Programa Estadual de Parteiras
Tradicionais (PEPT)
“As Parteiras exercem papel importante na humanização do parto”
“É fundamental o trabalho das parteiras principalmente nas regiões de difícil acesso”
Lílian Sampaio de Barros
►Mulheres idosas;
►Mulheres que aprendem a realizar o parto no dia-a-dia ou com outras Parteira;
►São respeitadas onde residem e são apontadas como referência para a saúde das mulheres e das crianças da sua comunidade;
► Geralmente são liderança onde moram.
Apresentação
Apresentação
Em muitas regiões do Brasil, rurais e urbanas, as mulheres optam, ou apenas possuem acesso ao parto em domicílio, realizado por Parteiras Tradicionais.
Parteira Tradicional é aquela que realiza parto domiciliar em uma comunidade e é
reconhecida nesta localidade pelo papel que exerce.
Histórico – Base Legal
• 1991 Ministério da Saúde junto com a Fundação
Nacional de Saúde começou a desenhar o
Programa de Parteiras Tradicionais (1º Manual);
• 1994 Manual para monitores e supervisores e manual de Ações Básicas de assistência à
mulheres e crianças;
• 2000 o MS programa “Trabalhando com Parteiras
Tradicionais”(Livro da Parteira e Manual Trabalhando com Parteiras Tradicionais);
Histórico – Base Legal
• 2005 Pacto pela Redução da Mortalidade
Materna e Neonatal tem dentre suas estratégias
o trabalho com Parteiras Tradicionais;
• 2007 Decreto n. 6.040 que Institui a Política
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.
Material impresso
Vídeo Folder
Pernambuco
1964 Centro Integrado Amaury de Madeiros (CISAM) - Programa de Parteiras Leigas
Década 80 Fundação SESP Programa de Parteiras Curiosas
1993 implantado em Pernambuco o Programa Estadual de Parteiras Tradicionais (PEPT)
1995 Decreto nº 18.742 (15/09) define a
organização da Secretaria Estadual de Saúde e dispõe das competências =>Art. 177, compete a diretoria Executiva de Atenção Básica:
ítem I: Promover o planejamento, a
coordenação e controle da assistência ao parto domiciliar realizado por Parteiras Tradicionais
Objetivos do Programa de Parteiras
●Promover ações voltadas para a melhoria da
assistência ao parto domiciliar;
●Garantir a assistência ao parto domiciliar de
forma segura e humanizada;
●Reduzir os riscos e seqüelas na gestante,
recém-nascido e puérpera, como conseqüência do parto, contribuindo para o controle e
redução da morbimortalidade materna e neonatal.
Objetivos do Programa de Parteiras
• Promover capacitações e manter um processo
de educação continuada;
• Sensibilizar gestores Municipais para o PEPT
e para a inclusão das Parteiras Tradicionais juntos a Atenção Primária municipal;
• Oferecer o Kit de material para o parto
domiciliar para as Parteiras que passaram por capacitação => condutas adequadas;
• Capacitar as Parteiras para a notificação do
parto domiciliar, melhorando o sistema de informação;
• Realizar cadastramento das Parteiras e
levantamento sócio econômico;
• Favorecer o reconhecimento das Parteiras
Tradicionais, valorizar e resgatar seu trabalho.
• Solicitado Busca Ativa junto aos Municípios em outubro de 2008 a partir do cadastro inicial da SES.
• Dos 131 Municípios onde havia cadastro de
Parteira*, 77 municípios responderam à Busca Ativa.
