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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GEOLOGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE AGRONOMIA

DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE GEOLOGIA

Laboratório de Modelagem Tectônica

Análise Estrutural do Complexo Anta – Sapucaia, RJ.

Gustavo Kaizer de Oliveira

Orientador: Alan Wanderley Albuquerque Miranda - DeGeo/IA/UFRuralRJ

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Dedicatória

Dedico esta monografia de conclusão de curso ao senhor José Sinval de Oliveira e a senhora Ana Maria Kaizer de Oliveira, meus pais. Sem vocês nada disso seria possível.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por me abençoar e sempre me guiar pelas estradas da vida, sempre me direcionando ao caminho certo, e a minha família por sempre me apoiar e me motivar a nunca desistir dos meus objetivos.

Deixo aqui o meu agradecimento a todos os professores de ensino fundamental e médio, que foram pessoas muito importantes na minha vida, ajudando a construir o alicerce da minha formação. Tenham certeza que vocês fazem parte desta conquista.

Aos meus amigos de Mar de Espanha em especial Marcel Rezende que sempre me incentivou a nunca desistir, e sempre esteve pronto a me ajudar no que fosse necessário. Aquele monte de amostra que eu fiz você carregar foi muito importante para essa monografia.

A grande família ruralina que tive o prazer de fazer parte, verdadeiros irmãos encontrei aqui neste lugar fantástico, não citarei nomes para não cometer a injustiça de esquecer alguma pessoa que fez parte da minha vida nesta universidade. Aos camaradas da família M6 terceiro andar, M3-316, M2-22, galera da República Hospício, República Tatugirando, amigos do Alambique Casa Barbinotto, tenham certeza que vocês são o maior motivo da Rural ficar eternamente guardada no meu coração.

Galera da geologia da Rural, deixo aqui o meu muito obrigado por tudo. Mas gostaria de agradecer principalmente a galera da turma de 2011, que sempre estavam juntos comigo em todos os momentos, nas farras, nas fases difíceis, nos perrengues, e diante de todas essas situações e todos esses períodos, continuamos sendo uma turma unida como diria o professor Alexis. GeoRural 2011 para sempre no meu coração.

Gostaria de deixar também um agradecimento muito especial a todos os professores da Universidade Rural, e em especial aos professores do Departamento de Geociências, vocês foram fundamentais na minha formação, e se hoje cheguei até aqui, isso se deve a dedicação de cada um de vocês para com essa profissão tão nobre que vocês escolheram.

Ao meu orientador professor Alan Miranda, aos professores Alexis Nummer, Francisco Assis Cavallaro e Romulo Machado, aos amigos Vinícius Souza, Odirney Benedito, Pedro Ambrósio, Graciano, Paulo Roberto Jr, Talles Carvalho, Marcio Gustavo e Maira Blanco que de alguma forma me ajudaram na realização deste trabalho, deixo o meu muito obrigado.

E por fim agradeço a esta intituição maravilhosa que sempre chamo de minha segunda casa, que me acolheu desde março de 2010, e me proporcionou os melhores momentos da minha vida. Muito obrigado Rural por toda essa tranquilidade e paz que você proporciona. Não queira Deus que eu morra sem voltar na Rural.

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Sumário

Dedicatória... iii AGRADECIMENTOS ... iv Lista de Figuras ... vi Resumo ... viii Capítulo 1 ... 1 1.1 Introdução... 1

1.2 Localização e vias de acesso ... 1

1.3 Objetivo ... 2

1.4 Materiais e Métodos ... 3

1.4.1 Revisão Bibliográfica ... 3

1.4.2 Levantamento de campo ... 3

1.4.3 Escritório ... 3

Capítulo 2 - Geologia Regional ... 4

2.1 Contextualização Tectônica ... 4

2.2 Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul ... 6

2.3 Complexo Anta... 8

Capítulo 3 - Geologia Local ...11

3.1 Aspectos geológicos relativos às rochas encaixantes do Complexo Anta ...11

3.1.1 Grupo Paraíba do Sul ...11

3.1.2 Suite Rio Turvo ...13

3.2 Rochas que compõem o Complexo Anta ...15

3.2.1 Facies leuco a mesocrática ...15

3.2.2 Fácies Bandada ...18

3.2.3 Aspectos Petrográficos ...20

Capítulo 4 - Geologia Estrutural ...24

4.1 Fases de Deformação das Rochas encaixantes ...24

4.2 Fases de Deformação do Complexo Anta ...26

4.3 Relações com as litofácies presentes no Complexo Anta ...29

Capítulo 5 – Conclusões ...31

Referencias Bibliográficas ...33

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Lista de Figuras

Figura 1.1 Mapa de localização e vias de acesso com origem em Seropedica – RJ e destino em

Sapucaia – RJ.. ... 2

Figura 2.1 Compartimentação tectônica da Região SE brasileira (obtidos de Heilbron et al., 2004. 5 Figura 2.2 Seção geológica do Orógeno Ribeira com a relação entre os diferentes terrenos e domínios estruturais.(Heilbron et al., 2004). ... 6

Figura 2.3 Principais falhas (e cinturões miloníticos associados) da Província Mantiqueira (Silva e Mello 2011, modificado de Sadowski e Campanha, 2004). Em destaque a Zona de Cisalhamento do Rio Paraíba do Sul (ZCRPS). ... 7

Figura 2.4 Quadrante NW da Folha Anta 1.50.000 Pinto et. al. (1980) ... 9

Figura 2.5 Quadrante NE da Folha Três Rios e NW da Folha Nova Friburgo, 1: 100.000. Tupinambá et. al. (2012) ...10

Figura 3.1 Corte de estrada na BR 393 na altura da balança da ANTT entre Sapucaia e Anta, com ocorrência de hornblenda-biotita gnaisse do CPS, sendo possível a observação bem evidente do bandamento gnáissico. ...13

Figura 3.2 - Corte de estrada na BR 393 na borda ocidental do COMPLEXO ANTA, onde há ocorrência de hornblenda-biotita gnaisse do CPS, na altura da balança da ANTT entre Anta e Sapucaia. ...13

Figura 3.3 - Hornblenda-biotita gnaisse, com megacristais de k-feldspato, do CPS na BR 393, no corte de estrada na altura da balança da ANTT entre Anta e Sapucaia. ...13

Figura 3.4 - Rocha calcissilicática em região de contato entre o Complexo Anta e a Suite Rio Turvo. ...14

