• Nenhum resultado encontrado

Curso de História Bacharelado

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Curso de História Bacharelado"

Copied!
139
0
0

Texto

(1)

Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e

Artes - ICHCA

Curso de História– Bacharelado

Reitor: Valéria Correia Vice-Reitor: José Vieira

Pró-Reitor de Graduação – PROGRAD: Sandra Regina Paz da Silva

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes Diretor: Prof. Dr. José Edson Lino Moreira Vice-diretor: Prof. Dr. Alberto Vivar Flores

História Bacharelado Coordenador do Curso: Profª. Drª. Célia Nonata Vice-coordenadora: Profª. Drª Flávia Carvalho

Maceió 2016 (REFORMULAÇÃO DA PARTE DE EXTENSÃO EM

(2)

Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes História –

Bacharelado

Coordenação Colegiada do curso (2017-2019)

Titulares:

Profª. Drª. Célia Nonata(coord.)

Profª. Drª. Flávia Carvalho (Vice-coordenadora) Profª Drª Michelle Reis

Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Suplentes:

Prof.ª Ms. Clara Suassuna Fernandes Prof.ª Dra. Irinéia Maria Franco dos Santos Prof. Drª. Lídia Baumgarten

Prof. Drª. Arrisete Cleide Lemos Costa Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra

Discente:

Carlos Alexandre de Araújo Lemos Filho (titular) Allan de Sá Barreto de Freitas (suplente)

Representantes dos técnico-administrativos:

Cibelle Virginia da Silva Vasconcelos (titular) Karolina Nascimento (suplente)

1. Núcleo Docente Estruturante

Portaria nº 1.652 – outubro/2016 (publicado no BP/UFAL em outubro de 2016) Profª. Drª. Irinéia Maria Franco dos Santos

Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra Profª. Drª. Celia Nonata da Silva Profª. Drª. Flávia Maria de Carvalho Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Maceió, 2016 (Aprovação)

Maceió, 2018 (Execução)

Maceió, 2019 (Atualizado)

(3)

Coordenação Colegiada do curso e Núcleo Estruturante responsável pela atualização feita em julho de 2019

Titulares Bacharelado:

Profa. Dra. Raquel de Fátima Parmegiani Prof. Dr. Elias Ferreira Veras

Representante dos discentes Colegiado do Bacharelado

João Paulo (titular)

Gabriel Montilla (suplente)

Colegiado do Bacharelado:

Prof.ª Raquel de Fátima Parmegiani Prof. Elias Ferreira Veras

Prof.ª Ana Paula Palamartchuk Prof.ª Flávia Maria de Carvalho Prof.ª Célia Nonata da Silva

Suplentes Colegiado do Bacharelado:

Prof.ª Lídia Baumgarten

Prof.ª Irineia Maria Franco dos Santos Prof. Osvaldo Batista Acioly Maciel Prof. Anderson da Silva Almeida Prof. Antônio Alves Bezerra

Núcleo Docente Estruturante

Portaria nº 1.652 – outubro/2016 (publicado no BP/UFAL em outubro de 2016)

Profª. Drª. Lídia Baumgarten Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra Prof. Dr. Elias Ferreira Veras Prof.ª Drª. Ana Paula Palamartchuk Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Suplentes:

Prof. Dr. Anderson da Silva Almeida Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel

(4)

Universidade Federal de Alagoas

Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes

Curso de Bacharelado em

História

Projeto Pedagógico do Curso de

Bacharelado em História, elaborado com

objetivo de adequação às Diretrizes

Curriculares Nacionais.

Equipe Executora do Projeto:

Prof.ª Drª. Célia Nonata da Silva

Profª Drª Flávia Maria de Carvalho

Maceió, 2016 (Aprovação)

Maceió, 2018 (Execução)

Maceió, 2019 (Atualizado)

(5)

Sumário

Apresentação...6

1. Dados de identificação do curso...7

1.1 Contextualização regional da IES...10

1.1.2 Histórico do Curso ………11

1.2. Justificativa ………...16

1.3. Perfil do Egresso………..19

1.4. Habilidades, competências e atitudes………...…...20

2. CONCEPÇÃO DO CURSO……….…. 22

2.1. Objetivo Geral………..…...24

2.1.2. Objetivos específicos………... 25

2.2. Integração: ensino, pesquisa e extensão………...26

2.2.1. Laboratórios de Pesquisa...27

2.2.1.1. Laboratório Cinema e História - LACHis...27

2.2.1.2. Laboratório de Leitura e Outras Histórias...28

2.2.1.3. Centro de Pesquisa e Documentação Histórica - CPDHis...28

2.2.1.4.1. Revista Crítica Histórica...30

2.2.2. Grupos de Pesquisa...30

2.2.3. Laboratório de Informática...34

3. ORGANIZAÇÃO DA GRADE CURRICULAR: MATRIZ E PROPOSTA………….…..35

3.1.1 Matriz e proposta curricular...39

3.1.1.1 Ementas………...…...44

3.1.2 Proposta da Matriz curricular ………...82

3.1.3 Atividades Complementares………...85

4. Atividades de Curricularização da Extensão………...86

4.1. Programa de Extensão do Curso………...91

4.2. Atividades e Projetos de Extensão………...99

5. METODOLOGIA ...108

5.1. Das atividades………...…...113

5.2. Núcleo Docente Estruturante - NDE ...114

6. Avaliação...116

7. APOIO AOS DISCENTES………...…117

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………...120

(6)

Apresentação

O presente projeto pedagógico do curso de História Bacharelado tem como objetivo corresponder às principais expectativas dos docentes e discentes da Universidade Federal de Alagoas quanto ao aprimoramento do saber e da capacitação técnica e produtiva da universidade, contemplando as necessidades de atualização das demandas contemporâneas da produção historiográfica e a necessidade do próprio contexto social no qual estamos inseridos.

Quanto às demandas historiográficas atuais, dispomos nossa perspectiva nas metodologias a serem empregadas pelo curso de História em Bacharelado. Ampliando esta proposta apresentamos a atividade interdisciplinar que leve o desempenho docente ao conhecimento e às demandas historiográficas atuais.

Também, o presente Projeto Pedagógico do curso se insere nas demandas atuais legais que fomentam a necessidade de reformulação em determinadas situações que contemplamos no curso. Assim, a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação em Direitos Humanos – CNE/CP nº 08-2012, buscamos ampliar a discussão para as disciplinas específicas das áreas de História Contemporânea e áreas de História do Brasil, sendo possível trabalhar este eixo transversal em outras disciplinas e nas atividades interdisciplinares como proposto pelas Atividades de área, como consta na parte da Metodologia do PPC. Este procedimento também foi válido para a questão ambiental da Lei 9.795 de 2002, entendendo que a temática daí resultante pode e deve ser trabalhada por todas as disciplinas, perfazendo o assunto nas suas ementas e nas dinâmicas interdisciplinares. A exemplo, a ementa da disciplina de Contemporânea I, que contempla a discussão de Direitos Humanos, Meio Ambiente e Gênero, insere-se nesta preocupação do PPC do Curso para alcançar efeitos satisfatórios da Lei.

No aspecto da Lei nº 12.764 sobre a proteção da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista dispomos sobre o assunto no inciso ‘Avaliação’, como consta no presente Projeto.

Todo este aspecto de reformulação do curso de História Bacharelado e as demandas do CNE/CES nº 02 de 2007 (tempo de integralização) estão contempladas no aumento da carga horária das disciplinas do próprio curso, assim como as prerrogativas atuais do Conselho de Educação MEC.

(7)

Esta possibilidade curricular se dará a partir do primeiro semestre de 2018, e para tanto apresentamos os recursos e justificativas incluídas neste Projeto como argumento para um melhor aprimoramento do saber científico.

1.