Atualização e diferenciação da Parteiras
cadastradas
Fonte dos demais gráficos: Sistema Informatizado de Cadastro de Parteiras Tradicionais/GASM e GETEC/SES 30.04.2009
Gráfico 1 - Resposta da Busca Ativa da I a V GERES 18 6 13 1 16 10 27 26 10 4 0 5 10 15 20 25 30
I GERES II GERES III GERES IV GERES V GERES
Municípios com PT Municípios que responderam
Gráfico 2 - Resposta da Busca Ativa da VI a XI GERES 11 6 2 1 6 6(3) 11 5 9 7(1) 9 6(2) 0 2 4 6 8 10 12 VI GERES VII GERES VIII GERES IX GERS X GERES XI GERES Municípios com PT Municípios que responderam 4
Regional Total Capacita
das capacitadNão as
Urbanas Rurais Ambas ATIVAS INATI-VAS I Geres 182 114 68 37 137 8 167 15 II Geres 29 19 10 1 27 1 27 2 III Geres 67 41 26 1 57 9 53 14 IV Geres 104 76 29 10 78 16 72 32 V Geres 31 8 23 5 26 0 28 3 VI Geres 128 52 76 2 126 0 113 15 VII Geres 12 9 3 0 11 1 7 5 VIII Geres 45 25 20 0 43 2 36 9 IX Geres 115 99 16 0 114 1 81 34 X Geres 39 18 21 0 39 0 13 26 XI Geres 101 48 53 2 97 2 46 55 Total Geral 853 508 392 58 755 40 643 210
Quadro 1 - Quantidade de Parteiras Tradicionais identificadas após a Busca Ativa
Parteiras da IV GERES Município Parteiras
Cadastras Busca AtivaResposta a
Agrestina 4 2 Alagoinha 1 1 Altinho 5 5 Barra de Guabiraba 10 3 Belo Jardim 13 7 Bezerros 5 2 Bonito 8 1 Brejo 4 2 Cachoeirinha 2 2
Camocim de São Félix 0 0
Caruaru 38 15
Parteiras da IV GERES Município Parteiras
Cadastras Busca AtivaResposta a
Frei miguelinho 1 1 Gravatá 5 4 Ibirajuba 5 Não Jataúba 5 1 Jurema 0 0 Panelas 3 2 Pesqueira 16 Não Poção 4 3
Riacho das Almas 5 4
Sairé 2 2
Sanharó 5 5
Santa Cruz do
Parteiras da IV GERES Município Parteiras Cadastras inicialmente Resposta a Busca Ativa Santa Maria do Cambucá 1 1
São Bento do Una 0 0
São Caetano 4 4 São Joaquim do Monte 3 3 Tacaimbó 0 0 Taquaritinga do Norte 5 5 Toritama 0 0 Vertentes 2 2 TOTAL 169 80
Quadro 3 - Quantidade de Parteiras Tradicionais após resultado parcial da Busca Ativa por GERES, 2009
182 29 67 104 31 128 12 45 115 39 101 0 50 100 150 200 1
Número de Parteiras Tradicionais após resultado parcial da Busca Ativa por GERES, 2009
XI Geres X Geres IX Geres VIII Geres VII Geres VI Geres V Geres IV Geres III Geres II Geres I Geres
Pernambuco
• Dos 185 municípios de Pernambuco 71% (131)
declaram ter parteiras* em seu território.
• A partir dos dados parciais da Busca Ativa, 853
Parteiras foram tidas como tradicionais, deste
quantitativo, 643 (75%) estão ativas (realizando
Gráfico 4 – Quantitativo de Parteiras Tradicionais ativas e Inativas em Pernambuco, 2009
Quantidade de ParteirasTradicionais ativas e inativas de Pernambuco, 2009.
210; 25%
643; 75%
Ativas Não ativas
Gráfico 5 - Quantidade de Parteiras Tradicionais cadastradas vs. capacitadas por GERES, 2009
182 29 67 104 31 128 12 45 115 39 101 114 19 41 75 8 52 9 25 99 18 48 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
I Geres II Geres III Geres IV Geres V Geres VI Geres VII Geres VIII Geres IX Geres X Geres XI Geres
Quantidade de Parteiras Tradicionais cadastradas vs. capacitadas por GERES 2009
Total PT Capacitadas
Gráfico 6 - Perfil da Parteiras Tradicionais e região de atuação no Município, 2009.
755; 88%
58; 7% 40; 5%
Perfil da Parteiras Tradicionais por região de atuação no Município, 2009.
