Projeto Leitura 2017
Projeto Leitura 2017
Título: A Arte de ser chefe Título: A Arte de ser chefe Original:
Original: L’art d’être chef L’art d’être chef
Autor: Gaston Courtois (1897
Autor: Gaston Courtois (1897 – – 1970)1970)
Tradução:
Tradução:Job Lorena de Sant’AnaJob Lorena de Sant’Ana
Biblioteca do Exército, 2012. Biblioteca do Exército, 2012. Coleção General Benício Coleção General Benício 2ª edição
2ª edição A present
A presente obra e obra trata trata sobre as qualidades e procedimentos que o chesobre as qualidades e procedimentos que o chefe deverá ter ou tomarfe deverá ter ou tomar para
para bem bem chefiar chefiar um gum grupo rupo seja seja este este militar omilitar ou u não. não. Em Em meio meio a a orientações orientações e e histórias, histórias, CourtoisCourtois descreve sit
descreve situações as quais o chefuações as quais o chefe se deparará e come se deparará e como um sábio chefe o um sábio chefe solucionaria a solucionaria a controvérsia.controvérsia. A obra está estrutura em 3
A obra está estrutura em 3 capítulos, nos quais abordam a missão, as qualidades e ocapítulos, nos quais abordam a missão, as qualidades e o exercíci
exercício da função de um chefe, pero da função de um chefe, perfazendo um totfazendo um total de 147 páginas. Dentro de al de 147 páginas. Dentro de cada capítulo, cada capítulo, existeexiste os tópi
os tópicos aticos atinentes a nentes a cada aspecto que se deseja abordar, a fim de se ecada aspecto que se deseja abordar, a fim de se esgotar o assunto sem que hajasgotar o assunto sem que haja uma confusão de idei
uma confusão de ideias durante a leitas durante a leitura. A obra foura. A obra foi escrita por ii escrita por ideias, inclusive deias, inclusive na versão na versão original emoriginal em francês, cad
francês, cada ideia esta ideia está numerada cá numerada como se fossomo se fosse um versículo de um e um versículo de um livro sacro como a Blivro sacro como a Bíblia ou oíblia ou o Alcorão.
Alcorão.
O padre Gast
O padre Gaston Courton Courtois nos mois nos mostra que ostra que o chefe é, antes de o chefe é, antes de tudo, um educador e tudo, um educador e um guia,um guia, no preparo e na condução dos seus comandados, aos quais deve servir de exemplo.
no preparo e na condução dos seus comandados, aos quais deve servir de exemplo. Por sua formação sacerdotal catól
Por sua formação sacerdotal católico-criico-cristã, suas ideias estão impregnadas de stã, suas ideias estão impregnadas de doutrinadoutrina
bíblic
bíblica, a, como como “toda “toda autoridautoridade ade vem vem de de Deus” Deus” (pág (pág 21), 21), parafraparafraseandseando o PauPaulo lo em em RomRomanoanos s 13:13:1 1 ouou “Tudo que vive está anim
“Tudo que vive está animado de um sopro. Tudo que existe sem sopro está ado de um sopro. Tudo que existe sem sopro está morto” (pág 30) extraídomorto” (pág 30) extraído
de Gênesis 2:7. de Gênesis 2:7.
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No CapCapítulítulo o 1 1 - - A A mismissão são do do chchefeefe, , o o autautor or bubuscsca a cocontntexextutualalizizar ar a a papalalavrvra a chchefeefe, , dedestastacacandndoo inclusive a origem etimológica do termo que
inclusive a origem etimológica do termo que““é aquele é aquele que está à tque está à testa ou, melhor ainda, aquele que éesta ou, melhor ainda, aquele que é
a cabeça. É a cabeça que vê, pensa e age no interesse do corpo inteiro. a cabeça. É a cabeça que vê, pensa e age no interesse do corpo inteiro. ”.”.
Gaston Courtois indica qual a
Gaston Courtois indica qual a missão do chefe, alem de missão do chefe, alem de como ele deve seguir para alcançarcomo ele deve seguir para alcançar seus objetivos no intuito de motivar
seus objetivos no intuito de motivar seus chefiados.seus chefiados. Não
Não obstante, obstante, fica fica nítido nítido que que para para o o chefe chefe é é de de vital vital importimportância ância à à transtransmissãmissão o do do idealideal.. Ezra. Esta atitude é fator
Ezra. Esta atitude é fator imprescindível para alcançar os objetivos propostos.imprescindível para alcançar os objetivos propostos. Outra at
Outra atribuiribuição do chefção do chefe é mote é motivar os chefiados para ivar os chefiados para o vencimento dos obstácuo vencimento dos obstáculos ao longolos ao longo do cumprimento dos objetivos do grupo.
