• Nenhum resultado encontrado

MEDO INFANTIL: A SAÚDE MENTAL DA CRIANÇA HOSPITALIZADA- UM DEVER DE TODOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MEDO INFANTIL: A SAÚDE MENTAL DA CRIANÇA HOSPITALIZADA- UM DEVER DE TODOS"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

MEDO INFANTIL: A SAÚDE MENTAL DA CRIANÇA

HOSPITALIZADA- UM DEVER DE TODOS

Carolina Soares Debom Cristiane Dias Waischunng Fernanda Jaeger Priscila Moura Serratte Orientadora: Profª Ms. Cláudia Galvão Mazoni RESUMO

O presente experimento investiga a relação entre o jaleco branco do profissional de saúde e medo que as crianças associam a este cuidador, pois sabem que juntamente com aquele jaleco, aproxima-se a dor e desconforto do procedimento terapêutico. Visando acabar com este estigma, o experimento tem a finalidade de auxiliar estes profissionais a cumprirem suas tarefas, reduzindo ao máximo os traumas que podem vir a afetar o psíquico desta criança tornando assim o ambiente hospitalar o mais saudável e agradável para a melhor recuperação deste paciente.

Palavras-chave: Medo, Psicologia, Jaleco branco.

INTRODUÇÃO

A comunicação é uma necessidade humana, a fim de um melhor entendimento do indivíduo em toda sua totalidade, sendo que através da comunicação que o ser humano transmite suas idéias, impressões e ainda recebe informações do meio (Oliveira, 1997)

A criança tem uma maneira diferente de se expressar com o meio externo, já que quando bebês e até mesmo com uma idade mais avançada, ainda não são capazes de se expressar verbalmente, passando a usar o corpo e até mesmo o choro como forma de expor seus anseios, medos e necessidades.

Porém, mesmo quando essas crianças não se expressam verbalmente, observam o meio e absorvem todos os aspectos que o meio lhe apresenta, influenciando assim os seus sentimentos.

Uma criança doente é ainda mais sensível aos eventos que ocorrem no ambiente em que se encontram, pois por estarem doentes, o medo e o temor aos estranhos tende a aumentar ainda mais se estão em um hospital rodeado de médicos e enfermeiras de jaleco branco.

Esses pacientes logo fazem a associação entre a visão do jaleco branco e sua subseqüente dor, ou seja, sendo que isto é um estimulo condicionado. O estimulo

(2)

condicionado, o jaleco, é um estimulo que repetidas vezes foi associado a dor e desconforto, passa a provocar uma resposta especifica. A associação neste caso foi de a criança ver o jaleco branco e em seguida receber uma medicação que lhe causa dor e a faz chorar, sendo que o jaleco branco é o estimulo condicionado, e a dor é a resposta incondicionada, após varias repetições do procedimento foi feita à associação do jaleco com a dor.

Sendo assim, o primeiro passo é chamar atenção da criança para algo mais alegre, colorido e divertido, como por exemplo a utilização de um estimulo neutro: jaleco colorido. Dessa forma, o jaleco colorido não eliciará desconforto na criança antes dos procedimentos da enfermagem. Além disso, o dialogo e carinho que os profissionais dispõem, ajudarão a criança a sentir maior segurança e acolhimento neste ambiente que na sua maioria é considerado frio e desumano.

Segundo Hansdottir e Malcame (1998)

“A hospitalização em si já é vista pelas crianças como ameaçadora e causadora de ansiedade. Estudos que tratam do conceito que as crianças tem de doença, todos sedimentados na teoria do desenvolvimento de Piaget, mostram que, quanto menor é acriança, mais exposta estará a desenvolver ansiedade, pois tem maior dificuldade de compreender o que significa estar doente e hospitalizado.”

A equipe que atende esta criança deve favorecer a diminuição do sofrimento na experiência da hospitalização e da doença, para que assim esta criança possa passar por este processo, que na sua maioria é necessário para sua melhora física, sem deixar marcas no seu psíquico.

De acordo com Masseti (1998, p. 2):

“Descreve o cenário do hospital como uma realidade que destitui acriança da sua função: ser criança. Os aparelhos computadorizados, as luzes que piscam os incontáveis números de fios-soro, transfusão de sangue que limitam seus movimentos, as pessoas que ali trabalham, com suas roupas brancas e comportamentos estereotipados, as crianças destituídas de suas roupas, de seus brinquedos, os tubos e as máscaras de oxigênio que lhe dificultam se movimentar e ultrapassarem sua condição de paciente”.

Para que este sentimento de destituição, não predomine durante este processo que se faz necessário, os profissionais que ali trabalham devem tornar este ambiente mais humano possível, auxiliando esta criança a conviver com todas estas diferenças sem que lhe deixe um trauma futuro.

