• Nenhum resultado encontrado

O TRABALHO SERÁ APRESENTADO NA FORMA DE PÔSTER

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O TRABALHO SERÁ APRESENTADO NA FORMA DE PÔSTER"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

Autores do Artigo: Poliana Daré Zampirolli

Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola – Setor de Economia Rural Av. Alberto Lamego, 2000 – Parque Califórnia

CEP 28.013-600 – Campos dos Goytacazes-RJ Endereço eletrônico: poliana@uenf.br

CPF: 080.988.967-65 Niraldo José Ponciano

Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola – Setor de Economia Rural Av. Alberto Lamego, 2000 – Parque Califórnia

CEP 28.013-600 – Campos dos Goytacazes-RJ Endereço eletrônico: ponciano@uenf.br

CPF: 515.701.816-91 Adelmo Golynski

Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA Laboratório de Engenharia Agrícola – Setor de Economia Rural Av. Alberto Lamego, 2000 – Parque Califórnia

CEP 28.013-600 – Campos dos Goytacazes-RJ Endereço eletrônico: adelmo@uenf.br

CPF: 083.700.727-55 André Assis Pires

Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias - CCTA

Laboratório de Fitotecnia – Setor de Nutrição Mineral de Plantas Av. Alberto Lamego, 2000 – Parque Califórnia

CEP 28.013-600 – Campos dos Goytacazes-RJ Endereço eletrônico: assis@uenf.br

CPF: 077.696.277-96

GRUPO: 1 – COMERCIALIZAÇÃO, MERCADOS E PREÇOS AGRÍCOLAS O TRABALHO SERÁ APRESENTADO NA FORMA DE PÔSTER

(2)

COMERCIALIZAÇÃO, TAXA DE CRESCIMENTO E VARIAÇÃO SAZONAL DOS PREÇOS DA GOIABA PRODUZIDA NA REGIÃO NORTE FLUMINENSE

Poliana Daré Zampirolli1 Niraldo José Ponciano2

Adelmo Golynski3 André Assis Pires4

RESUMO

Objetivou-se neste estudo analisar alguns aspectos da comercialização, as taxas de crescimento dos preços e os índices de variação sazonal, entre os níveis de produtor e atacado da goiaba produzida na Região Norte Fluminense. Constatou-se, inicialmente, que a Região Norte Fluminense participa com uma quantidade representativa na produção de goiaba no Estado do Rio de Janeiro, sendo que grande parte da produção de goiaba se destina ao mercado das agroindústrias e o restante é comercializado no mercado atacadista da CEASA-RJ. Com relação ao comportamento dos preços, houve um declínio mais acentuado dos preços em nível de produtor do que em nível de atacado. De acordo com o índice sazonal, os preços estão acima da média nos meses de janeiro a julho e abaixo da média nos demais meses. Em nível de atacado, os preços estão acima da média nos meses de janeiro, julho, setembro a dezembro e abaixo da média nos demais meses.

Palavras-chaves: Comercialização, mercado de frutas e índice sazonal.

INTRODUÇÃO

O Brasil é o maior produtor mundial de frutas tropicais e, graças às suas condições de solo e de clima diversificadas, pode também se dedicar ao plantio de fruteiras de clima temperado e subtropical, produtos com elevado potencial para o mercado externo (Morgado et al., 2004).

O mercado mundial de frutas frescas movimenta cerca de US$ 20 bilhões/ano. Os maiores países exportadores de frutas são os EUA, a Espanha e a Itália, que são responsáveis por mais de 1/3 do valor das exportações mundiais. A maior parte das exportações desses países é constituída de frutas de clima temperado. Na América Latina, Chile e Equador são os maiores exportadores de frutas frescas. O Chile concentra as suas exportações em frutas de clima temperado, enquanto o Equador é, basicamente, exportador de banana. As exportações brasileiras de frutas frescas têm oscilado em torno de US$ 100 milhões/ano, o que representa 0,5% do mercado mundial de frutas frescas e 0,8% do mercado mundial de frutas tropicais (Orioli et al., 1999).

O Brasil é um dos maiores produtores de goiaba do mundo. A área plantada com essa fruta duplicou de 1993 a 2003 no Brasil, passando de 8.636 hectares para 17.776 ha. Segundo dados do IBGE (2004), a Região Sudeste produziu, no ano de 2003, cerca de 6.496 ha de goiaba, sendo que no Estado do Rio de Janeiro, a área cultivada foi de 618 ha. Destes, 140 ha pertencem à Região Norte Fluminense, onde a produção de frutas vem sendo incentivada e adotada como alternativa de investimento na agricultura.