O chefe deve fazer que o grupo compreenda muito bem aquilo que é proposto para execução, uma vez que, em suas próprias palavras “decidir não é nada: o importante é que as
decisões sejam executadas”.
O capítulo explicita conceitos de liderança pessoal, como o exemplo, ser estimado, ao invés de temido, desprendimento, conhecimento das capacidades individuais dos homens chefiados, etc.
Uma expressão importante do capítulo, que desenvolve bem a ideia nele contido é “O que
faz o chefe é a vontade, o desejo, a necessidade de agir sobre os homens para transformá-los, elevá-los, conduzi-los a alguma coisa de mais e de melhor.”.
O capítulo 2 - As qualidades do chefe, este cita uma série de atributos essenciais à pessoa investida de autoridade.
São estas as qualidades descritas por Gaston: fé na missão, senso de autoridade, espírito de decisão e de iniciativa, espírito de disciplina, energia realizadora, calma e autocontrole, sentido da realidade, competência, espírito de previdência, conhecimento dos homens, benevolência do espírito, bondade, respeito à dignidade humana.
Um chefe revestido de tais características está apto a liderar homens quaisquer sejam os objetivos a serem alcançados.
Talvez, uma das ideias mais importantes do capítulo é o autoconhecimento, traduzido pela
expressão “O chefe que quer ser digno de comandar deve começar por ser capaz de comandar a si mesmo” e pleno sentido de realidade, consciência situacional, totalmente explícita na sentença “ter o
sentido da realidade é conhecer-se a si próprio, conhecer suas possibilidades tão bem, aliás, quanto seus limites. Ter o sentido da realidade é aplicar-se para utilizar seus subordinados de acordo com suas capacidades. Não fazer tragédia com as coisas simples, nem simplificar as coisas trágicas”.
O Capítulo 3 - O exercício da função do chefe, o autor aborda o modus operandi do
exercício da chefia. O autor elenca dez funções, que ele denomina de artes, inerentes à rotina de trabalho dos chefes, quais são A arte de formar e de educar, a arte de organizar, a arte de comandar, a arte de controlar, a arte de repreender, a arte de punir, a arte de neutralizar as resistências, a arte de encorajar e de recompensar, a arte de se fazer ajudar e a arte de constituir equipe com os outros chefes.
Este capítulo se diferencia dos anteriores, pois evoca mais especificamente atividades da vida militar, sem, no entanto, deixar isso patente. Ezra.
Ao longo das “artes” elencadas, o leitor consegue compreender de forma mais clara a
aplicação dos atributos destacados nas páginas anteriores da obra, uma vez que existe uma contextualização voltada à prática da chefia.
A obra apresenta aspectos relevantes para o exercício da chefia, principalmente, pois transcrevem em palavras os exemplos vividos por outras autoridades, trazendo à tona a essência do comportamento humano sob o comando de outra pessoa. Contudo, a obra apresenta um teor religioso muito marcante, podendo, talvez, deixar de alcançar um leitor que não seja cristão ou até mesmo ocidental, pois por diversas vezes justificou o seu entendimento usando a relação Homem-Deus como o suporte para o sucesso na sua tarefa.
Para uma compreensão mais completa da obra, a sua leitura exige uma relativa experiência na função de chefe por parte do leitor, já que a obra está basicamente redigida em forma de parábolas demandando que o leitor faça uso de sua vida profissional para contextualizar as ideias elencadas por Courtois.
A base teórica utilizada por Courtois apresenta relação com as utilizadas pelos manuais de liderança militar do Exército Brasileiro, no quais abordam claramente os três pilares mestres do líder, ou seja, o SER, o SABER e o FAZER. Estes atributos são melhores descritos no manual de campanha C 20-10, e traduzem as áreas de desenvolvimento da personalidade militar conhecida como AFETIVA, COGNITIVA e PSICOMOTORA.
Recomenda-se a leitura dessa obra para indivíduos que exerçam chefia sobre um grupo de pessoas, seja na fase inicial da carreira ou já com uma relevante experiência. Para os últimos, constitui-se em um livro de cabeceira, servindo de guia de rotina, a fim de evitar vícios de conduta. Gaston Courtois (1897 – 1970) foi um árduo estudioso das relações humanas, no que tange
principalmente o aspecto da condução de grupos por um elemento, ou seja, do relacionamento entre uma pessoa na posição de chefe e seus respectivos chefiados. Ezra.
Formado inicialmente em letras e psicologia, direcionou sua vida acadêmica para a teologia ao ingressar no Seminário de Saint Sulpice, onde foi ordenado em 1925. Adquiriu relevante experiência na área tratada em sua obra, pois ao longo de sua vida assumiu diversas posições de chefia em instituições de ensino e artes, culminando em 1960, quando foi nomeado Secretário-Geral e Diretor do Secretariado Internacional da Pontifícia União do clero missionário, em Roma.