N .Z 00 .0 7 • R ev is ão : 0 1 • D at a: 2 2-01 -2 01 4 N.º 29/ CC /2015 N/Referência: PROC.: C. P. 68/2014 STJ-CC Data de homologação: 17-12-2014
Consulente: Conservatória do Registo Predial de …. .
Assunto: Dação em cumprimento, dação em pagamento, datio in solutum ou dação no lugar ou em vez do cumprimento [artigo 837.º CC] versus Dação em função do cumprimento ou datio pro solvendo [artigo 840.º CC] – Não exigência de equivalência entre o objeto prestado e o devido na dação em cumprimento – Valor a atribuir no título ao prédio dado em cumprimento – Obrigações fiscais.
Palavras-chave: Dação em cumprimento – Dação em função do cumprimento – Obrigações fiscais.
PARECER
Relatório
1. Refletindo o Sr. Conservador da Conservatória do Registo Predial de …. sobre a qualificação de um
documento particular autenticado com depósito eletrónico que titulou um contrato de dação em cumprimento,
coloca a questão de saber se as partes contratantes podem atribuir aos bens dados em cumprimento total com
vista à imediata extinção de uma obrigação um valor inferior a essa mesma obrigação ou dívida.
1.1. E, por decorrência, a de saber, qual o valor sobre que deve incidir o respetivo imposto do selo.
Pronúncia
1. A dação em cumprimento, admitida no artigo 837.º do Código Civil (CC), pode designar-se sinonimamente
como dação em pagamento, datio in solutum ou dação no lugar ou em vez do cumprimento
1e consiste na
1 Para que dúvidas não permaneçam, dação em cumprimento, dação em pagamento, datio in solutum ou dação no lugar ou em vez do cumprimento, designam exatamente o mesmo. Com efeito, no nosso direito, a denominação usual era dação em pagamento. Mas, a partir
do momento em que se atribui à palavra «pagamento» o significado de prestação pecuniária e doutrinalmente se aceita que a dação em cumprimento pode ter por objeto coisa diferente de dinheiro, preferiu-se denominá-la dação em cumprimento. No entanto, a doutrina
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prestação ao credor pelo devedor ou por terceiro de uma “coisa” diferente da devida, com o mesmo ou diferente
valor, com o fim de extinguir imediatamente a obrigação
2.
1.1. Portanto, a dação em cumprimento para ser causa de extinção de uma obrigação tem de encerrar dois
pressupostos: i) a realização de uma prestação diferente da que for devida; e ii) o acordo do credor relativo à
exoneração do devedor com essa prestação, isto é, o assentimento do credor para que a prestação diferente da
devida extinga imediatamente a obrigação
3.
1.2. Naturalmente que a prestação tem que ser diversa da que for devida, pois quando o devedor realiza a
prestação exatamente como está vinculado, cumpre a obrigação, nos termos do n.º 1 do artigo 762.º do CC.
Assim, enquanto no cumprimento o devedor realiza a prestação devida, extinguindo-se desse modo a obrigação,
na dação em cumprimento realiza coisa diversa da que é devida, em substituição desta, embora o fim também
seja o de extinguir a obrigação.
1.2.1. E a prestação destinada a substituir a que é devida pode ser da mais diversa natureza
4. O devedor pode
exonerar-se da obrigação transferindo para o credor a propriedade duma coisa diferente da que devia,
estabelecendo em seu benefício um direito real (por exemplo, o usufruto) ou um direito de crédito que o devedor
umas vezes menciona dação em cumprimento e outras vezes aquela outra designação. A este respeito cfr. ADRIANO VAZ SERRA, “Algumas
questões sobre dação em cumprimento”, Revista de Legislação e Jurisprudência, Ano 99, 1966, p. 97 e ss.
O mesmo se passa com o legislador que usa ambas as designações. A título exemplificativo refiram-se o artigo 1714.º, n.º 3 do CC [«É lícita, contudo, a participação dos dois cônjuges na mesma sociedade de capitais, bem como a dação em cumprimento feita pelo cônjuge devedor ao seu consorte.»] e o artigo 1.º da Portaria n.º 1126/2009, de 1 de outubro [«a possibilidade de utilização do procedimento especial de transmissão, oneração e registo imediato de prédios em atendimento presencial único, é igualmente aplicável ao negócio jurídico de dação em pagamento.»] que se reportam à mesma figura jurídica.
