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Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

R E L A T Ó R I O D E E S T Á G I O

P R O F I S S I O N A L I

CARLOTA MARIA DE AL M EIDA PACHECO FERREIR A

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO

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Escola Superior de Saúde

Instituto Politécnico da Guarda

_________________________________________________________________

_______

______________________________

CURSO FARMÁCIA - 1º CICLO

4º ANO / 1º SEMESTRE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO PROFISSIONAL I

ESTÁGIO EM FARMÁCIA HOSPITALAR

CARLOTA MARIA DE AL M EIDA PACHECO FERREIR A SUPERVISOR NO LOCAL DE ESTÁGIO: ANABELA SANTOS

PROFESSOR ORIENTADOR: SANDRA VENTURA

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SIGLAS

ESSG – Escola Superior de Saúde da Guarda HSM – Hospital Sousa Martins

TF – Técnico de Farmácia SF – Serviços Farmacêuticos ULS – Unidade Local de Saúde

FHNM – Formulário Hospitalar Nacional do Medicamento CAPS – Catálogo de Aprovisionamento Publico da Saúde

SPSM – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde DCI – Denominação Comum Internacional

INFARMED I.P. – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P. UCIP – Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes

UCI – Unidade de cuidados Intensivos UCA – Unidade de Cirurgia de Ambulatório

UCIC – Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia

UCAVC – Unidade de Cuidados de Acidentes Vasculares Cerebrais FIFO – First In First Out

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AGRADECIMENTOS

As nossas realizações pessoais são precedidas, não só, de um considerável esforço próprio, mas também ficam tendencialmente ocultas, inúmeras contribuições, apoios, sugestões, comentários ou críticas, vindos de variadíssimas direções, sendo estes, contributos materiais e humanos.

Gostaria assim, de expressar neste relatório, os meus agradecimentos a todos os TF, bem como a todos os farmacêuticos, administrativos e assistentes operacionais dos serviços farmacêuticos do HSM.

O meu bem-haja por toda a atenção concedida, pelo esclarecimento de quaisquer dúvidas que existiram ao longo deste estágio e principalmente pela confiança concedida, tanto no âmbito pessoal como profissional.

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PENSAMENTOS

“A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido e não na vitória propriamente dita.”

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ÍNDICE FIGURAS

FIGURA 1 – Hospital Sousa Martins ... 12

FIGURA 2 – Circuito do Medicamento ... 16

FIGURA 3 – Identificações dos medicamentos, produtos farmacêuticos ou dispositivos médicos ... 20

FIGURA 4 – Reembaladora existente na área da reembalagem dos SF do HSM ... 23

FIGURA 5 – Distribuição por níveis para os serviços clínicos do HSM ... 25

FIGURA 6 – Escala semanal da distribuição tradicional realizada pelos TF dos HSM ... 27

FIGURA 7 – Disposição dos postos para a realização da distribuição por dose unitária na sala de distribuição dos SF do HSM ... 29

FIGURA 8 – Perfil farmacoterapêutico de um doente internado na UAVC do HSM. ... 31

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ÍNDICE GERAL

ÍNDICE FIGURAS ... 1

ÍNDICE GERAL ... 2

INTRODUÇÃO ... 9

1. HOSPITAL SOUSA MARTINS ... 11

1.1- FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA ... 11

1.2 - CARATERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACEUTICOS ... 13

1.2.2 – Caraterização dos Recursos Humano ... 15

2. CIRCUITO DO MEDICAMENTO ... 16

2.1 – SELEÇÃO E AQUISIÇÃO ... 17

2.2 – RECEÇÃO ... 18

2.3 – ARMAZENAMENTO ... 19

2.3.1 – Armazém Central ... 19

2.3.2 – Armazém de Soluções de Grandes Volumes ... 21

2.3.3 – Armazém de Desinfetantes e Antisséticos ... 21

2.4 – FARMACOTÉCNIA ... 21

2.4.1 – Preparação de Fórmulas Magistrais e Preparados Oficinais ... 21

2.4.2 – Reembalagem ... 22

2.5 – DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS ... 23

2.5.1 – Distribuição por reposição de níveis ... 25

2.5.2 – Distribuição Tradicional ... 26

2.5.3 – Distribuição por Dose Unitária ... 28

2.5.2.1 Revertências e Devoluções ... 30

2.5.2.2 Análise de um Perfil Farmacoterapêutico ... 31

2.5.3 – Distribuição em Regime da Ambulatório ... 34

3. ANÁLISE CRITICA ... 37 4. CONCLUSÃO ... 39 5. BIBLIOGRAFIA ... 40 6. ANEXOS ... 41 ANEXO I ... 41 ANEXO II ... 42 ANEXO III ... 43

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ANEXO IV ... 44 ANEXO V ... 45 ANEXO VI ... 46 ANEXO VII ... 47 ANEXO IX ... 48 ANEXO X ... 49 ANEXO XI ... 50 ANEXO XII ... 51 ANEXO XIII ... 52 ANEXO XIV ... 53 ANEXO X ... 54 ANEXO XVI ... 55 ANEXO XVII ... 56 ANEXO XVIII ... 57 ANEXO XIX ... 58 ANEXO XX ... 59 ANEXO XXI ... 60 ANEXO XXII ... 61 ANEXO XXIII ... 62

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INTRODUÇÃO

O presente relatório surge no âmbito do Estágio Profissional I do 4º Ano/1º Semestre do Curso de Farmácia - 1º Ciclo da Escola Superior de Saúde da Guarda – Instituto Politécnico da Guarda (ESS – IPG).

O estágio foi iniciado a 1 de outubro de 2013 e com o seu término a 17 de janeiro de 2014, tendo a duração de 490 horas, nos serviços farmacêuticos dos HSM na Guarda. Este estágio teve como supervisora no local de estágio, a técnica de farmácia, Anabela Santos e como professora orientadora a docente Sandra Ventura.

O principal objetivo deste estágio foi o de promover o contato direto com uma realidade profissional, que poderá vir a ser uma das saídas profissionais, proporcionando-me conhecimentos, alguma experiência, no âmbito das responsabilidades dos Técnicos de Farmácia (TF) em farmácia hospitalar, e também a oportunidade de consolidar os conhecimentos teóricos adquiridos.

O técnico de farmácia tem como função o desenvolvimento de actividades no circuito do medicamento, tais como análises e ensaios farmacológicos; interpretação da prescrição terapêutica e de fórmulas farmacêuticas, sua preparação, identificação e distribuição, controlo da conservação, distribuição e stocks de medicamentos e outros produtos, informação e aconselhamento sobre o uso do medicamento. (1)

Este profissional concebe, planeia, organiza, aplica e avalia todas as fases do circuito do medicamento e produtos de saúde, assegurando a sua qualidade, num espaço de intervenção próprio e autónomo. Para isso o TF deve possuir as competências necessárias ao desempenho efetivo das suas funções, com profissionalismo, autonomia e responsabilidade, respeitando os princípios legais e éticos inerentes à sua profissão e deve ter capacidade de tomar decisões em circunstâncias complexas e imprevisíveis. Deve estar preparado para desenvolver a sua prática profissional, sempre que necessário, integrado em equipas multidisciplinares e compreender a necessidade de uma comunicação efetiva quer ao nível da relação com os doentes/utentes quer ao nível das relações com outros profissionais de saúde. (2)