1

Doutoranda em Produção Vegetal da Univ. Est. do Norte Fluminense, Campos, RJ. E-mail: poliana@uenf.br 2

Professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos, RJ. E-mail: ponciano@uenf.br 3

Doutorando em Produção Vegetal da Univ. Est. do Norte Fluminense, Campos, RJ. E-mail: adelmo@uenf.br 4

(3)

A Região Norte Fluminense possui grande potencial para a expansão da produção de frutas, o qual já começa a ser explorado de forma pioneira com o cultivo de algumas espécies de ampla aceitação no mercado. Esse é o caso, em particular, da goiaba, cujo cultivo vem se desenvolvendo no decorrer dos últimos anos, estimulados pelas potencialidades da Região, quer no que diz respeito aos aspectos de clima e solo, quer no que se refere ao mercado.

Objetivou-se neste estudo analisar alguns aspectos da comercialização, as taxas de crescimento dos preços e os índices de variação sazonal, entre os níveis de produtor e atacado da goiaba produzida na Região Norte Fluminense.

MATERIAL E MÉTODOS Fonte de dados

A pesquisa realizada teve como foco o processo de comercialização da goiaba produzida na Região Norte Fluminense e destinada ao mercado da cidade do Rio de Janeiro. Os dados empregados se referem aos preços mensais da goiaba no mercado atacadista da CEASA-RJ, e também aos preços recebidos pelos produtores, que foram levantados junto ao IBGE. Não foi possível o levantamento dos preços recebidos pelos varejistas, devido à falta de informações de séries de preços da goiaba no mercado nesse nível do mercado. Todas essas informações foram coletadas, mensalmente, para o período referente a janeiro/2001 a julho/2004. As séries de preços, inicialmente expressas em moeda corrente da época e em termos nominais, foram uniformizadas e posteriormente deflacionadas pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (Base: agosto/2004 = 100), possibilitando a obtenção de preços reais.

Taxa média geométrica de crescimento

Para estimar a magnitude das variações ocorridas nas séries de preços no decorrer do período estudados, pretende-se usar a taxa média geométrica de crescimento. Segundo Munhoz (1989), essa taxa é apropriada a situações em que uma variável qualquer registra tendência de crescimento (positivo ou negativo) a taxas não homogêneas – como nas séries relativas a produção, nível de emprego, faturamento, salários, arrecadação tributária, carga transportada, etc., onde uma infinidade de fatores tende a contribuir para que a evolução do fenômeno obedeça a ritmos diferenciados, em distintos períodos. O cálculo da taxa média geométrica de crescimento será possível mediante o ajustamento, a partir da série de pontos observados, da função exponencial.

t

i

ab

Y

=

(1) m que:

ável dependente (conhecida, pois seriam os valores observados da variável “Y” nos

ou períodos (1, 2, 3, 4, ..., n)

om o auxilio de logarítmos pode-se linearizar a função (1), obtendo-se: e Yi = vari “i” períodos) b = (1+r) t = tempo C

(

log

b

)

t

a

log

Y

log

i

=

+

(2)

(4)

ou, fazendo: ’

y

Y

log

i

=

a

log

=

a

og

b

log

(

1

r

)

=

b

l

=

+

’ tem-se: (3) pós o ajustamento (pelo método dos mínimos quadrados), encontra-se a taxa média

ento (r), que pode ser anual ou mensal, dependendo do período onsidera . A ena d

y

=

a

+

b

t

A

eométrica de crescim g

c do p s i entificando-se o antilog de b’ [ou antilog (1+r)] e subtraindo-se 1:

( )

[

anti

log

b

'

1

]

r

=

(4) Padrão de variação estacional através do uso da média geométrica móvel

ara obter o padrão de variação estacional das séries de preço, empregou-se o método a obtenção do supos-se que o reço,

P

da média geométrica móvel centralizada, descrito em Hoffmann (1991). N adrão de variação estacional com o uso da média geométrica móvel, pres p

p num determinado instante t (Pt = Pij, sendo que i = 1, 2, ..., n indica o ano e j = 1, 2, ...,

12 indica o mês) é constituído de três componentes:

a) uma tendência exponencial ABt = exp{a + bt}, com a mesma unidade de medida do preço, onde a = lnA e b = lnB são os parâmetros;

b) um componente estacional adimensional εj tal que:

