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Acordo Ortográfico (1990)

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Mudanças no Português do Brasil

→O alfabeto

Como era

O alfabeto era formado por 23 letras.

Como ficou

As letras K, W, Y fazem parte do alfabeto. São usadas em siglas, símbolos, nomes próprios estrangeiros e seus derivados, palavras adotadas como unidades de medida de uso internacional e na sequência de uma enumeração.

Exemplos: km, watt, Byron, byroniano, TWA, K – potássio (de kalium)…

→O trema

Como era

agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, freqüência, eloqüência, tranqüilo, pingüim, lingüiça, argüição…

Nova regra

O trema é eliminado em palavras portuguesas e aportuguesadas.

Como ficou

aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, eloquência, tranquilo, pinguim, linguiça, arguição…

Atenção: O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Müller, mülleriano…

→Monossílabos tônicos como oxítonos

O Novo Acordo inclui como oxítonos os monossílabos tônicos, com ou sem acento gráfico, como classificavam os gregos.

Não confundir

Mesmo com a perda do acento gráfico de algumas palavras, elas continuarão a ser pronunciadas como antes.

→Ditongos abertos tônicos

Como era

Todos os ditongos abertos tônicos -éi, -ói, -éu (Ei! Ói eu!) eram acentuados.

Acordo Ortográfico (1990)

Construindo no presente um futuro melhor

Curso:

Ensino Médio

Disciplina:

(2)

Exemplos: assembléia, idéia, réis, coronéis, apóio (verbo), jibóia, hemorróidas,

espermatozóide, paranóico, róis, dói, chapéu, réus, mausoléu.

Nova regra

Não se acentuam os ditongos abertos tônicos -ei e -oi somente nas palavras paroxítonas.

Como ficou

assembleia, ideia, apoio (verbo), jiboia, hemorroidas, espermatozoide, paranoico, róis, dói, chapéu, réus, mausoléu…

Não confundir

O acento dos demais ditongos citados permanece.

Atenção: Recebe acento gráfico a palavra que, mesmo incluída nesse caso, enquadra-se em regra de acentuação, como ocorre com blêizer, contêiner, destróier, Méier, etc., porque são paroxítonas terminadas em –r.

→Hiato OO

Como era

enjôo, vôo, abençôo, perdôo, côo, povôo, môo…

Nova regra

Não se acentua o hiato -oo.

Como ficou

enjoo, voo, abençoo, perdoo, coo, povoo, moo…

→Forma verbais paroxítonas terminadas em EEM

Como era

crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem…

Nova regra

Não se acentua o hiato -ee dos verbos crer, dar, ler, ver (CREDELEVE) e seus derivados (3ª. pessoa do plural).

Como ficou

creem, deem, leem, veem , descreem, releem, reveem…

→Acento diferencial

Como era

pára (verbo), péla(subst. e verbo), pêlo (subst.) e pélo (verbo), pêra (fruta) e péra (pedra), pólo (subst.) e pôlo (subst.)…

Nova regra

(3)

Como ficou

para (verbo), pela (subst. e verbo), pelo (subst.) e pelo (verbo ), pera (fruta) e pera (pedra), polo (subst.) e polo (subst.)…

Atenção: O acento diferencial permanece nos homógrafos:

- pode (3ª. pessoa do sing. do presente do indicativo do verbo poder);

- pôde (3ª. pessoa do sing. do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder).

O acento diferencial permanece em:

- pôr (verbo) em oposição a por (preposição).

Acento opcional:

Pode ser ou não acentuada a palavra fôrma (substantivo), distinta de forma (substantivo; 3ª. pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª. pessoa do singular do imperativo do verbo formar).

A grafia fôrma (com acento gráfico) deve ser usada apenas nos casos em que houver ambiguidade, como nos versos do poema “Os sapos” de Manuel Bandeira: “Reduzi sem danos / A fôrmas a forma”.

→U tônico nas formas verbais

Como era

argúi, apazigúe, averigúe, obliqúe

Nova regra

Não se acentua o –u tônico nas formas verbais rizotônicas (sílaba tônica na raiz), quando precedido de –g ou –q e seguido de –e ou –i (grupos que/qui e gue/gui).

Como ficou

argui, apazigue, averigue, oblique…

→Vogais i e u precedidas de ditongos das paroxítonas

Como era

baiúca, boiúna, feiúra, bocaiúva…

Nova regra

Não se acentuam as palavras paroxítonas com –i e –u tônicos que vierem depois de ditongo.

