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Boletim. UFMG abre 500 vagas em vestibular para graduação a distância. Tese analisa inserção de portadores de deficiência no mercado de trabalho

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o

1.579 - Ano 33 - 28.5.2007

Boletim

Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG

A UFMG está próxima de

dar um grande passo para

ampliar a democratização

do acesso ao seu ensino.

Em julho, a Instituição realiza

o primeiro vestibular para

graduação a distância nas

áreas de Química e Ciências

Biológicas. Serão oferecidas

500 vagas para professores

em exercício na rede pública

que não possuem diploma

nas duas licenciaturas.

Os cursos serão ofertados

em cinco regiões-pólo de

Minas Gerais: Norte de

Minas, Triângulo Mineiro

e vales do Jequitinhonha,

do Rio Doce e Mucuri.

Página 5

UFMG abre 500 vagas em vestibular

para graduação a distância

Tese analisa inserção de portadores de

deficiência no mercado de trabalho

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Boletim UFMG



Esta página é reservada a manifestações da comunidade universitária, através de artigos ou cartas. Para ser publicado, o texto deverá versar sobre assunto que envolva a Universidade e a comunidade, mas de enfoque não particularizado. Deverá ter de 4.000 a 4.500 caracteres (sem espaços) ou de 57 a 64 linhas de 70 toques e indicar o nome completo do autor, telefone ou

correio eletrônico de contato. A publicação de réplicas ou tréplicas ficará a critério da redação. São de responsabilidade exclusiva de seus autores as opiniões expressas nos textos. Na falta destes, o BOLETIM encomenda textos ou reproduz artigos que possam estimular o debate sobre a universidade e a educação brasileira.

Opinião

N

este momento em que aparecem várias considerações em relação ao Plano de Carreira dos Servi-dores das Instituições Federais de Ensino, aprovado em 005, depois de mais de uma década de luta, é necessário um esforço para recuperar e contextualizar a sua real dimensão, bem como os seus problemas e possíveis soluções.

De início, é preciso dizer que o Plano não trata de carreiras (no plural) dos técni-cos e/ou administrativos das Universidades, mas de uma única carreira. A opção política dos trabalhadores e, por consegüinte, da Fasubra Sindical (que congrega os sindi-catos da base da categoria) sempre foi – e ainda é – a construção da carreira por ramo de atividade, qual seja a Educação e com um corpo único de servidores técnicos-administrativos em educação.

Esta concepção, mais que mera no-menclatura, delimita área de atuação com vinculação social e estratégica para o desenvolvimento de uma sociedade com as nossas características. E mais: com esta concepção, afirmamos que não há propriedade da produção do conhe-cimento no interior das instituições por nenhuma categoria, visto existirem, de fato, saberes e fazeres diferenciados que colaboram, com suas especificidades – igualmente importantes –, para a con-secução dos objetivos institucionais.

Assim, a carreira é entendida como um instrumento que exige, facilita e esti-mula uma gestão de pessoal articulada com o planejamento; o desenvolvimento pessoal a partir das necessidades institucionais; a democratização das relações de trabalho; a construção da identidade do servidor; a permanente adequação do quadro de pessoal às necessidades institucionais; o reconhecimento do cidadão-usuário como titular de direitos e como sujeito na avalia-ção dos serviços prestados. E não há nada de fajuto nestes princípios.

Por outro lado, a política de con-tingenciamento adotada pelo Governo Federal para cumprir a agenda econômica de superávit primário comprometeu (e ainda compromete) a construção de tabela salarial tanto para atrair novos servidores como para mantê-los, com dignidade, no quadro da UFMG. Isto também não é menos verdadeiro para nenhum segmento em particular.

Advoga-se que existe uma distorção na tabela e, de fato, ela existe. Mas não por opção nossa ou da Fasubra Sindical, ou mesmo numa tentativa de beneficiar um nível ou segmento em detrimento de outro. Senão vejamos: o piso salarial do antigo grupo Nível de Apoio era de R$ 497,37, antes do Plano de Carreira, e passou para R$ 701,98, em janeiro de 006 – acréscimo de 41,13%. No caso do antigo Nível Superior, o piso passou de R$ 817,74 para R$ 1.44,03, ou seja, uma aumento de 74,14% no período.