Dados de identificação

Mantenedora: Ministério da Educação (MEC) Município-Sede: Brasília – Distrito Federal (DF) CNPJ: 00.394.445/0188-17

Dependência: Administrativa Federal

Mantida: Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Código: 577

Município-Sede: Maceió Estado: Alagoas

Região: Nordeste

Endereço do Campus sede: Campus A. C. Simões – Cidade Universitária, Maceió – AL Rodovia BR 101, Km 14. CEP: 57072-970

Telefone: (82) 3214-1100 (central) Portal eletrônico: WWW.ufal.edu.br

Unidade Acadêmica: Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes

Curso: História

Modalidade: Bacharelado em História Título oferecido: Bacharel em História

Nome da Mantida: Universidade Federal de Alagoas (UFAL) Campus: A. C. Simões

Município: Maceió Estado: Alagoas Região: Nordeste

Endereço de funcionamento do curso: Av. Lourival Melo Mota s/nºbloco 20 – Tabuleiro dos Martins, CEP: 57072-900

Portal eletrônico do curso: http://www.ufal.edu.br/ichca/graduacao/historia Portaria de Reconhecimento: Decreto nº 36.657/54

(8)

Carga Horária Total: em horas e hora/aula

Componentes

Curriculares

Hora aula 60 min

Ace

326

Fixas

2196

Eletivas

288

Estágio

Supervisionado

200

Atividades

Complementares

200

TCC

50

Total

2934

Duração: 4 anos (mínima) a 6 anos (máxima)

Vagas (anual): 40

Formas de Acesso ao Curso: A principal forma de acesso aos cursos da Universidade Federal de Alagoas é normatizada pela Resolução nº 32/2009 – CONSUNI – UFAL, de 21 de maio de 2009, que trata da adoção do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) como o Processo Seletivo da Universidade Federal de Alagoas. Outras resoluções e legislações nacionais normatizam as demais formas de ingresso no curso através de transferência, reopção, matrícula de diplomados, Programa de Estudantes – Convênio de Graduação etc, normalizadas pela Pró-Reitoria de Graduação.

Corpo Docente:

Prof. Dr. Anderson Almeida Prof. Dr. Alberto Vivar Flores

Profª. Drª. Ana Claudia Aymoré Martins Profª. Drª. Ana Paula Palamartchuk Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra

Profª. Drª. Arrisete Cleide Lemos Costa Profª. Drª. Célia Nonata da Silva

Profª Ms. Clara Suassuna Fernandes Prof. Dr. Elias Veras

(9)

Profª. Drª. Flávia Maria de Carvalho Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva

Profª. Drª. Irinéia Maria Franco dos Santos Prof. Dr. José Alberto Saldanha de Oliveira Prof. José Roberto Gomes da Silva

Prof. Esp. José Roberto Santos Lima Profª. Drª. Michelle Reis de Macedo Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Corpo Técnico Administrativo: Cibelle Virgínia da Silva Vasconcelos Karolina Nascimento

Josenilda Cavalcanti

Titulares:

Profª. Drª. Célia Nonata (coord.)

Profª. Drª; Flávia Carvalho (Vice-coordenadora) Profª Drª Ana Paula Palamartchuk

Prof. Dr. Gian Carlo de Melo Silva Profª. Drª. Raquel de Fátima Parmegiani

Suplentes:

Prof.ªMs. Clara Suassuna Fernandes

Prof.ª Dra. Irinéia Maria Franco dos Santos Prof. Drª. Michelle Reis

Prof. Drª. Arrisete Cleide Lemos Costa Prof. Dr. Antônio Alves Bezerra

Discente:

Carlos Alexandre de Araújo Lemos Filho (titular) Allan de Sá Barreto de Freitas (suplente)

Representantes dos técnico-administrativos:

Josenilda Cavalcante TAE (titular) Karolina Nascimento (suplente)

(10)

1.1. Contextualização regional da IES.

Com uma extensão territorial de 27.767.661 km², o estado de Alagoas é composto por 102 municípios distribuídos em 3 mesorregiões (Leste, Agreste e Sertão) e 13 microrregiões. De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, apresentava população residente de 3.120.922 habitantes, sendo 73, 64% em meio urbano.

O PIB per capita estadual era de R$ 6.728,00, em 2009, sendo o setor de serviços o mais importante na composição do valor agregado da economia com participação de 72%. Os 28% restantes estão distribuídos em atividades agrárias – tradicionalmente a policultura do Agreste, a pecuária no Sertão e o plantio de cana-de-açúcar na Zona da Mata, além do turismo.

Nesta realidade geográfica e social é criada a Universidade Federal de Alagoas – UFAL, é Pessoa Jurídica de Direito Público – Federal, CNPJ: 24.464.109/0001-48, com sede à Avenida Lourival de Melo Motas/nº, Campus A. C. Simões, no Município de Maceió, no estado de Alagoas, CEP: 57.072-970. A universidade foi criada pela Lei Federal nº 3.867, de 25 de janeiro de 1961, a partir do agrupamento das então Faculdades de Direito (1933), Medicina (1951), Filosofia (1952), Economia (1954), Engenharia (1955) e Odontologia (1957), como instituição federal de educação superior, de caráter pluridisciplinar de ensino, pesquisa e extensão, vinculada ao Ministério da Educação, mantida pela União, com autonomia assegurada pela Constituição Brasileira, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96 e por seus Estatutos e Regimento Geral.

Possui estrutura multicampi, com sede localizada no Campus A. C. Simões, em Maceió, onde são ofertados 102 cursos de graduação. O processo de interiorização, iniciado em 2006, expandiu sua atuação para o Agreste, com o Campus de Arapiraca e com Unidades Educacionais em Palmeira dos Índios, Penedo e Viçosa, com a oferta de 23 cursos. No ano de 2010, chegou ao Sertão com a instalação do Campus de Delmiro de Gouveia e uma Unidade Educacional em Santana do Ipanema, com oferta de 8 cursos presenciais.

Além dos cursos presenciais, há 11 ofertados na modalidade Educação à Distância, através do sistema Universidade Aberta do Brasil – UAB. A pós-graduação contribui atualmente com 31 programas de Mestrado e 9 de doutorado, além de cursos de especialização em várias áreas do conhecimento.

As atividades de pesquisa vêm crescendo anualmente com a participação de linhas e grupos de pesquisas que atuam em diversas áreas do conhecimento. A extensão contribui

(11)

com diversos programas e, assim como a pós-graduação, também aponta para um processo de expansão.

O ingresso dos estudantes na UFAL se efetiva por meio de processo seletivo através do ENEM e da plataforma SISU / MEC (Sistema de Seleção Unificada). Neste sentido, a inserção espacial da UFAL leva em consideração as demandas apresentadas pela formação de profissionais em nível superior, e a divisão do Estado em suas meso e microrregiões. Essa configuração espacial é contemplada com uma oferta acadêmica que respeita as características econômicas e sociais de cada localidade, estando as suas unidades instaladas em cidades pólo consideradas fomentadoras do desenvolvimento local.

Com o processo de interiorização, a UFAL realiza cobertura universitária significativa em relação à demanda representada pelos egressos do Ensino Médio do estado de Alagoas, à exceção do seu litoral norte, cujo projeto de instalação do Campus no município de Porto Calvo se encontra em tramitação no SESu / MEC.

1.1.2. Histórico do Curso.

O curso de Graduação em História da Ufal teve seu decreto de funcionamento autorizado em 30 de janeiro de 1952, sendo reconhecido quase dois anos depois, em 24 de dezembro de 1954. Todavia, o início das atividades do curso ocorreu antes mesmo da criação da Ufal, em 1961, isto porque em 1950 havia sido fundada a Faculdade de Filosofia de

Alagoas, à época instituída por Getúlio Vargas, sendo desta instituição a origem da

Universidade Federal de Alagoas. Na antiga FFA já havia o curso de História que foi remodelado a partir da inauguração da UFAL, com a criação do Centro de Humanidades, Letras e Artes (CHLA), hoje Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA). Atuando em regime presencial, a habilitação ofertada em 1954 era de um curso de bacharelado, já que naquela altura entendia-se que aqueles formados neste grau poderiam atuar no campo da pesquisa científica e no ensino (primário, colegial e superior, para usar a terminologia daquele momento). Assim, na prática, formava-se o historiador tanto com a habilitação em licenciatura como em bacharelado.