2 ANTUNES VARELA dá a seguinte noção: «A dação em cumprimento (datio in solutum), vulgarmente chamada pelos autores dação em pagamento, consiste na realização de uma prestação diferente da que é devida, com o fim de, mediante acordo do credor, extinguir
imediatamente a obrigação». No estudo do tema seguimos: ANTÓNIO RIBEIRO SIMÕES, “Algumas notas sobre a dação em pagamento”, Boletim da Faculdade de Direito (Suplemento ao Vol. XV), 1939, p. 252 e ss; ADRIANO VAZ SERRA,“Dação em função do cumprimento e
Dação em cumprimento”, BMJ, n.º 39, novembro, 1953, p. 25 e ss.; ADRIANO VAZ SERRA, “Algumas questões […]”, cit., p. 97 e ss; JOÃO DE
MATOS ANTUNES VARELA, Das Obrigações em Geral, Vol. II, 5.ª Ed., Coimbra: Almedina, 1992, p. 168 e ss.; JOSÉ CARLOS BRANDÃO
PROENÇA, Lições de Cumprimento e Não Cumprimento das Obrigações, Coimbra: Coimbra Editora, 2011, p. 24 e ss.; LUÍS MANUEL TELES DE MENEZES LEITÃO, Direito das Obrigações, Vol II, 8.ª Ed., Coimbra: Almedina, 2011, p. 185 e ss; e MÁRIO JÚLIO DE ALMEIDA COSTA, Direito das Obrigações, 12.ª Ed., Coimbra: Almedina, 2011, p. 1092 e ss.
3 Cfr. ANTUNES VARELA, ob. cit., p. 170 e MENEZES LEITÃO, ob. cit, p. 185-188.
4 Nesse sentido, RIBEIRO SIMÕES, ob. cit., p. 253-254 e 278, VAZ SERRA,“Dação em função do cumprimento e Dação em cumprimento”, cit., p. 36, nota 21, ANTUNES VARELA, ob. cit., p. 169-170 e MENEZES LEITÃO, ob. cit., p. 186.
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tenha sobre terceiro, ou ainda obrigar-se a prestar-lhe um facto. Pode igualmente ter por objeto uma prestação
pecuniária em substituição da prestação de coisa devida ou prestação de coisa em lugar de prestação
pecuniária. Daí a denominação também aceite de dação no lugar ou em vez do cumprimento.
1.2.2. Esclarecido que a prestação dada em cumprimento pode ser pecuniária, de coisa, de direito ou de facto,
parece-nos avisado falar sobre a diferença de valor que pode existir entre a prestação devida e a prestação
efetuada.
1.2.2.1. Desde logo, extrai-se do disposto no artigo 837.º do CC que a prestação de coisa diversa da devida
pode ser de valor igual ou superior à devida
5. Também a doutrina se refere a prestação com o mesmo ou
diferente valor
6, e, em particular, V
AZS
ERRA7,
sustenta que não se exige equivalência entre o objeto prestado e o
devido. Esclarecia o autor: «o credor e o devedor podem convencionar a extinção da dívida mediante a entrega
do outro objeto, quer este tenha o mesmo valor que o objeto devido, quer tenha valor superior ou inferior ao
deste. Em qualquer das hipóteses, há dação em cumprimento, desde que a intenção das partes seja a extinção
da dívida pela prestação do objeto dado em cumprimento.»
81.2.2.2. E continuava afirmando que «Para existir dação em cumprimento, não é indispensável, como se disse,
que o objeto entregue tenha um valor igual ao do devido, bem podendo as partes convencionar que, não
obstante a diferença de valor, aquele objeto é dado em cumprimento.» Ou seja, não obstante existir uma
diferença de valor entre as prestações, decisivo é que as partes acordem na imediata extinção da obrigação
existente
9.
5 Entenda-se assim: só com o consentimento do credor pode o devedor prestar coisa diversa da devida, ainda que esta seja de valor superior.
6 BRANDÃO PROENÇA define-a assim: «a dação em cumprimento, no seu sentido mais rigoroso, consiste na prestação pelo devedor (ou por terceiro), com concordância, expressa ou tácita, do credor, de uma “coisa” diferente da devida (por ex., António está obrigado a entregar a Bernardo uma pintura antiga e entrega-lhe um punhal, igualmente antigo, com o mesmo ou diferente valor).» Cfr. Lições de Cumprimento […], cit., p. 25.
7 Cfr. ADRIANO VAZ SERRA, “Algumas questões […]”, cit., p. 130 e ss., em análise à questão de saber se há um requisito da equivalência das prestações na dação em cumprimento.
8 Podemos referir ainda RIBEIRO SIMÕES (ob. cit., p. 287), que discorrendo sobre uma das condições objetivas de validade da dação em pagamento [a nova prestação] afirmava que a dação em pagamento é uma instituição cujo domínio é muito vasto e que se um credor pode desonerar o seu devedor sem nada receber dele, renunciando ao seu crédito, a renúncia ao crédito é um caso-limite de dação em pagamento.