A título de antecipação de carreira, o Governo concedeu, antes de 005, duas gratificações cujos valores eram maiores para quem tinha vencimento básico maior. Como a tabela foi construída em patamares muito distantes da reivindica-ção histórica da nossa categoria (piso de três salários mínimos e diferença de 5% entre um padrão e outro de vencimento), incorporando as gratificações, gerou-se o chamado Vencimento Básico Comple-mentar (VBC). Este é, menor dos males, vencimento básico para todos os fins e atinge servidores que estão hoje nas Clas-ses B, C, D e E do novo Plano. Lembramos aos esquecidos que a primeira opção do Governo à época era transformar esta parcela em Vantagem Pessoal e congelar para sempre o seu valor, ou até cortá-la, como vem acontecendo em relação às vantagens do antigo Plano.

Todos aqueles que acompanharam as discussões que fizemos sobre este

momento da carreira lembram-se que jamais afirmamos que esta era uma solução satisfatória, pois geraria, obvia-mente, desestímulo e busca de soluções alternativas de renda. É, no entanto, uma questão que deve ser trabalhada em perspectiva de categoria e corpo técnicos-administrativos em educação, e não por oposição de um segmento ao outro, o que tem sido feito com afirmativas que não correspondem à verdade.

Nem matematicamente, pois o piso do antigo Nível de Apoio é hoje R$ 701,98, e o teto do antigo Nível Superior (hoje na classe E) chega a R$ .691,51 – 3,83 vezes maior – e não pouco mais que o dobro, como chegou a ser alardeado. Além disso, esta comparação só traduz uma visão distorcida de preponderância de uma classe em relação a outra, igual-mente importante para a Universidade. Permanecemos, entretanto, com a pior tabela do serviço público federal, com uma carreira que se limita ao cargo exercido, com benefícios enormemente diferenciados de uma categoria para outra e com um governo que ainda não rompeu, no que diz respeito ao serviço público, com as premissas de governos anteriores. Isto exige olhar, atuação e par-ticipação coletivas e não segmentadas. Afinal, estas mazelas não são “privilégios” exclusivos de nenhum grupo técnicos-administrativos em educação.

A carreira dos técnicos-administrativos:

construção e perspectivas

Arthur Schlunder Valle*

* Servidor técnico-administrativo em Educação, lotado na FaE

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I

ncapacidade dos gestores em lidar com a deficiência e ausência de condições de trabalho adequadas marcam o cotidiano dos pessoas com deficiência, mas, a despeito das dificuldades que encontram para se inserirem no mercado de trabalho, eles buscam no emprego a possibilidade de autonomia, melhoria da auto-estima e construção de respeito social.

Essa foi a conclusão a que chegou Maria Nivalda de Carvalho Freitas, com a tese de doutorado defendida em fevereiro junto à Faculdade de Ciências Econômicas. Para compreender como as pessoas com deficiência se inserem profissionalmente, ela procurou identificar que tipo de ambiente 18 empresas brasileiras – 15 delas com mais de mil empregados – oferecem a esse grupo especial de pessoas. Todas as organizações estudadas cumprem a chamada Lei das Cotas (nº 8.13), promulgada em 1991, que determina que as empresas brasileiras com mais de 100 funcionários devem ter de % a 5% de portadores de deficiência em seu quadro de pessoal.

Na primeira etapa da pesquisa, Maria Nivalda entrevistou 163 gestores. Ao questioná-los sobre como vêem a deficiência, encontrou respostas que vão desde concepções espirituais (a deficiência vista aqui como uma entidade metafísica) à noção de deficiência como um desvio da normalidade. “Essas concepções limitavam a avaliação dos gestores. Em vez de considerar as potencialidades do funcionário, eles se concentram no tipo de deficiência de cada um”, destaca Nivalda. Por outro lado, as entrevistas revelaram que a maioria dos gestores, 80%, compartilha uma concepção de deficiência baseada na inclusão. “Eles pressupõem que a deficiência é uma questão social e que a organização e a sociedade precisam se adequar para acolher a todos”, informa.

A pesquisadora verificou, ainda, que muitos gestores têm dificuldades para lidar com pessoas com deficiência e de saber quais ações promover para recebê-las, o que implica desde a promoção de alterações físicas no ambiente de trabalho à implemen-tação de práticas que proporcionem condições igualitárias de inserção profissional. “Mesmo apresentando infra-estrutura adequada para receber o portador de deficiência, algumas empresas não investem na sensibilização das chefias e das equipes de trabalho para estimulá-las a tratar o portador de deficiência como um empregado comum”, avalia Maria Nivalda.