Figura 3.5 Amostra AM03- Sienogranito. ...16

Figura 3.6 Amostra AN03 – Monzogranito. ...16

Figura 3.7 - Ocorrência de pegmatóide próximo ao centro do Complexo Anta ...16

Figura 3.8 Visão Panorâmica da borda ocidental do Complexo Anta ...17

Figura 3.9 Encosta íngreme na borda ocidental do Complexo Anta ...17

Figura 3.10 Amostra AN05 – Charnoenderbito. ...18

Figura 3.11 Amostra GANTA02 – Contato entre charno-enderbito e quartzo-diorito. ...18

Figura 3.12 Granodiorito ...19

Figura 3.13 Foliação milonítica na borda oriental do Complexo Anta ...19

Figura 3.14 Enclaves máficos alongado na borda oriental do CGA, indicando contaminação no pluton. ...20

Figura 3.15 Enclaves máficos alongados na porção oriental do CGA. ...20

Figura 3.16 Fotomicrografia de Monzogranito inequigranular. ...21

Figura 3.17 Fotomicrografia de Mirmequitização em sienogranito do Complexo Anta ...21

Figura 3.18 Fotomicrografia sienogranito orientado ...21

Figura 3.19 Fotomicrografia de megacrisral de microclina em monzogranito deformado do CGA .21 Figura 3.20 – Fotomicrografia sobre nicóis paralelos de biotita em zona milonitizada, indicando influência do cisalhamento no plutonismo. ...22

Figura 3.21 – Fotomicrografia, sobre nicóis crizados, de biotita em zona milonitizada, indicando influência do cisalhamento no plutonismo. ...22

Figura 3.22 – Fotomicrografia megacristal em zona miloniizada. ...22

Figura 3.23 – Fotomicrografia megacristal em zona miloniizada. ...22

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vii Figura 3.25 – Fotomicrografia de granodiorito com alguns contatos poligonizados. Textura

granoblastica ...22

Figura 3.26 – Fotomicrografia sob nicóis paralelos de megacristal de hornblenda (produto de desestabilização de piroxênio) em charno-enderbito da borda oriental do Complexo Anta ...23

Figura 3.27 – Fotomicrografia sob nicóis cruzados de megacristal de hornblenda (produto de desestabilização de piroxênio) em charno-enderbito da borda oriental do COMPLEXO ANTA. ...23

Figura 3.28 - Fotomicrografia nicóis paralelos Contato granodiorito com quartzo-diorito. ...23

Figura 3.29 - Fotomicrografia nicóis cruzados Contato granodiorito com quartzo-diorito. ...23

Figura 4.1 – Badamento gnáissico (S1) em paragnaisse do grupo Paraíba do Sul ...25

Figura 4.2 - Foliação S1 flexionada por dobras F2 ...25

Figura 4.3 Foliação (S2) gerada pela fase de deformação D2 na borda do Complexo Anta ...27

Figura 4.4 Foliação S2 com textura lepdogranoblática na borda oriental do Complexo Anta ...27

Figura 4.5 Foliação Milonítica (S2) em zona de alto strain indicando cinemática sinistral na borda oriental do Complexo Anta ...27

Figura 4.6 Megacristal de feldspato rotacionado indicando cinemática destral em banda máfica cortando o corpo na borda oriental do Complexo Anta. ...28

Figura 4.7 - Zona de Cisalhamento dúctil N-S com sinemática sinistral proximo a borda ocidental do Complexo Anta. ...29

Figura 4.8 Zona de alto strain em fácies bandada do complexo Anta ...30 Figura 5.1 – Modelo simplificado de geração das zonas de cisalhamento N-S no Complexo Anta 32

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Resumo

O Complexo Anta encontra-se localizado entre o município de Sapucaia – RJ e o distrito de Anta, às margens da BR 393, e tratasse de um corpo plutônico alongado na direção NE-SW tendo o seu eixo maior cerca de 7 km, e seu eixo menos com cerca de 2 km, estando concordante com a direção da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, que se encontra localizada próxima à borda ocidental do Complexo. Machado e Demange, 1994 classificam o Complexo Anta quanto a fase de deformação regional, como sendo um granito Sin – F3, que na descrição dos autores são maciços alongados, foliados, com presença de uma foliação de fluxo magmático, muitas vezes afetada por uma foliação milonítica subparalela, de alto ângulo.

As rochas pertencentes ao Complexo Anta apresentam uma variação faciológica, divididas neste trabalho em fácies Leuco a mezocrática, caracterizada por rochas granitoides de composição variando de sienogranito a monzogranito, e fácies bandada, sendo composta por rochas granodioríticas e charno-enderbitos. Sendo a primeira frequente na região mais central do corpo,e a segunda estando presente nas regiões de borda, principalmente na borda oriental.

O plúton encontrasse encaixado entre os paragnaisses do Grupo Paraíba do Sul na borda ocidental, e as rochas da Suíte Rio Turvo na borda oriental caracterizada neste trabalho por rochas calcossilicática encontrada no mapeamento da área.

Foram identificadas estruturas e a partir destas, separadas em fases de deformação que afetaram as rochas encaixantes e o Complexo Anta. Os paragnaisses do Grupo Paraíba do Sul apresentam preservadas as foliações geradas por uma fase D1, e dobrada em uma fase posterior caracterizada aqui como D2. A fase D2 presente nos pagnaisses encaixantes gerou junto com as dobras uma foliação plano axial a estas, que são possíveis identificar no Complexo Anta, sendo esta foliação bastante sutil nas partes centrais do plúton, e muito evidente nas bordas, sendo possível a observação em certos pontos de foliação milonítica, caracterisando uma zona de alto streen. A fase D3 observada no Complexo geram pequenas zonas de cisalhamento locais de cinemática sinistral e com orientação Norte Sul, também gerando foliação milonítica com a mesma orientação, podendo ter sido geradas por uma reativação da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul.

Foi possível a partir dos dados de campo, relacionar as fases de deformação e as estruturas geradas por elas, com as litofácies encontradas no Complexo Anta, mostrando que a fácies bandada encontrasse mais deformada que a fácies leuco a mezocrática, que em alguns lugares aparecem sem nenhuma deformação evidente.

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Capítulo 1

1.1 Introdução

Os granitóides Neoproterozóicos do Cinturão de Cisalhamento Paraíba do Sul, no estado do Rio de Janeiro são alvos permanentes de estudos há vários anos no meio científico, contribuindo para o aumento do conhecimento sobre a geologia regional e evolução geodinâmica. O conhecimento desses corpos intrusivos é fundamental para entender a influência de grandes feições tectônicas no alojamento e deformação desses corpos, como no caso da Zona de Cisalhamento Além Paraíba.