No decorrer do estágio tive a oportunidade de passar por todas as áreas dos Serviços Farmacêuticos (SF), bem como a realização de todas as tarefas realizadas pelos TF, tarefas estas executadas autonomamente, com a supervisão dos TF, com o maior rigor e obedecendo

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às normas de higiene e segurança. Este estágio proporcionou-me o enriquecimento dos meus conhecimentos, para que fosse compreendida a organização e funcionalidade dos SF mas principalmente o cumprimento dos objetivos específicos: reconhecer a farmácia como parte da entidade prestadora de cuidados de saúde; caracterizar a estrutura física e organizacional dos SF; descrever o circuito do medicamento desde a sua prescrição até á sua administração identificando todos os intervenientes envolvidos; conhecer a importância da aquisição dos diversos produtos farmacêuticos; demonstrar capacidades de autonomia e rigor na execução técnica; avaliar e analisar de forma crítica os resultados obtidos; executar e avaliar as técnicas e métodos de acordo com os recursos disponíveis; aplicar normas de higiene/limpeza e desinfeção; interpretar as prescrições médicas; conhecer e desenvolver as formulações magistrais e oficinais; conhecer as implicações da correta dispensa de medicamentos; conhecer a importância da Farmacovigilância na deteção, comunicação e prevenção das reações adversas a medicamentos; caracterizar a aplicação informática utilizada e relacionar com as áreas funcionais da farmácia e consolidar e desenvolver as competências profissionais adquiridas ao nível da preparação académica.

Realizei inicialmente as tarefas destinadas aos TF, sob orientação, para poder adquirir o conhecimento necessário das mesmas. Posteriormente e até ao fim do estágio, eu e as restantes colegas estagiárias, fomos distribuídas pelas seguintes áreas – receção, dose unitária, reposição por níveis, distribuição tradicional, existindo uma rotação de três em três semanas, dividindo o tempo de estágio, para que existisse um contato com todas as tarefas realizadas.

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1. HOSPITAL SOUSA MARTINS

1.1 - FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA

“A designação de “Cidade da Saúde”, atribuída à Guarda, em muito se fica a dever ao Sanatório que a marcou indelevelmente, ao longo de décadas, no século passado.

Embora a situação geográfica e as especificidades climatéricas associadas tenham granjeado a esta cidade esse epíteto, a construção do Sanatório Sousa Martins certificou e rentabilizou as condições naturais da cidade para o tratamento da tuberculose, doença que vitimou, em Portugal, largos milhares de pessoas.

A Guarda foi, nessa época, uma das cidades mais procuradas de Portugal. A afluência de milhares de pessoas à cidade deixou inúmeros reflexos na sua vida económica, social e cultural; a sua apologia como localidade “eficaz no tratamento da doença” foi feita por distintas figuras da época, pois era “a montanha mágica” junto à Serra.

Muitas pessoas (provenientes de todo o país e mesmo do estrangeiro) subiam à cidade mais alta de Portugal com o objetivo de usufruírem do clima de montanha, praticando, assim, uma cura livre, não sendo seguidas ou apoiadas em cuidados médicos.

As deslocações para zonas propícias à terapêutica “de ares”, e a consequente permanência, contribuíram para o aparecimento de hotéis e pensões, dado não haver, de início, as indispensáveis e adequadas unidades de tratamento; situação que desencadeou fortes preocupações nas entidades oficiais da época.

Em 1881 a Sociedade de Geografia de Lisboa promoveu uma Expedição Científica à Serra da Estrela, sendo integrada, entre outros, pelo médico Sousa Martins Dessa expedição resultou a elaboração de relatórios das várias secções científicas. A iniciativa teve, igualmente, o mérito, e através dos esforços de Sousa Martins, de chamar a atenção dos meios científicos e clínicos de então para as condições que esta região oferecia para o tratamento da tuberculose.

Quatro anos depois realizou-se o primeiro Congresso Português sobre Tuberculose onde Lopo de Carvalho (que viria a ser o primeiro Director do Sanatório Sousa Martins, e pai de outro conceituado clínico) discursou sobre os processos profiláticos usados na Guarda. Este médico foi um dos mais fervorosos defensores da criação do Sanatório que seria inaugurado a 18 de Maio de 1907, com a presença do rei D. Carlos e da Rainha D. Amélia. A autoria do projeto dos edifícios pertence a Raul Lino.

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O fluxo de tuberculosos superou, largamente, as previsões, fazendo com que os pavilhões do Sanatório Sousa Martins se tornassem insuficientes perante a procura; o Pavilhão 1 (designado também de Lopo de Carvalho, e onde funciona atualmente a sede e administração da ULS da Guarda) teve de ser aumentado um ano depois, duplicando a sua capacidade.

Um novo pavilhão, que se juntou aos três já existentes, foi inaugurado em 31 de Maio de 1953; com este novo edifício – onde funcionam os principais serviços da Unidade Local de Saúde da Guarda, Cardiologia, Pneumologia, Medicina Interna, Pediatria, etc. – o Sanatório Sousa Martins ganhou maior dimensão, assumindo-se, ainda mais, como uma “povoação” auto-suficiente, dentro da própria cidade.

Após o 25 de Abril de 1974, o Sanatório Sousa Martins entrou na fase final da sua existência. Em Novembro do ano seguinte aquele Sanatório foi integrado no Hospital Distrital da Guarda; após 68 anos de existência, esta instituição de saúde conclui a sua eminente função social.

É importante, é urgente, salvaguardar a memória do Sanatório Sousa Martins que – como por várias vezes já afirmámos – é um destacado capítulo da história da Guarda e da história da luta contra a tuberculose.” (3)

É já nos nossos dias que o HSM passa a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, criada em outubro de 2010, pretendendo melhorar a qualidade do atendimento aos 171 mil utentes do distrito, integrando mais de dois mil funcionários. (FIGURA 1)

Atualmente os SF do HSM encontra-se num novo edifício, onde também irão funcionar alguns serviços clínicos, para melhor servir os utentes.

O HSM serve cerca de 350 camas distribuídas por quinze serviços. A ULS integra o HSM, o Hospital Nossa Senhora da Assunção em Seia e treze centros de saúde do distrito da Guarda.

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1.2 - CARATERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS FARMACEUTICOS

Os SF hospitalares constituem uma das estruturas mais importantes dos cuidados de saúde prestados em meio hospitalar e têm como objetivo um conjunto de atividades farmacêuticas que embora sendo autónomos técnica e cientificamente, são sujeitos à supervisão e orientação das administrações hospitalares.

A direção dos SF é obrigatoriamente assegurada por um farmacêutico, que integra as equipas multidisciplinares de cuidados de saúde, ou em quem este delegue.

Os SF asseguram toda a terapêutica medicamentosa os doentes, bem como, a qualidade, eficácia, e segurança dos medicamentos, são os principais responsáveis pela implementação e monotorização da politica de medicamentos, definida no Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos e pela Comissão de Farmácia e Terapêutica.

Dentro do orçamento hospitalar, são os SF que acarretam com a segunda maior despesa, sendo assim, necessária uma gestão rigorosa no momento da aquisição de medicamentos, recursos materiais e humanos.