Avaliação

Uma das principais etapas do estudo consistiu na avaliação que 18 pessoas com deficiência física, visual e auditiva fizeram sobre o seu ambiente ocupacional. Eles trabalham em uma das maiores empresas pesquisadas por Maria Nivalda Freitas – cerca de 80 mil funcionários, sendo 1.470 portadores de deficiência. A maioria dos entrevistados, 8%, estava cursando ou já havia concluído o curso superior, mas ainda assim demonstrava insatisfação com as oportunidades de crescimento profissional oferecidas. “Todos têm a expectativa de colaborar na elaboração das políticas e práticas de inserção e gestão da diversidade na sua empresa. Por meio da pesquisa, eles reivindicaram justamente essa participação na definição dos rumos de seus trabalhos”, acrescenta a pesquisadora.

Para Maria Nivalda Freitas, seu estudo tem o mérito de oferecer, para o universo acadêmico e profissional, mais informações para o diagnóstico e planejamento de ações de inserção e gestão do trabalho de pessoas com deficiência nas empresas. Subsídios que poderão facilitar a vida de gente como a psicóloga judicial Liliane Camargos, que, aos oito anos, começou a desenvolver doença degenerativa da retina, chamada visão subnormal. Para exercer as atividades diárias, ela conta com o auxílio de uma lupa, mas no emprego precisou esperar um ano para receber um compu-tador adaptado com lente de aumento e um leitor de tela. “A sociedade não está preparada para receber o deficiente. Ela ainda o inclui em uma categoria à parte, em vez considerá-lo apenas como uma pessoa que tem algum tipo de problema, como bronquite ou diabetes”, opina a psicóloga.

Tatiana Santos

Inclusão deficiente

Estudo da Face mostra dificuldades de inserção no mercado de trabalho

vividas por pessoas com deficiência

Dissertação: A inserção de pessoas com deficiência em empresas brasileiras: um estudo sobre as relações entre concepções de deficiência, condições de trabalho e qualidade de vida no trabalho

Autora: Maria Nivalda de Carvalho

Freitas

Orientador: Antônio Luiz Marques Defesa: 15 de fevereiro de 2007,

junto ao curso de Doutorado em Administração do Cepead/Faculdade de Ciências Econômicas

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m 1831, o naturalista inglês Charles Darwin (1809-188) parte, a bordo do navio

Beagle, para revolucionar a noção em torno da evolução das espécies. Cinco

anos após a partida, o jovem, então com 7 anos, volta à terra firme com um “elixir” nas mãos. Trata-se do conceito de “seleção natural”, princípio que gera ainda hoje uma série de contribuições à ciência e à vida em sociedade.

Tal retrospectiva crítica das investigações sobre a evolução humana marcou, no último dia 1, a primeira conferência comemorativa dos 80 anos da UFMG. Darwin: a viagem do Beagle e as novas estratégias da pesquisa e do conhecimento foi o tema discutido

pelo geneticista Sérgio Danilo Pena, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, no auditório da Reitoria.

Na palestra, Sérgio Pena promove viagem no tempo a partir de elementos da teoria de evolução das espécies de Darwin. A jornada proposta pelo pesquisador do ICB inicia-se, justamente, com a viagem cartográfica no Beagle, e se encerra com as contribuições da seleção natural. Durante sua exposição, o pesquisador da UFMG res-gatou o conceito de “monomito”, de Joseph Campbell, para explicar a atitude “heróica” de Darwin, desde o embarque no navio.

“Afinal, o que fazia aquele jovem de  anos a bordo de um navio em expedição cartográfica?”, pergunta Pena, para logo elucidar a questão: Darwin era a companhia ideal para seu mentor, o comandante Robert Fitzroy, que sofria de problemas psíquicos. Desta viagem ao “acaso”, o naturalista acaba por trazer à tona a seleção natural: “A maior contribuição intelectual de Darwin não foi, como se pensa, a teoria da evolução, mas a idéia da seleção natural”, sentenciou Pena, ao lembrar que o conceito envolvia a combinação de duas forças – chance e necessidade –, essenciais para explicar a emer-gência e evolução das diversas formas de vida.

“Hoje, há fundamentalistas que se aproveitam das teorias de Darwin, que, na verdade, era um pluralista evolucionário”, explica. Para exemplicar tal “fundamen-talismo”, Pena recorreu a reportagem da revista Veja, em que a teoria de Darwin é tomada, simplicadamente, como mero conflito entre os homens. “Isso é bobagem”, ironizou, antes de lançar pergunta seminal à compreensão da seleção natural: “Há provas capazes de confirmá-la?”.

