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Escola de Gestão de Negócios Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Economia

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Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Economia

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE DA EFICIÊNCIA

E DA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DOS FATORES NO

BRASIL

Autor: Luiz Marcel Chagas da Silva

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Cândido da Silva Filho

Brasília – DF 2018

Escola de Gestão de Negócios

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Economia

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE DA

EFICIÊNCIA E DA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DOS

FATORES NO BRASIL

Autor: Luiz Marcel Chagas da Silva

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Cândido da Silva Filho

Coorientador: Prof. Dr. Wilfredo Fernando Leiva Maldonado

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Cândido da Silva Filho

Brasília - DF

2018

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PESQUISA E DESENVOLVIMENTO: UMA ANÁLISE DA EFICIÊNCIA

E DA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE DOS FATORES NO

BRASIL

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Economia da Universidade

Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Doutor em Economia.

Orientador: Prof. Dr. Osvaldo Cândido da Silva Filho.

Coorientador: Prof. Dr. Wilfredo Fernando Leiva Maldonado.

Brasília – DF 2018

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Ficha elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Católica de Brasília (SIBI/UCB) S586p Silva, Luiz Marcel Chagas da.

Pesquisa e desenvolvimento: uma análise da eficiência e da influência na produtividade dos fatores no Brasil / Luiz Marcel Chagas da Silva – 2018.

82 f.: il. ; 30 cm

Tese (Doutorado) – Universidade Católica de Brasília, 2018. Orientação: Prof. Dr. Osvaldo Cândido da Silva Filho Coorientação: Prof. Dr. Wilfredo Fernando Leiva Maldonado

1. Unidades de pesquisa. 2. Eficiência. 3. Envelopamento de dados – análise. 4. Dados em painel. 5. Pesquisa e desenvolvimento. I. Silva Filho, Osvaldo Cândido da, orient. II. Maldonado, Wilfredo Fernando Leiva, coorient. III. Título.

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À minha família, pelo apoio prestado ao longo do curso, ao meu orientador e coorientador e ao corpo docente da pós-graduação em Economia da UCB pelas valiosas lições compartilhadas e ao Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia, pelo suporte

institucional oferecido para a realização desta pesquisa.

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Agradeço,

À Deus, por guiar meus caminhos, manter minha perseverança e fé na vida e no trabalho. À minha família, em especial minha esposa Gabriela e meus filhos, Luiz Guilherme e Theo, por tê-los submetido à ausência mesmo em momentos que estive fisicamente presente. Aos meus pais, Luiz de Nazaré e Creuza, e a minha irmã, Marcella, por sempre acreditarem e me fazerem acreditar e aos bons exemplos que me fizeram chegar até aqui.

Aos meus colegas de curso pelos bons momentos em que pudemos nos ajudar, aprender e compartilhar conhecimentos juntos.

Ao meu orientador e coorientador, pela paciência durante toda essa jornada e a todos os professores da pós-graduação em economia, em especial a Osvaldo Candido da Silva Filho, Tito Belchior Silva Moreira, Paula Virgínia Tófoli, Jaime José Orillo Carhuajulca, José Ângelo Costa do Amor Divino, Wilfredo Sosa Sandoval, Benjamin Miranda Tabak, Carlos Enrique Carrasco Gutierrez, Leonardo Monteiro Monastério, Rogério Mazali, Philipp Ehrl e Wilfredo Fernando Leiva Maldonado, pelo profissionalismo com que constroem o doutorado em economia da Universidade Católica de Brasília e por terem compartilhado tantas e importantes lições dentro e fora das salas de aula.

A vocês e a diversos outros que contribuíram para a conclusão do curso e desenvolvimento da pesquisa, meus sinceros agradecimentos.

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“Quem supera, vence”

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Este trabalho compreende dois estudos sobre economia regional. No primeiro, foi medido a eficiência técnica das catorze Unidades de Pesquisa (UP) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), através da análise de envelopamento de dados (DEA) com três variáveis (dois inputs e um output), utilizando o modelo BCC (Banker, Charnes e Cooper, 1984), para a medição do desempenho, com retornos variáveis de escala, orientado a input. As rodagens foram realizadas de forma anual, trienal e trienal móvel e os resultados mostram que duas unidades atingiram eficiência acima de 80%, cinco unidades atingiram eficiência entre 50% e 79% e sete unidades ficaram com eficiência abaixo de 49%. Estes resultados podem ser usados para a implementação e formulação de novas políticas nacionais de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil, como a criação de estratégias mais eficientes na aplicação do orçamento público federal, a reestruturação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) e a qualificação e atração de novos servidores. No segundo estudo, foi verificada a relação entre a produtividade total dos fatores, o estoque de capital utilizado em Pesquisa e Desenvolvimento dos institutos públicos de pesquisa, o estoque de capital público e o estoque de capital humano no período de 2002 a 2016 nas regiões norte, nordeste, sudeste e centro-oeste, regiões que possuem institutos públicos de pesquisa. Foi utilizado o modelo de regressão com dados em painel para estimar a relação entre as variáveis independentes (capital em Pesquisa e Desenvolvimento, capital público e capital humano) e a variável dependente (produtividade total dos fatores). O resultado apontou que somente capital humano (educação do trabalhador) é uma variável relevante na explicação da produtividade regional, com um impacto no crescimento da produtividade nas regiões analisadas.

Palavras chave: Unidades de pesquisa, Eficiência, análise de envelopamento de dados, dados em painel e Pesquisa e Desenvolvimento.

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This work comprises two studies on regional economics. In the first one, the technical efficiency of fourteen Research Units (UP) of the Ministry of Science, Technology, Innovations and Communications (MCTIC) was measured through the data envelopment analysis (DEA) with three variables (two inputs and one output) using the BCC model (Banker, Charnes and Cooper, 1984), for performance measurement, with variable returns of scale, oriented to input. The analysis was performed annually, triennial and triennial year by year and the results show that two units achieved efficiency above 80%, five units achieved efficiency between 50% and 79% and seven units were efficiently below 49%. These results can be used for the implementation and formulation of new national R&D policies in Brazil, such as the creation of more efficient strategies in the application of the federal public resources, the restructuring of the National Science, Technology and Innovation System (SNCTI) and the qualification and recruitment of new professionals. In the second study, the relationship between the total factor productivity, the capital stock used in Research and Development of the public research institutes, the stock of public capital and the stock of human capital in the period from 2002 to 2016 in the northern, northeast, southeast and center-west regions that have public research institutes. The regression model with panel data was used to estimate the relationship between independent variables (capital in Research and Development, public capital and human capital) and the dependent variable (total factor productivity). The result showed that only the human capital (worker education) is a relevant variable in explaining regional productivity, with an impact on productivity growth in the regions analyzed.

Keywords: Research Units, Efficiency, Data Envelopment Analysis, Panel Data and Research and Development.