Entretanto, em 1971, quando houve uma reestruturação curricular, foi excluída a habilitação em bacharelado. À época, a principal argumentação utilizada para a exclusão do bacharelado da habilitação em História desta IES, teria sido o da suposta “estreiteza” do

(12)

mercado de trabalho para o pesquisador em âmbito regional e, mais especificamente, no Estado de Alagoas. Em 1992, os professores Clara Suassuna Fernandes, Patrícia Pinheiro (hoje professora da UFPE) e José Roberto Santos Lima elaboraram uma proposta para a nova implantação do curso. No entanto, a proposta acabou por ser alvo de resistências no interior do próprio Departamento, até ser finalmente rejeitada.

Da exclusão do bacharelado da habilitação e da matriz curricular do curso de História passaram-se mais de três décadas. Neste ínterim, as mudanças no contexto regional já haviam propiciado o desenvolvimento de condições necessárias para a pesquisa na área. No início do século XXI, cresceu, significativamente, a demanda reprimida em relação a esta formação e habilitação, e no próprio interior do corpo docente do curso intensificou-se o desejo coletivo a favor da reimplantação do Bacharelado. Naquele mesmo período, foram implantados dois cursos de especialização simultâneos na área de História nesta Universidade – o primeiro em História do Brasil e o segundo em História do Nordeste – e as matrículas nos exames de seleção superaram em muito as expectativas das coordenações dos cursos, o que por si só já se constituiu em indício significativo dos interesses e necessidades dos egressos da Licenciatura pela formação continuada.

Anos mais tarde, buscando um enquadramento nas novas orientações do MEC, que extinguiu o sistema de habilitações e implantava o de modalidades, o curso de História, em 2006, passou a ofertar duas modalidades de formação separadamente: Bacharelado e Licenciatura. Esta realidade atual visou dar conta das especificidades de formação, não eliminando a relação intrínseca ao longo do processo de desenvolvimento formativo entre pesquisa e acervo documental. Mas, por outro lado, proporcionou a peculiaridade da instituição e do curso no Nordeste, já que é um dos poucos que ofertam a modalidade Bacharelado na região.

Em face dessa questão, os novos projetos políticos pedagógicos davam conta também da reestruturação dos regimes dos cursos que ora funcionavam anualmente e que passavam a ter a estrutura semestral. No entanto, percebemos que as diferenças entre as modalidades: Bacharelado e Licenciatura, dificultavam a formação integral do estudante e muitas vezes inviabilizavam o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão como eixos basilares de integração da universidade com a sociedade. Neste sentido, aproveitamos a oportunidade para alterar as propostas teóricos-metodológicas com atualizações de ementas, organização de matriz curricular e enquadramentos em determinações legislativas do MEC, de maneira a aproximar os currículos e o perfil teórico metodológico das duas modalidades.

(13)

Portanto, o penúltimo Projeto Pedagógico do Curso de História é o resultado das alterações ocorridas no transcorrer deste curso no interstício de 2006 a 2011, que passaram por avaliações e análises entre os anos de 2014 a 2015. Ele resulta de um intenso processo de reflexão entre o corpo docente, que ganhou nova configuração ao longo desses anos configurando um quadro coeso e completo, apresentando-se em 2015 com dezenove docentes, dos quais quatorze portadores do título de doutor.

Apontamos, pois, os pontos considerados como prementes necessidades para o desenvolvimento e aprimoramento das metodologias e técnicas de pesquisas componentes do ofício do Bacharel em História:

1) Busca de produção científica através de pesquisas conjuntas entre o corpo docente e discente, tendo como locus privilegiado a orientação das atividades realizadas no âmbito das disciplinas de Estágio Supervisionado I e II.

2) Valorização das práticas de interdisciplinaridade, o que inclui a adoção de metodologias de pesquisa diferenciadas que possam fornecer aos alunos instrumentos de identificação, classificação, organização e interpretação dos mais diferenciados tipos de documentos.

3) Criação de mecanismos que aproximem os alunos do curso às instituições de salvaguarda, preservação, restauração e divulgação de fontes. Fazendo com que os egressos adquiram capacitação necessária para o exercício de suas funções no mercado de trabalho.

4) Compromisso com a qualidade do ensino no que tange às atividades de pesquisa histórica, no estado de Alagoas e no país.

5) Busca de integração dos conhecimentos teóricos e práticos, assim como a permanente atualização de conteúdos e dos processos relacionados às técnicas e métodos de pesquisa e utilização de acervos documentais de diferentes naturezas (manuscritos, impressos, iconográficos, materiais, orais, etc.).

6) Estímulos a programas de capacitação docente com propostas de atividades de extensão, pesquisa e aperfeiçoamento, que poderão ser oportunizados através dos núcleos de prática profissional do curso, como os Laboratórios e Grupos de Pesquisa.

7) Modernização dos recursos auxiliares para o ensino acadêmico e para o tratamento referente às fontes de pesquisa.

(14)

8) Valorização do conhecimento histórico em suas linhas de orientação e abordagens historiográficas presentes nos Grupos de Pesquisa e Laboratórios, assim como nas disciplinas que compõem a matriz curricular do curso.

9) Valorização do Programa e Pesquisa Científica, no qual docentes e discentes poderão colocar em prática seus projetos de pesquisa, visando o debate, trocas e experiências, atingindo dessa forma aprimoramento da produção do conhecimento histórico, utilizando-se do PIBIC e outros projetos e programas de fomento de pesquisa e extensão desta universidade.

É importante notar que outros eixos do curso serão levados em consideração dentro da proposta da valorização e da conscientização da relevância dos chamados “lugares de memórias”, elemento indispensável para o trabalho do historiador. Nesse contexto, instituições como Museus, Arquivos, Institutos Históricos, instituições de salvaguarda patrimonial etc, considerados como espaços de atuação do bacharel em História, devem fazer parte da rotina acadêmica de nossos alunos.

Assim, diante deste quadro viu-se a necessidade de uma reestruturação no Projeto Político Pedagógico do Curso visando não só uma maior aproximação com o curso de História-licenciatura, como também imprimir mudanças temáticas, teóricas, estruturais e aplicativas a esta modalidade. Há de se destacar que a renovação do quadro docente contribuiu para dar sustentabilidade a este projeto, seja em busca de melhor qualidade na formação do profissional em História, ampliando o foco nas atividades de pesquisa e dinamização dos grupos de estudos e/ou pesquisa que compõem o curso na atual conjuntura. Além disso, sabemos das dificuldades de afirmar a importância das Ciências Humanas num mundo contemporâneo marcado pela primazia do “paradigma galileano”, como nos mostrou Carlo Ginzburg em um dos seus artigos mais conhecidos (GINZBURG, 1990). Em contrapartida, insistimos na necessidade de encorajar nossos alunos a praticar, como defende Marc Bloch, o “ofício do historiador” (BLOCH, 2001), com o papel fundamental de difundir a consciência crítica acerca das relações dos homens com o mundo e com os outros homens no tempo. Logo, as necessidades constantes de redefinição e reinterpretação do conhecimento histórico obrigam, ademais, o profissional da área, não apenas a dominar os meios para a transmissão deste conhecimento, mas também a atuar em sua construção, análise e crítica.

(15)

No ano de 2015, após a reformulação do PPC do curso de Licenciatura em História da UFAL, foi identificada a necessidade de uma adequação do presente PPC do curso de Bacharelado. Isso se deu devido a exigência do MEC de que o curso cumpra uma carga horária mínima de 2400 horas. Dessa forma a disciplina Estágio Supervisionado foi dividida em duas novas disciplinas: Estágio Supervisionado I e Estágio Supervisionado II com carga horária cada uma de 100 horas, o Trabalho de Final de Curso também teve sua carga horária aumentada para 100 horas em função da necessidade de mais tempo para a realização de pesquisas, análise crítica, elaboração de quadro conceitual adequado para a leitura e interpretação das fontes, e para a escrita do TCC. Também, as cargas horárias de todas as disciplinas, sendo obrigatórias e ou eletivas, foram padronizadas, passando a ter 72 horas. Consideramos que dessa forma passamos a contar com mais ferramentas que possam contribuir para a formação de historiadores.