Demonstração fundamental do conceito central de Darwin foi revelada, segundo Pena, pelo Projeto Genoma Humano, que, através de genômica comparativa, demons-trou sistemas similares de genes em espécies diversas. “Apesar disso, pesquisa recente revelou que, nos Estados Unidos, menos de 40% acreditam na veracidade da seleção natural”, disse, ao comentar a gravidade de tal constatação.

Deus

Ao fazer analogia com outra área do conhecimento, Sérgio Pena lembrou que um dos principais nomes da física, Isaac Newton, recorreu a Deus para explicar mistérios do complexo sistema solar. “Mais tarde, é Pierre Simon, o Marquês de Laplace, que vai provar como funcionava o equilíbrio entre os astros”, completou.

Também na biologia, Willian Paley retoma Deus para explicar a complexidade do corpo humano. “Deus não era necessário para a física, mas passou a explicar a biologia”, contou, ao ressaltar que, com sua teoria da seleção natural, Darwin revelou o quanto a ciência não necessitaria do auxílio divino.

Na última parte de sua conferência, Sérgio Pena comentou as aplicações, em períodos diversos, do princípio darwiniano de seleção natural. Analisou, então, perigosas interpre-tações do conceito, como a teoria de Ernst Haeckel (1834-1919) – que, absorvida por Hitler, serviu de subsídio a preceitos nazistas –, e contribuições eficazes, das pesquisas contra o vírus da Aids ao “desenho” de novos fármacos.

Como contribuição “transdisciplinar” do principal conceito de Darwin, Pena cita o químico Linus Pauling, que, quando perguntado sobre como ter uma boa idéia, dizia: “É preciso ter um montão de idéias. Com o tempo, as boas ficam, e as ruins são jogadas fora”.

Maurício Guilherme Silva Júnior

Pena pesquisa estutura

da população brasileira

Nascido em Belo Horizonte, em 1947, Sérgio Danilo Pena é formado em Medicina pela UFMG, doutor em genética humana pela Universidade de Manitoba (Canadá) e realizou pós-doutoramento pelo Instituto Nacional para Pesquisa Médica, em Londres. Lecionou na Universidade McGill, em Montreal (Canadá), e, em 1985, ingressou no Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB.

A diversidade genômica humana e a formação e estrutura da população brasileira são dois dos principais interesses de pesquisa de Sérgio Pena. Ele é autor ou co-autor de três livros, 49 capítulos de livro, uma patente e 203 artigos científicos. Segundo o Science Citation Index, seus artigos já foram citados mais de quatro mil vezes. Orientou 24 teses de doutorado e 22 de mestrado e fundou o Núcleo de Genética Médica de Minas Gerais (Gene). Atualmente, assina a coluna Deriva Genética, na Revista Ciência Hoje on line.

O legado do

Beagle

Conferência de Sérgio Pena na abertura das comemorações dos 80

anos discute contribuições das teorias de Charles Darwin

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UFMG realiza, no dia 15 de julho, vestibular específico para licenciaturas em Química e em Ciências Biológicas, na modalidade Educação a Distância (EAD). As 500 vagas serão oferecidas exclusivamente para professores em exercício na rede pública de ensino há, pelo menos um ano, e que não possuem diploma em Licenciatura em Química ou em Ciências Biológicas, de acordo com sua opção de curso.

Os cursos serão ofertados em cinco regiões-pólos de Minas Gerais: Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas, Vale do Rio Doce, Vale do Mucuri e Triângulo Mineiro, que terão como sede, respecti-vamente, os municípios de Araçuaí, Montes Claros, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Frutal.

Primeira experiência da UFMG na oferta de curso de graduação a distância, a iniciativa é financiada pelo Programa Pró-Licenciatura, do Ministério da Educação (MEC), e conta com apoio da Secretaria de Educação

de Minas Gerais, de prefeituras e lide-ranças locais. A coordenadora do Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed) da Universidade, professora Maria do Carmo Vila, ressalta que o certificado de conclusão de um curso nessa modalidade oferecido pela UFMG é válido em todo o território nacional.