Os serviços Farmacêuticos Hospitalares têm determinadas funções e entre elas incluem-se: (4)

 A seleção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos;

 O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medicamentos experimentais e os dispositivos utilizados para a sua administração, bem como, os demais medicamentos já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à realização dos ensaios clínicos;

 A produção de medicamentos;

 A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde;

 A participação em Comissões Técnicas (Farmácia e Terapêutica, Infeção Hospitalar, Higiene e outras);

 A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a prestação de Cuidados Farmacêuticos;

 A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos;  A participação nos Ensaios Clínicos;

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 A informação de Medicamentos;

 O desenvolvimento de ações de formação.

1.2.1 – Caraterização dos SF do HSM

As novas instalações onde se encontram os SF do HSM, têm áreas bem definidas para cada tarefa a executar e zonas de armazenamento diferentes para os vários medicamentos e dispositivos médicos:

 Armazém de soluções de grandes volumes – local de armazenamento de soros de grandes volumes; (ANEXO I)

 Armazém de soluções desinfetantes e antisséticas – local de armazenamento de desinfetantes;(ANEXO I)

 Receção – local onde se rececionam os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, param serem posteriormente armazenados;(ANEXO II)

 Armazém Central – local de armazenamento da maior parte dos medicamentos e dipositivos médicos, com duas entradas, uma ligada à receção e outra à sala de distribuição; (ANEXO III)

 Sala de Ambulatório – local onde são armazenados e dispensados medicamentos, aos doentes em regime de ambulatório; (ANEXO IV)

 Área de sujos – sala situada junto de uma das entradas dos SF para que as cassetes e respetivas gavetas, vindas dos serviços, sejam lavadas e desinfetadas. É também nesta sala que se encontram os contentores dos resíduos hospitalares (grupos III e IV); (ANEXO V)

 Existe um corredor que atravessa toda a farmácia hospitalar onde existem várias salas, uma destas é onde estão armazenadas as bolsas de alimentação parentérica em estantes com prateleira devidamente identificadas;(ANEXO VI)

 Sala de Reembalagem – sala onde é feita a reembalagem de medicamentos sob a forma farmacêutica de comprimidos, como irá ser descrita neste relatório, faz parte desta sala uma reembaladora, um computador, uma bancada e cadeira; (ANEXO VII)

 Receção dos SF aos serviços clínicos do HSM – esta entrada serve para que os assistentes operacionais ou enfermeiros venham buscar os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, urgentes, necessários aos serviços clínicos em causa;

 Sala de distribuição – local onde se exerce a maior parte das tarefas dos TF, como, os vários tipos de distribuição, e onde existem quatro computadores, bancadas de trabalho, armários, cadeiras, um lava-loiça, um frigorífico onde ficam os medicamentos

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termolábeis, que fazem parte dos vários tipos de distribuição, devidamente identificados com o respetivo serviço clínico ao qual pertencem, até serem levados pelos assistentes operacionais dos SF. Existe também uma estrutura com gavetas onde se encontram medicamentos de grande rotação para um mais rápido acesso por parte dos TF aquando das preparações dos vários tipos de distribuição;(ANEXO VIII) (ANEXO IX) (ANEXO X)

 Sala dos farmacêuticos – espaço constituído por secretárias, computadores cadeiras e armários, é o local onde os farmacêuticos exercem as suas atividades;(ANEXO XI)  Sala dos serviços administrativos – local onde são tratados todos os serviços administrativos dos SF do HSM;

 Laboratório – área devidamente equipada para que sejam realizadas formulações magistrais e oficinais;(ANEXO XII)

 Sala de arquivo – local onde está arquivada toda a informação referente aos SF do HSM

 Gabinete do diretor dos SF;

 Sala de refeições - sala onde todos os elementos dos SF podem descansar e realizarem as suas refeições;(ANEXO XIII)

 Existem ainda, uma sala de arrumação de produtos e equipamentos de limpeza e dois vestiários equipados com armários, sanitas, lavatórios e chuveiros;

1.2.2 – Caraterização dos Recursos Humanos

Os recursos humanos dos SF do HSM, traduzem-se em sete farmacêuticos, sendo um deles o diretor do mesmo, sete TF, três assistentes operacionais e três elementos administrativos.

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16 SELEÇÃO E AQUISIÇÃO RECEÇÃO ARMAZENAMENTO DISTRIBUIÇÃO 2. CIRCUITO DO MEDICAMENTO

O circuito do medicamento compreende as fases de seleção e aquisição, receção, armazenamento e distribuição até à administração ao doente de acordo com a figura 2.

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2.1 – SELEÇÃO E AQUISIÇÃO

Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, devem ser adquiridos pelo hospital baseados no Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos (FHNM). Os SF não devem descurar as necessidades terapêuticas dos doentes, tendo em linha de conta a relação qualidade/melhor preço.

A seleção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, feita por parte dos SF do HSM são realizadas com base no catálogo de aprovisionamento público da saúde (CAPS) dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), comum a todos os hospitais nacionais, no qual existem inúmeros medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, e os respetivos laboratórios. Existe também uma listagem de todos estes produtos que fazem parte do stock habitual da farmácia, que é gerido informaticamente (ALERT RP® – programa utilizado para o aprovisionamento e gestão da farmácia). Neste sistema informático está inserido o stock mínimo, que é definido consoante os consumos de cada medicamento, produto farmacêutico ou dispositivo médico, denominado ponto de encomenda, que alerta quando deve ser feita nova encomenda para que sejam salvaguardados, tanto as ruturas de stock, como serem feitas encomendas sem necessidade.

O ponto de encomenda sofre oscilações, de acordo com a sazonalidade de cada medicamento ou produto farmacêutico, baixando ou subindo consoante os consumos. A dispensa em ambulatório é rigidamente controlada devido ao elevado custo das terapêuticas medicamentosas e por isso os stocks são mínimos.

Depois de selecionados os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, a serem adquiridos para a farmácia hospitalar, é o responsável pelos SF, ou em quem ele delegue, que tem a responsabilidade de enviar para os serviços administrativos uma listagem com todos os itens a encomendar, do CAPS do SPMS.

Quando excecionalmente os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, não existem no CAPS do SPMS, é aberto um concurso contatando-se pelo menos três laboratórios e depois de analisadas as propostas destes é deliberado qual garante as melhores condições fármaco-económicas. (ANEXO XIV)

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Todas as encomendas são realizadas por Denominação Comum Internacional (DCI) e têm de ser aprovadas pelo responsável dos SF, pelos serviços financeiros e pela administração do hospital.

2.2 – RECEÇÃO

Depois do processo de seleção e aquisição dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, estes, chegam à receção dos SF do HSM, onde o TF faz uma verificação qualitativa e quantitativa, ou seja, é verificada a DCI da substancia ativa, a forma farmacêutica, a dosagem, lote e validade, bem como a quantidade e a integridade de todas as embalagens por amostragem. A guia de remessa que acompanha os produtos acima referidos, é assinada e entregue aos serviços administrativos dos SF, que a anexam à nota de encomenda para que a receção se efetue completamente. O TF que faz a receção deve conferir o número da nota de encomenda com o mesmo número que deve constar na guia de remessa. (ANEXO XV) (ANEXO XVI)

Existem ainda produtos farmacêuticos que requerem uma receção realizada de uma forma diferenciada, como é o caso dos hemoderivados e das matérias-primas, que devem ser acompanhados de certificados de aprovação da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P. (INFARMED I.P.), bem como, dos boletins de análise, que são conferidos, sendo esta documentação arquivada por ordem de entrada.