Zona Rural Zona Urbana Ambas
Estratégias da Atenção básica – Ministério da Saúde 2009
•
Diretrizes para a Inclusão do Parto e
Nascimento Domiciliar Assistidos por
Parteiras Tradicionais no SUS:
– Responsabilização das 3 esferas de governo;
– Educação Permanente para Parteiras;
– Educação Permanente para o trabalho das ESF
com as Parteiras;
Estratégias da Saúde da Mulher – Ministério da Saúde 2009
- INCLUSÃO NO SUS (Reconhecimento formal/legal,
suporte efetivo para emergências, material de trabalho, remuneração, etc).
1- Pactuação entre as três esferas de governo: gestão municipal, estadual e federal (Tripartite); 2- Publicação “Parto e Nascimento Domiciliar
Assistidos por Parteiras Tradicionais”:
Parte I) Diretrizes para inclusão do parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais no SUS
Parte II) Resgate histórico e experiência do Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais.
Estratégias da Saúde da Mulher – Ministério da Saúde 2009
- Convênio do Ministério da Saúde e o
ONG’s-Parteiras Tradicionais: inclusão e melhoria da
qualidade da assistência do o parto e nascimento no SUS (2008-2009)
Amazonas,Roraima, Paraíba.
- Convênio com o Fundo de População das Nações
Unidas (FNUAP/UNFPA) é o organismo da ONU responsável
por questões populacionais.
Estratégias do Programa Estadual de Parteiras para o alcance dos objetivos
• Programa Mãe Coruja Pernambucana;
• Criação de um sistema informatizado para
cadastramento das Parteiras do Estado (2007);
• Convênios n˚ 144/07 que prevê capacitação de
Parteiras Tradicionais e Convênio n˚3.583/07, objetiva Parteiras de Municípios com área
indígena;
• Reposição do Kit para Parto Domiciliar
Estratégias do Programa Estadual de Parteiras para o alcance dos objetivos
• Apresentação das diretrizes do PAISM para
profissionais do PSF e de Coordenadores de Saúde da Mulher em 09 GERES o que inclui a
apresen-tação do programa de Parteiras Tradicionais e o perfil de cada Regional;
• Distribuição de Nota Técnica Estadual;
• Parceria com ONG’s para valoriazação e melhoria
do trabalho com as Parteiras;
• Busca Ativa das Parteiras a nível municipal:
identificação das Parteiras Tradicionais, das que estão inativas (por morbidade ou opção), e das Parteiras Ativas;
Programa mãe Coruja Pernambucana • Decreto nº 30.859
(04.10.2007)
• Tem como principal
objetivo reduzir a
mortalidade
materna e infantil
●Dentre os aliados da rede solidária para redução da mortalidade infantil e
materna, está a parteira tradicional.
●Sua articulação com a
atenção básica dos municípios contribui para o
fortalecimento da rede de
referencia e para melhoria da assistência à saúde da
A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE DO MÃE CORUJA Nível de Atenção Atenção Primária à Saúde Atenção Secundária à Saúde Atenção Terciária à Saúde Território Sanitário Micro-Área Área de Abrangência Município Microrregião Macrorregião Município
Pontos de Atenção à Saúde
Agente Comunitário de Saúde
Unidade Básica / Equipe PSF
Parteira Tradicional Casa da Gestante
Unidade de Internação
Pediátrica
Maternidade de Risco Habitual
Unidade de Internação Pediátrica de Nível Terciário Maternidade de Alto Risco Terciária Maternidade de Alto Risco Secundária Centro Mãe Coruja
Competências – Nível Estadual
●Cadastramento das Parteiras no âmbito Estadual;
●Organização e execução das capacitações de Parteiras e multiplicadores para trabalho com Parteiras no
atendimento ao parto domiciliar;
●Distribuição de kit para parto domiciliar às parteiras capacitadas;
● Supervisão do PEPT nos municípios;
● Sensibilização dos profissionais da rede de saúde;
●Articulação com MS, sociedade civil (ONG’S, associações) para apoio e melhoria do trabalho das Parteiras.