As inscrições devem ser feitas pela Internet, de 11 a 5 de junho, mediante pa-gamento de boleto bancário no valor de R$ 50 e preenchimento de questionário socio-econômico. “Ao pleitear uma vaga, o futuro aluno deve considerar que, se aprovado, de-verá participar de dois encontros presenciais por mês na cidade-pólo escolhida no ato da inscrição”, alerta o subcoordenador da Co-missão Permanente do Vestibular (Copeve), professor Antônio Zumpano.

As provas, com 40 questões de múl-tipla escolha, serão aplicadas nas cinco cidades-pólo, no dia 15 de julho, a partir das 9h. O resultado do Vestibular será divulgado antes do final de julho, e as aulas terão início em agosto. Segundo o professor Antônio Zumpano, a equipe de elaboração da prova já iniciou suas ativida-des. Ao mesmo tempo, o grupo de aplica-ção tem visitado as cidades para estruturar locais para a realização do concurso. “Não sabemos qual será a demanda exata, mas estamos preparando ambientes capazes de receber cerca de 400 candidatos em cada cidade”, informa

Estrutura

Cada uma das cinco cidades terá uma unidade do Caed, com dois laboratórios de Biologia e dois de Química, um laboratório de computação, sala de videoconferência, biblioteca, midiateca e secretaria. Além dos encontros presenciais, os alunos serão atendidos presencialmente no Caed, por tutores locais, especialmente selecionados e capacitados para este fim.

Além disso, os alunos podem recorrer,

a qualquer momento, a apoio por telefo-ne, fax, correio eletrônico ou, ainda, pelo acesso à página eletrônica de gerencia-mento dos cursos. Construída com base na tecnologia Moodle de software livre, a página dará acesso à programação de estudos da semana, textos de apoio, ferramentas pedagógicas, e-mail sincrô-nico e assincrôsincrô-nico, acesso a biblioteca virtual, entre outros recursos. Os alunos trabalharão com as coleções de livros produzidas pela UFMG especialmente para os cursos a distância.

Credenciada pelo MEC, desde julho de 005, para a oferta de cursos superiores a distância, a UFMG vê esta modalidade de ensino como “uma das formas de ampliar o âmbito de sua ação educacional e como alternativa importante de oferta de ensino superior”, segundo a professora Maria do Carmo Vila. Ao citar o déficit nacional de 50 mil professores com formação nas áreas de Física, Química, Biologia e Ma-temática, ela aponta o Pró-Licenciatura como alternativa viável para reduzir a demanda por cursos superiores.

Na UFMG, a criação de cursos de graduação na modalidade a distância foi aprovada em dezembro de 006 pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e pelo Conselho Universitário. De acordo com a professora Maria do Carmo Vila, a oferta das primeiras turmas de gra-duação a distância da UFMG representa o esforço de dezenas de pesquisadores que se empenharam na elaboração de projetos pedagógicos, material didático e uma plataforma de informática para manter, na modalidade a distância, a tradicional qualidade dos cursos presenciais.

Ela destaca que, desde o final de 005, equipes de professores do ICB e do depar-tamento de Química do ICEx assumiram vo-luntariamente uma sobrecarga de trabalho, para construir projetos capazes de concorrer aos editais dos dois programas.

UFMG terá Vestibular

para graduação a distância

Concurso: Vestibular para graduação a distância em licenciatura em Química e Ciências Biológicas Vagas ofertadas: 50 por curso, em cada cidade, perfazendo um total de 500 vagas

Quem pode se inscrever: professores que atuam na rede pública de ensino há pelo menos um ano. No ato da matrícula, os aprovados devem comprovar que são docentes em exercício nas séries finais do ensino fundamental (5ª a 8ª) ou no ensino médio, e que não possuem habilitação nessas áreas, de acordo com sua opção de curso.

Inscrições e informações: pela Internet, de 11 a 25 de junho, a partir da página da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve): www.ufmg.br/copeve

Ana Rita Araújo

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atalisadores, pipetas, balões, ácidos e E.P.I’s. Dos elemen-tos encontrados em laboratórios de biologia e química, a sigla para Equipamento de Proteção Individual (EPI) está se tornando tão comum quanto a presença de tudos de ensaio. Para incentivar ainda mais o cuidado com a segurança dentro destes ambientes, a funcionária do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) Neusa Rodrigues, responsável pelo laboratório de Genética e Bioquímica do departamento de Bioquímica e Imunologia, lançou cartilha com dicas de segurança em laboratório.