O Complexo Anta aqui estudado foi definido por Machado & Demange (1994) como um dos integrantes dos corpos graníticos do ciclo Brasiliano do Cinturão Paraíba do Sul no estado do Rio de Janeiro, de caráter intrusivo sin-a-tardi colisional, tendo sido gerado na colisão e posterior amalgamação do Arco Magmático Rio Negro, com o Paleocontinente São Francisco.

A área de estudo compreende parte do Complexo Anta, alongado na direção NE-SW e aflorante entre o município de Sapucaia – RJ e o distrito de Anta. A realização do presente estudo foi impulsionada pela escassez de dados estruturais no Complexo Anta, bem como pelo entendimento do contexto desse corpo dentro do cenário geodinâmico do estado do Rio de Janeiro.

Nesse sentido, o presente trabalho visa analisar estruturalmente as rochas do Complexo Anta e as suas respectivas relações deformacionais com as rochas encaixantes. Finalmente, relacionar os aspectos tectônicos da área com uma possível influência da Zona de Cisalhamento Além Paraíba.

1.2 Localização e vias de acesso

O Complexo Granítico Anta (COMPLEXO ANTA) está localizado entre o município de Sapucaia - RJ e o distrito de Anta, as margens da BR 393, próximo à divisa do estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais, a cerca de 170 km do município de Seropédica – RJ. O acesso partindo de Seropédica pode ser feito pelo Arco Metropolitano (BR-493) até a altura da BR-040. A partir desse trecho, seguir no sentido Petrópolis até próximo ao município de Três Rios RJ para acessar

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2 a BR-393 (Rio-Bahia) e seguir no sentido Sapucaia até o distrito de Anta, localizado às margens do Rio Paraíba do Sul. (Figura 1.1)

Figura 1.1 Mapa de localização e vias de acesso com origem em Seropedica – RJ e destino em Sapucaia – RJ. Fonte:

https://www.google.com.br/maps/dir/Serop%C3%A9dica,+RJ/Sapucaia,+RJ/@-22.3140894,-

43.8509373,9z/data=!3m1!4b1!4m13!4m12!1m5!1m1!1s0x995679694622cb:0x87984001ac8db1f2!2m2!1d-43.7159011!2d-22.7530802!1m5!1m1!1s0x986dc6cb245207:0xf7f75857eb0d7205!2m2!1d-42.9146039!2d-21.9953615. Acessado em 23/10/2015 às 23:31.

1.3 Objetivo

O objetivo da monografia consiste na realização de uma análise estrutural detalhada das rochas pertencentes ao Complexo Anta, bem como relacioná-las com as rochas encaixantes a fim de entender e separar os aspectos deformacionais atuantes na área.

Os objetivos específicos consistem em:

1. Analisar as estruturas que ocorrem no Complexo Anta

2. Descrever os aspectos deformacionais com o objetivo de individualizar as porções afetadas por textura milonítica daquelas isentas de deformação cisalhante.

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3 3. Caracterizar as fases deformacionais que afetaram o Complexo Anta.

4. Relacionar as estruturas deformacionais com a Zona de Cisalhamento Além Paraíba. 5. Analisar e descrever a cinemática das fases deformacionais que atuaram nas rochas do

Complexo Anta.

1.4 Materiais e Métodos

1.4.1 Revisão Bibliográfica

Nesta etapa foram feitas pesquisas e revisões na literatura com o intuito de se obter informações a respeito de assuntos que poderiam ser aplicados para melhor entendimento de vários aspectos geológicos encontrados no Complexo Anta. Dados sobre mapas geológicos regionais, imagens de satélite foram adquiridos nessa etapa.

1.4.2 Levantamento de campo

Esta etapa consistiu no reconhecimento e posterior trabalho detalhado da área para aquisição de dados estruturais, bem como sobre as litologias envolvidas na área de estudo.

No desenvolvimento desta etapa foram feitas análises de estruturas rúpteis e dúcteis, a fim de descrever e caracterizar os aspectos mais variados da deformação. A análise foi feita principalmente nas bordas do COMPLEXO ANTA e nas rochas encaixantes, visando caracterizar as diferentes relações entre elas. As atitudes das estruturas foram obtidas a partir do valor azimutal do sentido de mergulho ou caimento, seguido do valor angular da inclinação das respectivas estruturas em relação à horizontal. Todos os pontos foram devidamente representados em uma base topográfica, utilizando um instrumento de aquisição coordenadas baseado no Sistema de Posicionamento Global (GPS).

1.4.3 Escritório

Os dados obtidos foram organizados em planilhas eletrônicas do tipo Excel (pacote Office) e posteriormente analisados em diagramas de projeções estereográficas do tipo Schimdt-Lambert, no hemisfério inferior. Finalmente, os textos explicativos sobre a monografia ora apresentada foram confeccionados, juntamente com a preparação de resumos técnico-científicos para a submissão ao XIV Simpósio de Geologia do Sudeste.

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4

Capítulo 2 - Geologia Regional

2.1 Contextualização Tectônica

O Complexo Anta está inserido na Faixa Ribeira (Almeida et al., 1977), definida pelos autores como um cinturão orogênico que se estende paralelamente a margem leste do litoral brasileiro, que por sua vez integra um sistema orogênico maior denominado Província Mantiqueira.

A Província Mantiqueira é uma entidade geotectônica instalada a leste dos crátons São Francisco e Rio de La Plata ou Paraná, entre o Neoproterozóico e início do Paleozóico (Ciclo Brasiliano), e estende-se por cerca de 3.000 km com orientação NNE–SSW ao longo da costa atlântica, de Montevidéu (Uruguai) ao sul da Bahia. A maioria desses cinturões que ocorrem na Província Mantiqueira corresponde a orógenos colisionais (Sengör, 1990), que evoluíram diacronicamente durante a colagem Neoproterozóica. Além da extensa granitogênese, os orógenos são reconhecidos por suas sequências tectono-estratigráficas que marcam extensas bacias de margens continentais rifteadas, e apresentam registro discreto de prismas acrescionários e/ou imbricações locais de depósitos de assoalhos oceânicos, de arcos e retroarcos e estes constituem um mosaico de terrenos neoproterozóicos tectonicamente agregados.

Ocorrem também nesses orógenos, amalgamação bastante expressiva de unidades Arqueanas e Paleoproterozóica constituintes das bordas cratônicas a oeste da província. A maior parte dos remanescentes orogênicos pertence ao sistema de orógenos implantados no Período Riaciano entre 2,2 e 2,1 Ga. São caracterizados por acresção juvenil com abundante plutonismo TTG e potássicos de arcos continentais ou transicionais, como é o caso do Complexo Quirino e Juiz de Fora na Faixa Ribeira Silva et al (2000).