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Índice de gráficos

Gráfico 1 – Indicador máximo ... 46 Gráfico 2 – Relação entre orçamento dos institutos e o dispêndio total em pesquisa e desenvolvimento no Brasil (percentual) ... 51 Gráfico 3 – Taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) versus taxa de crescimento da receita dos institutos públicos ... 52

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Índice de tabelas

Tabela 1 – Análise de envelopamento de dados (inputs e outputs) ... 38

Tabela 2 – Área, indicadores e pesos aplicados aos indicadores das unidades de pesquisa .... 40

Tabela 3 – Resultados observados e notas atribuídas ... 41

Tabela 4 – Exemplo de indicadores e pesos da unidade de tomada de decisão (DMU6) ... 42

Tabela 5 – Estatísticas das variáveis no período de 2002 a 2016 ... 42

Tabela 6 – Correlação entre as variáveis no período de 2002 a 2016 ... 43

Tabela 7 – Unidade de tomada de decisão (DMU) eficientes (ano a ano) ... 44

Tabela 8 – Unidade de tomada de decisão (DMU) eficientes (triênio) ... 45

Tabela 9 – Unidade de tomada de decisão (DMU) eficientes (janelas trienais móveis) ... 45

Tabela 10 – Classificação das unidades de pesquisa por grupo ... 47

Tabela 11 – Média dos anos de educação do trabalhador brasileiro por região ... 53

Tabela 12 – Variáveis utilizadas no modelo econométrico (2002 a 2016) ... 57

Tabela 13 – Dados da produtividade, capital público, educação e pesquisa e desenvolvimento dos institutos ... 59

Tabela 14 – Resultados das estimações para os modelos Mínimos Quadrados Ordinários (POLS), aleatório e fixo... 61

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Siglas e Abreviaturas

APD – Aplicação em Pesquisa e Desenvolvimento BCC - Banker, Charnes e Cooper

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CCR – Charnes, Cooper e Rhodes

CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico C,T&I – Ciência, Tecnologia e Inovação

DEA – Análise de Envelopamento de Dados DM – Despesa de Manutenção

DMU – Unidades de Tomada de Decisão

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IGPUB – Índice Geral de Publicações

INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor

IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPCA – Índice de preços ao Consumidor Amplo

ISSN - Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas MCTIC – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações NIT – Núcleo de Inovação Tecnológica

OCC - Somatório das Dotações de Custeio e Capital

OECD - Organization for Economic Co-operation and Development P&D – Pesquisa e Desenvolvimento

PCI – Programa de Capacitação Institucional PIB – Produto Interno Bruto

POLS – Mínimos Quadrados Ordinários

PPACI – Projetos e Ações de Cooperação Internacional PPACN - Projetos e Ações de Cooperação Nacional PTF – Produtividade Total dos Fatores

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SUS – Sistema Único de Saúde

TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação UFPA – Universidade Federal do Pará

UFOPA – Universidade Federal do Oeste do Pará UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia UP – Unidades de Pesquisa

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1 INTRODUÇÃO ... 16

2 EFICIÊNCIA EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D) E OS INSTITUTOS PÚBLICOS ... 18

2.1 EFICIÊNCIA ... 18

2.2 OS INSTITUTOS PÚBLICOS DE PESQUISA DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES (MCTIC) ... 19

2.2.1 CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS (CBPF) ... 21

2.2.2 CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL (CETEM) ... 22

2.2.3 CENTRO DE TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS DO NORDESTE (CETENE) ... 23

2.2.4 CENTRO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO RENATO ARCHER (CTI) ... 24

2.2.5 INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (IBICT) ... 25

2.2.6 INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA (INPA) ... 26

2.2.7 INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE)... 27

2.2.8 INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO (INSA) ... 28

2.2.9 INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA (INT)... 29

2.2.10 LABORATÓRIO NACIONAL DE ASTROFÍSICA (LNA) ... 31

2.2.11 LABORATÓRIO NACIONAL DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA (LNCC) ... 32

2.2.12 MUSEU DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS (MAST)... 33

2.2.13 MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI (MPEG) ... 34

2.2.14 OBSERVATÓRIO NACIONAL (ON)... 35

2.3 MODELO TEÓRICO ... 36

2.3.1 ANÁLISE DE ENVELOPAMENTO DE DADOS (DEA) ... 36

2.3.2 DADOS ... 37

2.4 RESULTADOS ... 43

3 PRODUTIVIDADE, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D), CAPITAL HUMANO E INFRAESTRUTURA PÚBLICA ... 49

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3.4 INFRAESTRUTURA PÚBLICA ... 53

3.5 MODELO TEÓRICO ... 55

3.5.1 REGRESSÃO COM DADOS EM PAINEL ... 56

3.5.2 DADOS ... 57

3.6 RESULTADOS ... 60

4 CONCLUSÕES ... 63

5 REFERÊNCIAS ... 66

6 ANEXOS ... 71

ANEXO A: Gráficos de eficiência das unidades de tomada de decisão (DMU) em rodagem trienal (primeiro estudo) ... 71

ANEXO B: Gráficos de ajuste da eficiência das unidades de tomada de decisão (DMU) em rodagem trienal (primeiro estudo) ... 76

ANEXO C: Estatística descritiva dos dados (segundo estudo) ... 81

ANEXO D: Correlação dos dados (segundo estudo) ... 81

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1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa compreende dois estudos relacionados à economia regional. O primeiro tem como base um estudo sobre a análise da eficiência técnica aplicada a catorze unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, inovações e Comunicações (MCTIC), através da metodologia de análise de envelopamento de dados (DEA). Não foram considerados nesta pesquisa duas unidades de pesquisa (UP) por não estarem incluídas no processo de avaliação do Ministério. Ao aplicar a análise de envelopamento de dados para comparar o desempenho dessas unidades, foi obtido um grupo de unidades de pesquisa eficientes que serão usadas como benchmarks para as que estão fora do grupo líder, subsidiando aplicações de políticas para a maximização dos gastos públicos e a melhoria das organizações.

No segundo estudo foi analisado o impacto do estoque de capital em pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos catorze institutos públicos de pesquisa, do capital humano e do estoque de infraestrutura pública na melhoria da produtividade das quatro regiões brasileiras – Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste - que possuem institutos públicos no período de 2002 a 2016, sendo que no período de 2002 a 2006 não foi considerado a região Nordeste por não possuir Instituto instalado. Outra informação importante é que das catorze unidades de pesquisa considerada neste trabalho, nove estão localizadas na região sudeste, sendo que a única região brasileira que não possui instituto de pesquisa público federal é a região sul, talvez pela política do governo federal em considerar que a referida região já possua institutos privados ou públicos estaduais que supram eventuais demandas de pesquisa. Foi empregado a técnica de painel para as regiões analisadas através do software E-views 9.5. A produtividade foi utilizada como variável dependente e o estoque de capital em pesquisa e desenvolvimento dos institutos públicos, o capital humano e o estoque de infraestrutura pública como variáveis independentes.

Antes de adentrar na discussão dos dois estudos, será contextualizado o tema, discutindo alguns aspectos teóricos na introdução e posteriormente de forma mais específica na exposição de cada estudo.

O investimento público em pesquisa e desenvolvimento (P&D), principalmente em países em desenvolvimento, demonstra que a pesquisa é primordial ao desenvolvimento econômico. A pesquisa e desenvolvimento tem sido considerada um dos principais impulsionadores da vantagem competitiva nacional, assim como os países desenvolvidos tem aumentado continuamente os investimentos em pesquisa e desenvolvimento (Lee e Lee,

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2015). Países como Estados Unidos e China priorizam a inovação baseada no desenvolvimento científico e tecnológico.

O avanço econômico e social dos países está cada vez mais dependente da qualidade de seus Institutos de Pesquisa, aliado à sua capacidade de criar novos conhecimentos úteis à sociedade. Investir de forma eficiente o dinheiro público em pesquisa pode representar o diferencial entre permanecer no grupo de países em desenvolvimento, ou avançar para o grupo de países desenvolvidos.