“Ainda não existe na UFMG um controle de biossegurança. Por isso, inadequações ao trabalho em laboratório ainda são bastante recorrentes”, comenta Neusa. A funcionária explica que seu obje-tivo era fornecer um material simples, cujo acesso fosse rápido e fácil, a pesquisadores e alunos. “Já existe bastante literatura sobre segurança em laboratório, mas sempre sob a forma de normas e regras. Essas informações são muito burocráticas. Por isso, no dia-a-dia, pouca gente procura”, revela a funcionária, que estruturou a cartilha em parceria com o ilustrador Paulo Barbosa.

A primeira edição do material foi publicada em 001, como parte da campanha de segurança no trabalho promovida pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), do ICB. “No ínicio, foi um trabalho muito tímido. O material era distribuído de mão em mão”, lembra Neusa. Hoje, os exemplares são apresenta-dos e distribuíapresenta-dos em várias campanhas de segurança do trabalho, até mesmo em setores externos à Universidade. A segunda edição foi lançada no último dia 11, com apoio da Diretoria do ICB e da Associação dos Servidores da UFMG (Assufemg).

Fernanda Cristo

Sem perder o humor

Em uma das ilustrações da cartilha, dois cientistas, um homem e uma mulher, conversam enquanto o cabelo da pesquisadora, mergulhado em um tubo com ácido, pega fogo sem que ela perceba. No canto do quadrinho, a personagem-âncora recomenda: Mantenha os cabelos presos. “A idéia era fazer algo divertido, irreverente, reproduzindo situações com as quais as pessoas se identificam”, comenta Neusa Rodrigues.

As dicas não se referem apenas a cuidados físicos e técnicos dentro do ambiente de trabalho, mas também ressaltam a importância do bom humor, concentração e espírito coletivo para o rendimento satisfatório das atividades.

Todo cuidado é pouco

Funcionária do ICB lança cartilha

com dicas para melhorar segurança

no trabalho em laboratório

Curso

“As pessoas estão buscando informações sobre segurança”, afirma Neusa Rodrigues, uma das coordenadoras do curso de segurança em laboratório, promovido pelo Centro de Exten-são (Cenex) do ICB, entre os dias 14 e 18 de maio. O evento reuniu cerca de 70 pessoas, entre pesquisadores e professores da UFMG e de outras instituições. Segundo Neusa Rodrigues, o objetivo das atividades era oferecer suporte e promover a conscientização para o desenvolvimento seguro das atividades realizadas em laboratórios, biotérios e trabalhos de campo, identificando e avaliando os principais riscos ambientais exis-tentes nestes locais e estimulando as boas práticas e cuidados em laboratórios para preservar o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores. “Espero que estes trabalhos possam servir de incentivo e inspiração para o surgimento de outros na área de segurança do trabalho em saúde, especialmente aqui na UFMG”, conclui.

Neusa Rodrigues: material de leitura fácil

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Acontece

Comissão dos 80 anos

A pró-reitora de Administração, Ana Motta, também integra a comissão executiva das comemorações dos 80 anos da UFMG, informação omitida na última edição do BOLETIM.

Professora da UFMG recebe

Prêmio Florestan Fernandes

A professora Neuma Figueiredo de Aguiar (foto), do Departamento de Sociologia e Antropologia da Fafich, é uma das intelectuais brasileiras agraciadas, este ano, com o Prêmio Florestan Fernandes. Conferido pela Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), o prêmio homenageia profissionais que se destacaram por sua participação social e que se tornaram referência na área, contribuindo para o desenvolvimento científico.

Neuma Aguiar graduou-se em História pela PUC do Rio de Janeiro, em 1960, e apenas dois anos depois concluiu mestrado em Sociologia e Antropologia na Universidade de Boston. Em 1969 doutorou-se em Sociologia, também nos Estados Unidos, pela Universidade de Wa-shington. Seu estudos sociológicos enfatizam, principalmente, a área Gênero e Sociedade, versando principalmente sobre os seguintes temas: gênero e patriarcado, movimentos de mulheres, estratificação e mobilidade social, sociologia internacional comparada e socio-logia dos usos do tempo.

Palhaços das Alagoas

Os palhaços Biribinha e Lingüiça não se vêem há muito tempo e, em reencontro inusitado e emocionante, relembram o passado num espetáculo repleto de reprises, gags, pilhérias e galhofas. Essa é a tônica do espetáculo

O Reencontro de palhaços na rua é a alegria do sol com a lua, da Cia. Teatral A Turma do Biribinha, de Arapiraca, em

Alagoas.