A Faixa Ribeira (Figuras 2.1 e 2.2) está inserida na Província Mantiqueira, sendo limitada ao norte pela Faixa Araçuaí, a W-NW pela porção meridional do Cráton do São Francisco, a SW pela Faixa Brasília Meridional e a sul pelo Cráton de Luiz Alves (Heilbron et al., 2004).

Esta faixa constitui um sistema orogênico de direção NE, que se estende por 1400 km. ao longo da costa S-SE do Brasil, resultado da colisão entre o Paleo-continentes (crátons) São Francisco – Congo, com a parte ocidental do Cráton de Angola, envolvendo também outras microplacas. Desenvolveu-se ao longo de vários episódios de convergência da Orogenia

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5 Brasiliana-Panafricana durante o Neoproterozóico–Cambriano com estágios finais no Ordoviciano Inferior (Heilbron et al.,2008).

A Faixa Ribeira tem uma característica bem marcante no seu setor central e está diretamente relacionada à transpressão, que é representado pelo alto grau de obliquidade de suas estruturas (Heilbron et. al., 1994). O regime de transpressão, em grande escala, afeta e contribui na amalgamação dos terrenos que se encontram sobrepostos, pois empurram lascas tectônicas para W ou NW, formando uma megaestrutura em-flor positiva (Ebert et.al 1988; Ebert & Hasui, 1989; Ebert et. al., 1993, Machado & Endo 1993).

Figura 2.1 Compartimentação tectônica da Região SE brasileira (obtidos de Heilbron et al., 2004). Legenda para os

terrenos da Faixa Ribeira: 8 e 9 – Domínios Andrelândia e Juiz de Fora do Terreno Ocidental; 10- Terreno Paraíba do Sul; 11 e 12 – Terreno Oriental, com o Arco Magmático Rio Negro discriminado (12); 13 – Terreno Cabo Frio.

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6 Figura 2.2Seção geológica do Orógeno Ribeira com a relação entre os diferentes terrenos e domínios estruturais.

Legenda: 1 a 6 - Terreno Ocidental; 1 a 3 – Megassequência Andrelândia nos domínios Autóctone, Andrelândia e Juiz de Fora; Terreno Ocidental, 4 a 6 - Associações do embasamento: Complexo Barbacena, Mantiqueira e Juiz de Fora; 7 e 8 - Terreno Paraíba do Sul: 7 – Grupo Paraíba do Sul, 8 – Complexo Quirino; -9 a 13 - Terreno Oriental de 9 a 13: 9 – Sequência Cambuci, 10 – Sequência Italva, 11 – Sequência Costeira, 12 – Arco Magmático Rio Negro, 13 – Granitos colisionais; 14 e 15 - Terreno Cabo Frio: 14 - Sequência Búzios e Palmital, 15 – Complexo Região dos

Lagos (Heilbron et al., 2004).

2.2 Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul

A Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul é considerada a maior feição tectono-estrutural do estado do Rio de Janeiro, inserida na Faixa Ribeira Central, e esta representa um papel fundamental na configuração do relevo regional e local, sendo condicionante de regiões soerguidas, abatidas e zonas preferenciais de erosão e sedimentação nos períodos mais recentes.

Em Almeida et. al.(1975) os autores após estudarem um trecho de 150 km, ao longo do Lineamento Além Paraíba, no Vale do Rio Paraíba do Sul, definem a estrutura transcorrente dextrógira marcada pela presença de milonitos e blastomilonitos.

Campanha (1981) definiu com mais precisão o Lineamento Além Paraíba no entorno da região de Três Rios, com movimentação transcorrente destral associada a esforços compressivos e classificou áreas com diferentes tipos de deformação, caracterizando transposição de estruturas mais antigas sobre outras mais novas, resultante do cisalhamento ocorrido.

Na Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, próximo à calha do rio Paraíba do Sul, observa-se um relevo arrasado, constituído por colinas estreitas, baixas, e pequenos morros alinhados (Silva et al. 2000). Essa zona coincide, em grande parte, com a faixa de ocorrência da zona de cisalhamento Paraíba do Sul ou lineamento Além-Paraíba (Almeida et al., 1976), também descrito por Lamego (1946). Heilbron et al. (1991) analisaram essa feição geotectônica, denominando-a “Megassinforme do Rio Paraíba do Sul”. Aparentemente, esse conjunto de rochas intensamente

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7 deformadas, fraturadas e milonitizadas, sofreram um ataque mais efetivo dos processos de intemperismo e de erosão, compondo, assim, um cenário de relevo mais arrasado. Esse tipo de relevo ocorre numa estreita faixa alongada de direção WSW-ENE, localmente interrompida, que se estende de Getulândia a Três Rios.

O desenvolvimento da zona de cisalhamento Paraíba do Sul ao longo da qual se aloja o Rio Paraíba do Sul na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais é complexa, a foliação e os corpos das rochas mergulham para dentro dela numa estrutura regionalque já foi interpretada como uma grande sinforma em “V” (Heilbron et al. 2004) e como uma estrutura em flor ligada a zona transcorrente destral (Ebert e Hasui 1998; Dehler et al. 2006).

Silva e Mello 2011 descrevem uma série de falhamentos normais e transcorrentes dúctil-rúptil como reativações neotectônicas de estruturação NW-SE em toda a extensão da Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul (figura 2.3), e os autores caracterizam estas como as percursoras do sistema de riftes do sudeste.

Figura 2.3 Principais falhas (e cinturões miloníticos associados) da Província Mantiqueira (Silva e Mello 2011,

modificado de Sadowski e Campanha, 2004). Em destaque a Zona de Cisalhamento do Rio Paraíba do Sul (ZCRPS).

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2.3 Complexo Anta

Os dados bibliográficos a respeito do Complexo Anta são bastante restritos e pouco citados na literatura. Este complexo foi descrito inicialmente por Pinto et al. (1980) e Correa Neto (1993). Segundo estes autores, este é constituído por rochas cataclasadas com porfiroclastos monocristalinos e matriz granular ou granoblástica com recristalização incipiente ou avançada. Foram descritos no complexo sienogranito, granitos megaporfiriticos e granodioritos contendo foliação magmática preservada ou totalmente transformados em gnaisses.

