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JANINE KONESKI DE ABREU. O Diabo São os Outros - A Relação entre Crítico e Criticado em Três Momentos Históricos do Teatro Brasileiro

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JANINE KONESKI DE ABREU

O Diabo São os Outros - A Relação entre Crítico e Criticado em

Três Momentos Históricos do Teatro Brasileiro

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JANINE KONESKI DE ABREU

O Diabo São os Outros - A Relação entre Crítico e Criticado em

Três Momentos Históricos do Teatro Brasileiro

Dissertação apresentada como requisito para a obtenção do Título de Mestre em Teatro no Curso de Pós-graduação em Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

Orientador: Prof. Dr. Edélcio Mostaço

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...07

O Diabo São os Outros - A Relação entre Crítico e Criticado em

...

1

O Diabo São os Outros - A Relação entre Crítico e Criticado em

...

2

...

9

Capítulo 1

...

9

1.1 A Palavra e a Encenação ... 9 3.2. A Polêmica ... 62

Bárbara Heliodora X Gerald Thomas

...

75

ANEXOS

...

86

Flávio Galvão ... 91 A LEI ... 92 O ATO OBSCENO ... 93 QUESTÃO ÚNICA ... 94 6.10. Entrevista com Armando Sérgio da Silva

... 129

6.11. Entrevista com Sábato Magaldi

... 132

19)O que o senhor falaria de Décio de Almeida Prado como crítico teatral?

139

6.12. Entrevista com Zé Celso

...

141

REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

Por cerca de dois anos trabalhei nas editorias de cultura dos jornais Diário Catarinense e A

Notícia, ambos de Santa Catarina. Durante este período pude perceber o descrédito dos artistas de

teatro para com a imprensa. A reclamação era quase generalizada sobre o espaço dado ao teatro nos jornais. A imprensa, segundo os artistas, dava pouca atenção a esta forma de arte, mas o maior problema era com a crítica teatral. Esta percepção se tornava mais estranha, já que naquela época (1992) não havia críticos teatrais em Santa Catarina. Quase como algo atávico, os que lidavam com o teatro reclamavam da crítica nacional, sendo que muitos daqueles nunca tinham tido seus espetáculos analisados por críticos.

Desta forma, ao fazer minha monografia de especialização1 pesquisei qual a origem das

divergências que ocorriam entre artistas e críticos. O meu maior questionamento foi acerca das razões do desentendimento entre os profissionais de teatro com relação ao trabalho realizado pela crítica teatral. Percebi que o que havia, naquele momento, virado preconceito, pelo menos por parte dos não-criticados, não podia ser analisado de forma geral. Sendo assim, neste trabalho busquei três casos-modelo, com razões de conflitos diferenciados para buscar melhor compreender os desentendimentos entre a classe teatral e a crítica de teatro. Os casos escolhidos foram: a saída de Décio de Almeida Prado de sua função de crítico, em 1968, depois que artistas devolveram os prêmios Saci em protesto à postura do jornal O Estado de S.Paulo em relação à censura; o embate entre José Celso Martinez Corrêa e Sábato Magaldi devido à análise do crítico ao espetáculo

Gracias, Señor e o conflito entre Bárbara Heliodora e Gerald Thomas, após a primeira haver dito

que ele não era bom autor, em 1993.

Depois de pesquisar em jornais, revistas e livros sobre os conflitos, entrevistei os envolvidos nos episódios. Sábato Magaldi e José Celso Martinez Corrêa foram entrevistados pessoalmente e suas respostas foram gravadas, assim como a entrevista do professor Armando Sérgio da Silva, entrevistado sobre o episódio envolvendo Sábato e José Celso por ter escrito um livro sobre o teatro Oficina. Bárbara Heliodora e Gerald Thomas receberam as perguntas através de e-mail. Bárbara respondeu desta mesma forma, Gerald Thomas optou por não responder. Para o caso de Décio de Almeida Prado e os prêmios Saci foi necessário entrevistar Bárbara e Sábato pelo lado dos críticos e José Celso e Augusto Boal pelos artistas.

1 A autora escreveu a monografia A Relação entre Críticos de Teatro e Realizadores Teatrais: um Embate de

(5)

A minha formação na área de Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo – facilitou o uso da técnica de entrevista oral e escrita dos personagens e participantes dos episódios aqui pesquisados. A forma jornalística de reportar fatos também me foi útil para remontar os acontecimentos. Também foi um hábito do ofício jornalístico o uso de citações para confirmar informações.

No Capítulo 1, apresento os obstáculos para a relação de críticos e artistas. No item A

Palavra e a Encenação, argumento que a linguagem da crítica, escrita, é diferenciada e não atinge

toda a gama da linguagem encenada, dificultando ao artista ver na análise do espetáculo o reflexo de seu trabalho. Em A Arte e A Indústria Cultural é mostrada a problemática em se discutir a arte em um veículo comercial. Em um periódico voltado para o lucro, a análise da arte está restrita ao que é conveniente comercialmente. Logo em seguida há o item Subjetividade versus Subjetividade, que mostra a diferença da maneira de ver e entender o objeto artístico para cada indivíduo. Estas diferenças de olhar, concluir-se-á, são na maior parte das vezes as responsáveis pelos conflitos.

Também está no Capítulo 1 a definição da crítica impressionista, utilizada como eixo central deste trabalho. Nos três capítulos seguintes são analisados os casos escolhidos em ordem cronológica. No capítulo 2 está o episódio envolvendo Décio de Almeida Prado e o prêmio Saci, no capítulo 3 a polêmica entre Sábato Magaldi e José Celso Martinez Corrêa, e no capítulo 4 o desentendimento entre Bárbara Heliodora e Gerald Thomas.

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REFERÊNCIAS

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