De acordo com a Organization for Economic Co-operation and Development (OECD), apesar de o Brasil ter investido 1,28% do seu produto interno bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento no ano de 2015 e superar os padrões da América Latina e Caribe em 0,70%, ainda está muito aquém em relação ao índice de países desenvolvidos como a Coreia (4,23%), Japão (3,29%), EUA (2,79%) e Alemanha (2,93%).

Um dado importante no caso dos países em desenvolvimento é que a maior parte do investimento em pesquisa e desenvolvimento é realizada pelo setor público, como no México (70,3%) e Argentina (76,4%). Contudo, em 2015, o setor público brasileiro investiu 50,2%, alcançando uma equiparação entre os dispêndios públicos e empresarias (Ministério da ciência, tecnologia, inovações e comunicações, 2018).

O Brasil como país continental, com um território maior que muitos países, ainda é afetado por fortes disparidades entre as regiões. Apesar do Produto Interno Bruto per capita da região Norte representar cerca de 50% da região Sudeste, pouco mudou na última década.

Entre os anos de 2002 a 2011, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste obtiveram uma melhora em sua participação no produto nacional de 14%, 3% e 9% respectivamente, porém as regiões Sul e Sudeste reduziram sua participação em 4% e 2% respectivamente, o que demonstra uma melhora na distribuição da riqueza entre as regiões, apesar das regiões Sul e Sudeste apresentarem um Índice de Desenvolvimento Humano maior do que as outras regiões. Estas diferenças entre as regiões têm gerado políticas públicas por parte do governo há décadas, porém não tem ajudado efetivamente na redução das disparidades.

Existem diversos trabalhos sobre a teoria de crescimento endógeno em que o estoque de capital investido em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), o capital humano e a infraestrutura pública desempenham um papel importante no crescimento econômico, (Lucas, 1998; Engelbrecht, 1997 e Fernald, 1999). Contudo, somente com o trabalho de Piselli e Bronzini (2009) houve a avaliação do papel destas três fontes de produtividade em conjunto. A seguir é discutido o primeiro estudo.

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2. EFICIÊNCIA EM PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E OS

INSTITUTOS PÚBLICOS

O presente estudo utiliza o modelo de análise de envelopamento de dados (DEA) com três variáveis, sendo dois inputs e um output, para medir a eficiência técnica das catorze unidades de pesquisa (UP) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

A avaliação do desempenho de pesquisa e desenvolvimento das unidades de pesquisa (UP) é importante para o alcance das metas acordadas e para subsidiar informações na alocação eficiente dos recursos públicos. Tal avaliação é complexa quando comparado a organizações de pesquisa com diferentes escopos. Várias perspectivas na literatura discutem o objetivo de medir o desempenho das atividades de pesquisa e desenvolvimento e alguns dos julgamentos exigem que o sistema de medição de desempenho forneça informações de suporte, tais como classificação geral e pontos fortes relativos da unidade alvo (Liu & Lu, 2010).

Antes de abordar a metodologia utilizada, convém passar rapidamente sobre os institutos públicos de pesquisa do Ministério da ciência, tecnologia, inovações e comunicações (MCTIC).

2.1 EFICIÊNCIA

Para Grateron (1999), a eficiência é o primeiro dos três elementos chave na avaliação da performance (eficiência, eficácia e economia). É expressa quanto à relação existente entre os bens e serviços consumidos (inputs do processo) e os bens e serviços produzidos (outputs do processo).

Assim, a eficiência técnica é alcançada quando se obtém a mesma quantidade do produto utilizando a menor quantidade de insumos ou pelo menos um deles.

A noção de eficiência é um problema quando é analisada a pesquisa científica. Formuladores de políticas e pesquisadores concordam que a atividade de pesquisa deve evitar ineficiências e desperdícios de recursos, contudo, a definição exata de quais contas de eficiência está longe de ser aceita (Bonaccorsi & Daraio, 2003).

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2.2 OS INSTITUTOS PÚBLICOS DE PESQUISA DO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) criado em 1985 com o objetivo de centralizar e planejar a política de ciência e tecnologia é o órgão responsável pela coordenação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), além da competência legal na formulação das políticas nacionais de ciência e tecnologia no Brasil. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é o responsável por incorporar conhecimento em todas as atividades econômicas do país, propiciando desenvolvimento e crescimento. O Ministério é composto por quatro agências, três conselhos, seis empresas públicas, vários institutos nacionais de ciência e tecnologia com financiamento público distribuídos nas áreas de energia, agrária, engenharia e tecnologia da informação, exatas e naturais, humanas e sociais, ecologia e meio ambiente, nanotecnologia e saúde, seis organizações sociais e vinte institutos de pesquisa.

Os institutos de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações são divididos em dezesseis Unidades de Pesquisa (UP) e quatro Organizações Sociais (OS). As unidades de pesquisa, como operadores públicos de ciência e tecnologia, possuem uma atuação importante no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, exercendo protagonismo na expansão, integração e consolidação do Sistema. As Unidades de Pesquisa atuam em diversas áreas como astrofísica, biologia, tecnologia da informação, computação cientifica, pesquisas espaciais, nanotecnologia, meteorologia, climatologia, hidrologia, antropologia dentre outros, desenvolvendo atividades de pesquisa e desenvolvimento, ensino e prestações de serviços tecnológicos.

Um dos desafios importantes no sistema de avaliação de pesquisa é valorizar ou quantificar a importância de cada resultado cientifico no contexto das organizações multidisciplinares. Nos conselhos de pesquisa europeus, existem institutos especializados em diferentes áreas do conhecimento cujos resultados são diferentes um do outro (Ortega, López-Romero, Fernández, 2011).

No ano de 2016 as unidades de pesquisa alcançaram uma média de 2,22 publicações por pesquisador no índice geral de publicações (IGPUB), um indicador do Ministério que considera o número de artigos publicados em periódico com número internacional normalizado para publicações seriadas (ISSN) indexado no Scielo (SCI), ou seja, uma revista que faz parte da base de dados Scielo que possui corpo editorial, revisores que qualificam e credenciam os artigos para publicação ou em outro banco de dados, artigos publicados em revista de divulgação científica nacional ou internacional, artigos completos publicados em

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congresso nacional ou internacional e o número de capítulo de livros no ano. Apesar de ser uma média, há unidades de pesquisa com o índice geral de publicações que vão de 5,1 a 0,3, pois dependendo da atividade fim da instituição, em alguns casos, as publicações possuem uma importância menor. Contudo, algumas unidades de pesquisa possuem uma quantidade considerável de publicações quando considerada a produção cientifica de 3,94 publicações por pesquisador doutor/ano publicado no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil e Fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)¹ de 2007 a 2010, que inclui publicação de artigos nacionais e internacionais, trabalhos completos em anais de eventos e livros/capítulos.

Realizaram também em 2016, de acordo com o Ministério da ciência, tecnologia, inovações e comunicações, 396 Programas, Projetos e Ações de Cooperação Internacional (PPACI) desenvolvida em parceria formal com instituições estrangeiras, 818 Programas, Projetos e Ações de Cooperação Nacional (PPACN) desenvolvidos em parceria formal com instituições nacionais, captaram R$ 121 milhões em receitas extraorçamentárias versus R$ 235 milhões de receita orçamentária repassada pelo governo federal e mais de R$ 17 milhões em Bolsas referente ao Programa de Capacitação Institucional (PCI), que tem por objetivo a implementação de Subprogramas de Capacitação Institucional nas Unidades de Pesquisa subordinadas, vinculadas e supervisionadas pelo Ministério da ciência, tecnologia, inovações e comunicações, através da concessão de bolsas para viabilizar a execução de projetos científicos e tecnológicos de interesse do Ministério e de acordo com as orientações da Política de ciência e tecnologia do Governo Federal, dentre outras inúmeras ações relacionadas à Ciência, Tecnologia e Inovação.