Pinto et al. (1980) no Projeto Carta Geológica do Estado do Rio de Janeiro denomina o corpo intrusivo de Complexo de Anta e caracteriza este como uma área oval alongado no rumo NE e intercalado no contato entre as unidades Catalunha e Santo Eduardo. Apresenta 5,6 km de eixo maior e 1,6 km segundo o eixo menor. É constituído por rochas granitoides (granodiorito, sienodiorito, quartzo sienito e granito) muito cataclasadas, e até milonitizadas, sendo portanto inequigranulares e de granulação mais fina que as das rochas do Batólito Serra dos Orgãos.

Correa Neto (1993) ao estudar o Lineamento Além Paraíba no trecho entre Três Rios e Sapucaia, se deparou com uma intrusão plutônica que ele denominou Plutonito Sapucaia, e caracterizou este como um corpo colocado durante a atividade das shear zones aproveitando segmentos extensionais ou defasagem entre duas zonas de cisalhamento paralelas de igual vorticidade, que originou zona extensional de transferência de movimentação. Formou-se ambiente transtracional local em meio ao regime transpressivo predominante, permitindo a ascensão do magma. A transcorrência continuou após a cristalização do magma. Mais de um mecanismo de intrusão atuou durante a colocação do plúton, que aparentemente sofreu boudinage logo após parte do volume de magma ter sido posicionado e começado a cristalizar.

Este corpo é descrito por Correa Neto (1994) como nitidamente condicionado pela Zona de Cisalhamento Paraíba do Sul, sendo este, anteriormente classificado como sin-colisional ao evento de duplicação crustal que ocorreu na colisão entre o Arco Magmático Rio Negro com a margem passiva representada pelo Terreno Paraíba do Sul. Em Silva et al. (2000), consideram como pós tectônico ao evento expressivo local. Tupinambá et. al. (2012) (Figura 2.5) consideram o corpo com um alongamento de 18km, e com um falhamentos rúptil que desloca o corpo destralmente nas proximidades do distrito de Anta.

Tupinambá et. al (2012) no Projeto Geologia e Recursos Minerais da Folha Nova Friburgo descreve o Complexo Anta (Corpo Sapucaia-Anta) localizando-se entre a sede do município de Sapucaia e o Alto do Campo Alegre, a leste da localidade de Anta. Seu eixo maior, alinhado na direção NE/SW, mede 12 Km; o eixo menor apresenta uma largura máxima de 2 Km. O corpo

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9 principal é interrompido, nas imediações de Anta, por um falhamento de direção N60W, que o desloca em sentido destral. A sul deste corpo ainda pode ser encontrada outra faixa com cerca de 5 Km de comprimento e 100 metros de largura.

O Complexo apresenta seis fácies petrográficas: a) melanocrática – diorito, quartzo-diorito e gabronorito; b) mesocrática homogênea – hornblenda granodiorito; c) mesocrática fina, bandada, à biotita-granada monzogranito e titanita granodiorito; d) megaporfirítica I – hornblenda granito a granodiorito; e) megaporfirítica II – charnockito a charno – enderbito; f) leucocrática a hololeucocrática – allanita sienogranito.

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10 Figura 2.5 Quadrante NE da Folha Três Rios e NW da Folha Nova Friburgo, 1: 100.000. Tupinambá et. al. (2012)

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Capítulo 3 - Geologia Local

3.1 Aspectos geológicos relativos às rochas encaixantes do

Complexo Anta

Nesse item serão descritos, com base na literatura, os principais aspectos dos litotipos encaixantes das rochas do Complexo Anta. Embora algumas unidades não tenham sido reconhecidas na área estudada especificamente.

3.1.1 Grupo Paraíba do Sul

O Grupo Paraíba do Sul é constituído por duas associações litológicas principais: a) ortognaisses paleoproterozóicos de composição, predominantemente, granítica a granodiorítica; b) sequência metassedimentar siliciclástica composta por paragnaisses bandados e xistos pelíticos contendo lentes de mármores, calcissilicáticas e gonditos (Tupinambá et al., 2012).

Nos trabalhos elaborados nos últimos 15 anos, há uma tendência à hierarquização da unidade como Grupo e a subdivisão da unidade como Complexo Paraíba do Sul em um Grupo Paraíba do Sul e um Grupo Italva (Heilbron et al., 2000).

Unidade São Fidélis

Representa a maior parte da área de ocorrência do Complexo Paraíba do Sul, sendo constituída essencialmente por metassedimentos de origem detrítica, pelito-grauvaqueanos, granada-biotita-(sillimanita) gnaisses quartzo-feldspáticos (metagrauvacas) com ocorrência generalizada de bolsões e veios de leucossomas graníticos derivados de fusão parcial in situ e injeções. Variedades portadoras de cordierita e sillimanita (kinzigitos), comumente apresentando horizontes de xistos grafitosos, exibem contato transicional com os granada-biotita gnaisses. De ocorrência mais restrita, por vezes são observadas intercalações de quartzitos, rochas metacarbonáticas e calcissilicáticas, além de corpos de anfibolitos e concentrações manganesíferas. Em domínios menos deformados podem ser percebidas localmente estruturas de ressedimentação, de correntes de fluxos turbidíticos (metaturbiditos) (Silva et al., 2000).

(20)

12

Unidade Italva

Segundo Silva et al. (2000), esta unidade é caracterizada principalmente pela presença de mármores, que são um produto industrial importante na região, particularmente nas localidades de Italva, Euclidelândia e Cordeiro Cantagalo. Encontram-se tectonicamente imbricados com granada-biotita-sillimanita gnaisses quartzo-feldspáticos, a quartzo-anfibólio- clinopiroxênio gnaisses (rochas calcissilicáticas). Esses litotipos foram referidos como “Calcários de São Joaquim” por Lamego (1940) e cartografados, nessa mesma região, como Unidade São Joaquim por Batista et al.(1978).

Composta de uma sucessão metassedimentar de baixo grau rica em rochas carbonáticas plataformais, interpretadas como depósitos em uma margem passiva ou ambiente de bacia retro-arco. A época de deposição desta sucessão é indicada pelas idades U–Pb de ca. 840 Ma, registrada em zircões de intercalações anfibolíticas (Heilbron & Machado, 2003). Metacalcários dolomíticos e calcíticos, maciços a sacaroidais, mármores com granulação grossa, afloram intercalados com granada-biotita-sillimanita gnaisse quartzo feldspático e quartzo-anfibólio-clinopiroxênio gnaisses (rocha calcissilicática) (Silva et al., op cit.).

