobrados dos clientes; a realização destes valores está condicionada ao cumprimento de etapas de serviços que serão faturados aos clientes ao longo da execução dos projetos (obras).
7. Créditos de Impostos
31/12/2009 31/12/2008
Saldo Negativo IRPJ e CSLL 2.117 1.399
PIS e COFINS a Compensar 2.387 7.912
PIS e COFINS Retenção na Fonte (a) 7.479 1.190
ICMS a Compensar 112 51
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Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
a) A Companhia está pleiteando junto ao fisco federal a restituição de parte do
valor de Pis e Cofins Retidos na Fonte, de acordo com o que determina o Art. 5º da Lei 11.727/2008.
8. Bens Destinados a Venda
A Companhia disponibilizou para alienação o imóvel de sua propriedade em Magé, Estado do Rio de Janeiro. A alienação deste imóvel faz parte do plano da diretoria em disponibilizar à venda ativos ociosos à sua operação.
9. Títulos e Valores Mobiliários
Referem-se a direitos de créditos oriundos de títulos vencidos da Dívida Externa Brasileira, autenticados pelo Tesouro Nacional sob apólices n.ºs 11067 e 11070, que foram transferidos pela controladora IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S.A. para liquidação de seu saldo devedor decorrente de operações de mútuo entre as empresas. Tais direitos foram transferidos pelo valor de face atualizado dos correspondentes títulos, apurados com base em laudo de especialistas. A controladora está pleiteando em vias judiciais o direito de utilização desses títulos na compensação de tributos e contribuições federais, inclusive os de natureza previdenciária, onde já obteve êxito nos tribunais em 1º instância.
10. Investimentos
31/12/2009 31/12/2008
Participações em empresas coligadas 3.284 6.422
( - ) Dividendos distribuídos de 2009 (573) (1.740)
2.711 4.682
O saldo de participações em empresas coligadas refere-se, principalmente, a 13,25% (15% em 31/12/2008) de participação no capital social da QUIP S.A., empresa constituída juntamente com Queiroz Galvão e Ultratec para construção, montagem e integração de plataformas de extração de óleo e gás natural. A IESA Óleo & Gás alienou, no decorrer do quarto trimestre de 2009, 1,75% de sua participação para a Camargo Correa Naval Participações Ltda. Tal alienação é parte de uma reestruturação societária ocorrida na QUIP para adequar a
(Em milhares de reais)
• Informações sobre a QUIP S.A.
31/12/2009 31/12/2008 Capital social 3.000 3.000 Patrimônio líquido 11.656 24.777 Resultado do período 8.056 32.777 % de participação 13,25 15,00 11. Imobilizado
% Deprec. Liquido Liquido
Deprec. Custo Acumulada 31/12/2009 31/12/2008
Terrenos - 4.400 - 4.400 4.400 Edificações e Instalações 4 e 10 11.696 (1.523) 10.173 9.111 Equipamentos e máquinas industriais 10 e 20 966 (332) 634 617 Equipamentos e móveis de escritório 10 1.182 (321) 861 853 Equipamentos de informática 20 1.475 (738) 737 792 19.719 (2.914) 16.805 15.773
A depreciação do período totalizou R$ 954 desse montante R$ 86 foram alocados aos custos das obras (projetos) e R$ 868 às despesas operacionais e administrativas (em 31/12/2008, R$ 956, R$ 227 e R$ 729, respectivamente).
12. Intangível
31/12/2009 31/12/2008
Acervo Técnico (a) 11.153 11.153
Direitos de Uso de Software 242 156
Implantação de novos processos 601
-(-) Amortização Acumulada (37) (49)
11.959 11.260
(a) Refere-se ao acervo técnico da divisão de Óleo & Gás, representado por obras
transferidas pela controladora IESA – Projetos, Equipamentos e Montagens S.A., através de Laudo de Avaliação emitido em 31 de maio de 2005.
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Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
13. Financiamentos e Empréstimos
Moeda Nacional: 31/12/2009 31/12/2008 Capital de Giro
Juros efetivos de 0,50 a 1,50% e variação CDI 162.085 94.620
Moeda Estrangeira:
Capital de Giro
Juros linear de 3,15% a.a. + Libor 180 dias
- 8.960
162.085 103.580
( - ) curto prazo (84.131) (87.886)
longo prazo 77.954 15.694
Todos os contratos junto às instituições financeiras estão garantidos por cessão de direitos creditórios sobre contratos de clientes e notas promissórias e avais de diretores e/ou da controladora.