O espetáculo é a atração do projeto

Uma Tarde no Campus, nesta

quinta-feira, dia 31, às 17h30, na Praça de Serviços. O projeto é promovido pela Diretoria de Ação Cultural, em parceria com a Coordenadoria de Assuntos Comunitários. A entrada é franca.

Quarta Doze e Trinta

O Trio Ponto de Fuga é a atração do

Quarta Doze e Trinta desta quarta, dia 30,

às 1h30, na praça entre o ICEx e o ICB. Trata-se um trio de duas flautas doces e violão, formado pelo violonista Guilherme Koeppel e pelos flautistas Eliane Abreu e Miguel Queiroz.

Seu repertório, que vai da Renascença à música contemporânea, prevê, nesta apresentação na UFMG, a execução de peças de Vivaldi, Bach e Mozart, entre outros compositores.

O Quarta Doze e Trinta é uma promoção da Diretoria de Ação Cultural, em parceria com a Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC). O projeto é patrocinado pela Nossacoop.

Projeto Horizonte

O Projeto Horizonte da Faculdade de Medicina da UFMG está recrutando voluntários homossexuais e bissexuais com vida sexual ativa e soronegativos maiores de 18 anos para colaborarem em estudos e pesquisas sobre a incidência do vírus HIV e o papel da intervenção educativa na infecção desse grupo.

Coordenado pelo professor Dirceu Greco, do departamento de Clínica Médica da Faculdade, o Projeto é realizado pela UFMG em parceria com o Ministério da Saúde há 1 anos e já atendeu a mais de 1160 voluntários, individualmente e em grupos. Além de ações educativas, os voluntários fazem, gratuitamente, exames laboratoriais e clínicos e têm acesso a preservativos. A equipe do Projeto garante o sigilo de identidade e de informações pessoais dos participantes.

Informações adicionais pelo telefone (31) 36-8188, e-mail horizonte@ medicina.ufmg.br e no site www.medicina.ufmg.br/projetohorizonte.

Laboratório do leite

O Laboratório de Análise de Lei-te da Escola de VeLei-terinária poderá ter sua capacidade duplicada para atender a uma demanda crescen-te dos produtores mineiros. Essa possibilidade foi aventada durante visita feita, no dia 17 de maio, às instalações do laboratório pelo se-cretário estadual de Agropecuária, Gilman Rodrigues, e por um grupo de deputados estaduais.

Segundo o coordenador-geral do laboratório, professor Leorges Fonseca, a capacidade máxima de atendimento foi atingida, enquanto a demanda dos produtores por análise continua crescendo. “Hoje podemos analisar no máximo 0 mil amostras por mês. Mais que isso poderia danificar nossos equipamentos”, comentou.

Embora seja o maior produtor de leite do país, responsável por 30% da produção nacional, Minas Gerais possui apenas dois laboratórios credencia-dos para realizar análise de produtos laticínios – o outro fica em Juiz de Fora.”Nossa fila de espera é enorme”, afirmou o professor Leorges.

O Laboratório de Análise da Quali-dade do Leite da Escola de Veterinária da UFMG (LabUFMG) iniciou suas atividades em 003 e integra a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite, coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (Mapa). Suas ati-vidades incluem contagem de células somáticas de bactérias, crioscopia, resíduos de antrimicrobianos em leite cru e pesquisa de fraude por adição de soro ao leite. Por mês, são atendidos  mil produtores de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Entre os seus clientes está a Itambé, um dos maiores fabricantes de derivados de leite do Brasil.

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Universidade Federal de Minas Gerais

Boletim

Reitor: Ronaldo Tadêu Pena – Vice-Reitora: Heloisa Starling – Diretora de Divulgação e Comunicação Social: Maria Céres Pimenta S. Castro – Editor: Flávio de Almeida (Reg. Prof. 5.076/MG) – Projeto e editoração gráfica: Rita da Glória Corrêa – Fotografia: Foca Lisboa - Pesquisa Fotográfica: Elza F. Oliveira – Impressão: Sografe – Tiragem: 8 mil exemplares – Circulação semanal – Endereço: Diretoria de Divulgação e Comunicação Social, campus Pampulha, Av. Antônio Carlos, 6.67, CEP 3170-901, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil – Telefones: (31) 3499-4186 e 3499-4463 – Fax: (31) 3499-4188 – Correio eletrônico: boletim@cedecom.ufmg.br e homepage: http://www.ufmg.br

É permitida a reprodução de textos, desde que seja citada a fonte.