Por não haver ainda uma norma de regulamentação das ações de extensão como componente curricular obrigatório nos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação da UFAL no momento da aprovação deste no CONSUNI UFAL, a coordenadoria dos cursos de graduação, CCG, emitiu um parecer (em anexo) em que indicando a sua aprovação, mas com a ressalva de que seria necessário fazer ajustes na parte referente à curricularização da extensão para adequá-lo à resolução que estava em processo de construção naquele momento (Resolução nº 04/2018, aprovada em 19/02/2018). Respondendo a esta demanda em julho de 2019 o NDE do curso de História Bacharelado fez alterações em carga horária e das ementas das ACEs, assim como de partes do texto que fazem referência à curricularização das ações de extensão.

Daí a defesa fundamental, contida neste Projeto Pedagógico e visível em sua estrutura curricular, que é a de possibilitar aos seus concluintes uma formação plena como historiador – historiador e pesquisador –, mesmo dentro dos limites colocados por um curso de Bacharelado, de forma a garantir a indissociabilidade entre a produção do conhecimento teórico-empírico praticada na pesquisa e sua difusão crítico-reflexiva através do exercício de mecanismos de exposição destes resultados (publicações, palestras, conferências). Em face dessas prerrogativas, nota-se ainda que o conceito de sujeito histórico politicamente ativo – indicativo norteador do curso de História, consciente de seu papel na construção do conhecimento, deve atuar em projetos que busquem sua divulgação para diferentes públicos alvos, extrapolando dessa forma os círculos acadêmicos e fornecendo material consistente e crítico para os processos de educação e informação da sociedade como um todo.

(16)

Outro desafio que se deve colocar no presente documento é o da valorização e melhoria da qualidade das atividades de pesquisa histórica na Universidade e nas respectivas instituições incumbidas de salvaguarda e preservação de acervos e suas mais variados funções. Nas atividades de prática profissional que serão desenvolvidas ao longo do curso, serão incrementados procedimentos metodológicos que facultem o aprimoramento de técnicas relevantes para a formação do historiador.

Por seu turno, as práticas profissionais correspondem a uma incessante tentativa de levar o estudante de História a uma posição crítica face à realidade social vivenciada por ele e por outros que o cerca. O fato de vivermos em uma sociedade que ainda se fazem presentes preconceitos de classe, étnicos e sexistas nos faz pensar na importância de debater o significado da invisibilidade à qual, durante muitos anos, no curso de História, ficaram relegados trabalhadores, negros, indígenas, mulheres e outros sujeitos históricos e sociais. Vale dizer que esta História das ausências assumiu um lugar nas argumentações e opções de sujeitos e no senso comum, e muitos ainda a utilizam, reproduzindo uma História construída de cima para baixo, dando ênfase às elites políticas e econômicas. Por esse viés, recorremos à tão bem empregada frase de Walter Benjamin: é preciso “escovar a história a contrapelo”1 para que de fato os estudantes do curso possam se identificar como sujeitos histórico, sociais e agentes de transformação.

1.2.

Justificativa

.

A história é um conhecimento científico dotado de características teóricas e metodológicas próprias. Por isso faz-se necessário conhecer a historicidade dela como ciência, assim como suas implicações metodológicas diferenciais. Ou seja, é campo de conhecimento que foca um problema particular e/ou um conjunto de fatores particulares, assim como foca na experiência humana e em grupos sociais de um tempo e lugares específicos e determinados. Ela é a presença em nossas vidas porque vivemos num contexto histórico-social carente de interpretações e definições dele mesmo quanto ao seu cotidiano. Ao mesmo tempo, porém, falamos do ‘fazer história’ (não apenas vivê-la em seu pleno significado existencial), que sugere uma perspectiva teórico-metodológica, inquirições do

1 BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. 4ª edição, vol. 1. SP: Ed.

(17)

saber específico e elementos que classifiquem o conhecimento histórico. Ora, é dentro desta perspectiva acadêmica que se debruçam nossos desejos e inquirições, lançando sobre elas, ao mesmo tempo, novas luzes para um conhecimento singular, privilegiado de análise sistêmica sobre o assunto e organizado de forma a reconhecer a importância da história tanto como memória, quanto como disciplina.

Assim, a proposta do presente Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em História da UFAL insere-se nas demandas atuais do Ministério da Educação e orientada por elementos da consciência histórica e acadêmica pertinentes às mudanças historiográficas e às novas produções do conhecimento histórico. É meta, também, persistir na busca por melhores desempenhos educacionais para as graduações em bacharelado no país, principalmente, para Alagoas. Segundo estas prioridades efetivas do Ministério da Educação, os cursos de graduação têm sofrido algumas importantes mudanças em sua estrutura curricular, bem como em sua própria concepção do que se entende por bacharelado e as suas atividades, abrangendo um conhecimento interdisciplinar e multidisciplinar. Isto inclui atividades e demandas das práticas profissionais que possibilitem o desenvolvimento do conhecimento histórico, privilegiando as capacidades e as habilidades do curso aos graduandos. Tais modalidades estão permitidas e aprimoradas neste projeto de curso, visando acompanhar as novas demandas educacionais e, principalmente, pensando na melhoria qualitativa da educação para a Universidade Federal de Alagoas.

A necessidade de profissionais qualificados, cujo perfil será de compromisso com a memória histórica, com a sociedade e suas mudanças culturais e responsabilidade com as políticas educacionais, será parte de intensa preocupação do curso. A formação dos graduados estará, assim, direcionada aos profissionais bacharéis, considerados qualificados para sua área de ensino. Também, buscamos ampliar as capacidades dos estudantes oferecendo disciplinas entendidas como conhecimento histórico. Entendemos que o campo de conhecimento da Histórico necessita de atividades práticas que serão realizadas sob orientação de disciplinas específicas e capacitadoras de conhecimento, a partir da oportunidade concentrada nas horas de Estágio Supervisionado auferida pelo MEC. Vale lembrar que as atividades de prática profissional serão sustentadas e orientadas dentro do arcabouço teórico-metodológico do conhecimento historiográfico, considerando-se indissociável o ensino e a pesquisa para produção do conhecimento.

Devemos considerar que ensino e a investigação científica são bases para que os graduandos possam transformar seu meio social. Promotores da cidadania e, como tais,

(18)

empenhados em um país melhor. A consciência reflexiva, a preparação para o espírito crítico e a consciência de sujeito atuante em sua realidade histórico-social está sendo privilegiada neste Projeto Pedagógico, ampliando as oportunidades de expansão de suas capacidades e habilidades adquiridas no tempo de graduação. Uma reflexão consciente para sua realidade histórica e social e considerando a sua bagagem acadêmica adquirida no curso como base da formação da cidadania consciente e atuante. O curso parte destas questões para posicionar-se na formação ao graduando de forma dar possibilitar que este deposicionar-senvolva habilidades próprias ao pesquisador em história.

O Curso de Bacharelado em História tem como preocupação primordial desenvolver, através deste arcabouço conceitual, a racionalidade reflexiva e a consciência histórica e política dos graduandos e aprimorar as possibilidades de uma educação reflexiva. Esta trama matricial de conhecimentos e saberes será capaz de promover a integração entre a comunidade acadêmica e a sociedade, de tal maneira que os futuros profissionais de história possam atuar nas comunidades onde irão desenvolver sua prática profissional, se aprimorando nos estudos continuamente, de modo crítico, dispondo de uma bagagem de conhecimentos que os habilite às atividades relacionadas ao desenvolvimento de projetos educativos de cunho social e cultural. E, orientados politicamente serão capazes de promover o reconhecimento de uma comunidade acadêmica de qualidade, através de suas ações social e política, ativa e produtiva, contribuindo também para a construção da democracia no país. O Curso de História aqui proposto coloca-se como instrumento de ação social, ao mesmo tempo, valorização da memória, do patrimônio, da cultura brasileira e da própria história do país. Nisto, buscamos compreender as demandas atuais do curso de história para o Estado de Alagoas principalmente no que se refere à discussão e orientação de propostas que incrementem soluções para os mais diversos problemas relativos à educação e à formação do historiador, valorizando principalmente a atuação e compreensão da memória histórica de Alagoas, do patrimônio imaterial de nosso estado, das necessidades de renovação da própria disciplina, segundo o incentivo da prefeitura de Alagoas, contribuindo para a cidadania e a da democracia no nosso país.