9 E é nesse sentido, julgamos, que ANTUNES VARELA afirma que para que haja uma «pura dação em cumprimento, é essencial que, a despeito da diferença de valor objetivo eventualmente existente entre as prestações, estas tenham sido queridas pelas partes como
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1.3. Nessa medida, o segundo requisito para que haja dação em cumprimento, expressamente determinado no
artigo 837.º do CC, é o assentimento do credor na exoneração do devedor com a realização de prestação
diferente da devida
10. De facto, uma vez que o credor tinha direito à prestação devida, não se compreenderia
que fosse obrigado a receber outra prestação, mesmo que esta fosse de valor superior [cfr. artigo 406.º, n.º 1,
CC].
1.3.1. Em resumo, com a dação em cumprimento pretende-se a extinção imediata da obrigação, mas a regra é a
de que só pode existir com o consentimento do credor mesmo que a coisa dada em cumprimento seja de valor
igual ou superior ao da prestação devida. Diverge da dação em função do cumprimento porque esta visa apenas
facilitar o cumprimento da obrigação, conforme estatui o n.º 1 do artigo 840.º do CC.
2. Na verdade, a dação em função do cumprimento, dação por causa do cumprimento ou datio pro solvendo
11,
tem em comum com a dação em cumprimento o facto de pressupor também o consentimento do credor e de
consistir numa prestação diversa da devida, mas, ao contrário daquela, não tem como fim extinguir
imediatamente a obrigação.
2.1. O devedor, com o objetivo de tornar mais fácil ao credor a satisfação do seu crédito, entrega-lhe uma coisa,
cede-lhe um crédito ou outro direito ou assume uma nova dívida. Com essa prestação entregue em função do
cumprimento ou pro solvendo o credor pode procurar a satisfação do seu crédito, por exemplo, vendendo a
coisa, cobrando o crédito cedido, obtendo o cumprimento da nova dívida. Porém, a dívida inicial não fica extinta
pela entrega, cessão ou pela constituição da nova dívida, só o ficando aquando do cumprimento efetivo do valor
devido (cfr. artigo 840.º, n.º 1, in fine)
12.
equivalente ou correspetivo uma da outra. De contrário haverá uma doação, tendo por base de apoio uma dação em cumprimento (ob.
cit., p. 177). Ora, já VAZ SERRA explicitava que quando o objeto entregue em cumprimento tivesse valor superior ao do objeto devido (e
não na situação oposta) podia acontecer que houvesse, além de uma dação em cumprimento, outro negócio jurídico, por ex., uma doação. Isto é, podia suceder que a intenção das partes fosse, designadamente, fazer uma doação daquilo que, no valor do objeto entregue, excedesse o valor do objeto devido. Haveria assim, uma doação mista (negotium mixtum cum donatione), ou seja, uma doação que continha, ao mesmo tempo, um negócio a título oneroso, a dação em cumprimento (in “Algumas questões […]”, cit., p. 130).
10 Por esse motivo ANTUNES VARELA (ob. cit., p. 171) expressa: «Uma vez verificado o duplo requisito que se desprende da lei, a datio in solutum terá todo o cabimento, seja qual for a natureza da prestação debitória inicial e seja qual for o objeto da prestação diferente levada
a cabo, quer pelo devedor, quer por terceiro.»
11 Fórmulas igualmente aceitáveis, segundo VAZ SERRA in “Dação em função do cumprimento e Dação em cumprimento”, cit., p. 26-27. 12 V. VAZ SERRA, “Dação em função do cumprimento […]”, cit., p. 25-29. Para o Autor, a dação em função do cumprimento é um mandato conferido pelo devedor ao credor para liquidar a coisa ou o crédito dados pro solvendo.
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2.2. Portanto, o critério diferenciador das duas figuras há de ser o de se obter ou não, com a entrega de coisa
diversa da devida, a extinção imediata da obrigação.
2.3. Todavia, na prática, podem levantar-se dificuldades de interpretação da vontade das partes. Por isso, é
verdadeiramente importante que o titulador
13efetue uma completa interpretação da vontade das partes no
sentido de conhecer se por aquele ato a dívida ficou ou não imediatamente extinta com o ato substitutivo do
devedor
14.
3. Com o que ficou dito, consideramos então poder responder à primeira questão:
3.1. Num contrato de dação em cumprimento que tenha por objeto bens imóveis deve constar o valor do bem ou
dos bens, nos termos previstos no artigo 63.º do Código do Notariado. Todavia, o facto de o valor dos bens
dados em cumprimento (fixado nos termos da citada norma) ser inferior, igual ou superior ao valor da dívida não
obstaculiza a que estejamos perante um contrato de dação em cumprimento, desde que se verifiquem os seus
pressupostos: a entrega de uma prestação diferente da devida e o acordo das partes contratantes no sentido da
extinção imediata da dívida
15.
