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SUMÁRIO Portaria DAEE 1.630, de DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 08, de 30/05/

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SUMÁRIO

Portaria DAEE 1.630, de 30-05-2017 - DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA

ELÉTRICA ... 3

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 08, de 30/05/2017 ... 21

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-A ... 30

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-B ... 35

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-C ... 37

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09, DE 30/05/2017 ... 38

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-A ... 52

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-B ... 56

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09ANEXO 9-C ... 59

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-D ... 62

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-E ... 66

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-F ... 69

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-G ... 72

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9 H ... 75

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-I ... 78

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-J ... 82

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-K ... 85

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-L ... 88

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-M ... 91

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-N ... 94

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09 ANEXO 9-O ... 98

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10, DE 30/05/2017 ... 98

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-A ... 126

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-B ... 130

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-D ... 137

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-E ... 140

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-F ... 142

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-G ... 147

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 10 ANEXO 10-H ... 151

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 11, DE 30/05/2017 ... 152

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 12, DE 30/05/2017 ... 166

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 12 ANEXO 12-A ... 174

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 12ANEXO 12-B ... 181

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 13, de 30/05/2017 ... 184

INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 13 ANEXO ... 194

DECISÃO NORMATIVA Nº 059, DE 09 MAIO 1997. ... 197

Resolução Conjunta SMA/SERHS nº 1 , de 23 de Fevereiro de 2005 ... 199

Resolução SES/SERHS/SMA n.º 3, de 21 de junho de 2006 ... 205

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Saneamento e Recursos Hídricos

Portaria DAEE 1.630, de 30-05-2017 -

DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA

Dispõe sobre procedimentos de natureza técnica e administrativa para obtenção de manifestação e outorga de direito de uso e de interferência em recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo

O Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica- DAEE, com fundamento no artigo 11, incisos I e XVI, do regulamento aprovado pelo Decreto Estadual 52.636, de 03-02-1971,

RESOLVE:

Art. 1º - Aprovar os procedimentos de natureza técnica e administrativa a serem observados para obtenção de outorgas de direito de uso e de interferência em recursos hídricos de domínio do Estado de São Paulo ou sua dispensa; bem como da manifestação sobre a implantação de empreendimentos que demandem usos e interferências nesses recursos hídricos e para obtenção de licenças de execução de poços.

§ 1º - A outorga se limita ao uso ou à interferência no recurso hídrico e não compreende a aprovação das obras civis correspondentes, as quais devem ter a responsabilidade técnica de profissional habilitado.

§ 2º - A implantação de empreendimentos, a execução de poços e os usos e interferências em recursos hídricos no Estado de São Paulo dependem de exame e manifestação prévia do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo - DAEE.

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CAPÍTULO I Disposições Gerais

SEÇÃO I Das Definições

Art. 2º - Para efeito desta Portaria e de sua regulamentação complementar, considera-se: EMPREENDIMENTO: toda ação (obra, serviço ou conjunto de obras e serviços) desenvolvida por pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que tem por objetivo oferecer bens ou serviços;

INTERFERÊNCIA EM RECURSOS HÍDRICOS: qualquer ação direta em corpos hídricos, superficiais ou subterrâneos, por meio de obras ou serviços, que causem a alteração de seu regime, qualidade ou quantidade, destacadamente nas condições de escoamento ou na modificação do fluxo das águas;

OUTORGA: ato administrativo, que pode ser por meio de autorização, de concessão ou de licença, com prazo determinado, mediante o qual o DAEE defere a utilização ou interferência em recursos hídricos, após solicitação formal do requerente, nos termos e nas condições expressas em Portaria específica, considerando aspectos técnicos e legais previstos em regulamento;

REQUERENTE: pessoa física ou jurídica, de direito privado ou público, que solicita ao DAEE, por meio de procedimentos definidos, manifestação sobre a implantação de empreendimentos, licenças, cadastros, ou outorgas de direito de uso ou de interferência nos recursos hídricos;

USO DE RECURSOS HÍDRICOS: qualquer forma de emprego da água, subterrânea ou superficial, para atendimento às primeiras necessidades da vida, para a dessedentação animal ou para fins de abastecimento urbano, industrial, agrícola e outros, bem como o lançamento de efluentes nos corpos d’água;

USUÁRIO: pessoa física ou jurídica de direto público ou privado, com outorga ou cadastro emitido pelo DAEE.

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SEÇÃO II

Das Condições e dos Critérios de Outorga

Art. 3º - As outorgas serão emitidas por meio de Portaria do Superintendente do DAEE, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Art. 4º - A outorga não implica alienação total ou parcial das águas, que são inalienáveis.

Art. 5º - A outorga confere o direito de uso e de interferência nos recursos hídricos e condiciona-se à disponibilidade hídrica e ao regime de racionamento, estando sujeito o outorgado à suspensão da outorga.

Art. 6º - Estão sujeitos à outorga os usos e as interferências a serem implantados, a regularização de existentes e a alteração ou renovação dos já outorgados.

Parágrafo único. Os usos e as interferências dispensados de outorga estão obrigados ao respectivo cadastro, exceto para os casos previstos nesta e em demais portarias e normas do DAEE.

Art. 7º - O usuário é obrigado a respeitar direitos de terceiros.

Art. 8º - Para obtenção de outorga de direito de uso ou de interferência em recursos hídricos, o requerente deve observar o disposto na legislação de recursos hídricos, no regulamento do DAEE, na legislação ambiental pertinente e em normas específicas, editadas pelo DAEE junto com outras entidades.

Art. 9º - Serão consideradas na análise e emissão das outorgas para usos de águas subterrâneas:

I - as áreas de restrição e controle estabelecidas pelo Conselho

Estadual de Recursos Hídricos - CRH;

II - as áreas contaminadas declaradas pela Companhia

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Art. 10 - A outorga estará condicionada às prioridades de uso estabelecidas nos Planos de Bacias Hidrográficas e no Plano Estadual de Recursos Hídricos e deverá respeitar a classe em que o corpo de água estiver enquadrado.

Art. 11 - Os critérios específicos para fins de isenção de outorga serão os estabelecidos na legislação e nos planos de recursos hídricos, devidamente aprovados pelos correspondentes Comitês de Bacias Hidrográficas - CBH, ou, na inexistência destes, pelo DAEE.

§ 1º - Serão considerados isentos de outorga, os usos de água e as intervenções em recursos hídricos na forma e com as finalidades descritas em regulamento do DAEE, observando-se o disposto no caput.

§ 2º - A isenção de outorga poderá ser reavaliada a qualquer momento, de acordo com os critérios estabelecidos nos planos de recursos hídricos ou, na sua ausência, pelo DAEE.

CAPÍTULO II

Das Modalidades de Outorga SEÇÃO I

Dos Enquadramentos das Outorgas

Art. 12 - Dependem de outorga:

I - a execução de obras ou serviços que possam alterar o regime, a quantidade e a qualidade de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos;

II - a execução de obras para extração de águas subterrâneas;

III - a derivação de água do seu curso ou depósito, superficial ou subterrâneo, para fins de abastecimento urbano, industrial, agrícola e outros;

IV - o lançamento de efluentes nos corpos d'água, como esgotos e demais resíduos líquidos tratados, nos termos da legislação pertinente, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final.

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§ 1º - Qualquer alteração nas condições outorgadas obriga o usuário a comunicar formalmente ao DAEE e a requerer a retificação da outorga ou regularização do uso ou interferência, conforme o caso, por meio de formulário específico.

§ 2º - A qualidade de recursos hídricos e o lançamento de efluentes, mencionados no caput, referem-se à consideração, na análise da outorga, do enquadramento dos corpos hídricos em classes de uso e das restrições e condições impostas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH) e pela CETESB.

Art. 13 - De acordo com a modalidade de outorga, a Portaria será:

I - de autorização - nos casos de direito de uso para os usuários privados e nos casos de direito de interferência para quaisquer usuários;

II - de concessão - nos casos de direito de uso, quando o fundamento da outorga for de utilidade pública; e

III - de licença - nos casos de execução de poço profundo.

