A tr ib u to s M o d ai s e M o d el o s d e O rg an iz aç ão
MESTRADO INTEGRADO DE ENGENHARIA CIVIL
LICENCIATURA EM ENGENHARIA DO TERRITÓRIO
Disciplina: Transporte de Mercadorias e Processos
Logísticos
Prof. Responsável: Rosário Macário
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Prof. Responsável: Rosário Macário
Aulas Teóricas
SESSÃO 3:
Atributos físicos e operacionais dos vários modos.
Principais modelos de exploração
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PRINCIPAIS MODOS DE TRANSPORTE:
PRINCIPAIS MODOS DE TRANSPORTE:
CAPACIDADES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS (I)
CAPACIDADES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS (I)
Rodoviário:
Cargas úteis desde 0.5 ton. até quase 30 ton.
Acesso quase universal em terra contínua (unimodalidade pura) Velocidades comerciais frequentemente acima dos 60 km/h
Sector muito competitivo, fácil obter prestações “à medida” e com grandes níveis de qualidade e flexibilidade S es sã o 3 -A tr ib u to s M o d ai s e M o d el o s d e O rg an iz aç ão
Ferroviário
Cargas úteis / vagão até ca. 50 ton., comboios com várias dezenas de vagões Maior vocação para cargas pesadas, uniformes, grandes lotes, ponto a ponto Organização dos comboios (triagem, transbordos) lenta e complexa
Velocidades em marcha até ca. 80 km/h, comerciais raramente acima de 30 Por vezes, carga expresso em vagões acoplados em comboios de pax.
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PRINCIPAIS MODOS DE TRANSPORTE:
PRINCIPAIS MODOS DE TRANSPORTE:
CAPACIDADES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS (II)
CAPACIDADES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS (II)
• Marítimo
– Essencial para comércio inter-continental e para as ilhas
– Grande capacidade com cargas úteis de 5 000 ton a mais de 100 000 ton. – Baixa velocidade, geralmente entre 15 km/h (8 nós) e 45 km/h (24 nós) – Maior sensibilidade ao estado do tempo impede rigor cronológico
– Operações de carga e descarga tecnicamente exigentes e com forte carga administrativa
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– Operações de carga e descarga tecnicamente exigentes e com forte carga administrativa – Progressiva evolução para especialização em granéis e contentores.
– Sector muito competitivo, preços baixos. Muitas linhas regulares mas tramping fácil – TMCD com bom potencial à escala europeia, tem faltado reorganização de processos
• Aéreo
– Muito maior velocidade e preço, só para cargas de alto valor ou urgência
– Capacidades de carga útil até ca. de 80 ton., maioria do transporte em ocupação mista com passageiros (até 10 ton.)
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PRINCIPAIS MODOS DE TRANSPORTE:
PRINCIPAIS MODOS DE TRANSPORTE:
CAPACIDADES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS (III)
CAPACIDADES E OUTRAS CARACTERÍSTICAS (III)
•
Em Todos os Modos:
– Apreciável escala de capacidades / dimensões de veículos
– Dimensão de Mercados Específicos tem gerado produção de veículos
especializados
– Em curso a rápida introdução de sistemas telemáticos para melhor gestão
dos veículos e das cargas
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dos veículos e das cargas
•
Só no Rodoviário
– Forte presença de transporte por conta própria
– Frequente ausência de transbordos de ponta a ponta (tb. no ferroviário para o
caso de grandes clientes)
•
Só n Rodoviário e Marítimo
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MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (I)
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (I)
Principais Componentes envolvidas na oferta do sistema de transportes:
•
Infra-estruturas
– Lineares
– Pontuais (Estações gerais, instalações específicas de apoio ao veículo e tripulação ou às cargas)
•
Produção de Transporte
– Veículos S es sã o 3 -A tr ib u to s M o d ai s e M o d el o s d e O rg an iz aç ão – Veículos – Tripulações•
Sinalização e Controle de tráfego
•
Serviços Conexos
– Manutenção – Consumíveis
– Comercialização e Organização dos Serviços de Transporte – Financiamento de investimentos
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MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (II)
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (II)
•
Fase Inicial de cada modo:
– concentração de todos os factores críticos em uma ou poucas entidades
– com alguma frequência, entidades privadas que se organizaram para tirar
partido de grandes vantagens competitivas nos acessos aos mercados ou a
novos territórios (ainda que com grandes riscos)
•
Maturação
S es sã o 3 -A tr ib u to s M o d ai s e M o d el o s d e O rg an iz aç ão– separação das principais componentes (infra-estruturas, produção de
transporte, serviços conexos)
– principal excepção no caminho de ferro em que até há pouco se mantinha a
mesma titularidade para todos os factores de produção
•
Competição / Terciarização
– com o crescimento do volume de negócios e a abertura dos mercados, as
maiores exigências de eficiência e qualidade levam à especialização aguda
de cada componente e à sua externalização e contratualização
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MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (III)
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (III)
•
Situação emergente nos modos mais competitivos (rodo e marítimo)
– Infra-estrutura de titularidade do Estado, com gestão concedida a privados
• Concessionário estabelece contratos (sub-concessões) para operações especiais (áreas de serviço, vigilância, etc.)