(3)

PROBLEMA DE PESQUISA

Porque as crianças têm medo do jaleco branco? HIPÓTESE

O jaleco branco, um estímulo incondicionado, foi pareado com a dor, estímulo aversivo. OBJETIVOS

Objetivo Geral

Avaliar se o jaleco colorido diminui o desconforto da criança, frente a intervenções da enfermagem.

Objetivos Específicos

-Avaliar se o medo já existente é diminuído a partir do uso do jaleco colorido;

-Verificar se a utilização do jaleco colorido reduz o estresse nos procedimentos da enfermagem

METODOLOGIA

Delineamento

Será utilizado um delineamento experimental, onde os participantes serão alocados aleatoriamente para um grupo controle e outro grupo intervenção.

Participarão do estudo 20 crianças com idade entre 1 e 4 anos, internadas na unidade pediátrica de um hospital.As crianças serão alocadas aleatoriamente para o grupo controle e o grupo experimental.Cada grupo será composto por 10 crianças.

Grupo Experimental: As crianças receberão cuidados como administração de medicamentos e cuidados com a higiene de uma enfermeira de jaleco colorido.

Grupo controle: As crianças receberão cuidados como administração de medicamentos e cuidados com a higiene de uma enfermeira de jaleco branco.

VARIÁVEIS

Variável dependente

Mudança comportamental frente à intervenção da enfermagem: choro, grito, agressão física (chute, bater no profissional, beliscões), agressão verbal e agarrar-se a mãe.

Variável Independente

Utilização de jaleco colorido pela enfermagem. INSTRUMENTOS

- Protocolo de observação: O protocolo de observação consta de 07 itens que avaliam comportamentos da criança frente a enfermagem em situações de cuidados com a higiene e

(4)

manuseio e administração de medicação, tais como: citar choro, grito, agressão verbal, física e apego a mãe.

Esta observação será feita por uma aluna do curso de psicologia, através de observação sistemática, por aproximadamente 1 semana no turno da manhã e será treinado e orientado por um profissional de psicologia juntamente com a enfermeira responsável pela unidade pediátrica.

- Jaleco branco. - Jaleco colorido.

PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS

O primeiro passo será a apresentação do projeto ao comitê de ética, após, será solicitada autorização para realização do estudo no hospital, chefia setor, neste caso a enfermeira responsável pela unidade. O projeto será exposto aos responsáveis pelas crianças, para que os mesmos possam receber o termo de consentimento livre e esclarecido, afim de lerem e assinarem este documento, autorizando a participação da criança.

PROCEDIMENTO ANALISE DE DADOS

(5)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CREPALDI, Maria: Temas em Psicologia Pediátrica. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2006. MASSETI, Morgana: Soluções de Palhaços: transformações na realidade hospitalar. São Paulo, Athenas, 1998.

RIBEIRO, C. A.; ANGELO, M. O significado da hospitalização para criança pré escolar, um modelo teórico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, V. 39 n. 4 P. 391-400, 2005.

SILVA, Marina Borges: Observação de um Hospital Pediátrico. Psicópio, Revista Virtual de Psicologia Hospitalar e da Saúde, Belo Horizonte, Julho- Dezembro 2005, Ano 1, Vol. 1, n. 2.

OLIVEIRA, Viviane Tosta, CASSIANI, Silvia Helena de Bortoli. O processo de comunicação na administração de medicações injetáveis em crianças sob perspectiva na interação entre mãe-criança e auxiliares de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Vol. 5, Ribeirão Preto, Outubro, 1997.

ANEXO

PROTOCOLO DE ANÁLISE COMPORTAMENTAL

ITENS

1 – CHORAR Nenhuma 1 2 3 4 5 Sempre

2 – CHUTAR Nenhuma 1 2 3 4 5 Sempre

3 – BELISCAR Nenhuma 1 2 3 4 5 Sempre

4 – BATER Nenhuma 1 2 3 4 5 Sempre

5 – GRITAR Nenhuma 1 2 3 4 5 Sempre

6 - AGRESSÃO VERBAL Nenhuma 1 2 3 4 5 Sempre

Referências

Documentos relacionados

O TBC surge como uma das muitas alternativas pensadas para as populações locais, se constituindo como uma atividade econômica solidária que concatena a comunidade com os

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Local de realização da avaliação: Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação - EAPE , endereço : SGAS 907 - Brasília/DF. Estamos à disposição

No presente estudo, os enxaguatórios Colgate Plax® e Oral B® não promoveram aumento estatisticamente relevante da rugosidade superficial da resina composta

O professor que ensina Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve propiciar ao aluno atividades que possibilitem a construção de noções geométricas, que

Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os três grupos de sobremordida horizontal (reduzida: >0 mm e <2 mm; normal-reduzida: ≥2 mm

As key results, we found that: the triceps brachii muscle acts in the elbow extension and in moving the humerus head forward; the biceps brachii, pectoralis major and deltoid