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2.2.1 CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS (CBPF)

Criado em 1949, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) possui cerca de 120 servidores distribuídos nas áreas de pesquisa e gestão. É considerado um instituto de excelência internacional na área de pesquisa e pós-graduação em física. Seus laboratórios servem de infraestrutura para grupos de pesquisa no Brasil e no exterior e para a indústria nacional. O instituto realiza pesquisa em áreas como altas energias, astropartículas, nanotecnologia, física aplicada à biomedicina, informação quântica, ciência dos materiais, magnetismo e instrumentação científica. Sua equipe participa de grandes colaborações científicas internacionais como, por exemplo, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN), na Suíça, o Laboratório Fermi (Fermilab), nos EUA, o Observatório Pierre Auger, na Argentina.

Segundo o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), dentre os vários avanços tecnológicos realizados pelo instituto estão tratamentos mais eficazes para o câncer; meios de transporte mais seguros; celulares e TVs com funções; internet mais rápida e global etc.

O instituto possui uma pós-graduação de excelência na área de física no Brasil classificada com nota sete (nível internacional), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Segundo o ranking SCImago² de 2015, o instituto é, entre todas as instituições científicas brasileiras, a que mais publica trabalhos de excelência. Em 2013, o mesmo ranking – um dos mais respeitados no mundo – apontou que seus artigos publicados receberam cerca de 70% mais citações que a média global.

Sua missão é "Realizar pesquisa básica em Física e desenvolver suas aplicações,

atuando como instituto nacional de Física do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e polo de investigação científica e formação, treinamento e aperfeiçoamento de pessoal científico”.

O aspecto mais importante do instituto é seu papel de fomentador da infraestrutura de C&T do país. No instituto, foram concebidos o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e o Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS).

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² Base de dados que avalia a produção científica de instituições e universidades voltadas à pesquisa de todo o mundo.

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2.2.2 CENTRO DE TECNOLOGIA MINERAL (CETEM)

O Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) iniciou suas atividades em 1978, no Rio de Janeiro, concebido estrategicamente pelo governo federal para o desenvolvimento de tecnologia para o uso sustentável dos recursos minerais brasileiros para o setor minero metalúrgico.

Segundo o Centro, os benefícios advindos das pesquisas realizadas são, ainda, utilizados em prol da sociedade brasileira, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do País. No âmbito do governo federal, o Centro de Tecnologia Mineral é a única unidade de pesquisa focada à tecnologia mineral e ao meio ambiente.

Hoje, o Centro conta com um corpo técnico qualificado para atender às demandas do setor extrativo mineral e ambiental. A instituição é composta atualmente por 324 colaboradores entre pesquisadores, tecnologistas, técnicos, bolsistas, estagiários e alunos de pós-graduação. Desenvolve atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) com amostras de empresas de quase todas as unidades da federação, com destaque para o estado do Espírito Santo, que conta com um Núcleo Regional, em Cachoeiro de Itapemirim.

Sua missão é “Desenvolver tecnologias inovadoras e sustentáveis, e mobilizar

competências visando superar desafios nacionais do setor mineral”.

A sede do Centro está situada no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha da Cidade Universitária. Esse espaço reúne 21 laboratórios e quatro usinas-piloto, além de uma biblioteca especializada onde são executadas atividades de PD&I focadas, principalmente, em caracterização mineralógica e tecnológica de minérios e minerais industriais, processamento mineral, processos metalúrgicos extrativos, incluindo a rota bio-hidrometalhúrgica.

Segundo o Centro de Tecnologia Mineral, são contempladas as atividades orientadas para a produção de materiais de referência certificados, além de outras atividades vinculadas às demandas da indústria minero metalúrgica. Na área ambiental, são realizadas atividades de pesquisa e desenvolvimento em gestão ambiental, com foco na recuperação de áreas degradadas, avaliação dos impactos das atividades e de seus passivos, recuperação de metais, reciclagem e tratamento de resíduos e efluentes industriais, tecnologias limpas e biorremediação. Recentemente incluiu em suas atividades de P,D&I estudos focados no aproveitamento de fontes alternativas minerais, visando diminuir a dependência de importação de fertilizantes, tanto para a produção agrícola, quanto para a produção de biocombustíveis.

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2.2.3 CENTRO DE TECNOLOGIAS ESTRATÉGICAS DO NORDESTE (CETENE)

O Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste é uma Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), criado em 2005 para apoiar o desenvolvimento tecnológico e econômico da região Nordeste, além de promover a integração entre a sociedade, a inovação e o conhecimento. Atualmente conta com 17 servidores, com 09 laboratórios de referência, multiusuários nas macro áreas de biotecnologia, microeletrônica e nanotecnologia, com equipamentos e pesquisadores de alto nível e 02 unidades de produção, organizados em conformidade com padrões de qualidade industrial, e que agregam profissionais altamente capacitados.

Sua missão é “Desenvolver, introduzir e aperfeiçoar inovações tecnológicas que

tenham caráter estratégico para o desenvolvimento econômico e social do nordeste brasileiro, promovendo cooperações baseadas em redes de conhecimento e nos agentes da economia nordestina”.

Buscando atender as demandas da sociedade, o Centro atua articulando o conhecimento científico e tecnológico e o acesso ao fomento, promovendo a transferência de tecnologia de produtos e processos para o desenvolvimento da Região Nordeste, tanto em tecnologia química industrial, oferecendo competência em processos químicos, processos físico-químicos, tecnologia química orgânica e tecnologia química inorgânica, quanto em biotecnologia, desenvolvendo atividades ligadas ao agronegócio e agroindústria, e processos industriais de transformação envolvendo microrganismos, enzimas ou outras biomoléculas. Na microscopia eletrônica oferece instrumental de análises de estrutura, morfologia e propriedades de produtos, insumos e materiais em geral.

Segundo o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, sua atuação prevê ainda ações de divulgação dos resultados provenientes de cooperações. Seminários, fóruns e capacitações são realizados no intuito de informar a sociedade acerca de ações do Centro, de seus parceiros e de outros agentes do sistema de ciência, tecnologia e inovação. Toda essa interação com a sociedade permite um fluxo de transferência de tecnologias que inserem na região ações, técnicas e produtos inovadores que colaboram com o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste. Composto por profissionais qualificados e com foco permanente no futuro, que pensam nas mais criativas soluções para as mais diversas demandas, o Centro trabalha em parceria com universidades, empresas e outros centros de pesquisa, promovendo inovação, difundindo tecnologias e multiplicando competências.

De acordo com o instituto, seus processos são flexíveis, desburocratizados e atendem especificidades locais, fazendo uma importante ponte entre projetos em busca de apoios e

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apoiadores, além de ser um instrumento importante de inserção de tecnologias no setor produtivo e na sociedade, que faz orientação para ações de implantação de projetos tecnológicos, fundamentados a partir de estudos científicos e organização em cooperativas e/ou associações para capacitação das comunidades. Além disso, o Centro permite a colaboração entre as unidades de pesquisa e ensino de todo país e busca facilitar a formação de redes de pesquisas temáticas, que solucionam problemas em diversos segmentos em escalas regionais e nacionais.