A valorização da cultura, do patrimônio histórico do país, dos hábitos, costumes e discursos sociais e políticos dos universos macro e micro social, bem como as análises das tradições, dos imaginários e das mentalidades identificados nos processos de mudanças ou de permanências das formas culturais e das culturas políticas do país e da América Latina são elementos de referências e de análises do curso. Todos estes elementos são objetos de

(19)

interesse em nossa grade curricular, pois são tendências historiográficas atuais, de que não podemos nos separar.

Os nossos referenciais teórico-metodológicos, portanto, para o ‘pensar’ e a ‘memória documental’ do conhecimento historiográfico requer que primeiramente que se conceba a História como ciência, que tem seus conceitos, paradigmas teórico-metodológicos e experiências investigativas próprias. São estes elementos que dão legitimidade ao conhecimento e sua transmissão para a sociedade. E estamos falando de um meio social particular por ser inovador para a própria UFAL, e oportunizamos às demandas do próprio conhecimento histórico – que é regional – para que a excelência seja alcançada por ela.

O Curso de Bacharelado em História da UFAL pretende, então, habilitar profissionais capazes de atuar como agentes de transformação da realidade social, no sentido de participarem ativamente do processo de construção do conhecimento, patrimônio e memória. Para tanto, preparar profissionais cujo perfil se caracterizará pela competência teórica no conhecimento historiográfico, aliada à capacidade de análise e reflexão social do seu meio e do seu tempo, para a transformação e formação de uma realidade social cidadã. O sentido crítico, a análise reflexiva da memória histórica e compreensão dialética do processo histórico serão os eixos da prática bacharelesca para a habilitação de profissionais, marcados pelo compromisso com a memória histórica e com o exercício da democracia. Este compromisso social é, atualmente, reivindicado por historiadores como Eric Hobsbawm (2003) que nos chamam a atenção para a nossa inserção social.

1.3. Perfil do Egresso.

O bacharel em História terá como suporte teórico-metodológico os elementos que sustentam o ofício do historiador, tanto em sua instância investigativa, como em seu perfil de pesquisador (entendido aqui de maneira conjunta e entrelaçada aos domínios do saber historiográfico); bem como do domínio da historiografia clássica e contemporânea, busca-se uma formação que possibilite ao profissional:

1. Possuir o domínio teórico, metodológico, historiográfico e de manuseio documental que norteia a atividade do profissional em história, para sua aplicação em atividades de pesquisa institucional e em ambientes de acadêmicos (palestras, congressos, colóquios, mesas-redondas e debates)

(20)

2. Ter noção dos conhecimentos interdisciplinares dos campos da história para sua utilização em objetos de análise, proporcionando um amplo domínio científico multidisciplinar. 3. Auxiliar na preservação do patrimônio histórico e cultural (especialmente da sociedade alagoana) através de assessoria, contribuições em produções artísticas, atividades de dinamização do turismo, participações em comitês científicos, ação em movimentos político-culturais e investigações histórico-sociais.

4. Estimular a consciência crítica-social através das interpretações, (re)leituras e discussões do passado/presente histórico, objetivando o estabelecimento de autonomias intelectuais tanto do historiador como dos homens e mulheres inseridos nas sociedades contemporâneas. 5. Estabelecer relações e interações das mais variadas formas com a sociedade que o circunda, estimulando diálogos com as estruturas organizacionais políticas, econômicas e culturais que visem reflexões avaliativas a serem aplicadas no conhecimento histórico-social.

1.4. Habilidades. Competências e atitudes.

As habilidades, competências e atitudes do profissional de história a ser formado se esmeram no campo da pesquisa, nas habilitações para a pesquisa documental, na preservação dos acervos documentais e na memória historiográfica, bem como na constituição da difusão do conhecimento. Neste sentido, tem-se como orientação a sugestão de Regulamentação da Profissão do Historiador através do projeto de lei do senado nº 368/2009 cujo referendo tem sido feito pela Associação Nacional dos Profissionais de História (ANPUH) e que atualmente encontra-se em finalização de aprovação.

Desta feita, entende-se que a atividade profissional do historiador deve ser vista de forma ampla e indissociável na relação entre pesquisa, extensão, sustentada pela garantia de uma universidade pública, estatal e gratuita com uma formação crítica e dialética em termos socioculturais.

Assim, em termos gerais, busca-se que o profissional de história a ser formado possa: 1. Conhecer um conjunto significativo de conteúdos históricos em suas mais variadas vertentes (teóricas, metodológicas, historiográficas, conceituais e empíricas) para imprimir uma relação crítica aos objetos de análise histórica a proporcionar uma consciência crítica acerca da sociedade no qual está inserido.

(21)

2. Valorizar os princípios da ética democrática a fim de respeitar os mais variados sujeitos históricos, problematizando suas experiências e suas relações nas contingências espaciais e temporais.

3. Considerar a relação com as outras áreas de conhecimento interdisciplinares a história, buscando uma articulação entre o pensar, os objetos de análise e as práticas profissionais. 4. Auxiliar na construção de projetos em suas mais variadas instâncias da atuação histórica (oficinas, laboratórios, museus, prefeituras, escolas, arquivos, etc.) que promovam uma reflexão crítica e dialética da sociedade, dos homens e da relação sociocultural.

5. Dominar os recursos da tecnologia da informação para ampliação dos resultados de pesquisa e aumento dos raios de ação dos objetos de análise.

No que toca as habilidades específicas:

1. Conhecer as características e as metodologias das diversas fontes históricas (manuscritas, impressas, orais, iconográficas, digitais e cultura material) para adequações teórico-conceituais para compreensão do presente/passado histórico.

2. Recolher, guardar, classificar, preservar e tornar acessível às diversas fontes históricas, visando a preservação do patrimônio histórico e maiores possibilidades de (re)construções das visões do passado/presente.

3. Considerar a importância da constante atualização das bibliografias produzidas a respeito dos diversos processos históricos, possibilitando a renovação do conhecimento das fontes históricas.

4. Desenvolver a pesquisa, a produção do conhecimento e sua difusão não só no âmbito acadêmico, mas também em instituições de memória, museus, em órgãos de preservação de documentos e no desenvolvimento de políticas e projetos de gestão do patrimônio cultural. 5. Desenvolver atividades profissionais autônomas, de modo a orientar, dirigir, avaliar, assessorar, prestar consultoria e emitir pareceres de conteúdos históricos.

No que se refere aos recursos de tecnologia da informação, o curso de história, em sua modalidade de bacharelado, entende que a aplicabilidade destes objetos dar-se-ão nas disciplinas práticas do curso (Estágio Supervisionado, Métodos da História, Seminário de Conclusão de Curso e Fontes Históricas), onde o discente poderá experimentar os usos tecnológicos na atuação do campo do historiador.

(22)

2. Concepção do Curso.

A concepção do curso de Bacharelado em História insere-se nas abordagens historiográficas contemporâneas: a história Social e a tendência francesa, a Escola dos Annales, contrapondo-se aos outros princípios metodológicos da Escola Tradicional ou positivista. Estas concepções historiográficas em muito contribuíram, a seu tempo, com as interpretações históricas para o país. A consciência da nação e da nacionalidade foram tidas a partir do incremento do IHGB e do positivismo nas escolas brasileiras. A crítica viria com o movimento modernista e sua tentativa de renovação cultural e acadêmica. Já o marxismo influenciou muito as concepções não apenas para um saber específico, mas toda uma academia e um tempo. As experiências de modernização e a consciência de crise econômica seriam entendidas e vivenciadas como elementos de superação ao subdesenvolvimento econômico brasileiro. Em muito o paradigma marxista contribuiu para a certificação de uma realidade brasileira necessitada de mudanças, e muito a historiografia brasileira se empenhou nesta representação social e expectativa do novo e da ruptura. A cultura historiográfica bebia desta fonte de conhecimento inquieto e persistente, com orientações otimistas de superação e divisão do poder oligárquico brasileiro. Nisto, os livros didáticos contribuíram para o ensinamento de uma nova postura do que seria a cidadania e a democracia, que são absolutamente questionados.