Unidade Itaperuna

Representada principalmente por gnaisse quartzo-feldspático aluminoso a granada-biotita-sillimanita, com e sem ortopiroxênio, eventualmente com intercalações de gnaisse calcissilicático. Registro de frequente fusão parcial com neossoma a granada e ortopiroxênio (charnockitóide anatético)(Silva et al. 2000).

Segundo Tupinambá, (2012) o gnaisse aflorante na região de Sapucaia é laminado, com porfiroclastos de feldspato, constituinte da Unidade São Fidelis. Localmente apresenta bandas alternadas de cor cinzenta, biotíticas, e de cor rosada, feldspáticas. Dobras assimétricas cisalhadas deformam o conjunto gnáissico. No leito do Rio Paraíba do Sul aflora biotita gnaisse com porfiroblastos arredondados de feldspato, contendo enclaves lenticulares métricos de rochas calcissilicáticas com diopsídio e tremolita. (Figuras 3.1, 3.2 e 3.3)

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13 Figura 3.1 Corte de estrada na BR 393 na altura da balança da ANTT entre Sapucaia e Anta, com

ocorrência de hornblenda-biotita gnaisse do CPS, sendo possível a observação bem evidente do bandamento gnáissico.

Figura 3.2 - Corte de estrada na BR 393 na borda

ocidental do COMPLEXO ANTA, onde há ocorrência de hornblenda-biotita gnaisse do CPS, na altura da balança da ANTT entre Anta e Sapucaia.

Figura 3.3 - Hornblenda-biotita gnaisse, com megacristais

de k-feldspato, do CPS na BR 393, no corte de estrada na altura da balança da ANTT entre Anta e Sapucaia.

3.1.2 Suite Rio Turvo

São granitóides porfiríticos, com fenocristais recristalizados de feldspatos e matriz composta por quartzo, plagioclásio, biotita, muscovita, granada e sillimanita (Valladares,1996).

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14 Trata-se de uma suíte peraluminosa do tipo-S, descrita como Granito Rio Turvo, que é sintectônico à fase deformacional principal (Machado et al., 1989). Posteriormente, Almeida et al. (1993) ampliaram o conceito para abranger todos os granitoides foliados encaixados nos metassedimentos. Foi objeto de detalhamento estrutural e cartográfico por Heilbron et al., (1993) e do ponto de vista isotópico por Valladares (1996). Ocorre na forma de plútons alongados na direção NE-SW, no limite nordeste do estado, entre as cidades de Resende e Barra Mansa, encaixado nos metassedimentos do Complexo Embu/Grupo Andrelândia. O plúton principal tem 48km de comprimento, estendendo-se para SW para o Estado de São Paulo, com uma largura média de 8km. Além desse ocorre mais um corpo alongado, com 40 km de comprimento e cerca de 1km de largura.

O Granito Rio Turvo foi datado através do método U-Pb em monazita em 579 ± 2Ma, a qual foi interpretada pela autora como idade de cristalização (Valladares, 1999), e a sua intrusão representaria também a idade do pico do metamorfismo associado à deformação D1/D2 de Heilbron (1993).

Englobado na Suite Rio Turvo pode ocorrer rochas calcissilicáticas, como é o caso da zona de contato do Complexo Anta com esta unidade, onde é possível a observação destas rochas bastante alteradas e deformadas, apresentando dobras. (Figura 3.4)

(23)

15

3.2 Rochas que compõem o Complexo Anta

O Complexo Anta, localizado entre o município de Sapucaia RJ e o distrito de Anta com porções aflorantes nas regiões proximais à BR 393 e nas margens do Rio Paraíba do Sul, apresenta variações litológicas bastante variadas, sendo possível a observação de diversas fácies graníticas dentro do complexo. Os afloramentos ocorrem na forma de lajedo, paredão, corte de estrada ou posicionados em encostas íngremes, com presença frequente de depósitos de tálus na base destes.

Esse complexo é composto por fácies bandadas e/ou leuco a mesocráticas, com composição que varia de sienogranito e monzogranito nas porções centrais, a granodiorito e charno-enderbito com enclaves quartzo-dioríticos nas regiões de borda próximo a zonas de contato com as encaixantes do complexo.

As rochas classificadas como monzogranito e sienogranito apresentam pouca deformação interna e são predominantemente leucocráticas, inequigranulares, de textura porfirítica, com matriz fina a média, variando de 1 a 5mm, sendo constituída por quartzo, plagioclásio, microclina e biotita, além de porfiroclastos de microclina de até 15mm comprimento no seu eixo maior. Pode ser observada textura mirmerquitica nas bordas dos cristais de microclina. Os minerais acessórios que compõem essas rochas são anfibólio, zircão, magnetita e ilmenita.

Nas porções da borda sudeste do Complexo Anta, dois litotipos predominantemente mesocráticos foram classificados, quais sejam: : granodiorito e charno-enderbito. Em alguns locais ocorrem bandas máficas ou enclaves de composição quartzo-diorítica, granulação fina, compostos por anfibólio, piroxênio e acessórios representados por quartzo e biotita, com orientação conspícua. Minerais como zircão, apatita e allanita compõem os minerais acessórios dos litotipos descritos.

De acordo com a caracterização dos litotipos presentes, foi possível a individualização de duas fácies dentro do Complexo Anta. Uma com textura isotrópica, chamada de fácies leuco a mesocráticas de composição monzogranítica a sienogranítica e outra formada por charno-enderbito e granodiorito, denominada fácies bandada.

3.2.1 Facies leuco a mesocrática

Esta fácies é caracterizada por rochas classificadas como sienogranito e monzogranito, compostos por quartzo, microclina, plagioclásio e biotita como minerais essenciais, assim como anfibólio, piroxênio, magnetita e ilmenita como minerais acessórios, sendo a diferenciação dos

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16 litotipos presentes nesta fácies feita apenas pelas proporções dos minerais presentes. (Figura 3.5 e 3.6)

As rochas apresentam coloração acinzentada, textura inequigranular, caracterizada por uma matriz de fina a média (0,5 a 4 mm), sendo possível a observação de textura porfirítica em alguns pontos com cristais de e feldspato. Essa fácies pode ocorrer com textura pegmatítica nas porções centrais do complexo. (Figura 3.7)

Essa fácies é a que melhor caracteriza o Complexo Anta, sendo estes litotipos encontrados nas porções mais centrais do Complexo com arranjo isotrópico ou pouca deformação. (Figura 3.8 e 3.9)

Figura 3.5 Amostra AM03- Sienogranito. Figura 3.6 Amostra AN03 – Monzogranito.