2.2.4 CENTRO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO RENATO ARCHER (CTI)

O Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Inaugurado em 1982, na cidade de Campinas no Estado de São Paulo, com cerca de 140 servidores, atua na pesquisa e no desenvolvimento em tecnologia da informação, congregando competências na qualificação de produtos e processos, na engenharia de protótipos e produtos da Tecnologia da Informação, em projetos especiais de pesquisa e desenvolvimento, na informatização de sistemas socioeconômicos de meio-ambiente e em infraestrutura e aplicações na internet.

Sua missão é: “Gerar, aplicar e disseminar conhecimentos em Tecnologia da

Informação, em articulação com os agentes socioeconômicos, promovendo inovações que atendam às necessidades da sociedade”.

A interação com a área acadêmica (através de parcerias em pesquisa), e com o setor industrial, por meio de projetos de cooperação, mantém o Centro alinhado em seus principais focos de atuação, tais como: microeletrônica, componentes eletrônicos, sistemas, mostradores de informação, software, aplicações de TI, robótica, tecnologias de impressão 3D para indústria e medicina, e softwares de suporte à decisão. O intercâmbio com a academia e com o setor produtivo faz do Centro uma instituição capaz de atender demandas da indústria, estimulando um ciclo de pesquisa e desenvolvimento diversificado, direcionado em prover soluções para o mercado.

Segundo o Centro de Tecnologia da Informação, a Instituição é um importante agente promotor de inovação na sociedade brasileira, atuando no desenvolvimento de projetos e ações de pesquisa e desenvolvimento com o uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação. As soluções tecnológicas resultantes desta atuação podem afetar tanto o ciclo de vida de produtos quanto o de processos. O instituto se propõe a atuar como um importante agente mobilizador e, também, executor, em sua área de atuação, das ações voltadas ao

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atendimento das políticas públicas estabelecidas pelo Governo Federal e, para tal, atua em estreita colaboração com as Secretarias do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

2.2.5 INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA (IBICT)

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) iniciou suas atividades em 1954 na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Na gênese de seu trabalho está a Informação como essência do conhecimento, e esse, por sua vez, como fonte de Inovação. Através da Informação, Conhecimento e Inovação o instituto tem atuado de forma cada vez mais dinâmica e plural. A partir de demandas de diversos setores da sociedade, o Instituto tem apresentado um amplo espectro de soluções tecnológicas e tem integrado sistemas de informação de diferentes áreas.

Sua missão é “Promover a competência, o desenvolvimento de recursos e a

infraestrutura de informação em ciência e tecnologia para a produção, socialização e integração do conhecimento científico e tecnológico”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, a transferência de tecnologias da informação é uma das ações que o consolidaram como referência na área no Brasil e no exterior. O seu corpo técnico realiza a absorção e personalização de novas tecnologias, repassando-as a outras entidades interessadas na captura, distribuição e preservação da produção intelectual científica e tecnológica. Como alguns exemplos desse esforço, citam-se a coleta automática de registro e disseminação de teses e dissertações, a editoração de revistas eletrônicas e os repositórios de documentos digitais de diversas naturezas (desde documentos textuais a publicações multimídia). Tais produtos e serviços fazem do Brasil a quinta maior nação em número de repositórios digitais, à frente de potências econômicas como o Japão, França, Itália e Austrália, e a terceira em quantidade de publicações periódicas de acesso livre. Outros produtos e serviços do Instituto, como a revista Ciência da Informação, lançada em 1972, passaram a ser referência para a América Latina e Caribe.

Por meio de sua atuação no desenvolvimento de pesquisas, serviços e produtos de informação tecnológica, o Instituto se aproximou definitivamente do setor industrial e empresarial, como o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), o projeto Avaliação

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do Ciclo de Vida (ACV) e o Sistema de Informação em Tecnologia Industrial Básica (Infotib).

Para o Instituto, ao completar 55 anos, tem assumido novos rumos em ações de cooperação internacional atuando para disponibilizar o acesso a bases de dados internacionais. Entre seus projetos está o Bureau Brasileiro para Ampliação da Cooperação Internacional com a União Europeia (B.Bice), que apoia as atividades de cooperação internacional em CT&I entre o Brasil e a União Europeia (UE). O B.Bice tem o papel de difundir informações, identificar mecanismos financeiros de apoio e auxiliar na busca de parceiros brasileiros e europeus para a elaboração de propostas em conjunto.

2.2.6 INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA (INPA)

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) foi criado em 29 de outubro de 1952 e implantado em julho de 1954, na cidade de Manaus, estado do Amazonas. Conta com uma sede ocupando uma área de 379.867,41 m² distribuídos em três campi urbanos e ainda com três reservas florestais e duas biológicas, quatro estações experimentais, duas bases flutuantes de pesquisa e um barco de pesquisa, os quais compõem, também, essa estrutura. Como órgão da Administração Direta do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Instituto foi criado com a finalidade de realizar estudo científico do meio físico e das condições de vida da região amazônica, tendo em vista o bem-estar humano e os reclamos da cultura, da economia e da segurança nacional.

Atualmente conta com cerca de 600 servidores ativos, 500 bolsistas em ciência e tecnologia e 1.000 estudantes, desde a iniciação científica até o pós-doutorado, distribuídos nas áreas de: ciências humanas e sociais, ciências agronômicas, biologia aquática, ecologia, entomologia, botânica, ciências da saúde, geociências, produtos naturais, produtos florestais, aquicultura, tecnologia de alimentos e silvicultura tropical, espalhados nos três campi de pesquisa e nos núcleos regionais de pesquisa.

Sua missão é “Gerar e disseminar conhecimentos e tecnologia, e capacitar recursos

humanos para o desenvolvimento da Amazônia”.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, o Programa de Pós-graduação de 1975 a 2012 formou 1.401 mestres e 356 doutores, num total de 1757 titulações. O curso com mais títulos é o de Biologia de Água Doce e Pesca Interior seguido dos cursos de Ecologia, Entomologia, Botânica, Ciências de Florestas Tropicais, Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Agricultura no Trópico Úmido, Clima e Ambiente, Mestrado Profissional

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em Gestão de Áreas Protegidas na Amazônia e Aquicultura. Em 2013, foram 389 alunos de Mestrado e 200 de Doutorado, num total de 589 alunos regulares. Em 2016 foram defendidas 138 Dissertações de Mestrado e 51 Teses de Doutorado. No ano de 2017 foram formados 188 mestres e doutores, e mais 23 mestres e doutores em programas de pós-graduação externos ao Instituto, sob a orientação dos seus pesquisadores. Todos distribuídos nos Programas de Pós-Graduação em Agricultura no Trópico Úmido (mestrado), Mestrado Profissional em Gestão de Áreas Protegidas na Amazônia, Biologia de Água Doce e Pesca Interior, Botânica, Ciências de Florestas Tropicais, Clima e Ambiente, Ecologia, Entomologia, Genética, Conservação e Biologia Evolutiva e Aquicultura (em nível de mestrado e doutorado). Levando-se em conta que o volume de conhecimentos sobre os trópicos é reduzido e o fato de que essas áreas continuam em desenvolvimento, torna-se premente a necessidade de formação e fixação de pesquisadores qualificados para atuarem em campo no levantamento da flora e da fauna, manejo de sistemas terrestres e aquáticos, controle ambiental e planejamento racional da exploração dos recursos naturais renováveis.