Entende-se, portanto, uma necessidade de atualização da história do Brasil que se desloca principalmente para o interesse do conhecimento histórico e da construção desse conhecimento com base em um passado remoto que faz parte de nossa memória histórica. A atualização na história enfatiza as formas e orientações do conhecimento ante a crise paradigmática nas linhas básicas que orientaram a historiografia tradicional. Essa mudança na cultura historiográfica consiste não apenas no afrontamento da sua tradição positivista e do relativismo teórico depois da derrocada dos modelos conceituais marxistas. Mas existe sim em uma necessidade de novas oportunidades para a pesquisa e investigação histórica e novas propostas metodológicas, onde a narrativa e a teoria ganham lugares privilegiados nas discussões acadêmicas. A nova consciência histórica surgiu a partir da proposta da revisão marxista proposta pela História Social e da Escola dos Annales, que tende a se dispor como uma matriz epistemológica mais palpável às necessidades dos novos objetos e novas fontes que se abrem ao conhecimento histórico. A necessária revisão não se explica apenas pelo

(23)

fato de o problema ser metodológico, mas das relações latentes entre teoria e narração, pois vivemos numa época das microrrelações intersubjetivas e do imperativo relativista, o que entendemos como elementos da pós-modernidade. A questão é compreender estes percalços e ressignificá-las, mantendo uma relação dialógica entre prática e teoria. Neste sentido, a

história cultural tende a nos oferecer novas possibilidades e significações.

Esta opção tende a oferecer um conjunto de expectativas abrangentes e pressupostos de trabalhos, além de ser a Escola dos Annales na sua terceira fase de produção historiográfica entendida como História Cultural como preferencial nos departamentos de História das academias brasileiras, principalmente nas regiões sudeste e sul do país, onde as análises historiográficas têm oportunizado com mérito muitas discussões pertinentes até no exterior. Nossa preocupação está orientada pela necessidade atual em oportunizar as interpretações e ampliar o arcabouço teórico para a historiografia brasileira, acompanhando as mudanças necessárias ao melhor desempenho para o curso. Assim, a afirmação mais contundente seria dizer que buscamos criar um curso empenhado em discussões acadêmicas e, oportuno a propostas de elaboração reflexiva.

Uma das maiores revoluções foi sentida pela noção de documento histórico atualmente. A ampliação dos conceitos das fontes documentais e do documento histórico possibilitou uma ampliação nas capacidades intelectuais e investigativas do conhecimento histórico. Com isto, a possibilidade de pesquisa para o historiador ampliou-se e revalorizou-se no mercado, contribuindo para o reconhecimento da profissão e do interesrevalorizou-se de muitos para a história mundial e de seu próprio país. A revolução documental dos Annales possibilitou novas incursões pela história desconhecida até então. Mas, o importante é sabermos que toda esta mudança nos obriga a responsabilidade com o ensino e com as possibilidades de interpretação destas fontes. Fornecer as bases sólidas dos argumentos teórico-metodológicos é, de fato, algo que deve preocupar a estrutura curricular dos cursos de história.

A expectativa por novas oportunidades para os historiadores, aberta pela revolução documental trouxe, também, o surgimento de algumas linhas específicas de trabalho e pesquisa. Dentre estes, a memória tem se revelado como uma linha específica de trabalho historiográfico, assim como a descoberta da história de gênero, revelando as mulheres na sociedade, o meio ambiente como espaço de identidade e reciprocidade cultural, as representações e os imaginários como análises macro e estruturais, que compreendem as

(24)

permanências e as tradições. Tudo isto é fascinante ao trabalho do historiador, e está contemplado em nosso Projeto de curso.

Podemos afirmar que o presente Projeto Pedagógico para o curso de Bacharelado em História da UFAL vem ao encontro de tais necessidades e propostas de mudanças historiográficas presentes na concepção do conhecimento historiográfico como saber socialmente construído e informado por seu meio social (DE CERTEAU,1998); na recepção teórico-metodológica referenciada pelas atuais produções do conhecimento historiográfico e pelas necessidades de estudos regionais e pelas demandas do mercado em profissionais competentes e capazes para o bacharel em História. Demandas estas que orientaram a construção das linhas mestras deste projeto, tendo o cuidado em não cair na tentação das oportunidades e expectativas das incoerências dos modismos acadêmicos.

Neste sentido, o nosso compromisso com a estrutura curricular do curso de Bacharelado em História tem por preocupação a formação não apenas de profissionais considerados qualificados para sua área específica, mas que serão orientados às atividades de investigação científica, concentradas nas Práticas Profissionais contempladas no curso e orientadas pelas disciplinas afins e em horários oportunos para os alunos dentro das linhas de orientação para os trabalhos acadêmicos definidas pelos grupos de estudos, CPDHis e outros outras atividades extensionistas como suporte às atividades “extraclasse”, validadas pela carga horária requerida pelo MEC. Além disso o Curso apresenta uma proposta extensionista inserida na Grade curricular que fornece amparo as atividades requeridas pelo MEC. Portanto, estas atividades são almejadas no curso por serem captadas e orientadas com o intuito de desenvolver as atividades de prática profissional como reflexão histórica. Abrimos, assim, oportunidades para a competência profissional dos graduandos, inserindo-os nas atividades de monografia, pesquisa e outrinserindo-os projetinserindo-os.

2.1. Objetivos.

2.1.1. Objetivo Geral:

O curso de Bacharelado em História da UFAL habilitará profissionais capazes de atuar como agentes de resguardo à memória histórica e de transformação da realidade social, no sentido de participarem ativamente do processo de construção do conhecimento, bem como do entendimento da dinâmica histórica de seu próprio país. Para tanto, o bacharelado em História preparará profissionais pela competência teórica e analítica, sentido crítico e

(25)

compreensão dialética do processo histórico, tendo como eixo da prática arquivística de profissionais capazes do seu exercício, e com o compromisso e responsabilidade com as mudanças sociais e o exercício da democracia.

Neste sentido, visando o aprimoramento do conhecimento e das atividades do conhecimento histórico, nosso objetivo é o acolhimento no trato interdisciplinar e multidisciplinar, promovendo o enriquecimento dos currículos dos graduandos e das oportunidades de continuação de seu conhecimento. Junte-se a isto nossa preocupação em formar um bacharel que tenha empenho em pesquisas e projetos investigativos em suas áreas de interesse.

Reconhecemos, pois, que um dos objetivos principais está o de preparar o graduando para as habilidades em sua profissão e, como tal, competência como sujeito atuante e transformador em seu meio social no resguardo da memória histórica e seu conhecimento.

2.1.2. Objetivos específicos:

Segundo a proposta deste Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em História pela UFAL, os objetivos específicos do curso em relação às inserções institucional, política, geográfica e social podem ser assim definidos, tais como:

a) Institucional:

* Contribuir de forma direta para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e extensão da universidade como um todo;

* Contribuir na aproximação do corpo discente com as instâncias que compõem a UFAL e ajudar no resgate da história da IES e do Estado de Alagoas;

* Favorecer a interdisciplinaridade, tanto no interior do ICHCA – Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes – ao qual o curso pertence, como num âmbito inter-unidades. Reconhecendo a História como um campo extremamente vasto de saber e reflexão crítica, que pode abranger praticamente todas as demais áreas do conhecimento, exercitar estas abordagens inter e transdisciplinares;

b) Política:

* Através das atividades de organização, tratamento, restauração e análise crítica de corpus documentais, promover o sentido de ação política da atuação do historiador.

(26)

* Através das instâncias de pesquisa, promover o sentido de ação política da atuação do historiador;

c) Geográfica:

* Resgatar o estudo e a pesquisa da história regional, promovendo a ampliação e desenvolvimento do debate acerca das particularidades específicas do Nordeste brasileiro e do Estado Alagoano.

d) Social:

* Promover uma reflexão crítica que suscite a identificação e desenvolvimento da questão da cidadania;

* Promover uma reflexão crítica que suscite a identificação dos conflitos e movimentos sociais brasileiros;

* Contribuir, através do estudo sistemático das condições históricas de formação da sociedade brasileira, nordestina e alagoana, no sentido da redução das desigualdades sociais e dos preconceitos étnicos, religiosos e de gênero.

* Desenvolver e ampliar as capacidades dos grupos de pesquisa do curso, dos centros de documentação como o CPDHis atuantes no curso, através de pesquisas, trabalhos de TCC e outros.

2.2. Integração: ensino, pesquisa e extensão.

A proposta de integração dos elementos acima é apresentada pelo Curso de Bacharelado em História, primeiramente, a partir das disciplinas da grade curricular com o item relativo a ‘ensino’. Assim, a pesquisa e a extensão são apresentadas a seguir, obedecendo ao PDI 2013-2017 da instituição. Com a formação de laboratórios de pesquisa e extensão (Laboratório de Cinema e História – LACHis, Laboratório de Leitura e Outras Histórias, CPDHis - Centro de Pesquisa e Documentação Histórica e a Revista Crítica Histórica), cujas atividades se desenvolvem no âmbito do curso; e a consolidação nos últimos anos dos grupos de pesquisa certificados pela UFAL (Núcleo de Estudos Sociedade, Escravidão e Mestiçagem – NESEM, Documentos, Imagens e Narrativas, História Social e Política, História Social do Crime, Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo – VIVARIUM – UFAL, Laboratório Interdisciplinar de Estudos das Religiões – LIER, e Laboratório de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros – LAHAFRO), articulam-se projetos e

(27)

programas institucionais de fomento e incentivo à pesquisa e extensão. Atuam também diretamente no curso os programas de cotas de acesso às vagas no ensino superior para populações de baixa renda, de origem afro-brasileira e ou indígena, assim como programas de permanência ao discente – como as bolsas de permanência de caráter social e o Programa ODÈ AYÉ para os cotistas.

Ainda disso, os Grupos de Pesquisa do curso de História Bacharelado elencados a seguir contribuem de forma exemplar na discussão das Diretrizes Curriculares Nacionais empenhando cada qual, em sua área específica, nas discussões temáticas de Direitos Humanos, educação ambiental, gênero, questões étnicas raciais. A exemplo o Grupo de História Social do Crime que debate as questões de violência de gênero e ainda, recentemente, um projeto aprovado com o estudo sobre violência policial e milícias de extermínio onde discutiu-se a atuação da polícia do estado de Alagoas dentro do Estado Democrático de Direito.

2.2.1 – Laboratórios de Pesquisa

2.2.1.1. Laboratório de Cinema e História – LACHis

A relação entre História e Cinema não se resume a filmes históricos. Vai muito além. História e Cinema são duas narrativas, dois fenômenos históricos que falam do presente, do passado ou do futuro. Estabelecem relações, arriscam ordenações lógicas o, por mais paradoxo que possa parecer, caóticas também. História e Cinema podem falar de um mesmo assunto, de um mesmo tema. Partindo destes pressupostos, o LACHis pretende fornecer ao curso de História, suporte para responder às questões, prementes ao ofício do historiador, de quais são as diferenças e semelhanças entre essas duas narrativas. Questionando de que forma elas dialogam e colaboram para a construção de identidades e subjetividades de um tempo.

Contando com uma sala que comporta vinte pessoas, um data-show e um telão, o LACHis estará disponível para as disciplinas do curso de História para a projeção de filmes, promovendo dessa forma reflexões sobre a História.

(28)

2.2.1.2. Laboratório de Leitura e Outras Histórias

O Laboratório de Leitura nasceu da antiga Biblioteca Setorial da História, criado em 2008 a partir do acervo localizado do CPDHis. Hoje conta com um espaço próprio, com computadores para acesso dos consulentes e acesso à internet. O ambiente possui mesas e cadeiras para consulta e pesquisas dos estudantes, professores e demais interessados. Gerenciado pela coordenação dos cursos de História (Bacharelado e Licenciatura) e o CPDHis, o laboratório tem sido não só um espaço de estudo dos discentes e docentes da graduação, como suas obras de tornaram uma referência a mais para o aprofundamento do processo de pesquisa bibliográfica. Localizado no próprio espaço do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte, é um lugar de fácil acesso para os alunos, o que facilita a integração do acervo com atividades de sala de aula, servindo de forma bastante efetiva para todas as disciplinas obrigatórias e eletivas do curso.

2.2.1.3. CPDHis - Centro de Pesquisa e

Documentação Histórica

É um centro científico de pesquisa e documentação histórica vinculado aos Cursos de História (Bacharelado e Licenciatura) do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA). Como espaço de pesquisa e acervo documental atende aos corpos docentes e discentes dos cursos de História e demais pesquisadores e professores internos e externos ao ICHCA e UFAL. Seus objetivos gerais são:

● Fomentar as atividades de pesquisa dos cursos de História da UFAL, facilitando o levantamento de fontes e dados para a realização de projetos de Trabalhos de Conclusão de Curso, Pós-graduação e pesquisas historiográficas sobre a História de Alagoas e Geral;

● Valorizar e divulgar a produção historiográfica dos cursos de História da UFAL; ● Propor cursos de extensão, minicursos, oficinas e palestras que trabalhem com temas

relacionados ao problema das fontes e seus diferentes usos para o ensino e a pesquisa de História.

O Acervo Digital, por seu caráter de facilitador ao acesso e divulgação via mídias de informação, agrega diversos materiais; por exemplo, obras completas de livre acesso (e-books), artigos científicos e monografias, enciclopédias, dicionários, etc.; disponibilizam-se catálogos de imagens, fotografias, manuscritos digitalizados, entrevistas e transcrições. A

(29)

tais fontes, veiculadas na Internet, Universidades e Centros de Pesquisa se permite o acesso para consulta no local e possível cópia aos interessados. Ressalta-se que a produção dos

alunos e professores do curso é, necessariamente, incorporada ao acervo digital, como

também os resultados dos eventos e atividades que geram produção no curso. Tais obras auxiliam os pesquisadores locais e professores (das redes públicas e privadas) tanto no acompanhamento das produções de outros centros de conhecimento quanto no compartilhamento com outros pesquisadores e professores os resultados de suas pesquisas.

O CPDHis, hoje tem trabalhado na construção do conteúdo das informações que comporão a sua página institucional no ICHCA, visando uma ampliação da divulgação do acervo, o maior acesso às obras digitalizadas e o conhecimento da comunidade acadêmica das atividades realizadas nos cursos de História da Ufal. No entanto, sua atividade principal se dirige à formação dos historiadores, sejam bacharéis ou licenciados e vinculado diretamente às disciplinas do eixo Teórico-Metodológico do curso.

Sobre a estrutura física, além da sala e de um computador conectados à rede, conta com mobiliário coletivo (mesas, cadeiras e birôs) para pesquisa, uma mesa de higienização e um scanner planetário.

Suas linhas de pesquisa são:

● História, memória e patrimônio documental: tem por objetivo produzir reflexões sobre a relação entre a História, a memória e o patrimônio documental no Brasil, em que se percebam as elaborações sociais sobre o lembrar, o esquecer ou silenciar, em que as disputas pela memória social são colocadas em diferentes períodos da História.

● Fontes históricas e produção do conhecimento: objetiva estudar, refletir a relação entre as diferentes tipologias das fontes históricas e a produção do conhecimento historiográfico, problematizando as questões epistemológicas neste processo. Suas linhas de extensão estão em consonância com o Programa de Extensão dos cursos de História (Bacharelado e Licenciatura): Formação de professores; Metodologias e

estratégias de ensino/aprendizado; Patrimônio Cultural, Histórico, Natural e Imaterial; Direitos Individuais e Coletivos; Grupos sociais vulneráveis.

(30)

2.2.2. Revista Crítica Histórica

Os Cursos de História possuem uma revista eletrônica: Revista Crítica Histórica. Criada em 2010, tem como autor coorporativo o Centro de Pesquisa e Documentação

Histórica (CPDHis) e traz em sua estrutura os enquadramentos exigidos pela plataforma Qualis. De circulação semestral, é publicada sempre no início de cada semestre, atualmente

a ser lançado o décimo primeiro número. Com um Conselho Editorial diversificado geográfica e institucionalmente, também conta com docentes ligados a diversos grupos de pesquisa espalhados pelo Brasil e pelo mundo.