A amortização segue o seguinte escalonamento:
31/12/2009 31/12/2008 2009 - 87.886 2010 84.131 15.694 2011 44.552 -2012 32.139 -2013 1.263 -162.085 103.580 14. Obrigações Sociais 31/12/2009 31/12/2008 Salários a pagar 1.655 1.633 INSS 1.073 2.977 FGTS 381 601 IRRF Empregados 992 749
Provisões de Férias e Encargos 6.440 6.180
Outros 14 47
(Em milhares de reais)
15. Impostos e Contribuições a Recolher
31/12/2009 31/12/2008
Impostos e Contribuições Diferidos (a) 11.108 11.478
Parcelamento Especial Lei 11.941/09 (b) 847
-INSS Parcelamento 6.241 4.503
IRPJ e CSLL a Recolher 5.011
-ISS Parcelamento - 1.202
PIS e COFINS a Recolher 18 712
Impostos e Contribuições retidos na fonte 154 132
Outros 403 307
23.782 18.334
( - ) Curto prazo (7.770) (6.856)
Longo prazo 16.012 11.478
a) Impostos e Contribuições diferidos correspondem a receitas não recebidas de
contratos firmados com empresas do poder público, conforme permite o art. 409 do Regulamento do Imposto de Renda de 1999, combinado com o Art. 7º da Lei 9.718/1998.
b) Atendendo os benefícios estabelecidos pelo Parcelamento Especial da Lei
11.941 de 27 de maio de 2009 a Companhia solicitou o parcelamento de dívidas previdenciárias e saldo de parcelamentos ordinários vencidos até 30/11/2008, e está aguardando o comunicado da Receita Federal para a consolidação destes débitos, sendo que os efeitos das reduções de multas e juros, que totalizaram R$ 859, já foram reconhecidos nestas demonstrações financeiras.
16. Provisão de Custos e Encargos
Refere-se a materiais recebidos ou conclusão de etapas de serviços contratados que ainda não foram faturados pelos fornecedores.
17. Adiantamentos sobre Encomendas
Adiantamentos ou sinais recebidos por conta de venda de produtos ou serviços que são consignados como obrigações até a contabilização da venda.
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Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
18. Transações com Partes Relacionadas
As transações com partes relacionadas foram realizadas a valores e prazos usuais de mercado. Os saldos das principais operações estão assim demonstrados em 31/12/2009. Descrição IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S.A. (controladora) QUIP S.A. (Coligada) Ativo Circulante Contas a Receber 381 63 Passivo Circulante Fornecedores 889 -
Passivo Não Circulante
Mútuo - 383
19. Remuneração do Pessoal-Chave da Administração
Conforme determina o CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas, a Companhia informa que no ano de 2009 foram gastos R$ 3.966 entre remuneração e benefícios atribuídos aos seus diretores.
20. Provisões para Contingências
31/12/2009 31/12/2008
Processos Tributários 342 342
Processos Trabalhistas 1.417 1.339
1.759 1.681
A Companhia mantém provisões para contingências diversas, avaliadas pelo risco provável pelos assessores jurídicos externos e prevê que as provisões constituídas são suficientes para cobrir prováveis perdas em processos judiciais.
(Em milhares de reais)
21. Patrimônio Líquido a) Capital Social
O Capital Social integralizado é de R$ 97.426 representados por 60.425.526 (sessenta milhões, quatrocentos e vinte e cinco mil, quinhentos e vinte e seis) ações ordinárias nominativas, com direito a voto, indivisíveis em relação ao capital e sem valor nominal.
Neste exercício ocorreram as seguintes capitalizações no capital social da sociedade: (i) capitalização por aproveitamento de parte do saldo da conta de Reserva de Retenção de Lucros no valor de R$ 37.000 e sem emissão de novas ações, deliberada através da 12º AGE de 27 de abril de 2009; e (ii) capitalização por conta de emissão de 22.942.219 (vinte e dois milhões, novecentos e quarenta e dois mil, duzentos e dezenove) ações ordinárias ao valor unitário de R$ 1,00 (um real), onde a acionista controladora, IESA Projetos, Equipamentos e Montagens S/A, subscreveu o montante de R$ 20.500 representadas por 20.500.000 (vinte milhões e quinhentas mil) ações ordinárias, sendo o saldo remanescente a integralizar em até 45 dias a partir de 17 de dezembro de 2009, data da 14º AGE que deliberou sobre o aumento de capital.
b) Dividendos
A política de distribuição de dividendos está estabelecida na letra “b” do artigo 20 do Estatuto Social, de 50% no mínimo do lucro líquido ajustado na forma do artigo 202 da Lei 6.404/76.
Em Assembléia Geral Ordinária realizada em 27 de abril de 2009, os acionistas deliberaram sobre a destinação do lucro relativo ao exercício de 2008, sendo R$ 7.536 distribuídos como dividendos e R$ 22.609 destinados para Reserva de Lucros para manutenção do capital de giro da companhia, conforme necessidade apresentada através do orçamento de capital.
c) Proposta de Destinação do Lucro de 2009
Do lucro líquido apurado neste exercício a diretoria destinou 5% para a conta de Reserva Legal conforme determina o Art. 193 da Lei 6.404/76 e o saldo remanescente à disposição para os acionistas deliberarem a sua destinação.
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Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
22. Ajuste a Valor Presente
A Companhia calculou o ajuste a valor presente com base nos títulos a receber/ a pagar apresentados nos saldos em aberto de cada grupo de contas de ativos e passivos monetários, assim como, aplicou as taxas de desconto com base nas premissas de mercado existentes na data de transição. Os itens que compõe cada um dos grupos de contas que foram objeto do cálculo global possuem características uniformes. Dado aos valores imateriais, a Companhia não procedeu ajustes nas demonstrações financeiras.