Parágrafo único. As concessões, autorizações e licenças são transferíveis, desde que com consentimento e manifestação prévia, nos moldes a serem determinados em regulamento do DAEE e são emitidas a título precário, não implicando delegação do Poder Público aos seus titulares.

SEÇÃO II

Da Implantação de Empreendimento que Utilize ou Interfira em Recurso Hídrico

Art. 14 - Todo empreendimento, em fase de planejamento ou projeto, que se enquadre nas disposições do art. 9º da Lei 7.663, de 30-12-1991, deve ser precedido de requerimento com informações preliminares sobre os usos e as interferências em recursos hídricos, para fins de análise do DAEE, a ser apresentado pelo responsável legal na respectiva Diretoria de Bacia.

§ 1º - A Diretoria da Bacia onde se dará a implantação do empreendimento fará a apreciação do requerimento e das informações e, estando de acordo, emitirá, pelo

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seu Diretor, uma declaração ao interessado sobre a viabilidade da concepção dos usos e das interferências do empreendimento.

§ 2º - As informações de que trata o caput destinam-se a avaliar a vazão passível de outorga, bem como avaliar preliminarmente as interferências das obras em recursos hídricos, possibilitando ao empreendedor programar a implantação desse empreendimento e a obtenção das futuras outorgas.

§ 3º - Novos usos e interferências, ou a alteração dos existentes, decorrentes da ampliação de empreendimentos já instalados, implicam a necessidade de obtenção da declaração mencionada no caput deste artigo para essa ampliação.

§ 4º - Empreendimentos já instalados não serão objeto da declaração mencionada no caput deste artigo, cabendo a regularização dos usos e interferências existentes.

§ 5º - Os usos e interferências mencionados no caput deste artigo serão cadastrados e mantidos no banco de dados do DAEE até o prazo de vigência da declaração mencionada no §

1º deste artigo.

§ 6º - A declaração de que trata o § 1° e o cadastramento mencionado no § 5º deste artigo não conferem a seu titular o direito de uso ou de interferência de recursos hídricos.

§ 7º - As solicitações de análise para implantação de empreendimento com usos ou interferências em recursos hídricos, referentes a projetos de parcelamentos de solos e de núcleos habitacionais urbanos deverão seguir o disposto no Decreto Estadual 52.053, de 13/08/07.

SEÇÃO III

Das Obras e Serviços que Interfiram nos Recursos Hídricos

Art. 15 - A execução de obras ou serviços que possam influenciar ou alterar o regime, a quantidade ou a qualidade dos recursos hídricos, superficiais ou

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subterrâneos, dependerá de manifestação do DAEE, por meio de outorga de autorização.

§ 1º - A autorização de que trata o caput deste artigo não confere a seu titular o direito de uso dos recursos hídricos para aqueles usos vinculados às obras e serviços objeto da outorga.

§ 2º - As obras e serviços dispensados de outorga serão definidos conforme dispõe o Art. 11 desta Portaria.

§ 3º - O requerente deverá formalizar sua solicitação de outorga de interferência em recursos hídricos preenchendo integralmente o formulário apropriado e anexando todos os documentos especificados no regulamento do DAEE.

SEÇÃO IV

Da Licença de Obras de Extração de Águas Subterrâneas

Art. 16 - A execução de obra destinada à extração de águas subterrâneas dependerá de prévia outorga de licença de execução.

§ 1º - A licença mencionada no caput deste artigo não confere ao titular o correspondente direito de uso de recursos hídricos subterrâneos.

§ 2º - O requerente deverá formalizar sua solicitação de outorga de licença de execução para obra de extração de água subterrânea, preenchendo integralmente o formulário apropriado, anexando todos os documentos especificados no regulamento do DAEE.

§ 3° - O requerimento da licença de execução deverá ocorrer concomitante ao da respectiva outorga de direito de uso de água subterrânea.

SEÇÃO V

Do Uso de Recursos Hídricos

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I - a captação ou a derivação de água de seu curso ou depósito, superficial ou subterrâneo, para utilização no abastecimento urbano, industrial, agrícola e qualquer outra finalidade;

II - os lançamentos de água, inclusive os decorrentes de reversão de bacia, ou de efluentes nos corpos d´água, obedecidas a legislação federal e a estadual pertinentes à espécie.

§ 1º - A outorga de direito de uso dos recursos hídricos deverá considerar, na sua análise, os usos múltiplos destes.

§ 2º - O requerente deverá formalizar sua solicitação de outorga de direito de uso de recursos hídricos preenchendo integralmente o formulário, anexando todos os documentos especificados no regulamento do DAEE.

SEÇÃO VI

Dos Atos de Outorgas Emitidos com Exigências

Art. 18 - Poderá ser concedida outorga com exigências a serem cumpridas posteriormente e nos prazos assinalados.

Art. 19 - No caso do artigo anterior, poderão ser exigidas as seguintes providências, entre outras:

I - Apresentação de estudos e documentos complementares, técnicos ou administrativos, exigidos durante a análise do pedido de outorga;

II - Instalações e operação de dispositivos de monitoramento e controle;

III - Conclusão de obras e serviços em execução;

IV - Pagamento de taxas complementares decorrentes da análise do pedido de outorga;

V - Execução de obras de adequações em interferências e usos existentes, desde que o prazo de conclusão não ultrapasse 6 meses;

VI - Apresentação de relatório contendo informações a respeito de como foi realizada a obra referente à outorga emitida.

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Art. 20 - Não sendo cumpridas as exigências no prazo concedido, o usuário estará sujeito às penalidades decorrentes do uso ou execução de interferências em desacordo com a outorga.

CAPÍTULO III Das Dispensas

SEÇÃO I

Dos Empreendimentos, Usos e Interferências Isentos

Art. 21 - Ficam sujeitos à análise do DAEE, para serem considerados isentos de outorga de recursos hídricos, os seguintes usos e interferências:

I - Os definidos no § 1º, do artigo 1º, do Anexo do Decreto Estadual 41.258, de 31-10-1996:

1 - Os usos dos recursos hídricos destinados às necessidades domésticas de propriedades e de pequenos núcleos populacionais localizados no meio rural;

2 - As acumulações de volumes de água, vazões derivadas, captadas ou extraídas e os lançamentos de efluentes que, isolados ou em conjunto, por seu pequeno impacto na quantidade de água dos corpos hídricos, possam ser considerados insignificantes.

II - Aquelas intervenções que não causem alterações significativas nos recursos hídricos, definidas nesta e em outras Portarias que tratem do assunto, e em regulamento do DAEE.

§ 1º - Os critérios específicos de vazões ou acumulações de volumes de água considerados insignificantes serão estabelecidos nos planos de recursos hídricos, devidamente aprovados pelos correspondentes Comitês de Bacias Hidrográficas – CBH ou, na inexistência destes, pelo DAEE.

§ 2º - Para obtenção da dispensa de outorga o requerente deverá cumprir os procedimentos estabelecidos em regulamento pelo DAEE, que disponha acerca dos usos e interferências isentos de outorga.

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§ 3º - Os usos e interferências discriminados no caput deste artigo devem ser declarados pelo requerente, ao DAEE, no cadastro de usuários isentos de outorga.

§ 4º - Ficam dispensados de outorga, porém obrigados a se cadastrar:

a) os serviços de desassoreamento de cursos d’água;

b) os serviços de proteção de álveo;

c) as canalizações de curso d’água com seção transversal de contorno fechado, construídas até a data da vigência desta Portaria.

§ 5º - Ficam dispensados de outorga e de cadastro:

a) os usos e as interferências em recursos hídricos realizados em cursos d’água efêmeros;

b) os serviços de desassoreamento em reservatórios e de limpeza de álveos de cursos d’água e lagos;

c) os poços construídos com a finalidade de monitoramento do nível freático e de qualidade da água do aquífero;

d) poços com a finalidade de rebaixamento do lençol freático, desde que não haja aproveitamento da água decorrente do rebaixamento.

e) poços utilizados para remediação de áreas contaminadas, sem uso do recurso hídrico.

f) sistemas de captação, condução e lançamento de águas pluviais, denominados genericamente de sistemas de microdrenagem.

g) obras projetadas ou instaladas em área de várzeas, que não interfiram diretamente na calha do curso de água.