– Na produção de transporte, separação cada vez mais fina das contribuições:
• Posse de veículo vs. seu aluguer de curta ou longa duração;
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• Posse de veículo vs. seu aluguer de curta ou longa duração;
• Contratação da tripulação incluída ou não com o aluguer do veículo; • Manutenção programada vs. disponibilização do veículo;
• Aquisição vs disponibilização de consumíveis duradouros; • retoma do veículo
– No controle de tráfego, modelos “igualitários” e diferenciados na base de
preço/prioridade (“fast lanes”)
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MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (IV)
DOS SISTEMAS DE TRANSPORTES (IV)
•
Cliente final ainda precisa de um interlocutor (front-end),
– garante a coerência, fluidez e qualidade global do processo – pode não ter qualquer envolvimento nestas outras funções
•
O transitário nesse papel de front-end
– dificuldades de independência S es sã o 3 -A tr ib u to s M o d ai s e M o d el o s d e O rg an iz aç ão
– evolução da função de planeamento para incluir a de gestão adaptativa
•
O conceito de empresa-veículo para a montagem de sistemas de transportes
mais dedicados
•
Vantagens e Inconvenientes da Terciarização:
melhores níveis médios de eficiência, maior responsabilização
montagem mais complexa para evitar roturas de serviço e minimizar riscos de litigação (menor solidariedade)
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INOVAÇÕES
INOVAÇÕES ASSOCIADAS
ASSOCIADAS
À TELEMÁTICA E AO E
À TELEMÁTICA E AO E--COMÉRCIO (I)
COMÉRCIO (I)
Frentes de Inovação e Valor Acrescentado
Aquisição automática de informação (inclui interpretação e
filtragem)
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rápidas, selectivas, fiáveis)
Coordenação de acções de diferentes agentes por partilha de
informação em tempo oportuno
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INOVAÇÕES
INOVAÇÕES ASSOCIADAS
ASSOCIADAS
À TELEMÁTICA E AO E
À TELEMÁTICA E AO E--COMÉRCIO (II)
COMÉRCIO (II)
Novos Tipos de Serviços / Novos Agentes
• Possibilidade de diagnóstico periódico remoto dos veículos e de seu back-up por veículos de companhias “aliadas” (“mútuas”)
• Novas soluções de transporte (redes hierárquicas, alianças de grande extensão territorial)
• Novas formas de consolidação / desconsolidação (maior coordenação de cargas fraccionadas)
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• Novas formas de consolidação / desconsolidação (maior coordenação de cargas fraccionadas) • Tratamento diferenciado automático em infra-estruturas “selectivas”
• Bolsas de fretes para serviços base (concorrência mais aberta) e para serviços marginais (melhor matching de procura e oferta)
• Comercialização em regime de “taxi colectivo”, com escalonamento regressivo de pontualidade e preço
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Modelo de exploração do Transporte Intermodal
Modelo de exploração do Transporte Intermodal
Base sobre Serviços Regulares
Base sobre Serviços Regulares
• O Transporte Intermodal é sempre produzido sobre uma base de
serviços regulares, com horários planeados. Principais razões:
– Grande capacidade dos modos de longo curso (marítimo,
ferroviário) impõe consolidação de ILUs a montante de cada
serviço
– Sistema de tráfego e limitações de capacidade das
infra-estruturas ferroviárias
S es sã o 3 -A tr ib u to s M o d ai s e M o d el o s d e O rg an iz aç ãoestruturas ferroviárias
– Limitações de capacidade das instalações terminais e de
transbordo e desejo de assegurar bons níveis de ocupação
dessa capacidade
• Transporte Rodoviário também tem serviços regulares entre
regiões distantes, mas acomoda facilmente serviços pontuais
porta-a-porta, sem qualquer planeamento face às
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Conceitos:
Conceitos:
Sistemas de Produção em Linha
Sistemas de Produção em Linha
• Sistemas em linha são baseados num único transportador, ligando dois ou mais terminais. Os mais comuns são:
• Vai-vem (shuttle): entre dois pontos, sem paragens intermédias
– Produção muito eficiente e simples, mas muito rígida. Exige carga estável e equilibrada
• Linhas Convencionais: incluem serviço a mais alguns terminais
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a mais alguns terminais
– Para atrair mais carga ou viabilizar maior
frequência, mas cada paragem aumenta custos e riscos de perturbação ao planeado
• Triangulares (ou circulares): usados
para fluxos não simétricos. Muito uso no TMCD
• Distribuição: densidade de paragens
– usado a jusante de um serviço de alta capacidade
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Conceitos:
Conceitos:
Sistemas de Produção em Rede (I)
Sistemas de Produção em Rede (I)
• Formadas por serviços em linha e nós de transferência das ILUs
entre essas linhas
– Captação de fluxos de um maior conjunto de regiões, permitindo melhores frequências
– Consolidação de cargas num nº reduzido de nós permite optimizar meios utilizados e frequência em cada arco, com possibilidade de ajuste destas variáveis ao longo do tempo
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ajuste destas variáveis ao longo do tempo
– Conduzindo a melhores níveis de ocupação e menores custos unitários em cada operação
• Mas tem algumas desvantagens para clientes:
– aumenta o tempo de trânsito para a maior parte dos pares O/D – Pode aumentar preços por envolver maior nº de transbordos – Maiores riscos de perturbação da pontualidade
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Conceitos:
Conceitos:
Sistemas de Produção em Rede (II)
Sistemas de Produção em Rede (II)
• Três tipos principais de rede:
• Hub-and-spoke: As ligações são serviços em linha e o nó central pode ser um terminal com recepção e despacho de cargas, ou apenas um nó de transbordo
.
• Gateway: Tipo especial de hub-and-spoke, implica nós de “portão” (gateway) entre dois sistemas de produção (modos, operadores, ou
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sistemas de produção (modos, operadores, ou redes) diferentes.
– Estes nós servem de porta de entrada em regiões e situam-se frequentemente na sua periferia
• Ponto a Ponto: Conjunto de ligações em vai-vem entre terminais, cada serviço mais longo é feito por combinação livre dos serviços base. Maior flexibilidade, risco de maiores demoras
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Papel dos terminais no sistema de produção
Papel dos terminais no sistema de produção
• Terminais “Hub” tendem a ser de grande dimensão, orientados para a alta eficiência na transferência de grandes fluxos densos em várias direcções.
– Principal função é assegurar o bom desempenho global da rede
– Boa parte dos fluxos no hub podem não ter relação com a região de implantação – Prestam-se bem a serviços sobre os activos de transporte
• Terminais “Gateway”: requerem esse estatuto de “porta de entrada” em pelo menos dois sistemas de produção (por vezes dois modos)
– Prestam-se bem aos serviços sobre os activos de transporte
– Mas também aos serviços logísticos sobre as cargas (des/consolidação,
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– Mas também aos serviços logísticos sobre as cargas (des/consolidação, armazenamento, documentação)
• Terminais Regionais são interface entre os sistemas de larga escala e a rede rodoviária, devendo assegurar transbordo eficiente
– Devem estar localizados na proximidade do centro económico da região – Prestam-se bem à oferta de serviços logísticos
• Terminais de serviços ponto-a-ponto: Terminais regionais com acréscimo da função de encaminhamento na rede