12

ε

=

1

= (5) t t Assim, (6) trar que o componente estacional pode ser eliminado calculando-se a édia geométrica móvel centralizada de doze termos (Gt), dada por:

1 j

c) um fator aleatório adimensional U , com E(lnU ) = 0 j se: t l t ij t

P

AB

U

P

=

=

ε

Pode-se demons m 5 , 0 6 t 5 t 12 t 5 t 5 , 0 6 t t

P

P

P

P

P

G

+ +

Pode ser provado, ainda, que as diferenças d

⋅⋅

⋅⋅

=

(7) lnGt ou dij = lnDij, onde

Dij= D = Pt/Gt são estimativas não tendenciosas dos componentes estacionais, sendo os

valores 100Dt = exp{dt} denominados índice

ficientes dos componentes estacionais, deve-se calcular a média aritmética dos valores de dij

eferen

ij = dt = ln Pt – t

s estacionais. Para se obter estimativas mais e r tes a um mesmo mês (dvj): * j j

ln

D

d

=

(8)

(5)

em que D*j é a média geométr a dic os Dij para o j-ésimo mês, ou seja:

i=1

⎟⎟

⎜⎜

=

nij * j

D

(9) e 7 ≤ j ≤ 12 e,

n−1 1 1

D

s

⎟⎟

⎜⎜

=

− =

n 1 1 n 2 i ij * j

D

D

(10) se 1 ≤ j ≤ 6.

Uma vez que, de acordo com a condição (b) do modelo, , ou, de outro

odo, 1

j

=

ε

, é desejável que o produto das doze estimativas dos fatores estacionais s

1

j 12 1 i

=

=

ε

0

ln

12

m ( * j

D ) eja igual a um ou, de modo semelhante, que a soma dos djseja igual a zero. Quando

isso não ocorre, deve-se dividir cada * pela correção

j D 12 1 12 1 J * J

D

C

⎟⎟

⎜⎜

=

=

ou, de modo equivalente, subtrair de cada

(11) j d o valor da correção

=

=

12 1 j j

d

12

1

c

(12)

isso resulta que as estimativas dos erros estacionais são dadas por D

C

D

ˆ

* j j

=

ε

(13) ue é equivalente a q

{

d

j

c

}

(14)

exp

ˆ

j

=

ε

(6)

j εˆ 100

Essas estimativas, multiplicadas por cem ( ) consistem nos índices sazonais, que caracterizam o padrão de v

ara calcular a dispersão dos dij relativos a determinado mês faz-se a estimativa do

desvio

ariação estacional do preço do produto. P

padrão, através de:

− = se 7 ≤ j ≤ 12, ou

=

1 i 2 j ij j

(

d

d

)

2

n

1

s

(15) 1 n

=

=

j

s

n 2 i 2 j ij

d

)

d

(

2

n

1

(16) e 1 ≤ j ≤ 6.

Por definição, o índice de irregu p {sj}

Dij= exp {dij},o valor de Sj é uma medida da dispersão dos Dij relatva ao j-ésimo

mês. Assi

limites ndice sazonal pelo índice de

irregularidade, respectivamente.

o volume comercializado de goiaba na CEASA-RJ. Como timos anos tem como origem aneiro, sendo que São Paulo participa com uma quantidade bem

me comercializado, fornecendo maior uantid

s

laridade (Sj) consiste em:

Sj= ex

Como

m, para cada mês, obtém-se um intervalo da dispersão dos índices estacionais, cujos superior e inferior resultam da multiplicação e divisão do í

RESULTADOS E DISCUSSÃO Origem da goiaba comercializada na CEASA-RJ

Na Figura 1 demonstra-se

pode-se observar, a maior parte da goiaba comercializada nos úl o Estado do Rio de J

representativa. Com relação aos Estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, estes participam com uma pequena quantidade no volu

(7)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 1998 1999 2000 2001 2002 2003 BA MG SP ES RJ

Figura 1 – Participação dos estados no volume comercializado de goiaba no mercado atacadista da CEASA-RJ, nos anos de 1998 a 2003.