§ 6º - Ficam dispensados da obtenção da declaração de viabilidade de implantação de empreendimento:

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b) empreendimentos cujos usos e interferências, rural ou urbano, forem considerados isentos de outorga;

c) assentamentos rurais autorizados por órgãos públicos fundiários (INCRA, ITESP etc.);

d) a instalação de novas interferências ou de novos usos, para substituição de fontes de abastecimento, que não configurem ampliação dos empreendimentos já instalados.

§ 7º - Os atos administrativos referentes à declaração de dispensa de outorga e da realização do cadastro dos usos e interferências declaradas pelo usuário serão emitidos pelos Diretores de Bacia do DAEE correspondentes às bacias onde se localizem esses usos e interferências.

§ 8º - Outros usos e interferências poderão ser dispensados de outorga e de cadastro, por meio de portarias específicas do DAEE.

CAPÍTULO IV Dos Efeitos da Outorga

SEÇÃO I Das Obrigações

Art. 22 - Obriga-se o outorgado a:

I - executar ou operar as obras hidráulicas segundo as condições determinadas pelo DAEE;

II - conservar, em perfeitas condições de operacionalidade, estabilidade e segurança, as obras e os serviços;

III - responder, em nome próprio, pelos danos causados ao meio ambiente e a terceiros em decorrência da implantação, manutenção, operação ou funcionamento

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de tais obras ou serviços, bem como pelos que advenham do uso inadequado da outorga;

IV - manter a operação das estruturas hidráulicas de modo a garantir a continuidade do fluxo d´água mínimo, fixado no ato de outorga, a fim de que possam ser atendidos os usuários a jusante da obra ou serviço;

V - preservar as características físicas e químicas das águas subterrâneas, abstendo-se de alterações que possam prejudicar as condições naturais dos aquíferos ou a gestão dessas águas;

VI - instalar, manter e operar estações e equipamentos hidrométricos, conforme especificado pelo DAEE, encaminhando os dados observados e medidos, na forma preconizada nas normas de procedimento estabelecidas pelo DAEE;

VII - cumprir os prazos fixados pelo DAEE para o início e a conclusão das obras pretendidas;

VIII - repor as coisas ao seu estado anterior, de acordo com os critérios e prazos a serem estabelecidos pelo DAEE, arcando inteiramente com as despesas decorrentes.

§ 1º - O uso outorgado poderá ser dispensado da instalação prevista no inciso VI deste artigo, pela Diretoria de Bacia do DAEE correspondente ao local desse uso, quando julgar desnecessário o seu monitoramento, face às características da bacia onde ele se insere ou das instalações para o uso.

§ 2º - Ocorrendo alteração de dados administrativos do usuário detentor da outorga, mantendo-se as mesmas condições para os usos ou interferências, deverá ser requerida a retificação do ato de outorga.

Art. 23 - As obras necessárias aos usos e interferências em recursos hídricos deverão ser projetadas e executadas sob a responsabilidade de profissional devidamente habilitado, devendo qualquer alteração do projeto ser previamente comunicada ao DAEE.

Art. 24 - Quando, em razão de obras públicas, houver necessidade de adaptação das obras hidráulicas ou dos sistemas de captação e lançamento às novas

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condições, todos os custos decorrentes serão de responsabilidade plena e exclusiva do usuário, ao qual será assegurado prazo razoável para as providências pertinentes, mediante comunicação oficial do DAEE.

Art. 25 - Os atos de outorga não eximem o usuário da responsabilidade pelo cumprimento das exigências da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, no campo de suas atribuições, bem como das que venham a ser feitas por outros órgãos e entidades aos quais esteja afeta a matéria, destacadamente com relação ao Centro de Vigilância Sanitária - CVS.

Art. 26 - A desativação, a interrupção das atividades do empreendimento, a suspensão, a extinção, a perda, a desistência, a revogação das outorgas, de direito de uso ou de direito de interferência em recursos hídricos, não exime o usuário ou o requerente de responder junto ao DAEE por quaisquer passivos e infrações à legislação de recursos hídricos.

Art. 27 - As concessionárias e autorizadas de serviços públicos titulares de outorga de direito de uso ou de interferência de recursos hídricos só poderão comunicar desistência de outorga junto ao DAEE mediante manifestação do poder público concedente.

SEÇÃO II

Das Restrições e da Suspensão

Art. 28 - O aumento de demanda ou a insuficiência natural de recursos hídricos para atendimento aos usuários permitirá a suspensão temporária da outorga, ou a sua readequação, com restrição de usos, observando-se os critérios e normas estabelecidos nos Planos de Bacias e nas Deliberações do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH.

§ 1º - No caso de readequação, o DAEE deverá fixar as novas condições da outorga, reti-ratificando a portaria existente.

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§ 2º - A suspensão de usos de água também poderá ocorrer para usuários isentos de outorga, devendo ser comunicada ao usuário pelo Diretor da Diretoria de Bacia do DAEE correspondente ao local do uso.

§ 3º - Não caberão quaisquer indenizações aos usuários, por parte dos órgãos gestores, em função das alterações a que se refere o caput deste artigo.

SEÇÃO III

Da Desistência e da Transferência

Art. 29 - O usuário poderá desistir de sua outorga, devendo comunicar ao DAEE por meio de formulário próprio.

§ 1º - A desistência mencionada no caput implica obrigatoriedade de desativação do uso ou da interferência e solicitação da revogação da outorga.

§ 2º - A desativação mencionada no parágrafo anterior será dispensada caso exista novo interessado no direito do uso ou da interferência, devendo ser efetuada a transferência da outorga, se não houver alteração das características técnicas da outorga.

§ 3º - A transferência da outorga deverá ser requerida pelo novo interessado no direito de uso ou interferência, conforme dispuser o regulamento do DAEE.

SEÇÃO IV Da Revogação

Art. 30 - O ato de outorga poderá ser revogado a qualquer tempo não cabendo, ao outorgado, indenização a qualquer título e sob qualquer pretexto, nos seguintes casos:

I - quando estudos de planejamento regional de recursos hídricos ou a defesa do bem público tornarem necessária a revisão da outorga;

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II - na hipótese de descumprimento de qualquer norma legal ou regulamentar atinente à espécie;

III - por desistência da outorga, pelo usuário.

§ 1º - A revogação será obrigatória quando deixarem de existir os pressupostos legais da outorga.

§ 2º - A revogação da outorga implica a desativação ou a remoção dos usos ou interferências correspondentes.

SEÇÃO V Da Extinção

Art. 31 - As outorgas de direitos de uso dos recursos hídricos extinguem-se, sem qualquer direito de indenização, em razão das seguintes circunstâncias:

I - morte do usuário (pessoa física);

II - liquidação judicial ou extrajudicial do usuário (pessoa jurídica);

III - término do prazo de validade de outorga sem que tenha havido tempestivo pedido de renovação.

Parágrafo único. As circunstâncias que ensejam a extinção da outorga prevista nos incisos I e II deste artigo deverão ser comunicadas ao DAEE pelo sucessor legal no prazo 30 (trinta) dias.

SEÇÃO VI Da Perda

Art. 32 - Perece de pleno direito a outorga se durante 3 (três) anos consecutivos o outorgado deixar de fazer uso dos recursos hídricos ou não executar as interferências autorizadas.

SEÇÃO VII Da Renovação

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Art. 33 - A outorga poderá ser renovada, nas mesmas condições, devendo o interessado apresentar requerimento nesse sentido, até o respectivo vencimento.

§ 1º - Caso o requerimento de renovação seja protocolado após o prazo mencionado no caput, será considerado deserto ou sem efeito, podendo o usuário apresentar pedido de regularização do uso ou interferência ou novo pedido para os casos de licença de execução de poço.