23. Resultado Financeiro
31/12/2009 31/12/2008
Despesas bancárias (2.546) (2.032)
Juros sobre empréstimos e mútuos com
ligadas (36.332) (25.444)
Juros sobre outros passivos (2.863) (2.589)
Variação cambial passiva (2.076) (3.813)
Total Despesa Financeira (43.817) (33.878)
Juros sobre aplicações financeiras 3.862 4.149
Juros sobre outros ativos 458 192
Descontos auferidos 120 235
Variação cambial ativa 3.359 1.919
Total Receita Financeira 7.799 6.495 Resultado Financeiro Líquido (36.018) (27.383)
24. Outras Receitas e Despesas Operacionais
31/12/2009 31/12/2008
Provisão para Perdas e Contingências (4.861) (2.085)
Estorno de Créditos Pis e Cofins (3.257)
-Despesas com IOF (2.941) (1.821)
Outras Despesas Tributárias (38) (420)
Ganhos Parcelamento Lei 11.941/2009 859
-Reversões de provisões 763 44
(Em milhares de reais)
25. Valor Recuperável de Ativos - Impairment
Anualmente e quando houver indicação que uma perda foi sofrida, a Companhia realiza o teste de recuperabilidade dos saldos contábeis de ativos intangíveis, imobilizado e outros ativos não-circulantes, para determinar se estes ativos sofreram perdas por “impairment”. Estes testes são realizados de acordo com o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, baseado em seu valor em uso (valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera obter com o bem). Em 31/12/2009 a Companhia realizou o teste de recuperabilidade para o ativo intangível de vida útil indefinida e bens imóveis destinados a venda, sendo que não foram identificadas perdas por “impairment”.
26. Instrumentos Financeiros
Em atendimento a Deliberação CVM n.º 566, de 17 de novembro de 2008, que aprovou o CPC N.º 14, e a Instrução CVM 475, de 17 de dezembro de 2008, a Companhia revisou os principais instrumentos financeiros ativos e passivos em 31 de dezembro de 2009, bem como os critérios para a sua valorização, avaliação, classificação e os riscos a eles relacionados, evidenciados abaixo:
(a) Recebíveis: São classificados como recebíveis os valores de caixa e
equivalente de caixa, contas a receber e outros ativos circulantes, cujos valores registrados aproximam-se, na data do balanço, aos de realização.
(b) Aplicações financeiras: Estão estruturadas em CDB´s, conforme divulgado
na nota explicativa n.º 04 e corrigidas em base exponencial “pro rata die”, desde a data origem de cada aplicação, por taxas pós-fixadas, portanto os valores contábeis já estão registrados pelo valor da moeda no encerramento destas demonstrações.
(c) Títulos e Valores Mobiliários: representados por títulos vencidos da Dívida
Externa Brasileira, registrados pelo valor de face atualizado com base em Laudo de Especialistas, sendo que o valor de mercado não há como determinar, podendo ser igual ao valor contábil, se houver decisão favorável à controladora para utilização na compensação de impostos e contribuições federais, conforme descrito na nota explicativa n.º 9.
IESA ÓLEO & GÁS S.A.
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 (Em milhares de reais)
(e) Outros passivos financeiros: São classificados neste grupo os
empréstimos e financiamentos, os saldos mantidos com fornecedores e outros passivos circulantes. Os empréstimos e financiamentos não são indexados por taxas subsidiadas, todas as operações possuem taxas que são consideradas taxas de mercado.
(f) Gerenciamentos de riscos de instrumentos financeiros: A Companhia
realiza o gerenciamento a exposição aos riscos de taxas, câmbio, crédito e liquidez em suas operações com instrumentos financeiros dentro de uma política de seus negócios.
• Risco de taxas de juros
O objetivo da política de gerenciamento de taxas de juros é de minimizar os possíveis impactos por conta das flutuações das taxas de juros indexadas aos seus instrumentos financeiros. Para isso a Companhia adota a estratégia de diversificar suas operações, lastreando seus instrumentos financeiros em taxas fixas e variáveis.
A Companhia efetuou teste de sensibilidade para cenários adversos, deteriorando as taxas variáveis (CDI) em até 25% (Julgamento da Administração), que resultaria um aumento das despesas financeiras no montante aproximado de R$ 1.307.
• Riscos de taxas de câmbio
A Companhia não está exposta ao risco da taxa de câmbio, pois em seu único contrato de venda indexado a moeda estrangeira (Dólar), existe uma taxa de cambio contratual determinada, o que faz que esta operação não fique exposta ao risco da flutuação cambial.
• Riscos de crédito e formação de preço
A característica dos serviços e fornecimentos executados pela IESA Óleo & Gás S.A. é de grandes empreendimentos, sendo que a maioria tem etapas de construção de médio e longo prazo e são pagos na medida em que vão sendo executados, reduzindo, desta forma, os riscos de créditos. Todos os preços são reajustados anualmente, conforme fórmula contratual.
***** DIRETORIA EXECUTIVA: