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ESTUDO DE AMOSTRAGEM EM EXPERIMENTOS COM HERBICIDAS

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Academic year: 2021

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ESTUDO DE AMOSTRAGEM EM

EXPERIMENTOS COM HERBICIDAS

T.IGUE*,R.T. PAVEZI** & E.M. PAULO*** * Pesquisador Científico, Seção de Técnica

Experimental e Cálculo.

** En ge nh eir o -Agrô no mo , Bols is ta do CNPq, Estagiária.

*** Pesquisador Científico, Centro Experimental Campinas, Instituto Agronômico, Caixa Pos-tal 28, 13100 — Campnias — SP.

RESUMO

Tendo como um dos objetivos o estudo de amo str age m fo i in sta la do no dia 15 de ma rç o de 1981, um experimento no Centro Experimen -tal de Campinas. O Delineamento Experimen-tal ut ilizado foi em Blocos ao Acaso com três repe-tições , tendo sido testados nove di ferentes her-bic id as e ma is do is tr ata me nt os te ste mu nh a, com e sem cobertura com palha de capim-arroz.

Os ca nt eir os, ou uni dad es exp eri me nt ais , eram de dimensões 1,OOm x 2,OOm e em todos ele s fo ra m se me ad os alh o (Al liu m sa tiv um L. ) em linhas, espaçadas 0,25m entre si, perfazendo quatro linhas por canteiro.

Pa ra fins de avaliaçã o do s efeitos de herbi -cida s ca da ca nteiro foi di vidi do em três pa rtes no sentido da linha e em 11 partes no sentido transversal, perfazendo um total de 33 pequenas área s de dime nsões 0,15m x 0,30m que constituiram as un id ad es bá sica s pa ra fins de am os -trage m. Po ste ri or me nte, de nt ro de ca da li nh a os ponto s amo strais fora m agru pad os dois a dois , pe rf aze nd o ao to do 15 po nt os de dimen-sões 0,30m x 0,30m, os quais serviram de base para comp or as quatro áreas de amo str age m indicadas a seguir:

X — uma área amost ral de dimensões 9,30m x 0,30m centrada no terço médio do canteiro;

X2 -um a área amos tral ce ntrada no te rço mé -dio do canteiro de dimensões 0,30m x 0,90m (X está contido em X2);

X3 - um a área am os tral ce ntrada no te rço mé -dio do canteiro de dimensões 0,30m x 1,50m

(X2está contido em X3);

X4 — uma área amostral composto de 3 áreas de dimensões 0,30m x 0,30m tomadas em diago-nal, um em cada terço (X1 está contido emX4).

A aplicação da Função discriminante aos da-dos de pe so de ma té ri a se ca pe rm it ir am ti ra r as seguintes conclusões:

a) para avali ação dos efe it os de he bic id as às pla nt as dan in ha s da cla sse di co ti le dô ne as as áreas amos trais de ve m se r ce ntrada s no terço médio e correspondente a 4,5% do canteiro;

b) para as monocotiledôneas as áreas amostaris devem ser também centradas no te rç o mé dio do canteiro e correspondente a 22,5% do mesmo.

PALAVRAS CHAVE: Area de amostragem, herbicidas, experimentos, plantas daninhas.

SUMMARY

SAMPLING IN HERBICIDE EXPERIMENTS An experiment testing 9 different herbicides ap plied for we ed co nt rol in ga rl ic crop (All ium sativ u m L.) was used in order to de fine the sampling technique.

The following four sampling methods were compared through the Discriminant Function: 1) X1 — sa mp le of 0,30m x 0,30m size lo cate d at the central part of the plot;

2) X2 -sample of 0,30m x 0,90m locted at the ce nt ra l thi rd part of the plot (X 1 is in clu ded in X2);

3) X3 -sample of 0,30 x 1,50m also locted at the ce nt ral third pa rt of the plot

(X2

is inclu-ded in X3);

4) X4 - thre e samp le s of th e same siz e of X1 with diagonal disposition(X1is included in x4).

The following conclusions were obtained: 1) Sampling representing 4,5% of the plot area w a s e n o u g h fo r e v a l u a t i n g t h e h e rb i c i d e s efficiency on dicotyledonous weeds;

2) for the monocotiledon class the sampling area should be 22,5% of the plot.

KEY WO RD S: Sa mp li ng are as, he rb ic id es, trials, weeds.

INTRODUÇÃO

As plantas daninhas concorrem com as culturas por água, luz, espaço e

nu-tri ent es, alé m de servir em de

hos pedeiras de pragas e agentes

causadores de moléstias, influindo assim na produtividade.

(2)

A escassez de mão de obra na zona rural tem resultado na uti liz açã o cada vez maior de herbicidas. A pesquisa, atra-vés da experimentação agronômica, define os herbicidas para as diversas culturas passíveis de uso pelos agricultores.

Um dos problemas com relação aos experimentos com her bicidas pode sur -gir por ocasião da coleta de dados, isto é, a avaliação da eficiência desses produtos sobre as plantas daninhas quando, via de regra, se executa a contagem, a pesagem e a classificação botânica das infestantes remanescentes. Esse trabalho bastante mor oso é dim inuid o tomando-se amos-tras nas unidades experimentais pois, de-pendendo da cultura, elas podem ter grandes dimensões.

Alguns trabalhos têm sido feitos pa-ra definir o tamanho das amostpa-ras a ser utilizado na avaliação dos experimentos com herbici das. Igue et al. (1) chegaram

à conclusão de que uma área amostral correspondente a 5% da unidade experi-mental seria o ideal para avaliar tanto as mono co ti ledô ne as co mo as dico ti le dô -neas remanescentes após a aplicação do he rb ic id a. Pere ci n et ai. (3 ), te st an do

dois métodos de amostragem, chegaram à conclusão de que 20 amostras de 0,1 m2 é mais eficiente que 4 amostras de 0,5 m2, correspondente a 10% da unidade expe-rimental. Fazendo variar o número de

repetições e o número de amostras por par cela esses mesmos aut ores con clui-ram que a estabilidade da variância mé-dia se consegue para amostras correspon-dentes a no máximo 3°/o e 5% da área útil da unidade experimental, respectivamente par a dic otiledôneas e monocotiledô -neas.

O ob je ti vo d o pr es en te tr ab alho é definir o tamanho da amostra e alocação dos pontos amostrais nos canteiros para avaliação da eficiência dos herbicidas através dos dados de peso das plantas daninhas remanescentes pertencentes às classes das monocotiledôneas e dicotile-dôneas.

MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento com a cultura de alho (Allium sat ivum L.), var iedade Lav ini a, on-de foram testados 9 tratamentos com herbicidas, além de dois tratamentos tes-temunhas, com e sem cobertura com pa-lha seca de capmi-arroz, foi instalado no dia 14 de março de 1981, no Centro Ex-perimental de Campinas.

Procurou-se uma variação na popula-ção de plantas daninhas no experimento através da aplciação de herbicidas, que foram os tratamentos, os quais são mos-trados no Quadro 1, com suas respectivas doses utilizadas.

Quadro 1. Herbicidas e as respectivas doses utilizadas na cultura do alho.

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roz e 2,0m sem cobertura. Em cada par-cela foi semeada quatro linhas ou fileiras de alho, sendo 0,25m o espaçamento en-tre as linhas e de 0,15m enen-tre as plantas dentro da linha.

A aplicação dos herbicidas foi feita com um pul verizador de pressão variá -vel de dois litros de capacidade munido com um bico 8002 de tal sorte que nunca houve interrupção da forma em leque do jato no momento de aspersão.

Os dados foram coletados 65 dias após a aplicação dos produtos, e o siste-ma utilizado foi a divisão da área útil da parcela em 33 retângulos de dimensões 0,15m x 0,30m, que posteriormente foram agrupados 2 a 2 para fins de cálculo, fi-cando três linhas com cinco quadrados de dimensões 0,30m x 0,30m (4,5% da área útil da parcela). Os três retângulos adjacentes à parte coberta da parcela fo-ram desprezadas. A área utilizada para obtenção de dados foi aquela correspon-dente a parte sem cobertura com palha de capim-arroz.

As plantas daninhas foram contadas e acondicionadas em sacos de papel, sendo cada retângulo considerado uma por-centagem da área útil da parcela, 2,25% ou 0,045 m2. A secagem das plantas foi

feita em secadora de 60°C.

O procedimento estatístico utilizado para definir o método de amostragem se apoiou nos resultados obtidos por Pave -zi (2) em exp eri mentos com her bicidas em cul tura de cebol a (A llium Cepa L.), on-de, através de estudo de componentes de variância, segundo o modelo,

+ Bi + Lj(i ) + Ak(i ) (j ), sendo a média geral, Bi efeito do i-ésimo Bloco, Lj (i) ef eito da j-ésim a linha do i-ésimo Bloco, e Ak(i) (j) efeito da k-ésima am os tr a da j -és im a li nh a do i -és im o bloco.

Os componentes de variância

estimados mostraram que existe pouca variação entre as amostras tomadas nas diferentes linhas. Diante desse resultado concentrou-se o estudo de amostragem na linha central, isto é, no terço médio da parcela.

Através de uma função discriminan -te, conforme Tatsuoka (5), foram com-parados os quatro métodos de amostra-gem. O processo de coleta de dados dentro de uma parcela ou canteiro é apresentado a seguir :

As tomadas de amostras ou métodos de amostragem são representados pelos quadrados enumerados como se segue:

Para fins de análises estatísticas os dados de peso de matéria seca das plan tas da ninh as tant o da s mo no coti le dô -neas como das dicotiledôneas foram tr an sf or ma do s em lo g (X + k) , se nd o X o peso de matéria seca obtido e k uma constante estimada segundo Prodan (4).

RESULTADOS E DISCUSSÃO Para as plantas daninhas dicotiledô-neas, as matrizes simétricas das somas do s qu ad ra do s e pr od ut os cr uz ad os : To tal (T), Tratam ent os (B), Blocos (C) e Erro (E) f o r a m :

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Utilizando a maior raiz característi ca chega-se à seguinte função ajustada:

Y 1 = —0,371774X1 0,148232X2 — 0,125780X3 0,135714X4

Esta foi a única função que discrimi-nou significativamente os tratamentos, e a variável X 1 foi a que apresentou maior coeficiente, o que sugere que o método X1 de amostragem, isto é, um ponto

amos-trai no centro da unidade experimental corres ponden do a 4,5 % d a parcel a, é o mais indicado para fins de avaliação do efeito de herbicidas sobre as plantas da-ninhas dicotiledôneas na cultura de alho. Para as plantas daninhas da classe mono-cotiledônea as matrizes simétricas das somas dos Quadrados e produtos cruzado s : To ta l (T ), Tr at am en to s (B ), Bl o -cos (C) e Err o (E) for am:

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O autovetor ajustado resultante do maior autovalor ou maior raiz caracterís-tica foi :

Y1 = 0,046317X 1 + 0,424489X2 + 0,740398X3 + 0,135120X4

Esta é a única função que discrimina significativamente os tratamentos.

Observe-se que a variável X3 ou o método X3 de amostragem é o que apre-senta o maior coeficiente, sugerindo ser este o método mais indicado para a

ava-liação dos herbicidas sobre as monocoti-ladôneas na cultura do alho.

O método X3 corresponde à amostra-gem de 22,5°%o da parcela, sendo a locali-zação das amostras no terço médio do canteiro.

Observe-se que tanto nas dicotiledô-neas a faixa de amostragem foi definida como sendo o terço médio da parcela. A difere nça observ ada no perc entual do terço médio amostrado para mono e dico-tiledôneas deveu-se à distribuição das

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plantas daninhas remanescentes. O que realmente verificou-se no campo, no mo-mento da coleta de dados, foi as mono-cotiledôneas apresentando maior desuni-formidade de distribuição do que as dico-tiledôneas. Dessa forma pode-se concluir que quanto mais uniformemente se dis-tribuem as plantas daninhas menor pode-rá ser a área amostrada no terço médio das parcelas.

AGRADECIMENTOS

Nossos agradecimentos ao Pesquisador Cie ntífico Reinaldo Forster, Chefe do

Centro Experimental Campinas, do

Instituto Agronômico, pelos incentivos e sugestões apresentadas no desenvolvi-mento do presente trabalho.

Referências

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