13 Quando a dação em cumprimento abrange bens imóveis deverá ser celebrada por escritura pública ou documento particular autenticado nos termos do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de julho. Podem também as partes celebrar procedimento especial de transmissão, oneração e registo de imóveis, de acordo com o Decreto-Lei n.º 263-A/2007, de 23 de julho, Portaria 794-B/2007, de 23 de julho e no artigo 1.º da Portaria n.º 1126/2009, de 1 de outubro, citado na nota 1.
14 E a interpretação da vontade das partes deve ir para além de avaliar se as partes pretendem uma dação em cumprimento ou uma dação em função do cumprimento. Isto é, ainda antes da titulação deve averiguar-se se o credor e o devedor pretendem outro negócio jurídico que seja causa da extinção da obrigação além do cumprimento, que representa o modo normal de satisfação do direito do credor (artigo 762.º, n.º 1, CC). É que, designadamente, o Código Civil menciona nos artigos 837.º a 873.º diversas causas de extinção das
obrigações além do cumprimento. Particularmente, a novação [objetiva] pode ser a causa de extinção visada pelas partes e que se pode
confundir com a figura da dação em cumprimento. Sobre a distinção V. ANTÓNIO RIBEIRO SIMÕES, ob. cit., p. 265-270, ADRIANO VAZ SERRA,
“Algumas questões […]”, cit., p. 98-99; ANTUNES VARELA, ob. cit., p. 171-172 e 227 e ss. e ALMEIDA COSTA, ob. cit., p. 1110-1112.
Em face da dúvida que pode suscitar, especificamente, a dação que tiver por objeto a cessão de um crédito ou a assunção de uma dívida, o artigo 840.º, n.º 2 estabelece duas presunções no sentido de que esses atos envolvem uma dação em função do cumprimento ou dação
pro solvendo.
15 Referimo-nos, naturalmente, ao regime geral. Porém, é necessário ter presente certos regimes especiais relativos à dação em cumprimento. É o caso, designadamente:
Do regime de extinção da dívida no caso da dação em cumprimento prevista nos artigos 21.º, 23.º e 24.º da Lei nº 58/2012 de 09-11, com as alterações operadas pela Lei nº 58/2014 de 25-08. Pode ler-se no artigo 23.º, n.º 1, a), da Lei nº 58/2012 citada e que criou um regime extraordinário de proteção dos devedores de crédito à habitação que se encontrem em situação económica muito difícil: «No caso da
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4. Quanto à questão relativa às obrigações fiscais é necessário ter em atenção o artigo 8.º, alíneas a) e b), do
Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (CIMT), que se refere à isenção de
IMT na aquisição de imóveis por instituições de crédito que derivem de atos de dação em cumprimento, e o
artigo 12.º, regra 5.ª, do mesmo Código que impõe que «Nas transmissões por meio de dação de bens em
pagamento, o imposto é calculado sobre o seu valor patrimonial tributário, ou sobre a importância da dívida
que for paga com os bens transmitidos, se for superior».
4.1. Quanto a imposto do selo importa ter em conta o artigo 9.º, n.º 4, do Código do Imposto do Selo (CIS) que
remete para a determinação da matéria tributável no CIMT e a verba 1.1. da Tabela Geral do Imposto do Selo.
*******
Com o que julgamos ter respondido às questões colocadas.
Parecer aprovado em sessão do Conselho Consultivo de17 de dezembro de 2014.
Blandina Maria da Silva Soares, relatora, António Manuel Fernandes Lopes, Luís Manuel Nunes Martins,
Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, Maria Madalena Rodrigues Teixeira.
Este parecer foi homologado em 17.12.2014 pelo Senhor Vice-Presidente do Conselho Diretivo, em
substituição.
das quantias entregues a título de reembolso de capital for, pelo menos, igual ao valor do capital inicialmente mutuado, acrescido das capitalizações que possam ter ocorrido; ou ii) O valor de avaliação atual do imóvel, para efeito de dação, for igual ou superior ao capital que se encontre em dívida;»
Da dação em pagamento nos processos de execução fiscal em que os bens dados em pagamento não podem ter valor superior à dívida exequenda e acrescido, ou, em caso de aceitação da dação em pagamento de bens de valor superior à dívida exequenda e acrescido, o despacho que a autoriza constitui, a favor do devedor, um crédito no montante desse excesso, nos termos do artigo 201.º, n.º 1, b) e n.º 9 do Código de Procedimento e de Processo Tributário; etc., etc.