(25)

17 Figura 3.8 Visão Panorâmica da borda ocidental do Complexo Anta

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18

3.2.2 Fácies Bandada

Esta fácies é caracterizada pelas rochas classificadas como charno-enderbito e granodiorito. Tratam-se de litotipos de coloração preta a acinzentada, meso a melanocráticos com granolepdoblástica, apresentando cristais alogandos de plagioclásio, piroxênio (diopsídio e hiperstênio) e biotita (Figura 3.10, 3.11 e 3.12). Os afloramentos dessa fácies ocorrem na forma de lajedo e, em geral, são mais intemperizados.

Os litotipos ocorrem na região de contato na borda sudeste do Complexo Anta, apresentando-se deformados, localmente com foliação milonítica, e porfiroclastos circundados por foliação milonítica (Figura 3.13). Enclaves e bandas máficas de composição quartzo-diorítica são frequentes nessa fácies, geralmente afetados pela deformação cisalhante atuante no local (Figura 3.14 e 3.15).

Figura 3.10 Amostra AN05 – Charnoenderbito.

Figura 3.11 Amostra GANTA02 – Contato entre charno-enderbito e quartzo-diorito.

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19 Figura 3.12 Granodiorito

Figura 3.13 Foliação milonítica na borda oriental do Complexo Anta

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20 Figura 3.14 Enclaves máficos alongado na borda oriental do

CGA, indicando contaminação no pluton. Figura 3.15 Enclaves máficos alongados na porção oriental do CGA.

3.2.3 Aspectos Petrográficos

Esse item é baseado na descrição petrográfica realizada nos trabalhos de Silva (2015) e Kaizer et al., (2015).

As rochas classificadas como monzogranito e sienogranito são leucocráticas, inequigranulares com granulação média e textura porfirítica caracterizada por pórfiros de microclina. Os grãos de quartzo apresentam forma variando de anédrica a subédrica com granulação média de 1 a 5 mm na matriz em contato poligonizado com cristais de microclima e biotita. Os grãos de microclina apresentam forma subédrica de granulação média de 1 a 3 mm na matriz e pórfiros de 10 a 15 mm, o contato com os grãos de quartzo e biotita apresentam-se poligonizados. A biotita nestas rochas tem como característica forma subédrica planar de granulação média variando de 1 a 4 mm. Em algumas lâminas estão levemente orientadas, perfazendo uma foliação incipiente na rocha. Os cristais de plagioclásio apresentam-se com forma subédrica de granulação média de 1 a 3 mm em contato nítido com cristais de quartzo e microclina. Os minerais acessórios que compõem as rochas dessas litologias são anfibólios, zircão e óxidos. (Figura 3.16 a 3.19)

Na borda sudeste do COMPLEXO ANTA dois litotipos predominantemente mesocráticos foram classificados como granodiorito e charno-enderbito. Esses litotipos têm textura porfiroclástica, onde grãos de quartzo anédricos rotacionados e hornblenda proveniente de hiperstênio destacam-se em uma matriz quartzosa de granulação fina a média. O plagioclásio tem contornos xenomórficos a hipidiomórficos com granulação variando de média a grossa (3 a 7 mm), por vezes com contatos corroídos entre os grãos. A biotita é abundante na matriz, com granulação fina a média e ocorre em contato com a hornblenda. Uma segunda geração de biotita é produto de

(29)

21 alteração dos anfibólios e piroxênios presentes na rocha. Minerais como zircão, apatita e allanita compõe os minerais acessórios dos litotipos descritos (Figuras 3.20 a 3.29). Os enclaves nesses litotipos são quartzo-dioríticos de granulação fina, compostos por anfibólio, piroxênio quartzo e biotita.

Figura 3.16 Fotomicrografia de Monzogranito

inequigranular.

Figura 3.17 Fotomicrografia de Mirmequitização em

sienogranito do Complexo Anta

Figura 3.18 Fotomicrografia sienogranito orientado

Figura 3.19 Fotomicrografia de megacrisral de microclina

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22 Figura 3.20 – Fotomicrografia sobre nicóis paralelos de

biotita em zona milonitizada, indicando influência do cisalhamento no plutonismo.

Figura 3.21 – Fotomicrografia, sobre nicóis crizados, de

biotita em zona milonitizada, indicando influência do cisalhamento no plutonismo.

Figura 3.22 – Fotomicrografia megacristal em zona miloniizada.

Figura 3.23 – Fotomicrografia megacristal em zona

miloniizada.

Figura 3.24 – Fotomicrografia de textura mirmequitica em monzogranito

Figura 3.25 – Fotomicrografia de granodiorito com alguns

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23 Figura 3.26 – Fotomicrografia sob nicóis paralelos de

megacristal de hornblenda (produto de desestabilização de piroxênio) em charno-enderbito da borda oriental do Complexo Anta

Figura 3.27 – Fotomicrografia sob nicóis cruzados de

megacristal de hornblenda (produto de desestabilização de piroxênio) em charno-enderbito da borda oriental do COMPLEXO ANTA.

Figura 3.28 - Fotomicrografia nicóis paralelos Contato

granodiorito com quartzo-diorito. Figura 3.29 - Fotomicrografia nicóis cruzados Contato

(32)

24

Capítulo 4 - Geologia Estrutural

4.1 Fases de Deformação das Rochas encaixantes

Nas rochas encaixantes do Complexo Anta é possível observar pelo menos duas fases deformacionais, assim denominadas: D1 e D2. As estruturas relacionadas a essas fases são

visualizadas com clareza nos paragnaisses pertencentes ao Grupo Paraíba do sul, em contato com a borda Noroeste do Complexo Anta.

Os paragnaisses do Grupo Paraíba do Sul apresentam um bandamento gnáissico, caracterizado pela intercalação centimétrica entre bandas máficas e félsicas. Esse bandamento é interpretado como a foliação (S1) gerada na primeira fase de deformação (D1). A estrutura S1 está

orientada na direção NE-SW com mergulho suave para SE (130/25) (Figura 4.1).

A foliação S1 é flexionada por dobras assimétricas (F2) de perfis abertos a fechados com

eixo com caimento para SW, formadas na segunda fase de deformação (D2). Uma estrutura

planar pode ser identificada com orientação paralela à superfície axial das dobras F2. Essa feição,

orientada na direção ENE-WSW com mergulho moderado para SE (165/50), foi interpretada como foliação S2 (Figura 4.2).