§ 2º - Cumpridos os termos do caput, se até 30 (trinta) dias após a data de término de validade da outorga o DAEE não se manifestar expressamente a respeito do pedido de renovação, a outorga será renovada automaticamente.

SEÇÃO VIII

Dos Prazos de Validade das Outorgas

Art. 34 - Os atos de outorga estabelecerão, nos casos comuns, prazos máximos de validade, a saber:

I - de 1 (um) ano ou até o término das obras, para licenças de execução;

II - de 5 (cinco) anos para as autorizações;

III - de 10 (dez) anos para as concessões;

IV - de 30 (trinta) anos para as obras hidráulicas;

Parágrafo único. O DAEE, em caráter excepcional, devidamente justificado, poderá fixar prazos inferiores aos estabelecidos neste artigo.

Art. 35 - Quando estudos de planejamento regional de recursos hídricos ou a defesa do bem público tornarem necessária a revisão da outorga, poderá o DAEE

I - prorrogar o prazo estabelecido no ato de outorga;

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CAPÍTULO V

Dos Requerimentos e do Acompanhamento

Art. 36 - Para obtenção da declaração de viabilidade de implantação de empreendimento, do cadastro de usos isentos de outorga, das licenças de execução de poços e das outorgas de direito de uso ou de interferência em recursos hídricos, o requerente deverá observar as instruções quanto aos procedimentos e aos documentos necessários, que constarão em Instruções Técnicas específicas.

Art. 37 - O prazo para a análise será contado a partir da data seguinte a do protocolo do requerimento.

Art. 38 - Para acompanhar o andamento do processo em que tramita seu requerimento, o requerente deverá observar o que for estabelecido em regulamento do DAEE.

Art. 39 - O DAEE deverá responder aos requerimentos previstos na presente portaria no prazo máximo de 120 dias.

Art. 40 - Deverão ser mantidos em poder do usuário, durante todo o período de vigência da outorga e apresentados ao DAEE a qualquer momento, em fiscalização ou caso sejam solicitados, os documentos:

I - Constituídos por estudos, projetos, análises, laudos e quaisquer outros, técnicos e administrativos, não apresentados ao DAEE, que tenham sido utilizados para a instrução dos requerimentos;

II - Que se constituem em obrigação do usuário, nos termos desta Portaria e da legislação;

III - Que forem declarados, pelo usuário, como sendo de sua posse e responsabilidade de obtenção.

Art. 41 - Os requerimentos formulados nos termos da presente portaria que não sejam instruídos com todos os documentos e providências necessárias, não poderão ser protocolados.

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Art. 42 - Da contagem de prazos estabelecidos nesta Portaria, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento; se este recair em dia sem expediente, o prazo se prorrogará para o primeiro dia útil subsequente.

CAPÍTULO VI Da Fiscalização

Artigo 43 - O DAEE credenciará agentes para fiscalização e para imposição das sanções previstas na Lei Estadual 6.134, de 02.06.88, com a disciplina que lhe deu o Decreto Estadual 32.955, de 07.02.91, bem como na Lei Estadual 7.663, de 30.12.91, com a disciplina que lhe deu o Decreto Estadual 41.258, de 31-10-1996, e nas demais normas legais aplicáveis.

Artigo 44 - No exercício da ação fiscalizadora, ficam asseguradas aos agentes credenciados a entrada, a qualquer dia e hora, e a permanência pelo tempo necessário, em estabelecimentos públicos ou privados e, ainda, a possibilidade de requisitar reforço policial, em caso de necessidade.

CAPÍTULO VII Disposições Finais

Art. 45 - O usuário que possui requerimento protocolado, aguardando análise e manifestação do DAEE, poderá requerer, por escrito, o seu cancelamento e apresentar novo requerimento nos termos desta Portaria.

Art. 46 - Serão cobradas taxas para a análise e manifestação do DAEE, de acordo com o que for estabelecido em regulamento.

Art. 47 - As regulamentações mencionadas nesta portaria, sob responsabilidade do DAEE, serão efetivadas por meio de Portarias do DAEE e de Instruções Técnicas da Diretoria de Procedimentos de Outorga e Fiscalização - DPO, constantes no sítio do DAEE www.daee.sp.gov.br, item “Outorgas”.

Art. 48 - Esta portaria revoga a Portaria DAEE 717, de 12-12-1996.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO nº 08, de 30/05/2017

1. OBJETIVO

Esta Instrução Técnica DPO (IT -DPO) tem por objetivo complementar a Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, estabelecendo as condições administrativas e técnicas mínimas a serem observadas para a obtenção de Declaração sobre Viabilidade de Implantação de empreendimentos –DVI que demandem usos e interferências (obras e serviços) em recursos hídricos superficiais e subterrâneos , sob a jurisdição, a qualquer título, do Departamento de Águas e Energia Elétrica -DAEE.

2. REFERÊNCIAS

Todos os estudos e projetos devem ser desenvolvidos em estrita concordância com o Código de Águas - Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, e legislação subsequente, destacadamente as leis, estadual paulista, nº 7.663 , de 30 de dezembro de 1991, e, federal, nº 9.433, de 9 de janeiro de 1997, e seus regulamentos. Da mesma forma, devem ser observadas as demais leis e regulamentos emanados dos poderes federal e estadual, pertinentes ao uso dos recursos hídricos, destacada mente a Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017.

3. CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta IT-DPO aplica-se à implantação de empreendimentos que demandem derivação (interferências e usos) de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos.

4. DEFINIÇÕES

Para as finalidades desta e das demais IT-DPO, são adotadas definições complementares às constantes na Portaria DAEE nº1.630, de 30 de maio de 2017, conforme segue:

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ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: águas que ocorrem natural ou artificialmente no subsolo, suscetíveis de extração e utilização;

ÁGUAS SUPERFICIAIS: águas que são encontradas na superfície do solo, decorrentes de precipitações de águas atmosféricas, principalmente a chuva, que não se infiltraram, ou do afloramento de águas subterrâneas, formando nascentes (fontes, olhos d’água etc.), cursos d’água (rios, córregos, ribeirões etc.) ou depósitos (lagos, tanques, reservatórios de barragens, lagoas etc.);

ÁLVEO: superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto;

AQUÍFERO OU DEPÓSITO NA TURAL DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: solo, rocha ou sedimento permeáveis, capazes de fornecer água subterrânea, natural ou artificialmente captada;

AQUÍFERO CONFINADO: aquele situado entre duas camadas confinantes, contendo água com pressão suficiente para elevá-la acima do seu topo ou da superfície do solo;

AQUÍFERO DE ROCHAS FRATURADAS: aquele no qual a água circula por fraturas e fendas;

AUTORIZAÇÃO: ato administrativo discricionário e precário, pelo qual se faculta a prática de ato jurídico ou de atividade material, objetivando atender diretamente a interesse público ou privado, respectivamente, de entidade estatal ou de particular, que sem tal outorga seria proibida;

BARRAMENTOS: toda estrutura sólida cujo eixo principal esteja num plano que intercepte um curso d'água e respectivos terrenos marginais, alterando as suas condições naturais de escoamento, formando reservatório de água a montante;

BUEIRO: estrutura hidráulica com seção transversal com forma geométrica definida, que permite o fluxo de água de um lado a outro de um maciço, utilizado para a travessia de ruas, estradas, pedestres, ferrovias e outros;

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CADASTRO DE USOS ISENTOS DE OUTORGA (CADASTRO): declaração obrigatória do requerente, que pretende utilizar recursos hídricos em valores inferiores ou iguais aos disciplinados em regulamento, pelo DAEE;

CANALIZAÇÃO: obra que tenha por objetivo dotar cursos d'água, ou trechos destes, de seção transversal com forma geométrica definida, alterando a seção existente, com ou sem revestimento de qualquer espécie, na s margens ou no fundo, ou ainda, aquela que tenha por objetivo alterar o traçado de curso d’água;