As benzodiazepinas e os psicotrópicos e estupefacientes são rececionados e armazenados em cofres fechados.

As soluções injetáveis de grandes volumes e inflamáveis devem também ser rececionadas o mais rapidamente possível para que sejam armazenadas de imediato libertando a zona da receção.

Os medicamentos termolábeis, aquando da sua entrada na receção, devem ser rececionados de imediato e colocados no frigorifico destinado ao seu armazenamento. Quando tal não é possível, existe um frigorífico na receção dos SF do HSM, onde estes medicamentos são colocados provisoriamente até à sua receção definitiva.

Após a conferência da encomenda é introduzido no sistema informático (ALERT RP®), o número da mesma para que se dê entrada dos medicamentos, produtos farmacêuticos

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e dispositivos médicos, corretamente. Existe no sistema, para cada encomenda, um campo onde é colocado o lote, a data de validade, a integridade e a quantidade dos medicamentos produtos farmacêuticos e dispositivos médicos. Após este processo o TF deve assinar a nota de encomenda para que esta possa ser arquivada. Seguidamente a todo este processo de rececionamento os medicamentos produtos farmacêuticos e dispositivos médicos são armazenados.

2.3 – ARMAZENAMENTO

O armazenamento é um processo que possibilita manter o stock ordenado, seguro e racional das diversas categorias de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, garantindo a sua adequada conservação e integridade, durante todo o seu prazo de validade que é o período de tempo no qual o medicamento ou fármaco mantem as suas caraterísticas físicas, químicas, microbiológicas, galénicas e toxicológicas.

O armazém de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, deve ter condições de temperatura, humidade controlada, luz(temperatura inferior a 25º C, proteção da luz solar direta e humidade inferior a 60 %) e espaço necessário.

Nos SF do HSM os armazéns têm estas condições bem definidas, garantindo as condições ideais para que a integridade dos produtos não seja posta em causa

2.3.1 – Armazém Central

Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos estão armazenados por ordem alfabética de DCI, dosagem e forma farmacêutica, existindo algumas exceções: (ANEXO XVII)

 Medicamentos termolábeis – existem 10frigoríficos devidamente identificados onde estes estão alocados;

 Plasma – existe uma arca congeladora onde é armazenado o plasma humano por tipo (A, B, O, AB);

 Anticoncecionais – o armazenamento destes produtos é feito em estantes específicas, em prateleiras devidamente especificadas;

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 Pensos, cremes, reagentes para determinação da glucose e reagentes para determinação de fatores bioquímicos, também se encontram armazenados em estantes específicas, em prateleiras devidamente identificadas;

 Medicamento específico de oftalmologia – existe uma estante determinada e devidamente identificada para o armazenamento destes medicamentos;

 Antídotos e medicamentos de importação – estão armazenados em prateleiras específicas, por ordem alfabética de DCI, dosagem e forma farmacêutica, num armário existente neste armazém;

 Medicamentos psicotrópicos e estupefacientes – estão armazenados em cofre fechado;

 Medicamentos citotóxicos – encontram-se armazenados por ordem alfabética de DCI, num armário, existente neste armazém, determinado para este tipo de medicamentos;

 Medicamentos de oferta – são medicamentos que os doentes e as suas famílias por vezes doam aos SF quando saem do internamento (são armazenados por ordem alfabética de nome comercial num armário, existente neste armazém, específico para este efeito);

 Medicamentos de grande rotação estão alocados de forma a facilitar o armazenamento e dispensa;

 Suplementos nutricionais, papas lácteas, e leites em pó;

 As bolsas para as alimentações parentéricas, encontram-se armazenadas numa sala nos SF em prateleiras devidamente identificadas;

Todas as identificações têm um código numérico para cada um dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, a sua DCI, bem como, as dosagens e forma farmacêutica (figura 3).

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2.3.2 – Armazém de Soluções de Grandes Volumes

As soluções de grandes volumes estão armazenadas em paletes ao longo do armazém, existindo as devidas identificações colocadas por cima das várias paletes.

2.3.3 – Armazém de Soluções Desinfetantes e Antisséticas

As soluções desinfetantes estão armazenadas num pequeno armazém contiguo ao armazém das soluções de grandes volumes. Aqui estão armazenados em estantes com prateleiras devidamente identificadas.

Os dois armazéns descritos anteriormente encontram-se na área da receção dos SF do HSM.

2.4 – FARMACOTÉCNIA

2.4.1 – Preparação de Fórmulas Magistrais e Preparados Oficinais

Define-se Formula Magistral como “qualquer medicamento preparado

numa farmácia de oficina ou serviço farmacêut ico hospitalar, segundo uma receita médica e destinado a um doente determinado” e Preparado Oficinal por “qualquer medicamento preparado segundo as indicações compendiais de uma farmacopeia ou de um formulário oficial, numa farmácia de oficina ou em serviços farmacêuticos hospitalares, destinado a ser dispensado diretamente aos doentes assistidos por essa farmácia ou servi ço.” (5)

Hoje em dia, são poucos os medicamentos que se produzem nos hospitais ao contrário do que sucedia há alguns anos. As preparações que ainda se realizam destinam-se a satisfazer as necessidades específicas de alguns grupos especiais de doentes, como é o caso de preparações pediátricas, para as quais não existem formulações adequadas. As preparações asséticas, estéreis ou as preparações de citotóxicos individualizados, são ainda hoje as fórmulas magistrais realizadas mais frequentemente.

Nos SF do HSM, são muito poucas as preparações magistrais realizadas no laboratório existente e estão a cargo dos farmacêuticos, apesar de esta ser uma tarefa do âmbito das funções do TF.(ANEXO XVIII)

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A preparação de citotóxicos também não é realizada nos SF, devido à falta de condições técnicas destes mesmos serviços, sendo esta função realizada por enfermeiros no serviço de oncologia.

2.4.2 – Reembalagem

A reembalagem e rotulagem de medicamentos em unidose devem ser efetuadas de maneira a garantir a segurança e a qualidade do medicamento. O seu principal objetivo é dispensar o medicamento sob uma dosagem adequada à terapêutica prescrita, proteger o medicamento dos fatores ambientais, evitando desperdícios.

A reembalagem nos SF do HSM, é realizada numa sala preparada para esta função e já descrita anteriormente. Antes de se iniciar o processo devem estar reunidas todas as condições de higiene inerentes, ou seja, neste caso, sala limpa, máquina de reembalagem limpa, e a utilização de luvas para o manuseamento do medicamento a reembalar. A operação de reembalagem é feita não só para uma nova identificação como também para o fracionamento de comprimidos não revestidos.

Nos SF do HSM, a reembalagem é utilizada maioritariamente, para satisfazer necessidades terapêuticas mais adequadas ao doente, sendo muitas vezes necessário diminuir a dosagem da forma farmacêutica. Assim efetua-se a reembalagem de comprimidos em meios ou quartos, conforme o pretendido, não devendo existir mais do que um tipo de comprimidos a serem reembalados na área, para se evitar contaminações ou mesmo trocas de comprimidos.

Junto à máquina de reembalagem (figura 4) e ligado à mesma, existe um computador onde são introduzidos os dados num diretório criado para o efeito, que são impressos na fita que faz parte da pelicula de embalagem. Estes dados contemplam a DCI, dosagem, lote e prazo de validade, prazo este que se a reembalagem for feita com o blister original, a data de validade é o da embalagem original, se o comprimido for retirado do blister original a data de validade deve ser apenas de seis meses a contar da data de reembalagem, devido à sua exposição ao meio ambiente. Caso a data original seja inferior a estes seis meses deve ser colocada a data do prazo de validade original.