Como pode ser observado na Figura 2, a produção se concentra principalmente na Região Metropolitana do Estado. Entretanto, a participação da Região Norte é bastante expressiva, respondendo por cerca de 21% da produção no ano de 2003. Nesse ano, a Região Norte Fluminense produziu cerca de 2.329 toneladas de goiaba, dos quais comercializou apenas 106,85 toneladas na CEASA-RJ. Segundo Brandão (2004), os produtores de goiaba do Norte Fluminense colocam sua produção na forma tradicional, ou seja, uma parcela no mercado de frutas frescas e uma parcela para produtores de doces da região e regiões vizinhas. Com os investimentos que vêm sendo feitos na melhoria dos pomares, principalmente pela introdução de irrigação, a produtividade e a produção irão crescer e a ampliação do mercado será necessária. Os produtores da Região participam da promoção do Guatchup, novo produto com potencial para ampliar substancialmente o mercado dessa fruta.

(8)

Noroeste 10% Norte 21% Centro 11% Baixadas 0% Sul 3% Metropolitana 55%

Figura 2 – Participação de cada mesorregião geográfica na quantidade produzida de goiaba no Rio de Janeiro, no ano de 2003.

Taxa média geométrica de crescimento

A Figura 3 apresenta a evolução dos preços médios mensais corrigidos da goiaba, em nível de produtor, onde se pode observar uma nítida tendência de declínio dos preços recebidos no decorrer do período. Através da taxa média geométrica de crescimento, constatou-se que o preço da fruta decresceu a uma taxa significativa de -1,41% ao mês no período analisado. Em janeiro de 2001 o preço médio pago pela fruta era de R$ 0,66/Kg e em julho de 2004 o preço pago foi de R$ 0,41/Kg, ou seja, um decréscimo de R$ 0,25/Kg da fruta. 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul

Meses

Val

or (R$/Kg)

Produtor Tendência

Figura 3 – Preços médios mensais corrigidos de goiaba, em nível de produtor, de janeiro/2001 a julho/2004.

Na Figura 4, pode-se observar a variação mensal dos preços reais da goiaba, em nível de atacado. Contrariamente ao que se observa em nível de produtor, não se constata uma tendência acentuada de queda nos preços. Em janeiro de 2001 o preço médio da fruta era de

(9)

R$ 1,70/Kg e em julho de 2004 o preço foi de R$ 2,21/Kg. Apesar disso, obteve-se uma taxa geométrica de crescimento negativa e significativa, da ordem de -0,35% ao mês no período analisado. 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul

Meses

Val

or (R$/Kg)

Atacado Tendência

Figura 4 – Preços médios mensais corrigidos de goiaba, no mercado atacadista da CEASA-RJ, de janeiro/2001 a julho/2004.

Partindo dos valores estimados das taxas geométricas de crescimento, pode-se concluir que os preços recebidos pelos produtores declinaram mais do que os preços em nível de atacado. Isso é um indício de que a margem de comercialização do atacadista pode ter ampliado no decorrer do período.

Padrão sazonal dos preços de goiaba

A Figura 5 mostra o índice sazonal dos preços recebidos pelos produtores. Os índices mínimo e máximo foram registrados em novembro e janeiro, respectivamente. O índice mínimo caracteriza o período de safra, em geral com preços baixos, e o índice máximo identifica o período de entressafra, com preços altos.

De acordo com o índice sazonal, os preços estão acima da média nos meses de janeiro a julho e abaixo da média nos demais meses. Observa-se que o limite superior do índice de sazonalidade de outubro a dezembro é inferior ao índice sazonal médio anual, que é 100, evidenciando que, apesar das irregularidades do período, os preços recebidos pelos produtores, nesses meses, vêm se situando abaixo da média, independente de quaisquer conjunturas.

Os índices de irregularidade mostram que as variações sazonais dos preços de goiaba em relação ao índice sazonal médio mensal obedecem a um padrão definido de comportamento sazonal, durante o ano. Entretanto, são observadas maiores amplitudes nos meses de janeiro, março e abril.

(10)

50 100 150

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Índice sazonal Limite superior Limite inferior

Figura 5 – Padrão sazonal dos preços médios mensais corrigidos de goiaba, em nível de produtor, de janeiro/2001 a julho/2004.

A Figura 6, que exibe o comportamento do índice de sazonalidade para os preços no atacado, permite constatar que os índices mínimo e máximo ocorrem em março e dezembro, respectivamente.

De acordo com o índice sazonal, os preços estão acima da média nos meses de janeiro, julho, setembro a dezembro e abaixo da média nos demais meses. Observa-se que de março a junho, o limite superior do índice é inferior ao índice sazonal médio anual, que é 100, evidenciando que, apesar das irregularidades do período, os preços recebidos pelos atacadistas, nesses meses, vêm se situando abaixo da média.