CAPTAÇÃO: retirada de água de um corpo hídrico superficial ou subterrâneo, para qualquer finalidade;

CONCESSÃO: contrato administrativo, cujo fundamento da outorga é de utilidade pública;

CORPO D’ÁGUA ou CORPO HÍDRICO: coleção significativa de água, corrente ou em depósito, superficial ou subterrânea, natural ou artificial;

CURSO D'ÁGUA: qualquer corrente natural de água doce superficial, perene, efêmero ou intermitente (temporário);

CURSO D’ÁGUA EFÊMERO: corpo de água lótico que possui escoamento superficial apenas durante ou imediatamente após períodos de precipitação;

CURSO D’ÁGUA INTERMITENTE: corpo de água lótico que naturalmente não apresenta escoamento superficial por períodos do ano;

CURSO D’ÁGUA PERENE: corpo de água lótico que possui naturalmente escoamento superficial durante todo o período do ano;

DESASSOREAMENTO: serviços de remoção de material sedimentado em leitos de cursos d'água ou reservatórios, com objetivo de restituir as suas condições originais, caracterizando-se como intervenção de pouca significância por não promoverem alteração de traçado e do regime de escoamento, e com incremento não superior a 40% na área da seção transversal média para desassoreamento de cursos d’água

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DESATIVAÇÃO DE INTERFERÊNCIA: remoção da interferência, repondo os recursos hídricos no seu antigo estado;

DESATIVAÇÃO DE USO: remoção dos equipamentos e das estruturas das captações e dos lançamentos; bem como o tamponamento de poços;

DESATIVAÇÃO TEMPORÁRIA DE POÇO: remoção dos equipamentos de bombeamento e lacração do poço ;

EXTRAÇÃO DE MINÉRIOS DE CLASSE II: qualquer extração de minérios de Classe II em leito de curso d’água ou reservatório, efetuada comumente por meio de dragagem dos sedimentos ativos existentes nos leitos, em profundidades não muito elevadas, por meio de dragas de sucção ou escavadeiras mecânicas;

LAGO: extensão de água cercada de terra, de ocorrência natural ou oriunda de barramento de curso de água ou escavação do terreno;

LANÇAMENTO: toda emissão de líquidos, procedentes do uso em qualquer empreendimento ou de qualquer captação em corpo d'água ou, ainda, decorrente de ação de reversão de bacia, excetuando - se as descargas de águas pluviais;

LICENÇA: ato administrativo editado no exercício de competência vinculada, pelo qual o DAEE declara, formalmente, terem sido preenchidos os requisitos legais e regulamentares, constituindo o direito de um particular ao exercício de uma determinada atividade privada;

LICENÇA DE EXECUÇÃO DE POÇO: é o ato pelo qual o DAEE faculta a execução de obra que possibilita a exploração ou pesquisa de água subte rrânea;

LIMPEZA DE ÁLVEO: serviços de retirada manual ou com equipamentos portáteis de pequeno porte, de detritos ou vegetação do álveo de cursos d'água ou reservatórios;

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OBRA HIDRÁULICA: qualquer obra que altere o regime das águas superficiais ou subterrâneas;

ÓRGÃOS DE CONTROLE DO BARRAMENTO: unidades que tenham por finalidade estabelecer o fluxo de água, de montante a jusante, na seção do barramento;

POÇO ou OBRA DE CAPTAÇÃO: qualquer obra, sistema, processo, artefato ou sua combinação, empregados pelo homem com o fim principal ou incidental de extrair água subterrânea;

POÇO ESCAVADO (CACIMBA OU CISTERNA): poços de grandes diâmetros, utilizados para captação de água subterrânea do aquífero freático, escavados

manualmente, de pequena profundidade, revestidos geralmente com tijolos ou anéis de concreto;

POÇO JORRANTE ou ARTESIANO: poço perfurado em aquífero cujo nível de água eleva-se acima da superfície do solo;

POÇO TIPO PONTEIRA: poço constituído por haste perfurada de pequeno diâmetro, cravada no terreno, de pequena profundidade, através da qual se pode retirar água com bomba de sucção;

POÇO TUBULAR: poço de diâmetro reduzido, perfurado com equipamento especializado.

PONTE: estrutura sólida cujo eixo principal longitudinal esteja num plano que intercepte um curso d'água ou lago, permitindo a passagem de uma margem a outra, acima do nível das águas máximo de projeto, sem interferências no fluxo das águas, exceto pela presença de pilares;

PROTEÇÃO DE ÁLVEO: todo serviço, obra ou conjunto de obras destinados a proteger o álveo de reservatórios e de cursos d'água, em trecho com comprimento não superior a 10 (dez) vezes a largura média do curso d’água, até o limite de 100 (cem) metros, sem alteração de regime e traçado;

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RECURSO HÍDRICO: a água, superficial ou subterrânea, acessível técnica e economicamente, dotada de utilidade para algum objetivo de uso humano;

RESERVATÓRIO DE BARRAMENTO: todo volume disponível para reservação de água a partir da seção imediatamente a montante de um barramento, constituído de área superficial com respectivas alturas, podendo ser descrito por curvas cota-volume e cota-área;

RETIFICAÇÃO: obra ou serviço que tenha por objetivo alterar, total ou parcialmente, diminuindo o comprimento do traçado ou percurso original de um curso d'água;

REVERSÃO DE BACIA: captação de água de um curso d'água e derivada para um curso d'água pertencente a outra bacia hidrográfica;

SUBSTÂNCIA MINERAL DE CLASSE II: os minérios de emprego imediato na construção civil; compreendendo: areias, cascalhos, argilas e calcário dolomítico;

TANQUE: espaço escavado no terreno, com cotas do fundo abaixo das cotas da superfície, fora do álveo de curso d'água, com a finalidade de armazenar água;

TAMPONAMENTO: procedimento de preenchimento do poço para desativação definitiva;

TRAVESSIA: toda construção cujo eixo principal longitudinal esteja contido num plano que intercepte curso d'água ou lago e respectivos terrenos marginais, sem a formação de reservatório de água a montante, com o objetivo único de permitir a passagem de uma margem à outra.

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

a) O requerente deve apresentar a documentação relacionada no item 6 para obtenção da DVI que demandem a utilização ou interferência dos recursos hídricos;

b) A documentação de que trata a alínea “a”, deve ser protocolada nas Diretorias de Bacia onde haverá o uso ou interferência, conforme as disposições desta IT-DPO, ou por meio de outro sistema que venha a ser instituído pelo DAEE;

c) As taxas correspondentes à análise para obtenção da DVI encontram – se discriminadas no Anexo 8 – C desta IT - DPO;

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d) As entidades declaradas de utilidade pública e sem fins lucrativos, terão as taxas cobradas pela metade de seu valor;

e) O requerente poderá solicitar a alteração de CNPJ e Razão Social constantes da DVI obtida, mediante comunicação ao DAEE, por meio do Anexo 8 - B desta IT-DPO, adequadamente preenchido, com seus respectivos documentos complementares, cuja

Diretoria de Bacia onde se instalará o uso ou a interferência, providenciará a retificação;

f) O requerente poderá desistir da solicitação, mediante comunicação ao DAEE, cuja Diretoria de Bacia onde se instalaria o uso ou a interferência, providenciará o indeferimento;

g) Todos os estudos desenvolvidos para a implantação do empreendimento relacionados com os usos e interferências em recursos hídricos devem ter como responsável técnico um profissional, uma empresa ou uma instituição habilitada para a sua execução, obrigando-se o usuário a manter em seu poder o respectivo documento de responsabilidade técnica, bem como toda documentação produzida, apresentando ao DAEE durante fiscalizações ou quando solicitado.

h) Nos casos de barragens destinadas ao uso de potencial de energia hidráulica, a DVI equivalerá à Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica para a obtenção de concessão ou autorização para a exploração do potencial hidráulico do Ministério de Minas e Energia.