O Instituto possui ainda um conjunto de laboratórios temáticos institucionais (Biologia Molecular; Solos e Plantas; Geoprocessamento de Imagens; e Microscopia Eletrônica). A Instituição mantém, um Programa de Coleções e Acervos Científicos, que contém um dos maiores acervos da flora e fauna amazônica, abrangendo micro-organismos, vertebrados (anfíbios, répteis, peixes, aves e mamíferos), invertebrados (não insetos), insetos e herbário.

2.2.7 INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE)

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão integrante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com sede em São José dos Campos (SP), atualmente com cerca de 900 servidores, iniciou suas atividades na década de 1960 motivado principalmente pelas primeiras conquistas espaciais pela União Soviética e Estados Unidos.

Atuando em pesquisa, desenvolvimento e aplicação na área espacial, o Instituto desenvolveu competências singulares e é reconhecido como referência nas áreas de Ciência Espaciais e Atmosféricas, Observação da Terra, Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, Ciência do Sistema Terrestre, e Engenharia e Tecnologia Espacial. Além disso, mantém cursos de Pós-Graduação que vêm formando especialistas e acadêmicos desde a década de 1960.

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Sua missão é “Desenvolver, operar e utilizar sistemas espaciais para o avanço da

ciência, da tecnologia e das aplicações nas áreas do espaço exterior e do ambiente terrestre, e oferecer produtos e serviços inovadores em benefício do Brasil”.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ao longo de seus 56 anos de existência, o Instituto se consolidou como referência nacional nas atividades de pesquisa e desenvolvimento do setor espacial. Conta hoje uma produção científica e tecnológica abrangente, com presença em praticamente todas as etapas da cadeia produtiva do setor espacial, desde a concepção de missões até os serviços e produtos proporcionados por suas diversas aplicações. Para cumprir sua missão a instituição organiza-se em dois macroprocessos finalísticos: a) Desenvolvimento, controle e operacionalização de satélites ambientais e científicos; e b) Pesquisa básica e aplicada, desenvolvimento tecnológico e aplicações espaciais. Além da pesquisa científica básica e do desenvolvimento tecnológico, o Instituto também atua na formação de recursos humanos e na transmissão de conhecimento e de competências, e, para tanto, conta com políticas de capacitação permanente e de intercâmbio internacional, e com cursos de pós-graduação, com alta avaliação do Ministério da Educação (MEC), em áreas consideradas estratégicas.

Tudo isso torna o Instituto um centro de excelência reconhecido nacional e internacionalmente em áreas tão diversas tais como: desenvolvimento de sistemas espaciais; integração e testes de satélites; controle, rastreio e operacionalização de satélites; monitoramento ambiental dos biomas brasileiros; detecção de queimadas e desmatamento do solo; previsão do tempo e do clima; monitoramento do clima espacial; pesquisa em ciências espaciais e atmosféricas; pesquisas em mudanças ambientais globais; desenvolvimento e inovação em plasma, sensores, novos materiais, combustão, propulsão, e computação aplicada.

2.2.8 INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO (INSA)

O Instituto Nacional do Semiárido (INSA), criado em 2004, é uma unidade de pesquisa integrante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), localizado em Campina Grande, no Estado da Paraíba, atualmente com cerca de 30 servidores. Tendo como enfoque o Semiárido brasileiro, articula, realiza, promove e divulga Ciência, Tecnologia e Inovação como patrimônios universais para o bem da sociedade e do Semiárido brasileiro, se estendendo por grande parte dos nove estados do Nordeste (Alagoas,

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Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e também pelo norte de Minas Gerais.

Sua missão é “Viabilizar soluções interinstitucionais para a realização de ações de

pesquisa, formação, difusão e formulação de políticas para a convivência sustentável do Semiárido brasileiro, a partir das potencialidades socioeconômicas e ambientais da região”.

Segundo o Instituto Nacional do Semiárido, apesar de ser uma instituição relativamente nova, tem conseguido abrir novas fronteiras para o desenvolvimento regional e o consequente fortalecimento do Brasil nos temas de bioprospecção, biotecnologia, captação de água de chuva, uso de águas residuais, mitigação da desertificação, sistemas de produção e gestão do conhecimento na região semiárida. Estas ações vêm sendo desenvolvidas em articulação com outras Instituições de Ciência e Tecnologia, e com organizações sociais, envolvendo interfaces nas temáticas das regiões áridas, semiáridas e subúmidas, de âmbito global, buscando o fortalecimento da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), tendo como força motriz as necessidades de preservação ambiental, de produção sustentável, do crescimento das cidades e de uma população de mais de 24 milhões de habitantes distribuídos em 1.135 municípios e, aproximadamente, 1 milhão de quilômetros quadrados. O Instituto também tem inserção internacional como correspondente científico do Brasil junto à Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).

Atualmente têm realizado ações em ciência, tecnologia e inovação, principalmente na área da pesquisa através de projetos de combate à desertificação, recuperação e manejo de áreas degradadas; sistemas de produção no Semiárido brasileiro; biodiversidade e sustentabilidade dos ecossistemas no Semiárido brasileiro e recursos hídricos para o Semiárido brasileiro.

2.2.9 INSTITUTO NACIONAL DE TECNOLOGIA (INT)

O Instituto Nacional de Tecnologia (INT) vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com sede na cidade do Rio de Janeiro, iniciou suas atividades em 1921 com a função de investigar e divulgar os processos industriais de aproveitamento de combustíveis e minérios do País. Atualmente conta com cerca de 250 servidores e tem direcionado suas pesquisas em grandes temas como biodiesel, nanotecnologia, petróleo e gás, produtos para a saúde e energias renováveis e ampliadas suas ações de transferência de tecnologia à sociedade, através do seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e programas de extensão tecnológica, compreendendo pesquisas

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avançadas visando à transferência de tecnologia para o setor produtivo, além de oferecer diversos serviços técnicos especializados.

Sua missão é “Contribuir para o desenvolvimento tecnológico do Brasil por meio da

pesquisa, serviços, transferência de conhecimento e promoção da inovação”.

O Instituto atua de forma multidisciplinar, com competência técnica estruturada através das áreas de Catálise e Processos Químicos, Corrosão e Degradação, Desenho Industrial, Energia, Engenharia de Avaliações, Ensaio de Materiais e Produtos, Gestão da Produção, Inovação e Prospecção Tecnológicas, Processamento e Caracterização de Materiais e Química Analítica. Suas pesquisas atendem a setores como petróleo e gás, energias renováveis, química verde, complexo industrial saúde, defesa e tecnologias sociais.

Segundo o Instituto Nacional de Tecnologia, o mesmo tem estimulado a proteção das criações, licenciamentos e outras formas de repasse de tecnologia e informações técnicas à sociedade, além de formar empresas de base tecnológica. Essas atividades são amparadas no marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), impulsionadas pela Lei de Inovação e gerenciadas por meio de um Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) e uma Incubadora de Empresas, além de ter um Escritório de Gerenciamento de Projetos, que dá suporte aos projetos de inovação desenvolvidos em parceria com as empresas. Na área de petróleo e gás, atua fortemente no atendimento às demandas do setor de exploração e produção. Na área de fármacos e do complexo industrial da Saúde, o Instituto tem uma atividade crescente e bastante voltada para a inovação, atuando no desenvolvimento de método tecnológico para solubilização de drogas de interesse do Sistema único de Saúde (SUS), na realização de ensaios mecânicos e ópticos em implantes mamários; no desenvolvimento de metodologias de avaliação dos produtos do tabaco e derivados, na avaliação e desenvolvimento de implantes e próteses ortopédicas. Além da área de pesquisa e desenvolvimento em biocombustíveis.

O Instituto é o primeiro órgão público federal credenciado pelo Inmetro para certificar produtos. Atuando desde 2001 como organismo certificador de produtos avaliando e conferindo a marca de conformidade a produtos como preservativos masculinos, próteses mamárias, embalagens de álcool, fósforos, capacetes, cachaça e produtos orgânicos. Possui uma atuação pioneira na inovação e no desenvolvimento tecnológico do País como a Estação Experimental de Combustíveis e Minérios, sendo o primeiro a desenvolver tecnologias de uso do álcool como combustível para veículos automotivos, estudos de óleos vegetais como combustível e processo para utilização de carvão vegetal na siderurgia, em substituição ao carvão mineral, estabelecendo também as bases da regulamentação metrológica brasileira e de um serviço de informações tecnológicas para atendimento ao setor empresarial.

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2.2.10 LABORATÓRIO NACIONAL DE ASTROFÍSICA (LNA)

O Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) é uma das unidades de pesquisa integrantes da estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), localizado na cidade de Itajubá, no estado de Minas Gerais, conta atualmente com cerca de 70 servidores sendo o primeiro Laboratório Nacional implementado no Brasil em 1985.

Sua missão é “Planejar, desenvolver, prover, operar e coordenar os meios e a

infraestrutura para fomentar, de forma cooperada, a astronomia observacional brasileira”.

Para o Laboratório Nacional de Astrofísica, o cumprimento de sua missão, num ambiente em rápida evolução como o da ciência, o Laboratório exerce seu papel prioritário de provedor de serviços sofisticados para a comunidade científica, desenvolvendo suas atividades de pesquisa no setor. O Laboratório opera o Observatório do Pico dos Dias (OPD), localizado entre os municípios sul-mineiros de Brazópolis e Piranguçu, onde está situado o maior telescópio em solo brasileiro. Em mais de 25 anos, o amplo acesso à infraestrutura do Laboratório para uso de toda a comunidade viabilizou o crescimento robusto da ciência astronômica no Brasil. Com isso, o País expandiu suas possibilidades e passou a fazer parte dos consórcios internacionais dos telescópios Gemini e SOAR, dos quais o Laboratório exerce o papel de Secretaria Nacional. Sua posição única na paisagem científica nacional tem se aprimorado continuamente de modo a criar condições otimizadas para o crescimento científico e tecnológico do Brasil, projetando a astronomia brasileira no cenário internacional.

Segundo o Laboratório, os múltiplos contatos com instituições estrangeiras atuando na área da instrumentação astronômica, adicionados a um número elevado de convites para colaborações em projetos tecnológicos. A Instituição, hoje em dia, é de fato uma reconhecida referência para instrumentação de astronomia terrestre e está sendo visto como tal, não apenas nacionalmente, mas também no exterior. O sucesso no desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica se reflete tanto no aumento do Índice de Publicações quanto no fato da submissão de novas patentes referentes a desenvolvimentos tecnológicos.

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2.2.11 LABORATÓRIO NACIONAL DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA (LNCC)

O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) é um instituto de ciência e tecnologia do Governo Federal e faz parte da estrutura organizacional do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Foi inaugurado em 1980, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, conta com uma equipe de cerca de 80 servidores e atua na área de tecnologia de informação e comunicação (TIC).

Sua missão é “Realizar pesquisa, desenvolvimento e formação de recursos humanos em

Computação Científica, em especial na construção e aplicação de modelos e métodos matemáticos e computacionais na solução de problemas científicos e tecnológicos, bem como disponibilizar ambiente computacional para processamento de alto desempenho, tendo como finalidades o avanço do conhecimento e o atendimento às demandas da sociedade e do Estado brasileiro”.

De acordo com o Laboratório Nacional de Computação Científica, as tecnologias de informação e comunicação (TIC) fazem parte do dia-a-dia do cidadão. Seu uso é tão comum e difundido na sociedade que já se tornaram imperceptíveis. Essas tecnologias resultam em ganhos de produtividade: facilitam o acesso a dados e sua análise; automatizam processos; facilitam a interface entre os processos e o usuário; eliminam etapas e atividades que não agregam valor ao produto ou serviço. Os crescentes avanços da computação e das áreas correlatas têm gerado uma classe de novos problemas técnicos, que impulsionam a pesquisa científica. A facilidade de recursos computacionais que viabiliza sistemas de grande porte operando em redes também tem gerado problemas teóricos desafiadores em diversas áreas.

Para o Laboratório, o desenvolvimento de computadores cada vez mais rápidos tem demandado o desenvolvimento de novos métodos numéricos para propiciar o uso eficiente. A disponibilidade cada vez maior de recursos computacionais tem impulsionado também o desenvolvimento e a aplicação da computação gráfica, que tem sido utilizada com sucesso em problemas de grande interesse na medicina. Outra área associada à evolução da computação científica é a bioinformática, que se tornou essencial para o alcance de soluções em biotecnologias para a agricultura, a saúde, incluindo o desenvolvimento de fármacos, e também para o meio ambiente.

O Laboratório Nacional de Computação Científica trata dessas demandas de alta complexidade, que exigem formulações de métodos e modelos matemáticos e computacionais específicos em cada caso, muitos com a finalidade de ampliação do conhecimento científico, de forma a embasar novas tecnologias.

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2.2.12 MUSEU DE ASTRONOMIA E CIÊNCIAS AFINS (MAST)

O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) é uma instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), situado na cidade do Rio de Janeiro, foi criado no ano de 1985, conta atualmente com cerca de 80 servidores e atua na produção do conhecimento científico, especificamente em três áreas de produção do conhecimento: História da Ciência e Tecnologia no Brasil; Museologia e Patrimônio e Educação em Ciências em espaços não formais.

Sua missão é “Ampliar o acesso da sociedade ao conhecimento científico e tecnológico,

por meio da pesquisa em educação e divulgação das ciências, história das ciências e da tecnologia no Brasil, museologia e preservação de acervos”.

Para o Museu, sua atuação é importante para a preservação da memória da produção científica e tecnológica do Brasil, de gestão de acervos documentais e museológicos e na promoção de atividades de divulgação e de incentivo à educação em Ciências. Desde sua instalação na sede do antigo Observatório Nacional, em março de 1985, a instituição guarda importante acervo bibliográfico, arquivístico, museológico, arquitetônico e paisagístico ligados à história da atividade científica brasileira. Entre os bens tombados, o conjunto arquitetônico e paisagístico do antigo Observatório Nacional e as coleções de instrumentos científicos.

Segundo o Museu de Astronomia e Ciências Afins, seu acervo museológico é composto por mais de dois mil objetos representativos do patrimônio cientifico e tecnológico do Brasil, dentre eles instrumentos científicos, máquinas e motores, equipamentos fotográficos e de comunicação, mobiliários e esculturas. Destaque para o conjunto de instrumentos científicos do Imperial Observatório do Rio de Janeiro, contemplando a história de diferentes áreas de pesquisa e atividades desenvolvidas nesta instituição no século XIX, como: astronomia, geodesia, meteorologia, medição do tempo, espectroscopia e geofísica. Já o acervo bibliográfico é especializado em história da ciência e da tecnologia, educação e divulgação da ciência, preservação de acervos, museologia e patrimônio cultural. É composto por mais de oito mil obras de astronomia, ciências exatas e da terra, educação em ciências, museu de ciências e engenharias. São livros, folhetos, monografias, dissertações, teses, periódicos nacionais e internacionais. O acervo reúne mais de trinta arquivos pessoais e de instituições científicas brasileiras, e coleções de documentos avulsos. Totaliza mais de 1.500 metros de documentos textuais, além de documentos iconográficos, cartográficos, tridimensionais e audiovisuais e o acervo arquitetônico e paisagístico conta com uma área

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aproximada de 44 mil metros quadrados, o acervo reúne dezesseis edificações de valor histórico, construídas para sediar o Observatório Nacional a partir de 1921.

2.2.13 MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDI (MPEG)

O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Localizado na cidade de Belém, Estado do Pará, fundado em 1866, conta com cerca de 200 servidores, atuando no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região.

Sua missão é “Realizar pesquisas, promover a inovação científica, formar recursos

humanos, conservar acervos e comunicar conhecimentos nas áreas de ciências naturais e humanas relacionados à Amazônia”.

Segundo o Museu, ao longo de 150 anos de existência, vem se consolidando em excelência na pesquisa científica, concentrando-se no estudo técnico-científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região, fornecendo respostas para questões demandadas pela comunidade acadêmica, pelas diferentes esferas do poder público, sociedade e setores produtivos. Atuante na região Amazônica, a qual apresenta um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) do país, é destaque na trajetória da ciência e tecnologia brasileira, em razão de seu rico e valioso acervo acumulado ao longo de seus 150 anos de existência, além de seus avanços significativos nos diversos ramos das Ciências Naturais e Humanas. O museu tem se destacado em investigações e inovações científicas, em formação e conservação de coleções, em comunicação científica, em capacitação de recursos humanos e no suporte à formulação de políticas públicas para a Amazônia. A responsabilidade institucional do museu como um dos mais antigos museus de história natural e etnografia do país, tem a premissa de conservar e disponibilizar suas coleções biológicas, etnográficas, arqueológicas e paleontológicas, parte delas tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e, portanto, de inestimável valor para a ciência, particularmente para o conhecimento da diversidade biológica e sociocultural da região amazônica.

O Museu Paraense Emílio Goeldi mantém programas de pós-graduação em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA).

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2.2.14 OBSERVATÓRIO NACIONAL (ON)

O Observatório Nacional (ON) é uma instituição de pesquisa, ensino e prestação de serviços tecnológicos criada em 1827 e vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Conta atualmente com cerca de 130 servidores e está localizada na cidade do Rio de Janeiro. Atua em três grandes áreas de conhecimento - Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, realizando pesquisa, desenvolvimento e inovação, com reconhecimento nacional e internacional.

Sua missão é "Realizar pesquisa e desenvolvimento em Astronomia, Geofísica e

Metrologia em Tempo e Frequência, formar pesquisadores em seus cursos de pós-graduação, capacitar profissionais, coordenar projetos e atividades nestas áreas e gerar, manter e disseminar a Hora Legal Brasileira".

Segundo o Observatório Nacional, sua finalidade é realizar pesquisa e desenvolvimento em Astronomia, Geofísica e Metrologia em Tempo e Frequência, formar pesquisadores em seus cursos de pós-graduação, capacitar profissionais, coordenar projetos e atividades nestas áreas e gerar, manter e disseminar a Hora Legal Brasileira. Tem como competência promover, executar e divulgar estudos e pesquisas científicas e desenvolver tecnologias nas áreas de astronomia, astrofísica, geofísica e metrologia do tempo e de frequência e suas aplicações; promover e patrocinar a formação e especialização de recursos humanos no âmbito de suas finalidades; estabelecer intercâmbio científico para o desenvolvimento de pesquisas; gerar, conservar, manter e operar laboratório primário de tempo e frequência e difundir a Hora Legal Brasileira, nos termos da Lei nº 2.784, de 18 de junho de 1913 e legislação posterior; efetuar a difusão do conhecimento técnico-científico através de palestras, publicações informativas, técnicas e científicas; promover a transferência e comercialização de processos, produtos e serviços oriundos de suas pesquisas, contratos, convênios, acordos e ajustes, resguardados os direitos relativos à propriedade intelectual; promover, patrocinar e realizar cursos, conferências, seminários e outros conclaves de caráter técnico-científico, de interesse direto ou correlato ao órgão; desenvolver e disponibilizar produtos e serviços especializados, em decorrência de suas atividades; e criar mecanismos de captação de novos recursos financeiros para pesquisa e ampliar as receitas próprias.

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2.3 MODELO TEÓRICO

A avaliação do desempenho e o processo de comparação do desempenho entre dois ou mais sistemas (benchmarking) tornaram-se práticas rotineiras no gerenciamento de desempenho.

Na avaliação das unidades de decisão (DMU) com múltiplas entradas e saídas no setor público, a análise de envelopamento de dados (DEA) é um dos métodos mais aceitos para medir a eficiência das instituições de pesquisa, no entanto, o poder de discriminação deste modelo será reduzido quando utilizamos várias entradas ou saídas (Meng, Zhang, Qi e Liu, 2008).

2.3.1 ANÁLISE DE ENVELOPAMENTO DE DADOS (DEA)

A análise de envelopamento de dados é um modelo de programação linear que mede a eficiência relativa das unidades de tomadas de decisão (DMU) (Cooper, Seiford e Tone, 2007). O modelo trabalha com um método de programação linear para construir uma superfície não paramétrica (ou fronteira) sobre os dados, sendo as medidas de eficiência calculadas em relação a esta superfície. Não exige quaisquer pressupostos sobre a forma funcional de uma função de produção, bem como sobre as preferências entre as variáveis, pois pode ser empregada onde a relação entre inputs e outputs é desconhecida, não existindo uma visão acordada sobre a importância relativa entre eles, que é exatamente a medida de desempenho e de pesquisa e desenvolvimento (Lee e Lee, 2015).

A análise de envelopamento de dados tem sido utilizada na medição da eficiência de pesquisa e desenvolvimento em vários níveis, como em países ascendentes (Guan & Chen, 2012 e Wang & Huang, 2007), pesquisa universitária (Abramo, Cicero e D'Angelo, 2011 e Agasisti, Catalano, Landoni e Verganti, 2012) e projetos de pesquisa e desenvolvimento (Hsu & Hsueh, 2009 e Lee, Park & Choi, 2009).

Foram utilizados vários modelos de análise de envelopamento de dados para a medição do desempenho de pesquisa e desenvolvimento, podendo ser divididos de acordo com seus retornos à escala. O modelo CCR proposto por Charnes, Cooper e Rhodes (1978), assume retorno constante de escala, em que os aumentos da produção são proporcionais aos aumentos do insumo. Já Banker, Charnes e Cooper (1984) criaram o modelo BCC que generaliza o modelo CCR e permite retornos variáveis de escala, considerando tecnologias com rendimentos de escala constantes, crescentes e decrescentes. Os modelos de análise de envelopamento de dados podem ser orientados a input ou output. Nos modelos orientados a

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