(33)

25 Figura 4.1 – Badamento gnáissico (S1) em paragnaisse do grupo Paraíba do Sul

(34)

26

4.2 Fases de Deformação do Complexo Anta

Machado e Demange, 1994 classificam os granitoides Neoproterozoicos do Cinturão Paraíba do Sul no estado do Rio de Janeiro em relação a suas fases de deformação regional. Nesse contexto, o Complexo Anta é classificado como um granito Sin – F3, alongado, foliado, com presença de uma foliação de fluxo magmático, muitas vezes afetada por uma foliação milonítica subparalela de alto ângulo.

No Complexo Anta ocorrem diversas estruturas típicas de processos deformacionais, como foliações, foliações miloníticas, zonas de cisalhamento restritas, enclaves magmáticos deformados, e bandas máficas truncadas.

Os dados estruturais obtidos no Complexo Anta sugerem que as estruturas identificadas nas rochas do referido complexo são relacionadas à fase D2.

As estruturas planares (S2) são marcadas pela orientação sutil de da biotita nas porções centrais do complexo, ainda que a foliação S2 não seja observada em todo o segmento central do corpo granítico. Isso sugere condições de baixo strain no centro do Plúton.

Na borda sudeste do Complexo, a foliação S2 é caracterizada pela orientação preferencial da biotita, formando uma estrutura planar de mergulho elevado (120/70) para SE (Figura 4.3 e 4.4). Eventualmente, a foliação S2 possui aspecto anastomosado ao redor de cristais de

feldspatos com geometria elíptica ou com caudas assimétricas, atribuindo à rocha uma textura milonítica típica de intensa recristalização da trama mineral (figuras 4.5 e 4.6). Essa variação textural no comportamento da trama das rochas do complexo implica em um aumento gradativo das condições de strain, acompanhado de deformação cisalhante. A presença de bandas de cisalhamento assimétricas extensionais do tipo C’ juntamente com porfiroclastos rotacionados corroboram a hipótese de uma porção de strain mais elevado na borda sudeste do Complexo Anta.

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27 Figura 4.3 Foliação (S2) gerada pela fase de

deformação D2 na borda do Complexo Anta

Figura 4.4 Foliação S2 com textura lepdogranoblática na

borda oriental do Complexo Anta

Figura 4.5 Foliação Milonítica (S2) em zona de alto strain indicando cinemática sinistral na borda oriental do Complexo

(36)

28 Figura 4.6 Megacristal de feldspato rotacionado indicando cinemática destral em banda máfica cortando o corpo na

borda oriental do Complexo Anta.

Zonas de cisalhamento dúcteis de direção N-S e mergulho íngreme para E (089/70) são identificadas em algumas porções do Complexo Anta. Essas feições foram agrupadas a em uma terceira fase de deformação (D3). As zonas de cisalhamento têm cinemática sinistral, interpretadas com base no arranjo assimétrico causado pela curvatura da foliação S2 em relação aos limites da zona (figura 4.7).

(37)

29 Figura 4.7 - Zona de Cisalhamento dúctil N-S com sinemática sinistral proximo a borda ocidental do Complexo Anta.

4.3 Relações com as litofácies presentes no Complexo Anta

De acordo com a análise estrutural realizada na área, as litofácies encontradas e mapeadas no corpo possuem diferenças relacionadas ao desenvolvimento das estruturas relacionadas à fase D2.

Fazendo esta relação podemos observar que na fácies classificada como leuco a mezocrática, composta por rochas de composição monzogranítica a sienogranítica, localizadas nas regiões mais centralizadas do Complexo Anta, a deformação se apresenta menos evidente, sendo possível a observação apenas de uma foliação incipiente (S2), marcada pela orientação sutil das biotitas.

Em contrapartida, a fácies classificada neste trabalho como Fácies Bandada, composta por granodioritos e charnoenderbitos, presentes na borda SE do Complexo Anta, possui características de deformação cisalhante conspícua, representada pelo desenvolvimento de trama milonítica em condições de alto strain, acentuada pela recristalização da trama mineral (Figura 4.8).

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30 Figura 4.8 Zona de alto strain em fácies bandada do complexo Anta

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31

Capítulo 5 – Conclusões

As conclusões apresentadas a seguir são o resultado de trabalhos realizados no Complexo Anta, no município de Sapucaia – RJ, correspondente a um corpo plutônico alongado na direção NE-SW, com escassez de estudos relativos aos aspectos estruturais e, portanto, necessitando de mais estudos para uma melhor caracterização deste corpo.

De acordo com a caracterização estrutural apresentada no trabalho, é bastante clara a diferença em relação aos registros da deformação nas diferentes partes do corpo, estando o compartimento central do plúton apresentando pouca ou nenhuma deformação. Essa parte do corpo é caracterizada apenas por uma foliação incipiente (S2), enquanto a borda borda SE experimentou condições de strain elevado.

A partir da definição dessas fases deformacionais e das deformações observadas no Complexo Anta, pode-se concluir que essas zonas de alto strain, com foliação milonítica, teriam sido geradas por zonas de cisalhamento dúcteis restritas, provavelmente associadas à Zona de Cisalhamento Alem Paraíba. Haja vista a ocorrência de indicadores cinemáticos típicos de de movimentação destral condizentes com o deslocamento associado a essa Zona de Cisalhamento.

Deve ser ressaltada a relação entre as fácies litológicas presente no Complexo Anta e o grau de deformação registrado. Nesse caso, o complexo pode ter passado por estágios distintos de alojamento, tendo a fácies bandada como um representante mais jovem da formação do complexo, uma vez que essa fácies possui indícios de strain mais elevado. a fácies leuco a mesocrática representaria um período de alojamento tardio, passando por condições de baixo strain, sem indícios de deformação cisalhante.

A fase de deformação no Complexo Anta caracterizada como D3 observada em duas pequenas zonas de cisalhamento locais de direção N-S e cinemática sinistral poderia ser explicada por uma reativação da Zona de Cisalhamento Além Paraíba em estágios posteriores ao alojamento do plúton. A mesma posição do σ1 responsável pela cinemática destral da Zona de cisalhamento de Além Paraíba teria influenciado na formação das zonas de cisalhamento quase que perpendiculares a essa zona de cisalhamento de caráter regional. (Figura 5.1)

Trabalhos futuros relativos a determinações geocronológicas poderiam auxiliar no entendimento do período de alojamento do Complexo Anta, bem como suas relações com o desenvolvimento dos processos deformacionais atuantes na área. Adicionalmente, a continuidade do mapeamento do corpo em segmentos fora da área de estudo contribuiriam para o melhor entendimento das relações deformacionais das rochas encaixantes com Complexo Anta.

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32 Figura 5.1 – Modelo simplificado de geração das zonas de cisalhamento N-S no Complexo Anta

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33

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Anexos

Referências

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