PROTOCOLO DE KYOTO
O Protocolo de Kyoto representa um acordo internacional, elaborado em 1997, em meio a discussões a respeito dos problemas ambientais associados às atividades humanas.
O Protocolo de Kyoto é um acordo mundial resultante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Foi elaborado durante a Conferência das Partes III, e seu principal objetivo é propor metas, especialmente aos países desenvolvidos, a fim de conter as emissões de gases de efeito estufa.
Onde e quando foi assinado?
O Protocolo de Kyoto foi elaborado e assinado no ano de 1997, no Japão, na cidade de Kyoto, que deu o seu nome. A elaboração desse acordo aconteceu por meio da Conferência das Partes III (órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima). O objetivo da Conferência das Partes era reunir os países a fim de
promover uma revisão dos compromissos estabelecidos na convenção. A partir dela, foi criado o Protocolo de Kyoto, um dos principais acordos mundiais relacionados à diminuição da emissão de gases à
atmosfera. Participaram cerca de 141 representantes de diversos países. A ratificação do protocolo foi feita por 55 países, em 15 de março de 1999. Esses países representam juntos cerca de 55% das emissões de gases de efeito estufa mundiais. O tratado entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2004, após a ratificação da Rússia.
Resumo
VEST
MAPA MENTAL @vestmapamentalGEOGRAFIA AMBIENTAL
G E O G R A F I A
Países que fazem parte do Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto foi assinado por mais de 175 países. Guatemala, Bolívia, Honduras, Uruguai, Barbados, Noruega, Alemanha, França, Brasil, Itália, Portugal, entre outros, assinaram e ratificaram o acordo.
O Cazaquistão assinou, porém não ratificou. Há também países — como Afeganistão, Chade, Iraque, São Tomé e Príncipe, Sérvia, Vaticano e Taiwan — que não assinaram e não ratificaram o protocolo.
Por que o Protocolo de Kyoto foi elaborado?
O Protocolo de Kyoto foi elaborado com o objetivo de propor metas e obrigações aos países, tendo em vista reduzir as emissões de gases de efeito estufa à atmosfera e, consequentemente, diminuir os impactos negativos dessas emissões provocados no meio ambiente. Os
compromissos estabelecidos pelo protocolo deveriam ser cumpridos no período de 2008 a 2012. O segundo momento dos compromissos é
referente ao período de 2013 a 2020, com metas de redução dos gases de efeito estufa em até 18% abaixo do nível registrado em 1990.
O principal objetivo do Protocolo de Kyoto é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono.
Metas para os países
Países industrializados ou desenvolvidos
Os países industrializados deveriam reduzir, em 5,2%, suas emissões de gases de efeito estufa, especialmente o dióxido de carbono, baseados nos níveis de emissão registrados em 1990. Para o Japão e a União Europeia, ficaram estabelecidas reduções de 7% a 8%, respectivamente.
Países em desenvolvimento
Os países em desenvolvimento, como China, Brasil e Índia, não receberam metas e obrigações para reduzir suas emissões. Sendo assim, os esforços são medidas "voluntárias" de cada país.
O Protocolo propõe algumas ações, especialmente aos países
desenvolvidos, a fim de que os objetivos sejam alcançados. São elas:
• Reforma do setor energético e do setor de transporte;
• Uso de fontes renováveis de energia;
• Redução das emissões de metano;
• Combate ao desmatamento;
• Proteção das florestas.
• Promoção de formas sustentáveis de agricultura;
• Cooperação entre os países em relação ao compartilhamento de informações sobre novas tecnologias.
Créditos de Carbono
A partir do Protocolo de Kyoto, criou-se o que ficou conhecido
como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O MDL é uma flexibilização dentro do protocolo que prevê as reduções das emissões de gases de efeito estufa de forma certificada. O que isso quer dizer?
O Protocolo de Kyoto permitiu que os países tenham algumas alternativas para atingir as metas de redução de emissões, podendo então ser feitas por meio de negociações. O Crédito de Carbono, ou a Redução
Certificada de Emissões, é adquirido por países que alcançam metas de redução, obtendo então o direito de comercializá-los com os demais países que ainda não cumpriram suas metas. O Crédito de Carbono é gerado a cada tonelada de carbono não liberado à atmosfera.
Países que ultrapassem as emissões e não alcancem as metas podem estabelecer projetos que proporcionem benefícios reais e a longo prazo a respeito da redução das emissões em países em desenvolvimento. Assim,
esses países, apesar de não terem atingido suas metas, acabam
conseguindo reduzir a emissão de gases auxiliando os demais países. Essa redução então é convertida em Créditos de Carbono.
Estados Unidos e Protocolo de Kyoto
Os Estados Unidos é o maior emissor de gases de efeito estufa do
mundo, sendo responsável por cerca de 52% das emissões de dióxido de carbono. Na contramão do mundo, o país recusou-se a ratificar o
Protocolo de Kyoto e, segundo o presidente à época, George W. Bush, as metas estabelecidas pelo protocolo possivelmente prejudicariam a
economia do país. Bush também questionou o fato de não haver metas para os países em desenvolvimento.
Os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 52% das emissões de dióxido de carbono.
Uma parte dos norte-americanos é cética em relação às mudanças
climáticas associadas às atividades humanas. Muitos acreditam que essas mudanças são parte do ciclo normal da Terra e não se associam
a atividades antrópicas. Donald Trump, atual ex-presidente do país, já deu declarações que demonstram seu ceticismo em relação às teorias, como a do aquecimento global.
Protocolo de Kyoto e Acordo de Paris
O Acordo de Paris entrou em vigor vinte anos após a criação do Protocolo de Kyoto. Esse acordo também prevê metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, assim, diminuir os problemas climáticos
Muitos especialistas e até mesmo os próprios governos de alguns países não acreditavam na eficiência do Protocolo de Kyoto, visto que ele previa metas apenas aos países desenvolvidos, não obrigando países em
desenvolvimento a reduzir as emissões de gás carbônico. O Acordo de Paris traz uma proposta diferente, impondo metas a todas as nações com um rigor muito maior que o imposto pelo protocolo.
Os Estados Unidos antes haviam ratificado o Acordo de Paris. Contudo, o atual presidente do país, Donald Trump, também decidiu deixá-lo por não acreditar que as emissões estejam diretamente ligadas a questões como aquecimento global.
Brasil e o Protocolo de Kyoto
Por ser um país em desenvolvimento, o Brasil não recebeu obrigações sobre compromissos e prazos relacionados às emissões de gases de efeito estufa. Acredita-se que países em desenvolvimento, como Brasil, China e México, possuem prioridades nos setores sociais, além de não serem os maiores responsáveis, separadamente, pelas emissões.
A redução do desmatamento é uma das maiores prioridades do Brasil dentro do Protocolo de Kyoto, mesmo que não haja obrigações perante as reduções de emissões. O país possui 16% das florestas mundiais, e
promover práticas de manejo florestal sustentáveis, bem como protegê-las, contribui significativamente para o ciclo do carbono e para o controle do efeito estufa.
Outra meta desejada para o país, conhecida com Contribuição
Nacionalmente Determinada, prevê que o Brasil reduza, em até 37%, as emissões de gases de efeito estufa até 2025. Até 2030, a meta desejada é reduzir tais emissões em até 43%.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, as emissões, no Brasil, entre os anos de 2016 e 2017, reduziram-se em 2,6 bilhões de toneladas, e isso só foi possível devido às áreas de conservação que preservam as florestas.
O Protocolo de Kyoto representa um tratado firmado por países com metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.