6. DOCUMENTOS EXIGIDOS

6.1. Requerimento para obtenção da DVI, quanto aos usos e interferências em recursos hídricos (Anexo 8 - A), integralmente preenchido, com seus respectivos documentos complementares.

6.2.O DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir documentação complementar àquela estabelecida na presente IT-DPO, por ocasião de vistoria ou de fiscalização.

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7. DA EMISSÃO DAS DECLARAÇÕES SOBRE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO

DE EMPREENDIMENTO

7.1. Ao concluir a análise da solicitação, o DAEE emitirá, se aprová-la, o instrumento denominado “Declaração sobre Viabilidade de Implantação de Empreendimento– DVI”; ou, se rejeitá-la, o "Informe de Indeferimento".

7.2. ADVI terá prazo de vigência não superior a 1 (um)ano, após cujo decurso, sem outra manifestação do interessado, o uso ou interferência, quando couber, não mais será considerado no conjunto da análise de solicitações de outros requerentes.

7.3. Novos usos e interferências, ou a alteração dos existentes, decorrentes da ampliação de empreendimentos já instalados, implicam a necessidade de obtenção de nova DVI, para essa ampliação.

7.4. A instalação de novas interferências ou de novos usos , para a substituição de fontes de abastecimento, que não configurem ampliação dos empreendimentos já instalados, não exigem nova DVI , cabendo ao usuário a obtenção da sua outorga ou cadastro.

7.5. O usuário deve contemplar no requerimento de DVI todos os usos e interferências em recursos hídricos que ocorrerão durante as diversas fases de implantação do empreendimento, e cujas respectivas outorgas devem ser obtidas antes de cada utilização ou da execução de cada interferência nos recursos hídricos.

7.6.Expirado o prazo de vigência da DVI, e mantido o interesse na implantação do empreendimento correspondente, o interessado deve requerer nova declaração.

7.7. Havendo desistência da implantação do empreendimento no prazo inferior a 1 (um) ano, o interessado deve comunicar ao DAEE, por escrito.

7.8. A DVI não confere ao seu titular o direito de uso ou de interferência, que deve ser previamente requerido conforme de mais Instruções Técnicas do DAEE.

7.9. O DAEE reserva-se ao direito de fiscalizar ou mandar fiscalizar quais quer das etapas da implantação do empreendimento.

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8. DISPOSIÇÕES FINAIS

8.1. Esta IT-DPO revoga a IT-DPO n° 01 de 30/07/2007, atualizada em 25/02/2014 e a IT- DPO nº 03 de 30/07/2007.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-A

Requerimento para obtenção de Declaração sobre Viabilidade de Implantação de Empreendimento (DVI) quanto aos usos e interferências em recursos hídricos

Senhor (a) Diretor (a) da Diretoria da Bacia do _______________________, do DAEE:

Eu,__________________________________________________, ao final qualificado, proprietário/representante legal do empreendimento abaixo descrito, venho requerer a Vossa Senhoria a emissão de Declaração (DVI), nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, sobre a viabilidade de implantação desse empreendimento sob os aspectos relacionados com os usos e as interferências em recursos hídricos que nele se pretende implantar, que são descritos a seguir: DADOS DO REQUERENTE 1. Nome/Razão Social: 2. CPF/CNPJ: 3. Endereço de correspondência: 4. Telefone de contato:

5. Endereço de correio eletrônico (e-mail):

DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1. Endereço:

2. O que será produzido:

3. Descrever quais são os objetivos (finalidades) dos usos (captações superficiais e subterrâneas e lançamentos) e das interferências (canalizações, travessias, barragens e extrações de minérios), novos ou existentes, que serão necessários para o funcionamento do empreendimento:

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4. Qual o período de funcionamento do empreendimento (meses/ano, dias/mês, h/dia):

5. Indicar se haverá variações sazonais no uso de recursos hídricos e como elas ocorrerão:

DESCRIÇÃO DOS USOS

Para cada uso, indicar:

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas Geográficas (Graus, Minutos e Segundos):

3. Finalidade (conforme IT- DPO nº 09 ou IT-DPO nº 10):

4. Volume diário médio anual: _________ m³;

5. Volume diário máximo: ____ m³;

Período diário de utilização: ______h/dia;

6. Vazão máxima instantânea: _________ m³/h;

7. Preencher o quadro abaixo se houver sazonalidade:

Período (meses)

Volume diário médio

Uso diário máximo Vazão máxima instantânea Volume Período

m³ m³ h/dia m³/h

Para uso de água subterrânea, informar, também:

1. Aquífero que pretende explotar:

2. Tipo de poço (tubular profundo, cacimba/cisterna, ponteira): 3. Profundidade esperada do poço:

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DESCRIÇÃO DAS INTERFERÊNCIAS

Para cada interferência, indicar:

Barragem

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas geográficas (graus, minutos e segundos) do eixo do maciço no ponto sobre o curso d’água:

3. Finalidade (conforme IT-DPO nº 09):

4. Comprimento e largura da crista e altura máxima do maciço:

5. Volume útil a ser armazenado:

6. Área máxima de inundação:

7. Vazão regularizada:

8. Período de Retorno a ser adotado para cálculo da cheia de projeto: • Canalização

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:

3. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:

4. Finalidade (conforme IT-DPO nº 09):

5. Extensão:

6. Revestimento do leito:

7. Período de Retorno a ser adotado para cálculo da cheia de projeto:

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Travessia

1. Nome do curso d’água:

2. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) do eixo longitudinal no ponto sobre o curso d’água:

3. Finalidade (conforme IT-DPO nº 09):

4. Tipo (aérea, intermediária ou subterrânea):

5. Tipo da estrutura (ponte, maciço com bueiro, treliça, duto etc.):

6. Período de Retorno a ser adotado para cálculo da cheia de projeto:

Extração de Minérios

1. Nome do curso d’água:

2. Tipo de Minério:

3. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção inicial:

4. Coordenadas geográficas (Graus, Minutos e Segundos) da seção final:

5. Extensão do trecho (m):

6. Produção mensal de minério (m³):

7. Profundidade média da escavação (m):

8. Largura média do curso d’água no trecho (m):

9. Número do Processo DNPM:

Declaro, estar ciente de que o DAEE poderá solicitar, para análise do pedido ora formulado, dados e informações complementares, os quais serão fornecidos no prazo e nas condições estabelecidos pelo DAEE, sob pena de indeferimento deste requerimento; bem como conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais quanto estaduais, e que todos os estudos, projetos e obras relacionados com os usos e interferências em recursos hídricos previstos

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no empreendimento serão executados sob responsabilidade técnica de profissional devidamente habilitado, sendo que os documentos correlatos estarão à disposição do DAEE, durante fiscalização, ou quando solicitados.

Declaro estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio do endereço de correio eletrônico informado acima

Declaro, ainda, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal, que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

Nestes termos, p. deferimento.

__________________, _____ de _______________ de ______

________________________________________________

(Assinatura)

Nome proprietário/representante legal:

CPF:

Telefone de contato: (_____) ___________-_____________

Endereço de correio eletrônico para contato:

Documentos complementares que acompanham este requerimento: Comprovante de recolhimento da taxa de análise.

Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH) para cursos d'água de domínio da União, quando houver delegação de atribuições ao DAEE, por parte da Agência Nacional de Águas - ANA.

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-B

Requerimento de Retificação de Dados da Declaração sobre Viabilidade de Implantação de Empreendimento -DVI

Senhor (a) Diretor de Bacia do DAEE:

Eu, __________________________________, requerente (ou representante legal do requerente abaixo descrito), ao final qualificado, solicito a retificação de dados administrativos da DVI nº ____ de ___/___/___ (reti-ratificada em _____/_____/_____, se houver), conforme abaixo discriminado.