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FIGURA 4 – Reembaladora existente na área da reembalagem dos SF do HSM

2.5 – DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS

A distribuição de medicamentos deve ter como objetivo o cumprimento da prescrição, a racionalização da distribuição dos medicamentos diminuindo os erros associados (administração de medicamentos não prescritos, troca da via de administração ou mesmo erros de dosagem), a monotorização da terapêutica é desta forma mais eficiente racionalizando os seus custos.

A distribuição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, é a atividade de excelência dos SF do HSM e também a que absorve a maior parte dos recursos humanos.

Como foi referido anteriormente o HSM possui trezentas e quarenta e seis camas, embora nos SF se faça distribuição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, a serviços que não têm camas. Assim os vários tipos de distribuição, seja por níveis, tradicional ou por dose unitária, vão para os seguintes serviços clínicos:

 Cardiologia;  Neurologia;  Dermatologia;  Pneumologia;  UCIP;  Unidade de AVC;  Medicina A;  Medicina B;  Cirurgia Homens;  Cirurgia Mulheres;  Gastrenterologia;

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24  Ortopedia Homens;  Ortopedia Mulheres;  UCIC;  Ginecologia;  Obstetrícia;  Otorrinolaringologia;  Oftalmologia;  Pediatria;  Urgência Pediátrica;  Banco de Urgência;  Bloco Operatório;  Oncologia;  Psiquiatria;  Consultas Externas.

Como o HSM é uma ULS como já foi referido, dispensa ainda medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, para os centros de saúde que lhe estão associados:  Guarda;  Ribeirinha;  Manteigas;  Almeida;  Pinhel;

 Figueira de Castelo Rodrigo;  Gouveia;  Seia;  Celorico da Beira;  Fornos de Algodres;  Trancoso;  Mêda.

(26)

25 Quarta-feira • Ginecologia Quinta-feira • Obstetrícia • Otorrino/Oftalmologia • Pediatria Sexta-feira • UCI-Cardiologia • Banco de Urgência

2.5.1 – Distribuição por reposição de níveis

Este é um sistema de distribuição de medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, onde existe a reposição de níveis previamente definidos pelos farmacêuticos, enfermeiros e médicos dos serviços de destino.

A reposição destes níveis é feita de acordo com uma periodicidade acordada, que no caso do HSM é feita semanalmente.

Através do sistema informático, com a ajuda do PDA, é feito um inventário semanal dos medicamentos que existem dentro das cassetes dos módulos correspondentes a cada serviço, ou das cassetes dos carros no caso do Banco de Urgência e da Pediatria. Depois de contadas as existências, estas são enviadas através de uma sincronização entre o PDA e o computador e é gerada uma requisição para ajustar o stock e o sistema vai fazer a diferença entre o que existe e o que é necessário para repor o nível.

Como por vezes os enfermeiros dos serviços clínicos não cumprem o FIFO (first in, first out), é dever do TF verificar a data de validade e a integridade de todos os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, quando estes estão a ser inventariados.

Depois de tudo devidamente verificado o TF já pode repor os níveis, com a ajuda do PDA ou com o perfil em papel que contem as quantidades a repor.

Nos SF do HSM, os serviços aos quais são dispensados medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, em distribuição por reposição de níveis, bem como o dia de saída dos SF, estão descritos no seguinte esquema da figura 5:

(27)

26

Salienta-se o facto de que estes serviços não possuem qualquer outro tipo de distribuição, à exceção de alguma requisição feita extraordinariamente devido a alguma situação pontual ou da dispensa soluções injetáveis de grande volume e soluções desinfetantes que também vão para estes serviços semanalmente, mas sob uma distribuição tradicional.

2.5.2 – Distribuição Tradicional

Define-se como distribuição tradicional ou clássica de medicamentos, aquela que oferece uma resposta direta aos pedidos dos serviços clínicos perante as necessidades destes.

Os pedidos para este tipo de distribuição chegam informaticamente aos SF do HSM semanalmente, sendo efetuados pelos enfermeiros dos serviços.

Quando as requisições são enviadas têm de ser validadas pelo farmacêutico responsavel desse determinado serviço clinico, e só depois os TF podem dispensar, efetuando a dispensa através do PDA, sendo mais fácil pois pode de imediato dar saída dos produtos do stock, ou imprimindo o perfil tendo que depois passar essa informação para o sistema informático, para que este faça o acerto dos stocks.

Sempre que é detetado algum medicamento, produto farmacêutico ou dispositivo médico em falta por algum motivo é função do TF informar o farmacêutico responsável por determinado serviço clínico.

Todos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos, são enviados dentro de caixas identificadas com o serviço em causa, existindo dias específicos para a saída dos SF destes stocks semanais, saindo no dia seguinte à chegada do pedido, conforme a figura 6.

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27 Segunda-feira Cirurgia Homens UCA UCIP Terça-feira Ortopedia Homens Ortopedia Mulheres Cardiologia Consultas Externas Consultas Externas de Oftalmologia Bloco Obstetrícia Quarta-feira UCAV Cirurgia Mulheres Bloco Operatório Central Quinta-feira Medicina A Medicina B Pneumologia UCIP Oncologia

FIGURA 6 – Escala semanal da distribuição tradicional realizada pelos TF dos HSM

Todas as requisições com pedidos de soluções injetáveis de grande volume e soluções desinfetantes, independentemente dos serviços, saem dos SF semanalmente, por distribuição tradicional.

Além desta distribuição feita através de requisição semanal, existem requisições feitas de acordo com alguma necessidade imediata dos serviços seguindo o mesmo percurso, ou seja, requisição do serviço, validação por parte de farmacêutico, dispensa por parte dos TF, sendo a única diferença o meio como os medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos chegam aos serviços, pois nestes casos é um assistente operacional que os vem buscar aos SF, ou mesmo um enfermeiro.

Os serviços clínicos que têm distribuição por reposição de níveis não são contemplados na distribuição tradicional, existindo serviços que só têm distribuição tradicional como é o caso da Psiquiatria.

Os centros de saúde desta ULS recebem medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos através da distribuição tradicional, sendo as requisições destes feitas

(29)

28

mensalmente e saindo dos SF em dias da semana específicos para cada um dos centros de saúde. (ANEXO XIX)

2.5.3 – Distribuição por Dose Unitária

A distribuição de medicamentos, produtos farmacêuticos, neste sistema surge no intuito de aumentar a segurança no circuito do medicamento, conhecer o perfil farmacoterapêutico dos doentes, diminuindo o risco de possíveis interações, racionalizar o uso do medicamento, reduzir os desperdícios e retirar determinadas responsabilidades aos enfermeiros com os medicamentos, ficando estes com mais tempo para o cuidado direto ao doente.

Para que este sistema seja aplicado é necessário que haja uma distribuição diária de medicamentos, produtos farmacêuticos, em dose individual unitária, para um período de vinte e quatro horas.

No HSM a prescrição é feita quando o doente dá entrada em determinado serviço clinico. De seguida o farmacêutico valida essa informação, certificando-se que existem todos os medicamentos, produtos farmacêuticos ou dispositivos médicos nos SF.

O perfil farmacoterapêutico contém a identificação do doente (nome e cama), descrição farmacoterapêutica do doente, a data de início da terapêutica e se for o caso a data do fim da mesma. Caso a terapêutica medicamentosa, deva ser feita em dias ímpares ou pares, também é mencionado no perfil, bem como as dosagens, as formas farmacêuticas e a periodicidade das tomas. (ANEXO XX)

Quando existem alterações às prescrições iniciais, os médicos elaboram novas prescrições denominadas de “tickets”, amarelos, que chegam aos SF através dos assistentes operacionais, todas as manhas, sendo posteriormente entregues ao farmacêutico responsável por esses serviços clínicos, que transcreve essa mesma prescrição para o perfil do doente.

Quando a prescrição está devidamente validada, o farmacêutico imprime o perfil dos serviços pelos quais é responsável, entregando-o posteriormente na sala de distribuição.

Os perfis farmacoterapêuticos devem ser entregues na sala de distribuição dentro de um horário previamente estipulado, para que os TF realizem a dose unitária em tempo útil, não comprometendo o tratamento dos doentes.

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29 •Cardiologia /Neurologia / Dermatologia

•Pneumologia •UCIP

Técnico A

• Medicina B • Ortopedia Homens • Cirurgia Homens / Gastroenterologia • AVCs

Técnico B

• Medicina A • Ortoperdia Mullheres • Cirurgia Mullheres

Técnico C

Na sala de distribuição existem três zonas específicas para a realização da dose unitária como está esquematizado na figura 7:

FIGURA 7 – Disposição dos postos para a realização da distribuição por dose unitária na sala de distribuição dos SF do HSM

As terapêuticas distribuídas através da dose unitária, são enviadas para os serviços clínicos, em “cassetes” (módulos Suc®), preenchidas com gavetas, estando estas últimas, divididas em quatro, para que os medicamentos sejam distribuídos, quer seja de oito em oito horas, de doze em doze horas, ou pequeno-almoço (primeira divisória), almoço (segunda divisória), jantar (terceira divisória) e caso seja necessário medicamentos em SOS, devem ser colocados na quarta divisória, podendo estes serem colocados na terceira divisória por questões de espaço.

As gavetas estão identificadas com o nome do doente, a respetiva cama e o serviço clínico respetivo. Esta informação é atualizada sempre que existam altas médicas ou ovos internamentos, pois as gavetas estão identificadas por doente, seja por o doente mudar de serviço clínico, tenha alta médica ou por falecimento do mesmo.

A dose unitária assegura a terapia medicamentosa, de cada doente, durante vinte e quatro horas, ou seja, segue para os serviços por volta das dezassete horas, para que seja assegurada a terapêutica até às dezasseis horas do dia seguinte.

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30

Nas sextas-feiras a terapêutica distribuída em dose unitária, é realizada em triplicado pelos TF, pois tem de se assegurar essa mesma terapêutica durante o fim-de-semana. As terapias são distribuídas da mesma forma, ou seja, a distribuição unitária é feita de igual forma por três gavetas dos três conjuntos de “cassetes” identificadas com os dias da semana e com as gavetas devidamente identificadas por doente.

Para um melhor desempenho por parte dos TF na realização da distribuição por dose unitária, existe na sala da distribuição uma estrutura com gavetas que contem stocks de medicamentos de maior consumo. Cada posto de distribuição tem o seu próprio stock com medicamentos específicos dos serviços clínicos que estão alocados a cada posto, para uma dispensa mais rápida e com mais eficiência.

Os medicamentos ou produtos farmacêuticos termolábeis, que são dispensados por dose unitária, é trazida dos frigoríficos onde está armazenada, e colocada no frigorífico que se encontra na sala da distribuição, sendo devidamente identificada com o serviço a que se destina, bem como a cama do doente em causa, posteriormente é colocada uma bandeirola, idealizada para este objetivo, no cimo das cassetes às quais pertence o medicamento termolábil, só saindo do frio quando as cassetes são transportadas para os serviços clínicos. Todo este processo é realizado para todos os tipos de distribuição anteriormente descritos.

Todos os medicamentos, produtos farmacêuticos ou dispositivos médicos, que não cabem nas gavetas, vão no cimo das “cassetes” com a identificação do serviço, número da cama, do doente a que se destina.

Todas as “cassetes”, seguem para os serviços clínicos, transportados pelos assistentes operacionais dos SF, que escalonadamente têm essa função entre muitas outras.

2.5.2.1 Revertências e Devoluções

As “cassetes” são trazidas dos serviços clínicos, pelos assistentes operacionais dos SF, levadas para a zona dos sujos para que sejam desinfetadas e são retirados todos os medicamentos ou produtos farmacêuticos, que não tenham sido administrados ao doente nas vinte e quatro horas transatas.

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31

Os TF, com base nos perfis do dia anterior, revertem medicamentos ou produtos farmacêuticos, no total das quantidades das terapêuticas dispensadas, onde os TF abatem os medicamentos ou produtos farmacêuticos, que vieram revertidos. (ANEXO XXI)

Depois dos TF terem realizado todas as revertências de todos os serviços clínicos com distribuição por dose unitária, são introduzidos no sistema informático os consumos desses totais, por serviço, ou seja, por centro de custos. Este processo denomina-se de “dar saídas”, pois ao mesmo tempo que se imputam os gastos ao respetivo serviço clínico, dá-se baixa no stock da farmácia, para que este esteja sempre atualizado, gerando as encomendas necessárias. Cada TF faz as revertências e “dá saídas” do respetivo posto.

Um processo similar a este é feito quando vêm dos serviços clínicos, medicamentos, produtos farmacêuticos ou dispositivos médicos devolvidos, por vários motivos: prazo de validade está expirado, estão danificados ou sem identificação, sendo a maioria dos casos por já não serem necessários nos respetivos serviços clínicos. Assim, é feita uma devolução no sistema informático de acordo com o respetivo serviço clínico de onde os medicamentos, produtos farmacêuticos ou dispositivos médicos são oriundos.

2.5.2.2 Análise de um Perfil Farmacoterapêutico

Como já foi referido, o perfil farmacoterapêutico contem toda a terapêutica que é administrado, a determinado doente, durante vinte e quatro horas.

Em contexto do estágio, foi feita uma análise de um perfil farmacoterapêutico de um doente do sexo masculino internado na Unidade de Acidentes Vasculares Cerebrais (UAVC).

(33)

32

 Ácido Acetilsalicílico 100 mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 4.3. anticoagulantes e antitrombóticos, mais especificamente ao 4.3.1.4. antiagregantes plaquetários. O ácido acetilsalicílico, em doses de 100mg a 325mg, é utilizado na profilaxia do tromboembolismo arterial (enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e isquémica transitória). Previne as oclusões trombóticas agudas da circulação arterial, por reduzir a agregação das plaquetas e inibir a formação de trombos quando existe disfunção do endotélio. (6)

 Enoxaparina Sódica 40mg/0.4ml inj.SC – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.4.anticoagulantes e antitrombóticos, mais especificamente ao grupo das heparinas de baixo peso molecular, sendo utilizada no tratamento e profilaxia da trombose venosa. (6)

 Fluoxetina 20mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 2.9 psicofármacos, mais especificamente ao grupo dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina. É utilizada maioritariamente no tratamento da depressão ou no tratamento ansiedade generalizada. Neste caso específico, e apesar de eu não saber se o doente teria alguma patologia do foro psicológico, a fluoxetina tem como uma das suas interações a potenciação dos anticoagulantes, favorecendo a terapêutica utilizada na patologia em causa. (6)

 Levotiroxina sódica 0.025mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 8.3 hormonas da tiroide e antitiroideus. Está indicada como terapêutica de substituição em estados de hipofunção tiroideia. Neste caso não existe hipotiroidismo, mas como uma das interações deste fármaco é o facto de potenciar os efeitos dos anticoagulantes, favorece assim a terapêutica aplicada na patologia em causa. (6)

 Losartan 50mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.4 anti-hipertensor, mais especificamente ao grupo 3.4.2.2. antagonistas dos recetores da angiotensina. É um hipertensor de primeira linha, e tem sido utilizado com sucesso no tratamento da insuficiência cardíaca, ou com disfunção ventricular pós enfarte. (6)

(34)

33

 Omeprazol 20mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 6.2. antiácidos e anti-ulcerosos, mais especificamente ao grupo 6.2.2.3. inibidores da bomba de protões. Atua acumulando-se nas células parietais determinando uma inibição prolongada, superior a vinte e quatro horas, de secreção ácida. O omeprazol é indicado para proteger a mucosa gástrica da agressão que toda a terapêutica medicamentosa possa causar. (6)

 Rosuvastatina 5mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.7 antidislipidémicos, mais especificamente ao grupo das estatinas, sendo um inibidor da HMG-CoA redutase, levando a uma redução do colesterol LDL e VLDL, embora este fármaco também tenha propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Pode ser utilizado como preventivo de recidivas em AVCs, evitando o aparecimento de mais placas de atroma e mantendo os níveis de colesterol dentro dos limites preconizados (colesterol total <190mg/dl para a maioria da população e <175 mg/dl em grupos de risco; LDL <115mg/dl para a maioria da população e <100mg/dl em grupos de risco). (6)

 Sotalol 160mg – Pertence ao grupo farmacoterapêutico 3.2.2. bloqueadores adrenérgicos beta (classe II), mais especificamente ao grupo 3.4.4.2. bloqueadores beta. É um anti-hipertensor sem cardioseletividade indicado para o tratamento da hipertensão arterial, pós-enfarte e na angina de peito. Neste caso clínico houve um enfarte do miocárdio, o que levou à utilização deste fármaco cuja indicação terapêutica é a limitação da área do enfarte devendo ser utilizado de preferência após o quinto dia do enfarte, e neste caso o doente foi internado dia 26 de dezembro, mas só iniciou o sotalol no dia 02 de janeiro. (6)

“O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença neurológica provocada pela diminuição súbita do aporte de sangue a uma determinada região do cérebro. Poderá ter como origem o “entupimento” de uma artéria cerebral, ficando impossibilitada a chegada de sangue a essa região do cérebro (AVC isquémico) ou o “rompimento” de uma artéria (AVC hemorrágico). É uma situação de urgência médica e, em Portugal, é a primeira causa de morte.” (7)

“Cardiopatia Isquémica: termo utilizado para descrever as doenças cardíacas provocadas por depósitos ateroscleróticos que conduzem à redução do Iúmen das artérias

(35)

34

coronárias. O estreitamento pode causar Angina de Peito ou Enfarte de Miocárdio, se em vez de redução do Iúmen arterial se verificar obstrução total do vaso;” (7)

Devo concluir com a análise deste perfil farmacoterapêutico que o doente sofreu um AVC e um enfarte do miocárdio, de acordo com o diagnóstico médico, provocados por tombos ou ateromas existentes nas veias e artérias.

2.5.3 – Distribuição em Regime da Ambulatório

“A cedência de medicamentos em ambiente hospitalar para utilização em regime de ambulatório adquiriu uma elevada importância nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para este facto contribuiu a existência de um número cada vez maior de medicamentos que permitem ao doente iniciar, ou continuar, o plano terapêutico fora do ambiente hospitalar. No entanto, a complexidade desta tecnologia exige estruturas e processos de cedência que têm que ser efetuados frequentemente em meio hospitalar, por farmacêuticos com formação específica para esta área.

Este acompanhamento é necessário por razões de segurança, pelo facto de, em muitos casos, estes medicamentos apresentarem janelas terapêuticas estreitas e exigirem uma monitorização frequente feita por especialistas hospitalares. É, também, necessário por razões económicas devido ao custo associado a estes tratamentos.” (8)

Existem determinadas patologias clínicas legisladas pelo INFARMED.IP, para as quais a dispensa de medicamentos é de despensa exclusiva em farmácia hospitalar, sendo comparticipados a 100% pelo estado:

 Artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriática, artrite idiopática juvenil poliarticular e psoríase em placas – Despacho n.º 1845/2011, de 12/01, despacho n.º 17503-a/2011, de 29/12 e despacho n.º 14242/2012, de 25/10;

 Fibrose quística – Despacho 24/89, de 2/2; Portaria nº 1474/2004, de 21/12;

 Doentes insuficientes crónicos e transplantados renais – Despacho n.º 11619/2003, de 22/05, Despacho n.º 14916/2004, de 02/07, retificação nº 1858/2004, de

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35

07/09, Despacho nº 25909/2006, de 30/11, Despacho n.º 10053/2007 de 27/04 e Despacho n.º 8680/2011 de 17/06;

 Doentes insuficientes renais crónicos – Despacho n.º 6370/2002, de 07/03, Despacho n.º 22569/2008, de 22/08, Despacho n.º 29793/2008, de 11/11 e Despacho n.º 5821/2011, de 25/03;

 Indivíduos afetados pelo VIH – Despacho nº 6 778/97, de 7/8 e despacho nº 5772/2005, de 27/12/2004;

 Deficiência da hormona de crescimento na criança, síndroma de turner, perturbações do crescimento, síndrome de prader-willi, terapêutica de substituição em adultos – Despacho n.º 12455/2010, de 22/07;

 Esclerose lateral amiotrófica (ELA) – Despacho n.º 14094/2012, de 16/10;

 Sindroma de lennox-gastaut – Despacho nº 13 622/99, de 26/5;  Paraplegias espásticas familiares e ataxias cerebelosas hereditárias, nomeadamente a doença de Machado-Joseph – Despacho n.º 19 972/99 (2.ª série), de 20/9;

 Profilaxia da rejeição aguda do transplante cardíaco alogénico,

Profilaxia da rejeição aguda de transplante hepático alogénico e Profilaxia da rejeição aguda de transplante renal alogénico - Despacho n.º 3069/2005, de 24/01, despacho n.º 15827/2006, de 23/06, despacho n.º 19964/2008, de 15/07, despacho n.º 8598/2009, de 26/03, despacho n.º 14122/2009, de 12/06, despacho n.º 19697/2009, de 21/08, despacho n.º 5727/2010, de 23/03, despacho n.º 5823/2011, de 25/03, despacho n.º 772/2012, de 12/01, e despacho n.º

8345/2012, de 12/06;

 Doentes com hepatite c – Portaria n.º 194/2012, de 18/04;

 Esclerose múltipla (EM) – Despacho n.º 5775/2005, de 18/02, despacho n.º10303/2009, de 13/04, despacho n.º12456/2010, de 22/07 e despacho n.º 13654/2012, de 12/10;

 Doentes acromegálicos – Despacho n.º 652/2005, de 06/04;

 Doença de crohn activa grave ou com formação de fístulas – Despacho n.º 30994/2008, de 21/11. (9)

No HSM os medicamentos cedidos em regime de ambulatório só são dispensados depois de determinado doente ter estado internado ou estar a ser seguido em consulta externa de alguma destas patologias acima descritas.