Em termos estruturais a Revista possui um dossiê, uma sessão de artigos, resenhas e análise documental. Em seu primeiro número (2010.1), publicou um dossiê com a temática

Ensino e História de Alagoas; já na segunda edição debateu as questões em torno dos Movimentos Sociais (2010.2). O número a ser lançado, no final do presente semestre

(2019.1), relaciona-se a História das Mulheres e das Relações de Gênero. Para averiguação dos dados, a URL do periódico é: http://www.seer.ufal.br/index.php/criticahistorica/index. Por fim,

deve ser ressaltado que a revista está indexada em um diretório internacional, o DOAJ (Directory of Open Access Journals) desde 2010, além do Diadorim, Sumários e outros o que possibilita melhor circularidade e amplitude dos raios de ação da pesquisa científica dos artigos, resenhas e demais conteúdo do periódico. Também recebeu, nos anos 2018 e 2019, apoio financeiro, via edital de fomento da Fapeal; contribuição importante para a compra de

DOIs, tradução de artigos para a língua inglesa, renovação do site e da identidade visual da

Revista, o que contribuirá para aumentar a sua qualificação.

2.2.3 – Grupos de Pesquisa:

1. NESEM - Núcleo de Estudos Sociedade, Escravidão e Mestiçagens - Séculos XVI – XIX: Criado em setembro de 2014, integra a Rede de Grupos de Pesquisa Escravidão e

Mestiçagens (RGPEM), com sede no Departamento de História da UFMG. Esse grupo de pesquisa nasceu das necessidades de pesquisas sobre temas a eles vinculados no atual território de Alagoas. Buscamos fomentar estudos que possibilitem o entendimento de dinâmicas das relações sociais e culturais existentes na época da escravidão, desde o período em que Alagoas fez parte da Capitania de Pernambuco, durante sua elevação a Comarca e

(31)

na sua emancipação política. Professores associados: Prof. Dr. Gian Carlo de Melo e Silva e Profª Drª Flávia Maria de Carvalho.

2. Documentos, Imagens e Narrativas: O grupo abarca atualmente duas linhas de pesquisa: 1. Historicidade, Narrativas e Metodologias que tem como proposta desenvolver ensaios analíticos, interpretativos e críticos dos diversos estilos historiográficos; 2. Memória Social,

Representação e Informação que tem como objetivo mapear e identificar tipos de

representação da memória social vinculados à cultura material e imaterial de Alagoas. Estabelecer interfaces entre a informação, a representação e a memória pessoal e coletiva. O Grupo tem contribuído de forma interdisciplinar com uma experiência epistemológica de pesquisa e ensino no âmbito dos cursos de História, Biblioteconomia, Ciências Sociais e Arquitetura. Atua na promoção de intercâmbios científicos e culturais; na participação e produção de eventos científicos e culturais; na fomentação da Memória Social e suas formas de preservação. Dentre suas projeções vislumbra-se a divulgação do conhecimento na área de Ciências Humanas em suas múltiplas formas midiáticas; Assessoria às Associações Sociais; Educação Popular e de Nível Médio e Superior. Professores Vinculados: Profa. Dra. Arrisete Cleide de Lemos Costa e Profa. Dra. Maria de Lourdes Lima.

3. Grupo de Estudos América Colonial: o grupo de pesquisa tem seus estudos voltados para investigação sobre as estruturas políticas, econômicas e culturais da América portuguesa. Preocupados com a compreensão da formação da elite, da constituição das redes clientelares, da instituição do corpus administrativo, das ações culturais e do desenvolvimento da político-econômica para os espaços coloniais; busca-se também trabalhar com a documentação, sobretudo em seu caráter de transcrição, visando à democratização de fontes em formatos digitais para futuros pesquisadores. Em termos geográficos, privilegia o estudo do território alagoano enquanto localidade subordinada à Capitania de Pernambuco. Suas linhas de pesquisa são: 1. Administração, poder e redes clientelares; 2. Documentação e transcrição de documentos; 3. Escravidão, relações de poder e diáspora africana. Professores vinculados: Prof. Dr. Antonio Filipe Pereira Caetano e Profª Drª Flávia Maria de Carvalho.

4. História Social e Política: o grupo de pesquisa tem seus estudos voltados para as investigações no campo do poder, das relações de trabalho, das ações políticas, dos conflitos

(32)

sociais, da política externa brasileira, da história da esquerda (política e cultural), da história social do trabalho e das ações da esquerda católica no seu imaginário anticomunista. Não somente se restringindo a este espaço, o grupo debruça-se em grande parte na documentação acolhida pelo Arquivo Público do Estado de Alagoas (APA). Suas linhas de pesquisa são: 1. História da política externa brasileira; História das esquerdas: política e cultura; 3. História política da Alagoas Republicana; 4. História Social do Trabalho. Professores vinculados: Profª Drª Ana Paula Palamartchuk, Prof. Dr. José Alberto Saldanha de Oliveira, Profª Drª Michelle Reis de Macedo e Prof. Dr. Osvaldo Batista Acioly Maciel.

5. História Social do Crime: o Grupo de Pesquisa tem seus estudos voltados para o entendimento das práticas de desordens cotidianas e criminais, tanto em seus aspectos rurais como citadinos; dos elementos componentes do comportamento do criminoso; o banditismo social; a história das prisões; a justiça e os crimes coloniais; gênero e criminalidade; a relação entre criminalidade e punição, entendidas em seu plano econômico, social, jurídico e simbólico; e a contextualização histórica das formas ritualística das ações criminais. O grupo possui relações de pesquisa com a Universidade Sapientia e Palermo (Itália), bem como com outras instituições portuguesas. Suas linhas de pesquisa são: 1. Banditismo, máfia e crime organizado; 2. História das Prisões; 3. História Social da Polícia; 4. Homicídio e Controle Social; 5. Justiça e crimes coloniais; 6. Teorias do crime e criminologia; 7. Violência coletiva: conflitos rurais; 8. Vitimização e gênero. Professora vinculada: Profª Drª Célia Nonata da Silva.

6. VIVARIUM – UFAL – Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo: o laboratório tem seus estudos voltados para questões culturais, políticas e sociais da antiguidade e do medievo. Busca-se principalmente trabalhar com as formas de produção, transmissão e recepção do material escrito e visual fruto destes períodos, no que tange aos seus aspectos hermenêuticos, formais, estruturais e de funcionamento e apropriação. Os estudos do laboratório recaem, assim sobre a busca por reflexões sobre representações e modos de representar a vida elaborada pelos homens e mulheres do passado. Linhas de pesquisa: 1 – A antiguidade clássica e sua historiografia. 2 – A recepção de textos escritos na Idade Média: textos escritos e cultura visual. 3 – Cultura escrita na Idade Média: produção, circulação e recepção dos códices. Professora vinculada: Profª Drª Raquel de Fátima Parmegiani.

Referências

Documentos relacionados

Todo bixo deverá amar e respeitar seu veterano acima de qualquer coisa e não invocar seu nome em vão;..

os outros 5 eu sabia mas como esqueci agora e está na hora de entregar a prova, o senhor não vai esperar eu

"Lulo, você deveria sair hoje, mas como a diferença não foi muito grande _70% para você e 30% para a Mariana_ você fica." - Sílvio Santos, justificando com assombrosa

Avaliador descrevendo bens para penhora em execução: "o material é imprestável mas pode ser utilizado".. Despacho judicial em ação de execução, numa Comarca de

O pior cego é aquele que não quer ver, não quer comer, não quer trabalhar, enfim, não quer fazer porra nenhuma!.. Só estou esperando uma posição sua, pois o negócio continua

O Banco do Brasil possui um departamento chamado "Carteira de Crédito Agrícola", que fiscaliza a utilização dos empréstimos feitos para a agricultura e pecuária.. Esta

"Os homens brasileiros estão acabando com tudo, as árvores para desmartar. para fazer tauba e outra coisa" (Alguém sabe o que

No tempo colonial o Brasil só dependia do café e de outros produtos extremamente vegetarianos.. Na América do Norte tem mais de 100.000 Km de estradas de