Alterações requeridas (informar novos dados, quando houver):

• Alteração de CNPJ: • Alteração de razão social:

Declaro, sob as penas da lei, e de responsabilização administrativa, civil e penal:

1. Conhecer as legislações ambientais e de recursos hídricos, tanto federais quanto estaduais, e suas regulamentações, comprometendo-me a cumprir as suas disposições;

2. Que os demais dados e informações constantes da DVI acima referida permanecem inalterados;

3. Possuir ata da reunião de alteração ou o contrato que viabilizou a alteração, registrado na Junta Comercial;

4. Estar ciente de que as comunicações do DAEE serão oficializadas por meio do endereço do correio eletrônico informado abaixo;

5. Que todas as informações aqui fornecidas são verdadeiras e contemplam integralmente as exigências estabelecidas pela legislação.

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________________, _____ de _______________ de ______

_____________________________________________________

(Assinatura)

Nome proprietário/representante legal:

CPF:

Telefone de contato: (_____) ___________-_____________

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 08 ANEXO 8-C

TABELA DE TAXAS PARA ANÁLISE SOBRE VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS

Fonte: http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/it_dpo08 _dvi.pdf

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INSTRUÇÃO TÉCNICA DPO Nº 09, DE 30/05/2017

1. OBJETIVO

Esta Instrução Técnica DPO (IT-DPO) tem por objetivo complementar a Portaria DAEE nº1.630, de 30 de maio de 2017, estabelecendo as condições administrativas e técnicas mínimas a serem observadas para a obtenção de outorgas de direito de uso (captações e lançamentos) e de interferência (obras e serviços) em recursos hídricos superficiais, sob a jurisdição, a qualquer título, do Departamento de Águas e Energia Elétrica –DAEE.

2. REFERÊNCIAS

Todos os estudos e projetos devem ser desenvolvidos em estrita concordância com o Código de Águas - Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934, e legislação subsequente, destacadamente as leis, estadual paulista, nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991, e, federal, nº 9.433, de 9 de janeiro de 1997, e seus regulamentos. Da mesma forma, devem ser observadas as demais leis e regulamentos emanados dos poderes federal e estadual, pertinentes ao uso dos recursos hídricos, destacadamente a Portaria DAEE nº1.630, de 30 de maio de 2017.

3. CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta IT-DPO aplica-se ao uso de recursos hídricos superficiais, para qualquer finalidade; à execução de obras e serviços que interfiram nos recursos hídricos superficiais; bem como à regularização dos usos e das obras, existentes, referentes a recursos hídricos superficiais.

4. DEFINIÇÕES

Para efeito desta IT-DPO, são adotadas definições complementares constantes da IT-DPO nº 08.

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5. CLASSIFICAÇÃO DOS USOS E INTERFERÊNCIAS

Para efeito desta IT-DPO, os usos dos recursos hídricos sujeitos à outorga ou ao cadastramento junto ao DAEE, serão classificados como:

5.1. CAPTAÇÕES DE ÁGUAS SUPERFICIAIS

5.1.1 Classificam-se, conforme sua finalidade, em:

a) Industrial: uso em empreendimentos industriais, nos seus sistemas de processo, refrigeração, uso sanitário, combate a incêndios e outros.

b) Urbano: toda água captada que vise, predominantemente, ao consumo humano em núcleos urbanos (sede, distrito, bairro, vila, loteamento, condomínio etc.).

c) Irrigação: uso em irrigação de culturas agrícolas.

d) Rural: uso em atividade rural, como aquicultura e dessedentação de animais, incluindo uso sanitário, exceto a irrigação;

e) Mineração: toda água utilizada em processos de mineração por meio de desmonte hidráulico ou para lavagem de material minerado, incluindo uso sanitário.

f) Geração de energia: toda a água utilizada para geração de energia, em hidroelétricas, termoelétricas e outras do gênero;

g) Recreação e Paisagismo: uso em atividades de recreação, tais como esportes náuticos e pescaria; bem como para composição paisagística de propriedades (lago, chafariz etc.).

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h) Comércio e Serviços: uso em empreendimentos comerciais e de prestação de serviços (shopping center, posto de gasolina, hotel, clube, hospital etc.), para o desenvolvimento de suas atividades incluindo o uso sanitário.

i) Doméstico: uso exclusivamente sanitário em residências, urbano ou rural;

j) Outros: uso em atividades que não se enquadram nas acima discriminadas.

5.1.2 Quando a captação visar a usos múltiplos da água, para fins da Portaria de Outorga deve-se classificá-la segundo o uso que demandar maior volume diário.

5.2. LANÇAMENTOS DE ÁGUAS SUPERFICIAIS

Serão classificados pela finalidade da captação que lhe deu origem, devendo-se adotar a mesma nomenclatura dada no item 5.1.1. desta IT DPO.

5.3. OBRAS HIDRÁULICAS

5.3.1.Barramentos

Classificam-se conforme a finalidade do reservatório a ser formado, que pode ser única ou múltipla, conforme segue:

a) regularização de nível de água a montante;

b) controle de cheias;

c) regularização de vazões;

d) recreação e paisagismo;

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f) aquicultura;

g) outros.

5.3.2. Canalizações e Proteções de Álveo

Classificam-se, conforme sua finalidade, que pode ser única ou múltipla, em:

a) combate a inundações;

b) controle de erosão;

c) adequação urbanística;

d) adequação para obras de saneamento;

e) adequação de sistemas viários;

f) outros.

5.3.3. Travessias Classificam-se em:

5.3.3.1. Aéreas: quando a via ou estrutura que permite a travessia situa-se acima do nível máximo de cheia de projeto do curso d’ água, podendo ser:

a) Pontes e bueiros: rodoviárias, ferroviárias, rodoferroviárias, passarelas para pedestres, suporte para dutos e outros;

b) Dutos, com ou sem estruturas de suporte utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), transporte de combustíveis (petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outras;

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5.3.3.2. Intermediárias: quando a estrutura que permite a travessia situa-se entre o fundo do álveo e a superfície livre das águas para a cheia de projeto, constituindo-se de dutos utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), transporte de combustíveis (petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outros.

5.3.3.3. Subterrâneas: quando a estrutura que permite a travessia situa-se abaixo do fundo do álveo, podendo ser:

a) Dutos: utilizados em saneamento (transporte de água e esgoto), transporte de combustíveis (petróleo, gasolina, gás e outros), redes de TV a cabo e outras; b) Túneis: rodoviários, ferroviários, rodoferroviárias e outros.

c) Outras.

5.4. SERVIÇOS

5.4.1. Desassoreamento; 5.4.2. Proteção de álveo;

5.4.3. Extração de minérios de Classe II.

6. PROCEDIMENTOS GERAIS

a) O requerente deve apresentar a documentação relacionada nos itens 6.1. e 6.2. desta IT- DPO para obtenção de concessão ou autorização de direito de uso ou de interferência em recursos hídricos, para qualquer finalidade, bem como para a regularização dos usos e interferências já existentes, nos termos da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017;

b) A documentação de que trata a alínea “ a” , deve ser protocolada nas Diretorias de Bacia onde haverá uso ou interferência, conforme as disposições desta IT-DPO, ou por meio de outro sistema que venha a ser instituído pelo DAEE;

c) A outorga poderá ser concedida de forma coletiva para grupos de usuários de uma determinada sub bacia hidrográfica ou trecho de rio, organizados em associações ou cooperativas;

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d) As taxas correspondentes às análises de outorga encontram-se discriminadas no Anexo 9- O desta IT-DPO;

e) As entidades declaradas de utilidade pública e sem fins lucrativos, terão as taxas cobradas pela metade de seu valor;

f) Nos casos em que houver alteração do CNPJ ou razão social do usuário outorgado, sem que haja aumento de vazões, alteração de finalidade do uso da água ou quaisquer outras condições técnicas da outorga em vigor, o usuário deve oficializar solicitação de retificação da outorga, ao DAEE, por meio do Anexo 9-K desta IT-DPO. Caso as alterações em questão sejam decorrentes de procedimentos de compra e venda, o novo usuário deve proceder ao pedido de transferência da outorga, por meio do Anexo 9-N desta IT-DPO.