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o final dos anos 1930, grupos de jovens alemães que rejeitavam a estética hitlerista reuniam-se em porões de prédios para sua diversão predileta: tocar discos de swing, gênero norte-americano de música dançante de grande sucesso à época. Reprimida pelo nazismo, a experiência teve vida curta, mas fez história, sendo considerada por alguns estudiosos como precursora do surgimento dos DJs, figuras centrais de eventos musicais contemporâneos, em que predominam ritmos eletrônicos.

“Talvez esse seja o primeiro caso de discotecagem numa cena protoclub”, diz o professor da Escola de Música, Carlos Palombini, detalhando uma das histó-rias que deverá contar no programa Pra

dançar, da rádio UFMG Educativa 104,5 FM. No ar desde 1 de maio, a atração

veicula versões internacionais, brasileiras e mineiras dos diversos gêneros de mú-sica eletrônica dançante como house,

hip hop, soul, funk, dub, disco, garage, techno e trance.

“Um dos objetivos do programa é mostrar que esse tipo música também é estudado na academia”, explica Raquel Freitas, estudante do curso de Comunicação Social, que divide a apresentação de Pra dançar com Palombini. “No Brasil, há desleixo com o estudo histórico e científico de manifestações como o funk carioca e de suas relações com a sociedade”, exemplifica o professor, ao observar a importância de a academia e suas mídias se abrirem para gêneros musicais e públicos que se encontram distantes dela.

Responsável, na UFMG, por disci-plinas de música eletrônica dançante e eletro-acústica, história da música, tecnologia e criação, Palombini tem o

funk carioca como um de seus focos de

pesquisa. “Meu interesse não é formar compositores, mas trabalhar questões técnicas e de produção desses gêneros eletrônicos”, especifica. Ele ressalta, contudo, a impor-tância de vincular tais ritmos a contextos sociais. “Pelo menos em sua origem, eles estão associados à expres-são de culturas oprimidas, que encontram nas novas tecnologias uma maneira de se expressar e criar músicas para o próprio grupo”, reflete.

No Brasil

Pra dançar é veiculado de segunda a

domingo, às 16h15 e a 0h15. Em cada semana, os produtores gravam uma série temática. Na sua edição de lançamento, o programa levou ao ar informações e músicas dos primeiros autores da house, nos anos 80. O gênero derivou da disco

music, que havia experimentado seu auge

na década anterior. “Nem sempre ela foi estereótipo: começou como cena de fes-tas privadas para grupos minoritários em

Nova York, mas o espaço que gerou música própria abrigava um público ligado a movimen-tos de liberação dos anos 60, como o feminista, negro e gay”, historia Palombini.

Ele observa que a disco

music, por sua vez, é um desdobramento

da soul music, originária do Norte dos Estados Unidos. “Ela deu origem, na se-gunda metade dos 60, ao funky de James Brown”, esclarece. O gênero, posterior-mente, foi “substituído” pelo hip hop, que irrompeu como cultura de protesto entre comunidades negras do Bronx, em Nova York.

No Brasil, conforme assinala

Pa-Ana Maria Vieira

O termo, que signi-ficava malcheiroso, era então usado para desqualificar os negros

Feita para dançar

Rádio UFMG Educativa lança programa de

música eletrônica dançante

lombini, a importação desse ritmos eletrônicos nascidas em comunidades excluídas seguiu vida própria. “Aqui, esses gêneros sofreram um processo de branqueamento, exceto o funk ca-rioca que rompeu paradigmas de nossa história, como o mito de interação de classes”, analisa.

A constituição desse ritmo, ainda de acordo com o professor, não deriva do

funky de James Brown, mas do Miami Bass, vertente do hip hop da Flórida. “A

música, trazida por negros, foi assimila-da por uma periferia econômica, assimila-dando origem ao funk carioca, que pode ser considerado nosso primeiro gênero de música eletrônica dançante”, diz.

Série sobre o ritmo também foi grava-da por Palombini para a UFMG Educativa. Popularizado como “pancadão”, o gêne-ro é, na avaliação do pgêne-rofessor, o mais original e criativo movimento no cenário da música brasileira. “Em muitos casos, o charme e o interesse do funk carioca estão na simplicidade de sua textura musical e na aspereza da enunciação vocal, que é jocosa, direta e sexualmente explícita”, reflete.

Palombini: academia deve se abrir para novos ritmos

Referências

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