Como ficou

(4)

→Emprego do hífen

Como era

ante-sala, auto-retrato, anti-social, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, contra-regra, extra-regimento, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, supra-renal…

Nova regra

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes duplicarem-se.

Como ficou

antessala, autorretrato, antissocial, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrarregra, extrarregimento, infrassom, ultrassonografia,semirreal, suprarrenal…

Atenção: O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter, terminados em –r, aparecem combinados com elementos também iniciados por –r: hiper-rancoroso, super-resistente, inter-racial…

Como era

auto-afirmação, contra-indicação, extra-escolar, infra-estrutura, intra-uterino, neo- -imperialista, semi-árido, supra-ocular, ultra-elevado…

Nova regra

Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente.

Como ficou

autoafirmação, contraindicação, extraescolar, infraestrutura, intrauterino, neoimperialista, semiárido, supraocular, ultraelevado, extraoficial…

Atenção:O uso do hífen permanece nos compostos com prefixo em que o segundo elemento começa por –h: ante-hipófise, anti-herói, super-homem, extra-humano, neo-helênico…

Como era

antiinflamatório, arquiinimigo, microondas, microônibus…

Nova regra

Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual.

Como ficou

anti-inflamatório, arqui-inimigo, micro-ondas, micro-ônibus…

Atenção: Com o passar do tempo, alguns compostos perderam, em certa medida, a noção de composição e passaram a se escrever aglutinadamente, como foi o caso de girassol,

madressilva, pontapé e outros.

Vão passar, também, a se escrever sem hífen: paraquedas, paraquedistas (e afins como paraquedismo, paraquedístico…) e mandachuva.

(5)

Não mudam…

Os outros compostos com a forma verbal para- seguem sendo separados por hífen conforme a tradição lexicográfica: para-brisa(s), para-choque, para-lama(s)…

Os outros compostos com a forma verbal manda- seguem sendo separados por hífen conforme a tradição lexicográfica: manda-lua, manda-tudo…

Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º. termo, por extenso ou reduzido, está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal: má- -fé, médico-cirurgião, sul-africano, vaga-lume, decreto-lei, primeiro-ministro, azul-escuro, joão--ninguém, porta-retrato…

Atenção: As formas empregadas adjetivamente do tipo afro-, anglo-, euro-, franco-, indo-,

luso-, sino- e assemelhadas continuarão a ser grafadas sem hífen em empregos como:

afrodescendente, eurodeputado, lusofonia, francolatria… Porém escreve-se com hífen: anglo-saxão, afro-brasileiro…

Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º. elemento está representado pelas formas além, aquém, recém, bem e sem: além-fronteiras, aquém-mar, recém-casado, bem-estar, bem-vindo, sem-vergonha, bem-humorado…

Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado ao segundo elemento, quer este tenha ou não vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença e afins como benfazer, benfeitoria, benquisto.

Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º. elemento está representado pela forma mal e o 2º. elemento começa por vogal, h ou l : mal-estar, mal-humorado, mal-limpo, mal-informado entre outros. Porém: malcriado, malnascido, malvisto, malpesado e outros.

Nas locuções

Não se emprega o hífen nas locuções, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de- rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa).

Locuções

Locuções substantivas: cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar. Locuções adjetivas: cor de vinho, cor de café com leite.

Locuções pronominais: cada um, nós mesmos.

Locuções adverbiais: à parte( diferentemente do substantivo aparte), à vontade,em cima. Locuções prepositivas: abaixo de, a fim de, apesar de.

Locuções conjuncionais: a fim de que, logo que, visto que.

(6)

Apesar de o Acordo não mencionar expressões com valor de substantivo, do tipo: deus nos acuda, salve-se quem puder, um faz de contas, tomara que caia, um maria vai com as outras, tais unidades fraseológicas devem ser grafadas sem hífen.

Da mesma forma serão usadas sem hífen expressões como: à toa (adjetivo e advérbio), dia a dia (substantivo e advérbio), arco e flecha, calcanhar de aquiles, comum de dois, tão somente, ponto e vírgula.

Locuções Latinas

Não se emprega o hífen nas locuções latinas usadas como tais, não substantivadas ou aportuguesadas: ab initio, ab ovo, ad immortalitatem, ad hoc, data venia, de cujus, carpe diem, causa mortis, habeas corpus, in octavo, pari passu, ex libris.

Referências

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