Os índices de irregularidades mostram que as variações sazonais dos preços de goiaba em relação ao índice sazonal médio mensal obedecem a um padrão definido de comportamento sazonal, durante o ano. Porém, se observam maiores amplitudes nos meses de janeiro, agosto e dezembro.

50 100 150

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Índice sazonal Limite superior Limite inferior

Figura 6 – Padrão sazonal dos preços médios mensais corrigidos de goiaba, no mercado atacadista da CEASA-RJ, de janeiro/2001 a julho/2004.

(11)

CONCLUSÕES

Os resultados encontrados na pesquisa mostram que a Região Norte Fluminense participa com uma quantidade representativa na produção de goiaba do Estado do Rio de Janeiro, sendo que grande parte da produção se destina ao mercado das agroindústrias e o restante é comercializado no mercado atacadista da CEASA-RJ.

Com relação ao comportamento dos preços, observou-se que os preços reais em nível de produtor declinaram mais que os recebidos pelos atacadistas. Isso, provavelmente, se deve ao fato dos preços em nível de produtor serem os pagos pelas agroindústrias, que estabelecem contratos de fornecimento do produto, reajustando os preços em níveis insuficientes para impedir sua queda real no decorrer dos anos. Por essa mesma razão, os preços recebidos pelos produtores mostraram poucas variações sazonais, em virtude de serem estes estabelecidos por meio de contrato, não refletindo, portanto, as flutuações da oferta e procura no decorrer do ano.

Já os preços em nível de atacado, não fixados por meio de contratos, experimentam maiores variações sazonais. Observou-se que nos meses de entressafra ocorrem elevações nos preços da fruta, o contrário sendo observado nos meses de regularização da oferta. Concluiu-se ainda que essas flutuações são Concluiu-seguidas, no mesmo Concluiu-sentido, por variações nas margens de comercialização do atacadista.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brandão, A. S. P. (2004) O pólo de fruticultura irrigada no norte e noroeste fluminense. Revista de Política Agrícola, Brasília, 2 (2): 78-86.

CEASA-RJ – Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro; http://www.ceasa.rj.gov.br/consultas/consultas.htm em 25/11/2004 página mantida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Hoffmann, R. (1990) Estatística para economistas. 2. ed. São Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais, 426p.

Marques, P. V., Aguiar, D. R. D. de (1993) Comercialização de produtos agrícolas. São Paulo: EDUSP, 295p.

Morgado, I. F., Aquino, C. N. P., Terra, D. C. T. (2004) Aspectos econômicos da cultura do abacaxi: sazonalidade de preços no Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, 26 (1): 44-47.

Munhoz, D. G. (1989) Economia aplicada: técnicas de pesquisa e análise econômica. Brasília: UNB, 300p.

Orioli, A. L., et al. (1999) Pólo agroindustrial associado à fruticultura irrigada na Região Noroeste Fluminense. Brasília: CAMPO, 172p.

Referências

Documentos relacionados

Com relação ao CEETEPS, o tema desta dissertação é interessante por se inserir no Programa de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), sob a tutela da Coordenação de

Há uma grande expectativa entre os cientistas de que, nesta próxima década, novos resultados de observações cosmológicas, aliados aos resultados dos grandes aceleradores como o

Efectiva- mente, assim é, porque nós estamos aqui a dar graças a Deus pela vida e pelo trabalho do nosso querido padre Vítor Feytor Pinto, Monsenhor Vítor Feytor Pinto, mas

Os motins na América Portuguesa tanto quanto na Espanhola derivam do colapso das formas acomodativas - como será melhor explicado à frente -, ou melhor dizendo, do rompimento

E) CRIE NO SEU CADERNO UM TÍTULO PARA ESSA HISTÓRIA EM QUADRINHOS.. 3- QUE TAL JUNTAR AS SÍLABAS ABAIXO PARA FORMAR O NOME DE CINCO SUGESTÕES DE PRESENTE PARA O DIA

Evidentemente, a língua portuguesa representa o Brasil. A valorização da mesma significa, por transferência de significado, uma valorização da nação brasileira. A comparação do

Acaso não seja possível o pagamento de todos os credores titulares de créditos entre R$ 5.000,01 (cinco mil e um centavo) até R$ 7.500,00, em razão de o valor adquirido com

Apesar de ser o quarto elemento mais abundante existente na crosta terrestre (5,01%) e de existir em quantidades muito maiores que o cobre (só 0,01%), o ferro só começou a ser usado