●Cadastramento das Parteiras no âmbito municipal;
●Garantia do transporte das gestantes e a referência em caso de urgências e emergências durante o pré-parto, parto e puerpério;
● Estar como parceiro nas capacitações realizadas;
●Garantir a distribuição de insumos para que as parteiras capacitadas e com o Kit de parto normal (distribuídos na unidade de saúde mais próxima da comunidade onde a
parteira atue);
● Esta Unidade de Saúde deve servir de apoio à parteira nos casos de esterilização do material e no registro ao parto domiciliar;
●Repassar através de associações o valor da tabela do SUS referente ao parto atendido em domicílio;
● Notificação do parto e repasse desta informação.
Registro do Parto Domiciliar
Seção VI
Das atribuições e responsabilidades profissionais de saúde ou parteiras tradicionais sobre a emissão da declaração de Nascido Vivo
Art.27. A emissão da DN é de competência dos profissionais de saúde, ou parteiras tradicionais responsáveis pela assistência ao
parto ou ao recém-nascido (reconhecidas e vinculadas a unidades de saúde), no caso dos partos hospitalares ou domiciliares com assistência.
Registro do Parto Domiciliar com Assistência
Partos domiciliares com assistência - DN preenchida pelo profissional de saúde responsável pela assistência
3º via 2º via 1º via
Permanecerá na Unidade de Saúde para posterior resgate pela Secretaria Municipal de Saúde.
Será entregue ao pai ou responsável legal, para ser apresentada na primeira consulta em Unidade de Saúde
Será entregue ao pai ou responsável legal, para obtenção da Certidão de Nascimento junto ao Cartório de Registro Civil (a via amarela da DO ficará retida no cartório).
Registro do Parto Domiciliar sem Assistência
Art 29. Os nascimentos sem assistência, ocorridos em famílias cadastradas na ESF ou no PACS, a DN
deverá ser emitida um profissional de saúde
devidamente habilitado, pertencente à equipe ou unidade a que a mãe da criança esteja vinculada
Partos domiciliares sem assistência – DN preenchida pelo Cartório
Registro do Parto Domiciliar sem Assistência
3º via 2º via
1º via
Permanecerá no Cartório de Registro Civil para
Posterior resgate pela Secretaria Municipal de Saúde.
Será entregue ao pai ou responsável legal, para ser apresentada na primeira consulta em Unidade de Saúde
Permanecerá no Cartório de Registro Civil, que emitirá a Certidão de Nascimento
118 37 97 146 32 250 20 73 160 8 44 0 50 100 150 200 250 Nº
I II III IV V VI VII VIII IX X XI
Gráfico 7- Nascidos vivos em parto domiciliar por Regional de Saúde - Pernambuco, 2007*
Fonte: SINASC/GMVEV/DG-VEA/SEVS/SES-PE *Dados sujeitos à revisão, captados em 20/04/2009
VI Regional - > N°de nascidos vivos em partos domici liares X Regional- < N°de nascidos vivos em partos domicili ares
Fonte: SINASC/GMVEV/DG-VEA/SEVS/SES-PE *Dados sujeitos à revisão, captados em 20/04/2009
Gráfico 8 - Proporção de nascidos vivos em parto domiciliar por município. Pernambuco, 2007*(sinasc)
Manari (10,5%) Petrolina (4,2%) Stª Mª da Boa Vista (2,1%) Ouricuri (3,9%) Araripina (4,8%) Bodocó(2,2%) Buíque (2,2%) Inajá (5,9%) Tacaratu (3,1%) Caruaru (5,4%) Jaboatão dos Guararapes (3,4%) Recife (4,1%) Legenda
Dona Antônia (toinha)
Dona Josefa (zefinha) - Associação de Parteiras do Agreste
Ganhadora do Prêmio Berta Lutz (2008) cedido pelo Governo do Brasileiro a Mulheres que contribuem para a melhoria da
qualidade de vida das Mulheres Brasileiras
“
Depois que são capacitadas, as parteiras sentem-se mais valorizadas e confiantes emLílian Silva Sampaio de Barros
Área Técnica da Gerência de Atenção à Saúde da Mulher SES/PE
Tels (81) 3181-6276/ 6202 smulherpe@gmail.com