g) O requerente poderá desistir da solicitação, mediante comunicação ao DAEE, cuja Diretoria de Bacia onde haveria uso ou interferência, providenciará o indeferimento. Nos casos de regularização, a desistência implicará a imediata desativação dos usos e interferências existentes, exceto quando o requerente não for o proprietário do imóvel, conforme o item 10 desta IT-DPO.

h) Todos os estudos hidrológicos e hidráulicos, projetos e obras necessários aos usos e interferências em recursos hídricos, devem ter como responsável técnico um profissional, uma empresa ou uma instituição habilitada para a sua execução, obrigando-se o usuário a manter em seu poder, durante a vigência da outorga, o respectivo documento de responsabilidade técnica, bem como toda documentação produzida, apresentando ao DAEE durante fiscalizações ou quando solicitado.

i) O DAEE poderá solicitar esclarecimentos ou exigir documentação

complementar àquela estabelecida na presente IT-DPO, por ocasião de vistoria ou de fiscalização.

j) No caso de projetos menos complexos, o DAEE poderá, também a seu critério, dispensar algumas das exigências desta IT-DPO.

k) O DAEE reserva-se ao direito de fiscalizar, ou mandar fiscalizar, qualquer das etapas das obras necessárias aos usos e interferências em recursos

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hídricos.

l) Especificamente para barramentos, canalizações e travessias, a

documentação constante do item 6.1. deve ser elaborada a partir de estudos e projetos desenvolvidos em conformidade com as diretrizes preconizadas pela IT-DPO nº 11;

m) Somente serão emitidas outorgas para novas canalizações com seção transversal de contorno fechado, com a apresentação de decreto de utilidade pública, além de apresentar autorização para intervenção em Área de Preservação Permanente – APP, específica para canalização fechada e, se cabível, Autorização para supressão de vegetação nativa, da CETESB;

n) Exceto para os casos previstos pelo § 1º do Art. 22 da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, todos os sistemas de captação superficial devem ser dotados de hidrômetro, de acordo com normas do DAEE. As outorgas de novas captações estabelecerão prazo para a instalação dos dispositivos de medição e a regularização de captações existentes exigirá a comprovação da sua instalação, antes da emissão da outorga;

o) Exceto para os casos previstos pelo § 1º do Art. 22 da Portaria DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017, o usuário deve efetuar as leituras do hidrômetro e declará-las periodicamente, de acordo com regulamentação específica do DAEE, mantendo os registros em seu poder, para apresentação quando solicitado.

p) As outorgas de novos lançamentos estabelecerão prazo para execução de estruturas de dissipação de energia ou de dispositivos de proteção contra erosão e a regularização de lançamentos existentes exigirá a comprovação da sua execução, antes da emissão da outorga;

6.1 DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE OUTORGA DE DIREITO DE USO NOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS

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respectivos documentos complementares.

6.1.2 Relatório de Caracterização da Captação (ReCap), especificamente para captação de água superficial, contendo:

a) Descrição sucinta das características típicas do empreendimento usuário da água (obrigatório para indústrias e opcional para os demais usuários);

b) Informações sobre a demanda de água, específicas para cada captação, a saber:

b.1. Para abastecimento público (incluindo condomínios residenciais): apresentar tabela com a estimativa da demanda anual para o período da outorga solicitada, indicando a sazonalidade, se houver, contendo a demanda de volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, por mês e outras informações julgadas importantes;

b.2. Para uso industrial e urbano privado: fluxograma de uso da água para as situações inicial e futura, contemplando todos os usos, contendo a demanda de volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, indicando a sazonalidade, se houver, e outras informações julgadas importantes. Obs: O fluxograma do uso da água deve representar o balanço hídrico do empreendimento e ser estruturado, minimamente, da seguinte forma: 1) Todas as fontes de abastecimento (poço(s), corpo hídrico superficial, rede pública, caminhão-pipa, etc) devem ser individualizadas com os respectivos volumes captados (m³) diariamente; 2) A partir das captações o fluxograma deve ser setorizado por finalidades (sanitário, industrial, irrigação, jardinagem, lazer, consumo humano, transporte de água, etc); 3) Para cada finalidade deve ser discriminado o volume (m³) diário a ela destinada; 4) Por último, deve ser indicado o local do lançamento de efluentes (rede pública, corpo hídrico, fossa séptica, etc), bem como, o volume (m³) lançado diariamente. Para estimar o volume lançado, deve-se considerar as perdas;

b.3. Para irrigação: apresentar tabela com a estimativa da demanda anual para o período da outorga solicitada, indicando a sazonalidade, se houver, contendo

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a demanda de volumes médios mensais e vazões máximas instantâneas e outras informações julgadas importantes;

b.4. Para uso em mineração: indicar razão água/areia, por toneladas de produto, contemplando sazonalidade do uso, se houver, contendo a demanda detalhada mês a mês de volumes médios mensais e vazões máximas instantâneas; outras informações julgadas importantes;

c) Descrição de sistemas alternativos de utilização da água, para situações de emergência, ou para períodos de estiagem crítica (obrigatório para indústrias e opcional para os demais usuários);

6.1.3 Relatório de Caracterização do Lançamento (ReLan), especificamente para lançamento de água superficial, contendo:

a) Descrição sucinta das características típicas do empreendimento usuário da água (obrigatório para indústrias e opcional para os demais usuários);

b) Informações específicas sobre cada lançamento, a saber:

b.1. Para abastecimento público (incluindo condomínios residenciais): apresentar tabela com a estimativa da produção de efluentes anual para o período da outorga solicitada, indicando a sazonalidade, se houver, contendo a produção de volumes médios diários e das vazões máximas instantâneas, por mês, a carga lançada, a eficiência do tratamento e outras informações julgadas importantes;

b.2. Para efluente industrial e urbano privado: fluxograma de uso da água para as situações inicial e futura, contemplando todos os usos contendo a demanda de volumes médios diários e vazões máximas instantâneas, indicando a sazonalidade, se houver, a carga lançada, a eficiência do tratamento e outras informações julgadas importantes. Obs: O fluxograma do uso da água deve representar o balanço hídrico do empreendimento e ser estruturado, minimamente, da seguinte forma: 1) Todas as fontes de abastecimento (poço(s), corpo hídrico superficial, rede pública, caminhão-pipa, etc) devem ser individualizadas com os respectivos volumes captados (m³) diariamente; 2) A partir das captações o fluxograma deve

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ser setorizado por finalidades (sanitário, industrial, irrigação, jardinagem, lazer, consumo humano, transporte de água, etc); 3) Para cada finalidade deve ser discriminado o volume (m³) diário a ela destinada; 4) Por último, deve ser indicado o local do lançamento de efluentes (rede pública, corpo hídrico, fossa séptica, etc), bem como, o volume (m³) lançado diariamente. Para estimar o volume lançado, deve-se considerar as perdas;

6.1.4. Relatório de Caracterização Múltiplo (ReMult), quando o requerente possuir mais de um uso e optar por agrupá-los em um único relatório sobre os usos múltiplos de recursos hídricos no empreendimento, contendo todas as informações exigidas no item 6.1.2. e 6.1.3. acima descritos, para cada uso praticado e, ainda, na alínea “ b” no item 6.1.2. da IT-DPO nº 10, caso haja usos subterrâneos;

6.1.5. Estão dispensados da apresentação do ReCap e do ReLan, os usos:

a) Para atendimento doméstico de residências unifamiliares, em área rural ou urbana;

b) Considerados isentos de outorga, conforme a Portaria DAEE nº 1.631, de 30 de maio de 2017 ou suas atualizações;

c) Para atendimento doméstico em assentamentos rurais autorizados por órgãos públicos fundiários (INCRA, ITESP etc.).

6.2. DOCUMENTOS PARA OBTENÇÃO DE OUTORGA DE DIREITO DE INTERFERÊNCIA NOS RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS

Requerimento próprio para cada caso, integralmente preenchido, com seus respectivos documentos complementares.

7 DAS EMISSÕES DE OUTORGAS

Referências

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