(37)

36

A terapêutica medicamentosa, prescrita pelo médico, é normalmente para meio ano, mas só é dispensada ao doente para um mês.

O farmacêutico faz uma ficha por doente através do sistema informático onde é salvaguardada a confidencialidade do mesmo, que é arquivada conjuntamente com a prescrição, que tem de contemplar o nome do doente e o do médico prescritor. O doente durante o meio ano da duração da prescrição, deve indicar da primeira vez que os medicamentos lhe são dispensados, os seus dados e mensalmente basta identificar-se, pois a prescrição fica arquivada durante esse meio ano.

Os SF do HSM também asseguram terapêuticas medicamentosas dentro do regime de ambulatório a doentes que, não sendo abrangidos pelas patologias legisladas, mas que por algum motivo não lhes seja possível adquirir essa mesma terapêutica e porque a mesma, é maioritariamente de uso restrito hospitalar, os SF do HSM podem dispensar para que o tratamento não seja interrompido. Estes são alguns exemplos de medicamentos dispensados em ambulatório pelos SF do HSM;

 Bicalutamida – pertence ao grupo farmacoterapêutico 16.2 – Hormonas e anti hormonas, mais especificamente ao grupo 16.2.2.2. Antiandrogénios é utilizada na prevenção do desenvolvimento tumoral observado na primeira fase da administração dos análogos da hormona libertadora da gonadotrofina e em doentes com cancro da próstata;

 Entecavir – pertence ao grupo farmacoterapêutico 1.3 – Antivíricos, mais especificamente ao grupo 1.3.1.3 Análogos nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa), utilizado no tratamento da infeção pelo VIH em associação com outros fármacos antirretrovirais, está também indicado para o tratamento da Hepatite B crónica em doentes adultos;

 Golimumab (medicamento termolábel) - grupo farmacoterapêutico 16.3 – Imunomodeladores, está indicado para o tratamento da artrite reumatoide moderada e grave. (6)

(38)

37

3. ANÁLISE CRITICA

Ao longo destas 490 horas de estágio tive a oportunidade de revalidar a minha experiencia nos SF do HSM, visto o meu estágio no segundo ano, embora nas instalações antigas, ter sido neste hospital.

Apesar de ter sido uma segunda vez no mesmo local de estágio, por vontade própria, foi muito interessante pois as novas instalações deram uma nova dinâmica às atividades realizadas.

Toda a equipa dos SF do HSM foi extremamente profissional na transmissão de conhecimentos e no esclarecimento de todas as dúvidas que foram sendo apresentadas.

Os SF, apesar de terem novas instalações, ainda não têm equipamento necessário à realização de muitas tarefas que fazem parte das competências dos TF, como câmara de fluxo laminar para a preparação de citotóxicos, preparação de bolsas para alimentação parentérica, Kardex, Pyxis ou FDS. Mas os TF realizam todas as tarefas solicitadas com a maior celeridade, rigor e profissionalismo, ou seja, embora os recursos materiais não sejam os ideais, os recursos humanos conseguem sob valorizar essa lacuna.

Durante este estágio, a orientadora propôs a realização de um trabalho sobre um tema à nossa escolha. Assim eu e as minhas colegas estagiárias realizamos um poster sobre um fármaco recente e o seu mecanismo de ação.

O medicamento escolhido foi a Agomelatina, que é um agonista dos recetores da melatonina, pertencente ao grupo farmacoterapêutico 2.9.3 – Antidepressores. É utilizado no tratamento da depressão major dos adultos.

Este medicamento tem como mecanismo de ação ser agonista malatoninérgico, atuando nos recetores MT1 e MT2, sendo um antagonista serotoninérgico. A melatonina é responsável pelo equilíbrio dos ciclos circadianos, e existem vários estudos que defendem que a desorganização destes mesmos ciclos representa uma causa provável na fisiologia da depressão. (ANEXO XXII)

Sendo assim e visto que a Agomelatina possui propriedades que lhe permitem regular os ciclos circadianos, trata-se de um antidepressivo bastante eficaz.

(39)

38

Como ponto negativo, devo deixar presentes neste relatório, que existiram dias ao longo do estágio em que as condições térmicas dos SF do HSM estavam longe de serem as ideais.

Na minha perspetiva de futura técnica de farmácia devo dizer que os SF do HSM são muito bons e os responsáveis do nosso governo deviam de apostar no enriquecimento das condições materiais, porque profissionais exímios já lá estão.

(40)

39

4.

CONCLUSÃO

Impõe-se cada vez mais aos serviços farmacêuticos, o dever de assegurar a terapêutica medicamentosa aos doentes com garantias de qualidade, no que diz respeito à segurança, eficácia e eficiência, baseados na evidência científica. Devem integrar as equipas multidisciplinares de cuidados de saúde, contribuindo desta forma para o processo de assistência ao doente.

Os SF têm como responsabilidade a gestão do medicamento, sendo responsáveis também pela implementação e monotorização da política de medicamentos definido no FHNM e pela Comissão de Farmácia e Terapêutica. Têm ainda a responsabilidade de gerir a segunda maior rubrica do orçamento hospitalar.

Foi uma oportunidade bastante enriquecedora, para se por em prática todos os conhecimentos apreendidos em todas as unidades curriculares ao longo de todo o curso. Foi dada a oportunidade de vivenciar o dia-a-dia das atividades de um técnico de farmácia observando e adquirindo novos conhecimentos, essenciais para a nossa carreira. Contudo todos os objetivos propostos foram cumpridos na íntegra.

É de salientar que este estágio já foi completamente diferente no que diz respeito às minhas competências, pois o conhecimento científico adquirido até ao momento fez com que a interpretação dos perfis farmacoterapêuticos fosse muito mais acessível relativamente ao que eu sabia no outro estágio.

Concluindo, apesar de não estarem visíveis, os SF do HSM são tão importantes, como quaisquer outros serviços clínicos do hospital ditos com visibilidade, pois a notoriedade pode simplesmente ser a mesma na hora de salvar uma vida.

(41)

40

5. BIBLIOGRAFIA

1. Série-a, diário da república — Decreto-lei 564/99 de 21 dezembro. 2014. 2. 2004, decreto-lei nº 95 de. Decreto-lei 95/2004. 2014.

3. Guarda, correio da. Memória da cidade da saúde. 2014.

4. I.p., infarmed. Infarmed/publicacoes/tematicos/manual_farmacia_hospitalar/manual.pdf. https://www.infarmed.pt/. [online]

5. 2004, decreto-lei nº 95 de. Medicamentos manipulados. 2014. 6. I.p., infarmed. Prontuario terapeutico. 2013.

7. Saúde, portal da. Avc. 2014.

8. I.p., infarmed. Procedimento de cedência de medicamentos no ambulatório hospitalar. 2014.

9.http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/infarmed/medicamentos_uso_humano/avaliacao_ economica_e_comparticipacao/medicamentos_uso_ambulatorio/medicamentos_comparticipa dos/dispensa_exclusiva_em_farmacia_hospitalar. [online]

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6.

ANEXOS

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Referências

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